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Administração Direta Conceito • A Administração pode ser conceituada como a própria função administrativa que incumbe preponderantemente ao Poder Executivo. Assim, no sentido objetivo a expressão “administração pública” quer dizer função administrativa. • Atividades exercidas pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de atender concretamente às necessidades coletivas • A Administração pode ser conceituada como um conjunto de agentes públicos, órgãos e pessoas jurídicas a quem a lei incumbe o exercício de uma atividade administrativa. • Vale dizer, que a expressão no sentido subjetivo compreende um conjunto de entes, pessoas ou agentes que integram a estrutura da Administração. • Logo, a expressão “administração pública” no sentido subjetivo compreende: ▪ Os órgãos públicos que fazem parte de cada uma das pessoas políticas (U, E, DF e M) que compõem a Administração Direta; ▪ As pessoas jurídicas que compõem a chamada Administração indireta (autarquias, fundações governamentais, empresas públicas e sociedades de economia mista) e ▪ As categorias de agentes públicos (qualquer pessoa física que presta serviços ao Estado, com ou sem vínculo, com ou sem remuneração paga pelos cofres públicos, ainda que transitoriamente). Características • É atividade concreta já que põe em execução a vontade do Estado contida na lei • Tem por finalidade a satisfação direta e imediata dos fins do Estado • Seu regime jurídico é predominantemente de direito público, embora possa também submeter-se a regime de direito privado Funções Administrativas • Fomento • Polícia administrativa ou poder de polícia • Serviço público (art. 175 da CF); • Intervenção do Estado no domínio econômico (art. 173, caput, da CF); • Agencificação Administração Direta • Diz-se Administração Direta quando a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercem, diretamente, uma de suas funções administrativas, por meio de seus órgãos. • Administração Direta é aquela que atua mediante atuação dos órgãos públicos, entes despersonalizados criados pelas pessoas políticas (U, E, DF e M) para que o querer do Estado se manifeste. • Assim, os órgãos públicos são centros de competência criados por lei e que não adquirem personalidade jurídica, já que são extensões da própria pessoa política que o criou. • Exemplos: ministérios, secretarias, departamentos, setores, diretorias, delegacias e coordenadorias. Desconcentração Administrativa • A Administração Pública Direta é considerada uma administração centralizada, uma vez que, ocorre quando a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercem, diretamente, uma atividade administrativa através de seus órgãos. • Não se pode falar em descentralização quando a Administração Pública é Direta. O fenômeno que poderá existir na Administração Direta, dita centralizada, é o da desconcentração administrativa. • Considera-se desconcentração administrativa a distribuição interna de competência entre os diversos órgãos que integram a mesma pessoa jurídica criadora. • Na desconcentração as atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica. • Exemplos de desconcentração são os Ministérios da União, as Secretarias estaduais e municipais, as delegacias de polícia, os postos de atendimento da Receita Federal, as Subprefeituras, os Tribunais e as Casas Legislativas. Conceito de Órgão Público • É uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado. O órgão não se confunde com a pessoa jurídica (sendo parte dela) nem com o agente público. • É “a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta” (art. 1º, § 2º, da Lei de Processo Administrativo federal – nº 9.784, de 29-1-99). • Não possui personalidade jurídica. Capacidade Processual • Excepcionalmente, tem-se admitido que alguns órgãos públicos, normalmente integrantes da estrutura hierárquica elevada da Administração Pública, sejam titulares de capacidade processual, agindo como sujeito ativo em juízo na proteção de direitos. • É o que alguns denominam de quase pessoa jurídica. • Exemplos: Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas e a Câmara dos Vereadores. • Apesar da ausência de personalidade jurídica, os órgãos públicos gestores de orçamento também estão sujeitos à inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, por força do artigo 5° da Instrução Normativa n° 1.183, da Receita Federal do Brasil, publicada em 19.08.2011, que assim dispõe: • “São também obrigados a se inscrever no CNPJ: I – órgãos públicos de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, desde que se constituam em unidades gestoras de orçamento”. Classificação de Órgão Público a) Órgãos independente ▪ São aqueles que representam os poderes estatais ▪ Regramento jurídico decorre de regras constitucionais ▪ Ex: Presidência, A Governadoria, a Prefeitura, Congresso Nacional, Assembleia Legislativa, Câmara dos Vereadores, STF, STJ e Tribunais de Justiça Legislativo Judiciário Executivo União Congresso Nacional (Deputados Federais + Senadores) STF STJ Presidênci a Estados Assembleia Legislativa Tribunais de Justiça Governado ria Munícipi os Câmara dos Vereadores - Prefeitura b) Órgãos Autônomos ▪ Possuem autonomia financeira, técnica e administrativa ▪ Ex: Ministério na esfera federal, as Secretarias nas esferas estadual e municipal e a Advocacia-Geral da União ▪ Uma parte da doutrina considera como órgãos autônomos o Tribunal de Contas da União e o Ministérios Público c) Órgãos Superiores ▪ Estes órgãos integram a categoria daqueles que, apesar da ausência de autonomia técnica e financeira, possuem poder de comando, controle e direção ▪ Considerado a categoria mais ampla desta classificação ▪ EX: Coordenadoria, os Gabinetes, as Procuradorias, os Departamentos e Secretárias-gerais d) Órgãos Subalternos ▪ Patamar mais baixo da estrutura administrativa ▪ Não são detentores de autonomia nem muito menos de poderes de comando e direção ▪ Apenas executam as ordens que lhe são dadas pelos demais órgãos ▪ Executam serviços rotineiros ▪ Ex: repartições públicas, secretarias a) Órgãos Compostos ▪ Aquele formado por diversos outros órgãos, de modo que é possível perceber internamente subdivisões em sua estrutura ▪ Ex: Ministérios, Secretarias, Congresso Nacional b) Órgãos Simples ▪ Unidade de competência ▪ Não permite subdivisões internas ▪ Ex: Presidência da República a) Órgãos Singulares ▪ Estes órgãos são titularizados por um único agente ▪ Se manifestam por meio da vontade de um só agente público ▪ Ex: Presidência da República, A governadoria e a Prefeitura b) Órgãos Colegiados ▪ Ao contrário dos órgãos singulares, os colegiados são titularizados por mais de um agente público. ▪ Estes órgãos agem e se manifestam pela maioria de seus titulares ▪ Ex: Conselho da República e Tribunal de Impostos e Taxas Órgãos independentes Órgãos autônomos Órgãos Superiores Órgãos sublaternos
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