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Tumores do Intestino Grosso

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Darah Azini 2021 Patologia Médica 
Tumores do Intestino Grosso 
✻ O pólipo é uma massa que causa protusão em 
direção a luz intestinal = projeção dentro da luz do 
órgão. 
• A massa pode sofrer tração e criar um pedículo, 
do contrário o pólipo é séssil (mais perigoso). 
 
✻ Tipos: 
• Não neoplásicos: não tem chance de malignizar, 
geralmente são rearranjos da mucosa diante algum 
processo inflamatório ou que altere a arquitetura. 
• Neoplásicos: origem em proliferação epitelial e 
apresentam displasia. 
 ∘ Chamados de pólipos adenomatosos ou adeno-
mas. 
 ∘ Podem ser precursores do carcinoma. 
✻ Geralmente assintomáticos. Os pequenos po-
dem passar despercebidos, e podem ser achados 
acidentais. 
✻ Sintomáticos: hematoquezia 
✻ Pólipo grande: 
• Cólicas; 
• Dor abdominal; 
• Obstrução intestinal. 
Adenomas vilosos: podem excretar água e sais, 
causando uma diarreia aquosa intensa. 
Pólipo Inflamatório 
• Lesão puramente inflamatória. 
• Pólipo se forma após ciclos de injúria e cura. Só 
se tem certeza de sua origem depois da remoção 
do pólipo. 
 
Pólipo Hiperplásico 
• Vinculado a processo inflamatório, um processo 
reativo de hiperplasia que sobreleva o epitelio. Alta-
mente benigno. 
• Medem menos de 5mm e são sésseis, pedicula-
dos quando maiores. 
• Microscopia: glândulas alongadas e pregueadas, 
mitoses na base, espessamento de membrana ba-
sal. 
 
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) 
Darah Azini 2021 Patologia Médica 
• São desordens autossômicas dominantes. Condi-
ção hereditária. 
• Muito pólipos no intestino, + de 100 para o diag-
nóstico. 
• Propensão para transformação maligna (100% se 
não tratar até os 55 anos). Se o paciente não faz 
uma colectomia, é provável que tenha câncer de 
intestino, devido a herança genética familiar. 
• O paciente tem uma mutação de genes respon-
sáveis pela carcinogênese do câncer de intestino. 
Gene mutado APC e MUTYH. 
• O paciente apresenta essa condição jovem, e a 
prevenção do câncer é a proctolectomia. 
• Tratamento: proctocolectomia total. 
• Os parentes de primeiro grau desse indivíduo são 
todos investigados. 
 
 
Adenoma 
✻ Adenomas tubulares: glândulas tubulares 
• Mais frequente e de menor risco de desenvolver 
câncer. 
• Adenoma tubular de baixo grau: inicio do pro-
cesso de carcinogênese, displasia leve a moderada, 
a chance de virar câncer é mínima. 
• Adenoma tubular de alto grau: displasia severa 
• Pode ser pediculado (melhor) ou séssil. 
✻ Adenomas vilosos: projeções vilosas 
• Aparece já na macroscopia.. 
• Mais perigoso. 
• Se for de alto grau e séssil, tem maior chance de 
malignizar. 
• Podem excretar água e sais, causando uma diar-
reia aquosa intensa. 
✻ Adenoma túbulo-viloso 
• Pode ser bom ou ruim. 
• Depende do grau de displasia, história familiar, se 
é séssil ou pediculado, tamanho... 
✻ A maioria dos pólipos aparece mais com o 
avanço da idade. Os indivíduos que aparecem pólipo 
antes dos 40 anos provavelmente têm alguma his-
tória familiar de câncer de intestino. 
• A prevalência de adenomas colônicos é de 20 a 
30% antes dos 40 anos. 
✻ Mulheres e homens são igualmente afetados. 
✻ Existe predisposição familiar definida: risco au-
mentado em 4x em parentes de primeiro grau. 
✻ Adenomas tubulares são os mais comuns, se-
guido de túbulo-vilosos (5 a 10%) e vilosos (1%). 
✻ A maioria dos cânceres de intestino segue uma 
sequência. 
• Ganham mutações ao longo do tempo, e quanto 
mais mutações, levando em conta hereditariedade, 
fatores de risco, exposição a carcinógenos, aumen-
tam a chance de câncer de intestino e a velocidade 
do processo. 
• Primeiro tem a formação do pólipo dentro da luz 
e prolifera. Depois as células começam a proliferar 
no meio dele, e caem para romper a mucosa. O 
séssil é mais perigoso pois já está na base, no 
“chão”. 
• Quanto mais tempo, mais mutações. 
Darah Azini 2021 Patologia Médica 
✻ Adenomas com potencial maligno – adenoma 
viloso séssil, com displasia de alto grau e maior que 
4cm. 
✻ Polipectomia: remoção do segmento da alça in-
testinal com o pólipo. 
✻ Mucosectomia: pólipos pequenos removidos por 
via endoscópica; mucosa com o tumor. 
✻ Epidemiologia 
• Estimativa de novos casos: 40.990 sendo 20. 520 
homens e 20.470 mulheres 
• Número de mortes: 18.867 sendo 9.207 homens 
e 9.660 mulheres. 
 
 
✻ Localização 
• A localização do câncer do intestino grosso tem 
porcentagem variada nos diferentes segmentos, 
sendo mais frequentes nas suas porções distais. 
• Cólon transverso: não consegue ser alcançado 
pela colonoscopia, por isso pode ser perigoso. 
 
✻ Conceitos importantes 
Carcinoma Sincrônico (1,5 a 8%): Mais de um foco 
descoberto ao mesmo tempo. 
Carcinoma Metacrônico (4%): Mais de um foco 
descoberto um tempo depois. 
• Indivíduos com mais de 50 anos. 
• Indivíduos obesos: processo crônico inflamatório 
que libera de citocinas que podem acarretar muta-
ções; resistência à insulina, liberam interleucinas que 
tem ligação com fator inicial de mutações. 
• Falta de fibras na alimentação: dificuldade de for-
mação do bolo fecal, e a sua presença no intestino 
gera processos inflamatórios persistentes que po-
dem gerar mutações. 
• Uso excessivo de álcool: o metabolito do álcool 
(acetaldeído) é altamente carcinogênico para cân-
cer de intestino. 
• Alimentação rica em carne vermelha: o ideal é no 
máximo 500g por semana; libera uma substância 
nitrogenada no intestino que é carcinogênea. 
• Alimentação rica em alimentos ultra processados. 
• Tabagismo. 
• Doenças inflamatórias intestinais: retocolite ulcera-
tiva e doença de Crohn. 
• Casos de câncer colorretal na família. 
 ∘ Câncer Hereditário dois ou três indivíduos pa-
rente de primeiro grau, abaixo de 50 anos e gera-
ções seguidas. 
 ∘ Herança familiar: mais casos em uma mesma fa-
mília que o normal, independente do grau de pa-
rentesco. 
 
Darah Azini 2021 Patologia Médica 
Câncer de Cólon Hereditário Não Polipose 
(HNPCC ou Síndrome de Lynch) 
• 3 a 5% do CCR. 
• Mais comum que PAF. 
• Critérios de Amsterdam. 
• Mais comum no cólon direito. 
• Presença de instabilidade de microssatélite. 
• Mutação de genes de reparo MLH1 e MSH2. 
• O grau de mutação pode aumentar a predisposi-
ção de outros tumores. 
• Câncer em idade mais precoce. 
Lynch 1: Câncer de cólon em jovens. 
Lynch 2: Câncer colorretal e extracolônico. 
✻ Risco baixo: indivíduos com idade superior a 50 
anos e sem outros fatores de risco. 
✻ Risco médio: pacientes sem história familiar, com 
idade acima de 50 anos, história previa de adenoma. 
✻ Risco alto: familiares com CCR antes dos 45 
anos, adenomas múltiplos em colonoscopia, doença 
inflamatória intestinal. 
✻ Risco muito alto: pertencentes a famílias com 
história de transmissão hereditária. 
✻ Rastreamento nos pacientes de risco médio 
• Sangue oculto nas fezes (exame de fezes). 
• Colonoscopia a cada 3 a 5 anos (se tiver sangue 
oculto nas fezes). 
✻ Rastreamento em indivíduos de alto risco 
• Colonoscopia anual 
✻ Rastreamento em indivíduos de risco muito alto 
• Colonoscopia anual 
✦ Nos pacientes de maior risco é recomendado a 
colonoscopia anual a partir dos 40 anos ou 10 anos 
a menos da idade do parente com câncer de cólon. 
• Pessoas de boa saúde devem continuar rastreio 
regular até os 75 anos. 
• Pessoas com idades entre 76 através de 85, fica 
a critério de análise do médico. 
• Pessoas com mais de 85 já não tem a necessi-
dade do rastreio. 
• História clínica. 
• Exame físico – palpação abdominal em busca de 
massas. 
• Toque retal – detecção de 80% dos tumores de 
reto. 
• Colonoscopia 
• Biópsias 
• Marcador tumoral: CEA – acompanhamento (alto 
- mais indicativo de câncer, baixo – menos risco, 
se aumentar depois da remoção do tumor – me-
tástase). 
✻ Cólon direito 
• Não há tanta alteração de hábito intestinal, pois as 
fezes são mais liquefeitas. 
• Tumor exofítico 
•Dor ou simples desconforto, fraqueza 
• Perda de peso 
• Anemia: devido à perda sanguínea pelas fezes. 
• Presença de sangue oculto nas fezes 
• Menos obstrução 
✻ Cólon esquerdo 
• Tumor estenosante 
• Dor 
• Sinais de obstrução ou de sub-oclusão 
• Constipação intestinal 
• Presença de fezes em fita 
• Presença de sangue nas fezes 
Darah Azini 2021 Patologia Médica 
• Indivíduos com menos de 40 anos 
• Localização no reto 
• Tumores que produzem mucina 
• Obstrução 
• Perfuração 
• Invasão vascular e perineural 
• Número de linfonodos positivos 
 
✻ Intenção curativa: 
• Ressecção cirúrgica do tumor primário e linfono-
dos regionais. 
• Margem distal livre (1,5 a 2,0 cm) 
• Margem proximal livre (5,0 cm) 
• Ressecção de pelo menos 15 linfonodos. 
✻ Adjuvância (quimioterapia) 
• Linfonodos positivos 
• Linfonodo negativo, porém, pouco diferenciado, 
localmente avançado e invasão angiolinfática e pe-
rineural. 
• Início de 4 a 6 semanas após a cirurgia.

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