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(Poderes da Administração Pública I Tá Tudo Mapeado - YouTube) Os Poderes da Administração Pública são um tratamento jurídico diferenciado concedido à Adm. para que ela possa, desse modo, representar o interesse público. CONCEITO: Poderes administrativos são as prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos com a finalidade de permitir que o Estado alcance seus fins. (José dos Santos Carvalho Filho) Fim do Estado = Bem Comum Classificação de Hely Lopes Meirelles: 🞭 Poder Vinculado 🞭 Poder Discricionário 🞭 Poder Hierárquico 🞭 Poder Disciplinar 🞭 Poder Normativo ou Regulamentar 🞭 Poder de Polícia. ESSA CLASSIFICAÇÃO É ESPECÍFICA DE HELY LOPES MEIRELLES, em outros autores podem ter outros nomes. PODER VINCULADO https://www.youtube.com/watch?v=WJRxSYwAYx4 Ele existe na prática de atos vinculados (quando a lei disciplina todos os elementos e requisitos do ato deixando uma única opção de agir, diferente do ato discricionário). O Poder é vinculado porque o agir está ligado àquela situação específica. Poder discricionário (liberdade da atuação da adm), tendo em vista que terá mais de uma opção para agir é o contra- ponto ao Poder Vinculado. A diferença entre eles está relacionada a essa liberdade de atuação. Definição de Meirelles de Poder Vinculado: “É aquele que a lei confere a Administração Pública para pratica de ato de sua competência determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização.” Elementos para formação dos atos (todos os tipos de ato): competência, finalidade, forma, objeto e motivo. PODER DISCRICIONÁRIO Conceito: “Poder Discricionário é aquele que o direito concede à Administração Pública, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo.” (Hely Lopes Meirelles). – Isso é o que a doutrina chama de “mérito do ato”. Elementos sempre vinculados: competência, finalidade e forma. {São elementos que a lei sempre vai definir, não dando liberdade para o agente público} Elementos que podem ser vinculados ou discricionários: objeto e motivo {ora podem ser vinculados, ora podem ser discricionários.} Discricionariedade x Arbitrariedade “Discricionariedade e arbitrariedade são atitudes inteiramente diversas. Discricionariedade é liberdade de ação, dentro dos limites permitidos em lei; arbitrariedade é a ação contrária ou excedente da lei. Ato discricionário, quando autorizado pelo direito, é legal e válido, ato arbitrário é sempre ilegítimo e invalido.” (Hely Lopes Meirelles). • Discricionariedade: o agente possui mais liberdade, mas a lei está regendo a situação. (de acordo com as opções legalmente permitidas) X • Arbitrariedade: o agente age fora do que a lei permite (não é permitido, sempre ilegítimo e inválido) PODER HIERÁRQUICO A estrutura da adm. é composta por órgãos superiores e subordinados, assim como os agentes também, por ex., o prefeito é superior aos secretários. Essa estrutura hierárquica é regida por esse Poder. 🞭 Conceito: “Poder Hierárquico é o que dispõe o executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.” (Hely Lopes Meirelles). Delegação (superior para inferior) é diferente de Avocação (inferior para superior). Também vem do poder hierárquico poder rever os atos dos inferiores. 🞭 Fundamentos: distribuição de competências e hierarquia 🞭 Faculdades implícitas que decorrem do Poder hierárquico: a) dar ordens; b) fiscalizar; c) delegar ou avocar atribuições; d) rever os atos dos inferiores; e) dever de obediência. PODER DISCIPLINAR Decorre do Poder Hierárquico, pois existe quem mande e quem obedece. Quem pratica atos fora do permissivo legal, vai sofrer com esse poder disciplinar. Mas não somente decorre dele, tendo em vista que pode ser aplicado também a algumas pessoas que não compõe a adm., mas em razão de algum vínculo jurídico existente (ex.: alunos de escola pública, enquanto estiverem dentro da escola são pessoas sujeitas à disciplina administrativa ou pessoas internadas em hospitais públicos, ou presos em presídios). OBS.: Poder Disciplinar só existe DENTRO da Administração, diferente do Poder Polícia (se aplica para FORA da Adm.) Quem será alcançado por o poder disciplinar? R.: As pessoas que cometem infrações, que passaram por um processo administrativo disciplinar (PAD). Após passar por esse processo, será gerada uma penalização. 🞭 Conceito: “Poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.” (Maria Sylvia de Di Pietro) 🞭 O Poder Disciplinar possibilita à Administração Pública: ❖ Punir internamente as infrações funcionais de seus servidores; (decorre da hierarquia) ❖ Punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados mediante algum vínculo jurídico específico. A doutrina diz que o exercício do Poder Disciplinar é DISCRICIONÁRIO (obs.: é somente o exercício, mas ela não pode deixar de punir alguém que comete em irregularidade em virtude do crime de prevaricação, porém o modo que será aplicado esse processo administrativo fica à critério da Adm., por isso é discricionário, SOMENTE SEU EXERCÍCIO). Seus atos devem ser sempre motivados (apresentação dos pressupostos fáticos e jurídico que dão fundamento à prática dele ato). Além disso, o P. Disciplinar deve seguir o devido processo legal, com direito à ampla defesa e ao contraditório. PODER REGULAMENTAR Ou “Poder Normativo”. As leis, em geral, são criadas no plano na abstração e da generalidade. Quando acontece uma situação fática, é adequada a lei ao caso concreto. Muitas vezes, é necessário que essas leis sejam regulamentas (normas abaixo da lei que determina procedimento de como aquela lei será aplicada – é isto é o que o Poder Regulamentar faz). 🞭 Conceito: “é a faculdade de que dispõe o chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador ou Prefeito) de explicar a lei para sua correta execução. 🞭 Instrumento: Decreto ou Regulamento executivo. 🞭 Emenda Constitucional nº 32/01: possibilidade de Decreto Autônomo. – O poder regulamentar é exercido sem existir uma lei previamente existente, ou seja, são assuntos que podem disciplinados diretamente por decreto, sem que exista a lei. 🞭 “Art. 84, CF. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) Organização e o funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa, nem criação ou extinção de órgão público; b) Extinção de função ou cargos públicos, quando vagos.” - Nesse artigo, há quem entende que este seria decreto autônomo, já outros acreditam que é necessário existir uma lei antes. Mas na prática, é usado o decreto autônomo. Poder de Polícia É também uma das atividades administrativas. 🞭 Conceito: “Poder de Polícia é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público.” (Maria Sylvia Di Pietro) “Poder de Polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.” (Hely Lopes Meirelles) *Conceito Legal localizado no art. 78 do Código Tributário Nacional.* ❑ Fundamento: Supremacia do interesse público. ❑ Polícia Administrativa e Polícia Judiciária A polícia administrativa é exercida por órgãos administrativos (ex.: Vigilância sanitária, IBAMA, Polícia Rodoviária Federal) de caráter fiscalizador, já a polícia judiciária, em razão de preparar a atuação da funçãojurisdicional penal, é exercida pela polícia civil ou militar. ❑ Atributos (característica específicas do Poder de Polícia): • Discricionariedade: ele possui certa liberdade de escolha/ atuação; • Autoexecutoriedade: ele não precisa de uma autorização do Poder Judiciário para agir. Mas há algumas exceções, por ex.: A Adm. pode aplicar uma multa, mas não pode executar diretamente essa multa (multa não é autoexecutória); • e Coercibilidade ❑ Sanções: eles podem aplicar sanções quando há uma desobediência aos termos da Adm. Púb. ❑ Condições de validade: competência, finalidade e forma, acrescidas da proporcionalidade e da legalidade dos meios empregados.
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