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Administração Indireta

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Administração Indireta 
Conceito 
• A administração indireta se caracteriza 
toda vez que a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Munícipios não 
vão exercer diretamente uma atividade 
administrativa 
• Conjunto de pessoas jurídicas, de 
direito público ou privado, criadas ou 
autorizadas por lei, para desempenhar 
atividades assumidas pelo Estado, seja 
como serviço público, seja a título de 
intervenção no domínio econômico 
• Ao contrário do que ocorre com a 
Administração Direta ou Centralizada, 
as pessoas política (U, E, DF e M) 
quando autorizadas por lei, podem 
criar outra pessoa jurídica para que 
esta exerça uma função 
administrativa no lugar delas. 
• Administração Indireta no Brasil é 
composta pelas seguintes pessoas 
jurídicas dotadas de personalidade 
própria: 
✓ Autarquias; 
✓ fundações governamentais; 
✓ empresas públicas e 
✓ sociedades de economia mista. 
Regime jurídico das entidades da 
administração indireta 
• Pessoas jurídicas de direito público: 
autarquias, fundações de direito 
público e consórcios públicos com 
personalidade de direito público 
(associações públicas); 
• Pessoas jurídicas de direito privado: 
empresas públicas, sociedades de 
economia mista e suas subsidiárias, 
fundações de direito privado e os 
consórcios públicos de direito privado. 
 
 
 
Pontos comuns 
• Personalidade jurídica própria; 
• Criação ou autorização por lei (art. 37, 
XIX, CF); 
• Consecução de fim de interesse público 
e não o lucro; 
• Ausência de liberdade para fixação ou 
modificação de seus fins institucionais; 
• Ausência de liberdade de extinção por 
sua própria iniciativa; 
• Sujeição a controle positivo do Estado 
(tutela). 
Descentralização 
• Representa a transferência de 
competência entre pessoas jurídicas 
dotadas de personalidade própria. 
• Pressupõe, portanto, a transferência 
de poderes de pessoa para pessoa 
• No direito brasileiro, pode-se falar em 
três formas de descentralização: 
a) Descentralização territorial ou 
geográfica: ocorre quando se cria uma 
delimitação geográfica dotada de 
personalidade jurídica para exercer 
atividade de administração dos 
encargos públicos. Atualmente pode-se 
citar como exemplo de 
descentralização territorial a criação, 
pela União, de territórios federais, 
entes que não integram o federalismo 
brasileiro, mas que são dotados de 
personalidade jurídica de direito 
público com capacidade administrativa 
genérica. 
b) Descentralização por colaboração 
ocorre quando o Poder Público, 
mediante contrato ou ato 
administrativo, delega a uma pessoa 
jurídica a execução de um serviço 
público. 
c) Descentralização por serviço ou 
funcional é o tipo de descentralização 
que ocorre na Administração Indireta. 
Acontece quando a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios 
criam uma pessoa jurídica de direito 
público ou de direito privado e 
atribuem a ela a titularidade e a 
execução de uma atividade 
administrativa. 
Tutela Administrativa 
• Entre a Administração Direta e a 
Administração Indireta a relação que 
se estabelece é a de controle ou 
também chamada de tutela 
administrativa. 
• A relação de hierarquia é típica da 
Administração Direta, tanto que é 
possível falar em órgãos superiores e 
órgãos subalternos. 
• A ideia de controle fica bem definida 
quando as entidades da Administração 
Indireta ficam sujeitas à supervisão dos 
Ministérios correspondentes. Exemplo: 
universidades públicas ficam sob 
controle do Ministério da Educação e 
Hospitais públicos de saúde sofrem 
controle do Ministério da Saúde, e 
assim sucessivamente 
Autarquias 
• Pessoa jurídica de direito público, 
criada por lei, com capacidade de 
autoadministração, para o 
desempenho de serviço público 
descentralizado, mediante controle 
administrativo exercido nos limites 
da lei. 
• Possuem as mesmas prerrogativas e 
restrições a que se sujeitam a 
União, os Estados, o Distrito Federal 
e Municípios 
• Exemplos: autarquias de 
previdência e assistência como o 
INSS e o IPESP; autarquias 
profissionais ou corporativas 
(destinadas a fiscalizar o exercício 
profissional) como é o caso do 
CREA, CRM, CRECI e as autarquias 
culturais ou de ensino como é o 
caso das Universidades. 
 
 
• As agências reguladoras são 
pessoas jurídicas de direito público, 
criadas por lei, com natureza de 
autarquias com regime especial, 
com a finalidade de fiscalizar, 
normatizar e solucionar conflitos 
dos setores econômicos. 
• Diferenciam-se das demais 
autarquias comuns pela 
particularidade no seu regime 
jurídico. 
• Fiscalizam e regulam setores 
econômicos 
• Existem em todas as esferas de 
governo (federal, estadual, distrital 
e municipal) 
CUIDADO: TODA AGÊNCIA 
REGULADORA É UMA AUTARQUIA. 
NEM TODA AUTARQUIA É AGÊNCIA 
REGULADORA 
 
• Qual é a diferença no regime entre 
uma autarquia comum e uma 
agência reguladora? 
▪ Seus dirigentes são nomeados 
pelo Presidente da República com 
aprovação do Senado Federal. 
▪ Diferentemente do que ocorre 
nas demais autarquias comuns, 
seus dirigentes permanecem na 
função por prazo determinado 
(mandato fixo), conforme a Lei 
criadora. 
▪ Os cargos não são exoneráveis 
livremente (“ad nutum”) pelo 
Presidente da República (como 
nas autarquias comum) e só pode 
ocorrer com o encerramento do 
mandato, por renúncia ou por 
sentença judicial com trânsito em 
julgado. 
▪ Quarentena: é o período de 06 
meses, contados do término do 
mandato, durante o qual o ex 
dirigente fica impedido de 
assumir qualquer cargo ou 
atividade ligados ao setor 
regulado. 
 
 
• Não representam entidades novas 
• São autarquias ou fundações 
públicas que recebem um título 
• Objetivam uma maior autonomia 
de gestão e incremento da 
eficiência 
• Somente existe na esfera federal 
• Ex: INMETRO 
 
 
a) criação por lei 
I. artigo 37, XIX, da Constituição 
b) personalidade jurídica pública 
I. Pessoa jurídica: titular de 
direitos e obrigações próprios, 
distintos daqueles pertencentes 
ao ente que a instituiu 
II. Pública: submete-se a regime 
jurídico de direito público, 
quanto à criação, extinção, 
poderes, prerrogativas, 
privilégios, sujeições 
III. Pessoas jurídicas de direito 
público de capacidade 
exclusivamente administrativa 
c) capacidade de autoadministração 
I. Não têm o poder de criar o 
próprio direito, mas apenas a 
capacidade de se 
autoadministrar a respeito das 
matérias específicas que lhes 
foram destinadas pela pessoa 
pública política que lhes deu vida 
d) especialização dos fins ou 
atividades 
I. A autarquia desenvolve 
capacidade específica para a 
prestação de serviço 
determinado; 
II. Princípio da especialização 
e) sujeição a controle ou tutela. 
 
• Posição perante a pessoa jurídica 
política que a instituiu 
• Perante a Administração Pública 
centralizada, a autarquia dispõe de 
direitos e obrigações 
• O direito de exercer aquela função, 
podendo opor-se às interferências 
indevidas; vale dizer que ela tem o 
direito ao desempenho do serviço 
nos limites definidos em lei. 
• Obrigação de desempenhar as suas 
funções 
• A capacidade de autoadministração 
é exercida nos limites da lei; da 
mesma forma, os atos de controle 
não podem ultrapassar os limites 
legais. 
 
 
• Mesmas prerrogativas e restrições 
que informam o regime jurídico-
administrativo. 
 
Fundações Governamentais 
• Fundação: conjunto de bens aos quais 
se atribui uma personalidade jurídica 
• É um conjunto de bens Públicos dados 
pelo Estado, devendo esses bens ser 
explorados, e com o rendimento 
auferido, ser realizado um interesse 
público predefinido por lei. 
• São exemplos o IBGE, Fundação Padre 
Anchieta, Fundação Casa. 
• Hoje, a corrente doutrinária moderna 
entende ser possível a criação de 
fundações pelo Poder Público, seja 
com personalidadede direito público, 
seja com personalidade de direito 
privado. 
• Quando criadas como pessoa jurídica 
de direito público, são consideradas 
entidades muito próximas das 
autarquias, daí o porquê da expressão 
fundações autárquicas 
 
 
• Podem ter personalidade de Direito 
Privado ou Direito Privado, o Poder 
Público é quem decide a natureza 
jurídica das fundações a depender da 
autonomia desejada. 
 
• Dotação patrimonial, que pode ser 
inteiramente do Poder Público ou 
semipública e semiprivada; 
• Personalidade jurídica, pública ou 
privada, atribuída por lei; 
• Desempenho de atividade atribuída ao 
Estado no âmbito social; 
• Capacidade de autoadministração; e 
• Sujeição ao controle administrativo ou 
tutela por parte da Administração 
Direta, nos limites estabelecidos em 
lei. 
 
Empresas Estatais 
 
• Com a expressão empresa estatal ou 
governamental designamos todas as 
entidades, civis ou comerciais, de que 
o Estado tenha o controle acionário, 
diretamente ou por meio de outra 
entidade da administração indireta, 
abrangendo a empresa pública, a 
sociedade de economia mista e suas 
subsidiárias, além de outras empresas 
que não tenham essa natureza e às 
quais a Constituição faz referência, em 
vários dispositivos, como categoria à 
parte (arts. 37, XVII, 71, II, 165, § 5º, II, 
173, § 1º). 
• Hoje regidas pela Lei 13.303/2016 – 
Estatuto das Estatais. 
• Estas empresas estatais são criadas ora 
para prestar um serviço público (artigo 
175 da CF), ora para exercer uma 
atividade econômica (artigo 173 da 
CF). 
• Quando constituída para prestar 
serviço público, são regidas por um 
regime jurídico preponderantemente 
público, ao passo que, quando 
constituídas para exercer atividade 
econômica, são regidas por um regime 
jurídico mais próximo possível da 
iniciativa privada, sofrendo um influxo 
menor de normas de ordem pública. 
 
 
• Reguladas pelo Estatuto das Estatais – 
Lei 13.303/16 
• São pessoas jurídicas de direito 
privado. Não são criadas por lei, a lei 
apenas autoriza a sua criação 
• Ambas sofrem controle do Tribunal de 
Contas; 
• Limites muito maiores para contratar 
sem licitação em relação aos demais 
entidades – para obras e serviços de 
engenharia até R$ 100.000,00 e para 
compras e outros serviços até R$ 
50.000,00; 
• Obrigatoriedade de concurso público 
para contratar pessoal; 
• Contratação de pessoal pelo regime 
celetista, com exceção dos seus 
dirigentes (cargos de confiança). 
Critérios alterados pela Lei n° 
13.303/16. 
 
 
• Empresas públicas possuem capital 
inteiramente público, apesar da 
personalidade ser de direito privado 
• Empresas de Economia Mista possuem 
capital misto 
 
 
• É entidade dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, cuja criação 
é autorizada por lei, com patrimônio 
próprio e capital exclusivo da União, 
podendo revestir-se de qualquer das 
formas admitidas em direito. 
• São exemplos Caixa Econômica 
Federal, Empresa Brasileira de Correios 
e Telégrafos (ECT) e BNDES. 
 
• São pessoas jurídicas de direito 
privado, cuja criação é autorizada por 
lei, de que participa o Poder Público, 
associando-se a particulares (por isso 
que é mista), para juntos explorarem 
alguma atividade econômica ou serviço 
de interesse coletivo. 
• Deve adotar preferencialmente a 
forma de Sociedade Anônima. (S/A). 
Citam-se a Petrobras S/A, Telebrás, 
Furnas e o Banco do Brasil S/A. 
 
• Prestar serviço ou exercer atividade 
econômica 
• Estas empresas estatais são criadas ora 
para prestar um serviço público (artigo 
175 da CF), ora para exercer uma 
atividade econômica (artigo 173 da 
CF). 
• Quando constituída para prestar 
serviço público, são regidas por um 
regime jurídico preponderantemente 
público, ao passo que, quando 
constituídas para exercer atividade 
econômica, são regidas por um regime 
jurídico mais próximo possível da 
iniciativa privada, sofrendo um influxo 
menor de normas de ordem pública. 
 
• Sujeitam-se à licitação para contratar 
serviços, obras e bens; 
• Seus bens, quando vinculados ao 
serviço público, são considerados 
impenhoráveis (sujeitam-se a execução 
por precatórios); 
• Respondem objetivamente por danos 
causados a terceiros – art. 37, §6° da 
CF; 
• São imunes a impostos. 
 
 
• Não precisam licitar para contratar 
serviços, obras e bens relacionados 
diretamente à atividade fim da 
entidade; 
• Seus bens são penhoráveis e se 
sujeitam a execução comum; 
• Respondem subjetivamente (com 
comprovação de culpa) por danos 
causados a terceiros; 
• Não têm imunidades tributárias.

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