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O Miniguia da Análise Mórfica

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O MINIGUIA DA
ANÁLISE MÓRFICA
NO PORTUGUÊS
com Roberto Gandulfo
@portuguescombetinho
youtube.com/omorfologista
SUMÁRIO
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O começo da morfologia
 Morfema
 Classificação dos morfemas
 Classificação das palavras
Análise mórfica de verbos
 Estruturas de forma nominal
 Formas conjugadas
Análise mórfica de nomes
 Estruturas nominais
 Nomes comuns de dois
 Derivação nominal
Análise mórfica de outras classes
Análise mórfica de bases presas
Análise mórfica de morfemoides
Análise mórfica de alomorfes
Casos particulares
 O sufixo -mente
 A terminação -ão
 O fonema de ligação
 Análises prontas
Exercícios
Gabarito
O começo da morfologia
MORFEMA
A análise mórfica é a divisão de uma palavra em seus respectivos
morfemas. Mas, afinal, o que é um morfema? Bem, o morfema é a
menor unidade linguística dotada de significação. E o que isso
significa?
Isso significa que o morfema vai atribuir alguma significação a um
vocábulo, e o significado global do vocábulo será, em geral, a soma das
significações dos seus morfemas. Vamos ver um exemplo:
youtube.com/omorfologista
cantar = [cant] - [a] - [r]
INDICA A CONJUGAÇÃO
DO VERBO
INDICA O SIGNIFICADO
BÁSICO DA PALAVRA
INDICA QUE O VERBO
ESTÁ NO INFINITIVO
Baseando-nos nos morfemas de "cantar", podemos concluir que se
trata de um verbo de primeira conjugação (ou seja, daqueles que
terminam em -ar, como "amar", "colocar", etc.) no infinitivo, cujo
sentido é de "produzir com a boca sons que formam melodias ou
músicas". Então, cada morfema indica alguma parte da significação
global do vocábulo.
Mas como nós podemos encontrar morfemas? Nós devemos reparar
que os morfemas se repetem em palavras da língua. Portanto, nós
podemos encontrar um morfema comparando palavras que contêm
alguns morfemas em comum. Vamos a um exemplo prático? Imagine
que você quer dividir os morfemas da palavra "infelizmente". Devemos
supor que é útil (para não dizer óbvio) comparar essa palavra com
"infeliz" e com "felizmente", porque sabemos intuitivamente que essas
palavras mantêm alguma ligação. 
Quando comparamos "infeliz" com "infelizmente", percebemos que
aquele [mente] está sobrando. Quando comparamos "infeliz" com
"feliz", percebemos que o [in] está sobrando. Como não conseguimos
encontrar uma palavra mais simples que "feliz", percebemos que [feliz]
constitui uma unidade sozinho. Aí está análise mórfica que fizemos!
[feliz]
[in] - [feliz]
[in] - [feliz] - [mente]
Nós vamos perceber, ao estudarmos mais, que essa análise está
incompleta em alguns pontos, mas isso ficará mais claro quando
estudarmos as estruturas vocabulares do português.
Outra característica importante do morfema é o ordenamento. Os
morfemas aparecem numa ordem específica na palavra, definida pela
estrutura da língua. Então, "cantar" se divide em [cant][a][r], e não
podemos mudar essa ordem: *racant (o asterismo indica
agramaticalidade), *acantr, etc. Por fim, o último princípio é a
composicionalidade: toda palavra é formada por morfemas.
O importante neste momento é que percebamos que todo morfema
possui algumas características fundamentais:
TODO MORFEMA
a) É indivisível!
b) É significativo!
c) É recorrente!
d) É ordenado!
e) Compõe palavras!
Vamos interpretar isso. Se o morfema é a menor unidade linguística
dotada de significação, então ele obviamente é indivisível, ou seja, você
não pode dividir um morfema em outros dois morfemas, porque isso
seria contraditório. Do mesmo modo, se o morfema é dotado de
significação, então todo morfema é significativo. Por fim, para
encontrar um morfema, nós devemos comparar palavras distintas que
o contenham. Isso só é possível porque os morfemas são recorrentes,
ou seja, eles aparecem em várias palavras. Se o morfema segue uma
ordem específica na palavra, ele é ordenado. Se ele compõe todas as
palavras da língua, ele é composicional.
CURIOSIDADE!
Existem morfemas irrecorrentes na língua, sabia? São os
morfemoides (sem acento, hein!). Nós vamos estudá-los em
momento oportuno, mas já adianto um pequeno exemplo:
resguardar. Sabemos que resguardar vem de guardar, então o
[res] é um morfema. Mas ele não é recorrente, porque só aparece
nessa palavra. Pois é! Trata-se de um morfemoide.
CLASSIFICAÇÃO DOS MORFEMAS
A questão da classificação e até mesmo da divisão dos morfemas é
extremamente controversa na literatura. No entanto, como este
material é voltado para a galera da graduação, não vou me aprofundar
muito nisso. Vou traçar um panorama geral da classificação dos
morfemas de acordo com os autores mais cobrado entre as graduações. 
Primeiro, existe o morfema nuclear, que indica a significação básica da
palavra. Esse morfema é chamado de radical por alguns autores e de
raiz por outros. Isso não importa para nós, mas eu chamarei esse
morfema de radical, porque é a nomenclatura que vejo com maior
frequência. Além disso, utilizarei a sigla R para representá-lo. Por fim,
vale notar que palavras que possuem o mesmo radical são chamadas
cognatas. Veja um exemplo de conjunto de palavras cognatas:
{[centr]o, [centr]al, [centr]alizar, [centr]alização, des[centr]alizar,
des[centr]alização, [centr]ar, [centr]alidade...}. O conjunto formado por
todas as palavras cognatas a uma primeira é chamado família de
palavras ou grupo lexical. Por fim, um princípio: toda palavra,
obrigatoriamente, possui pelo menos um R. Não existe palavra sem R.
O segundo morfema que veremos é aquele que indica a conjugação de
verbos e cria um lugar propício para a entrada de afixos (que veremos
mais à frente). Seu nome é vogal temática. Alguns autores mais
"moderninhos" chamam esse morfema de índice temático,
argumentando que ele nem sempre é preenchido por uma vogal.
Enfim... não vou aderir a isso, porque acredito que essa discussão
supera os limites da morfologia para a graduação. Vamos manter o
nome "vogal temática" mesmo, valendo-se da sigla VT. Nos verbos, a
VT (verbal) indica a conjugação. Verbos de primeira conjugação
recebem no infinitivo a VT [a] (cant[a]r, am[a]r...); verbos de segunda
conjugação recebem [e] (vend[e]r, perd[e]r...); verbos de terceira
conjugação recebem [i] (part[i]r, consegu[i]r...).
No caso dos nomes, a VT (nominal) pode ser [a] (mes[a], cam[a]...), [e]
(ment[e], alfac[e]...) ou [o] (corp[o], med[o]...). Ela serve em geral para
dar lugar a outros morfemas: mes[a] > mes[inha], ment[e] > ment[al],
menin[o] > menin[a]. Além disso, devemos postular que toda VT
nominal é átona. Portanto, na palavra "café", por exemplo, o é não é
uma VT, porque ele é tônico. Toda vogal átona final em nomes é uma
VT nominal. Uma palavra cuja VT é zero é chamada atemática. Todo
nome terminado em vogal tônica (café, axé, cipó...) ou em consoante
(motor, capital, país...) é atemático.
O terceiro morfema são os afixos. Devemos lembrar a definição de R:
"indica a significação básica da palavra". Por que dizemos que essa é a
significação básica porque é dever dos afixos modificá-la. Portanto,
afixos são os morfemas que modificam a significação (ou seja, o
significado ou a classe) da palavra a que se associam. No português,
existem dois tipos de afixo: os prefixos (que vêm antes da palavra) e os
sufixos (que vêm depois da palavra). Simplificaremos prefixo como P e
sufixo como S. Exemplo de P: fazer > [re]fazer. Exemplo de S: gosto >
gost[oso].
O quarto é último grupo de morfema é a desinência. Desinências são
morfemas que indicam as flexões dos nomes ou dos verbos. As que
indicam flexões dos nomes são desinências nominais. As que indicam
as flexões dos verbos são desinências verbais. As que indicam formas
nominais do verbo são desinências verbo-nominais. Existem dois tipos
de desinências verbais: as modo-temporais (DMT) e as número-
pessoais (DNP). Existem dois tipos de desinências nominais: as de
gênero (DG) e as de número (DN). Existem três tipos de desinências
verbo-nominais: a de infinitivo (Di), a de gerúndio (Dg) e a de particípio
(Dp). Acredito eu que os nomes já são autoexplicativos. Exemplo de
DMT: canta[re]mos. Exemplo deDNP: cante[m]. Exemplo de DG:
menin[a]. Exemplo de DN: menino[s]. Exemplo de Di: canta[r].
Exemplo de Dg: canta[ndo]. Exemplo de Dp: canta[d]o.
INDICAÇÃO!
Infelizmente, eu não posso me aprofundar neste assunto, porque
o objetivo deste material é apenas a análise mórfica. Então, a
descrição de cada morfema, bem como a de conceitos mais
aprofundados (como morfema zero, alomorfia, etc.), não cabe
aqui. Para saber mais sobre os morfemas do português, eu
recomendo a playlist Morfemas do português, disponível no meu
canal do Youtube, cujo link aparece abaixo. Nela, eu esboço uma
análise detalhada de cada um dos quatro morfemas. Para as
análises que eu esboçarei neste trabalho, suporei que você já
conhece esses morfemas e os conceitos que os envolvem.
youtube.com/omorfologista
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Antes de estudarmos a análise mórfica propriamente dita, devemos
conhecer a classificação das palavras. Primeiro, vamos conhecer dois
conceitos: derivação e composição.
A derivação acontece quando uma palavra gera outra. É o que acontece
quando usamos afixos, por exemplo: mente > mental, colocar >
colocação, etc. A composição acontece quando duas ou mais palavras
geram uma nova: água + ardente > aguardente, plano + alto > planalto,
ar + condicionado > ar-condicionado. Você deve relembrar um fato:
cada palavra possui ao menos um R. Logo, a derivação não muda o
número de radicais da palavra; a composição sim. Por exemplo,
"mente" tem um R, "mental" também só tem um R, mas "plano" tem um
R e "alto" tem um R, assim "planalto" tem dois Rs.
Dessa forma, nós encontramos duas classificações nas palavras.
Primeiro, as palavras são divididas entre primitivas e derivadas.
Palavras derivadas são aquelas que sofreram alguma derivação;
palavras primitivas não sofreram derivação. Outro princípio
importante: uma palavra primitiva não pode possuir afixos! Essa
consideração é óbvia, porque os afixos provocam derivações, logo
palavras primitivas (que não sofreram derivação) não podem possuir
afixos. Veremos que isso será importante posteriormente. Exemplos de
palavras primitivas: mente, casa, perder. Exemplos de palavras
derivadas: mental, casinha, perdedor.
Em seguida, conhecemos mais uma classificação. As palavras, por
outro lado, são classificadas em simples e compostas. Palavras simples
não sofreram composição; palavras compostas sofreram composição.
Conjecturamos também que toda palavra simples possui apenas um R,
assim como toda palavra composta possui mais de um R. Exemplos de
palavras simples: água, quebra. Exemplos de palavras compostas:
aguardente, quebra-cabeças.
Mais um detalhe que eu acho importante ressaltar: a derivação e a
composição são processos de formação de palavras, ou seja, elas criam
palavras novas! As palavras "mente" e "mental" são diferentes. No
entanto, a flexão não é um processo de formação de palavras, então ela
não gera palavras novas. Logo, as palavras "menino" e "menina" são a
mesma palavra, mas flexionadas de formas diferentes. Dizemos que
essas são formas diferentes para a mesma palavra.
PRINCÍPIOS QUE VIMOS AQUI!
a) Toda palavra possui R.
b) Toda VT nominal é átona.
c) A derivação não muda o número de Rs.
d) Nenhuma palavra primitiva possui afixo.
e) Toda palavra simples possui apenas um R.
A. M. de verbos
ESTRUTURAS DE FORMA NOMINAL
Vamos estudar a análise mórfica por grupos. Primeiro, nós vamos
estudar os verbos, mais especificamente os verbos em forma nominal.
Todos os verbos simples e primitivos em forma nominal seguem as
seguintes estruturas:
youtube.com/omorfologista A. M. = ANÁLISE MÓRFICA
INFINITIVO IMPESSOAL
R + VTv + Di
INFINITIVO PESSOAL
R + VTv + Di + DNP
GERÚNDIO
R + VTv + Dg
PARTICÍPIO
R + VTv + Dp + VTn + DG + DN
Detalhe: usei VTv para vogal temática verbal e VTn para vogal temática
nominal. Essas estruturas são ideais para começarmos a entender
essas análises. Vamos analisar três verbos: "cantar", "vender" e "partir". 
1) NO INFINITIVO IMPESSOAL
cantar = [cant] - [a] - [r]
 
vender = [vend] - [e] - [r]
 
partir = [part] - [i] - [r]
R VT Di
R VT Di
R VT Di
2) NO INFINITIVO PESSOAL
O infinitivo pessoal, diferentemente do impessoal, pode fazer flexão.
Então, ele apenas recebe uma DNP lá no final. Vou usar os exemplos 
"(para eu) cantar", "(para nós) vendermos" e "(para eles) partirem".
cantar = [cant] - [a] - [r] - [Ø]
 
vendermos = [vend] - [e] - [r] - [mos]
 
partirem = [part] - [i] - [r] - [em]
R VT Di DNP
R VT Di DNP
R VT Di DNP
3) NO GERÚNDIO
cantando = [cant] - [a] - [ndo]
 
vendendo = [vend] - [e] - [ndo]
 
partindo = [part] - [i] - [ndo]
R VT Dg
R VT Dg
R VT Dg
O VERBO PÔR!
O verbo pôr (assim como seus prefixados: supor, repor, impor,
etc.) é o único que, no infinitivo, não termina em -ar, -er ou -ir. Sua
análise no infinitivo é excepcional: o R é [pô], a VT é zero, e [r] é a
Di. Mesmo que sua VT seja zero, entende-se que esse verbo seja
de segunda conjugação (ou seja, essa VT zero é alomórfica à VT
[e] de verbos como vend[e]r, cresc[e]r), porque a vogal [e] aparece
em outras conjugações: põ[e]m, pus[e]r. Outro verbo com análise
excepcional no infinitivo é o ir. Alguns autores entendem que o [i]
é R, e a VT é zero; outros entendem que o R é zero e a VT é [i]. Eu,
particularmente, prefiro entender que tanto o R quanto a VT são
[i], e eles sofrem crase no infinitivo: [i][i][r] = ir.
4) NO PARTICÍPIO
cantado = [cant] - [a] - [d] - [o] - [Ø] - [Ø]
 
vendida = [vend] - [i] - [d] - [Ø] - [a] - [Ø]
 
partidos = [part] - [i] - [d] - [o] - [Ø] - [s]
R VTv Dp VTn DG DN
R VTv Dp VTn DG DN
R VTv Dp VTn DG DN
O particípio é uma forma verbal peculiar, porque parte de sua
estrutura se assemelha a um adjetivo. Usarei os exemplos "cantado",
"vendida" e "partidos".
Portanto, todos os verbos em formas nominais se encaixarão em algum
dos padrões que eu expus anteriormente. Nós devemos notar que,
frequentemente, a adição de afixos é indicada na forma do infinitivo
impessoal. Então, além de capturar os afixos (prefixos e sufixos), você
deve indicar a VTv e a Di. Vou elencar alguns exemplos.
1) REFAZER
O verbo refazer deriva de fazer, logo [re] é um prefixo. A análise de
fazer, que está no infinitivo impessoal, é esta:
refazer = [re] - [faz] - [e] - [r]
P R VTv Di
fazer = [faz] - [e] - [r]
R VTv Di
Portanto, a análise de refazer é esta:
2) CONCRETIZAR
O verbo "concretizar" deriva de "concreto" por meio de um sufixo.
Ainda não estudamos a análise mórfica de nomes, mas podemos notar
que a raiz de "concreto" é [concret], e [o] é aquela VTn que conhecemos.
3) ARMAR
Trouxe este exemplo apenas para nos lembrarmos de casos como este,
em que o substantivo arma deu origem a armar por sufixo zero. Esta é
a análise de arma.
arma = [arm] - [a]
R VTn
Essa palavra passa de substantivo a verbo (armar) e sofre uma
mudança na sua terminação, portanto houve derivação sufixal. Mas a
terminação -ar é VTv+Di, então não sobra outra alternativa senão
analisar o sufixo como zero.
concreto = [concret] - [o] - [Ø] - [Ø]
R VTn DG DN
A partir disso, concreto recebeu o sufixo -izar e se tornou um verbo no
infinitivo impessoal. Mas também devemos notar que a terminação -ar
divide-se em VTn e Di, então o sufixo verdadeiro é apenas -iz-, e não
todo o -izar. Esta é, pois, a análise completa de concretizar.
concretizar = [concret] - [iz] - [a] - [r]
R S VTv Di 
armar = [arm] - [Ø] - [a] - [r]
R S VTv Di
Consultando a minha aula de Desinências, no meu canal do Youtube,
você poderá conhecer as desinências verbais do português. Decorá-las
é útil neste momento, porque você vai precisar saber como as suas
análises funcionam.
A maioria das análises é extremamente simples. Com um mínimode
conhecimento da estrutura do infinitivo e da forma conjugada, você
consegue encontrar a análise desses verbos. Por exemplo, todo verbo
no futuro do presente do indicativo recebe as desinências [ra] ou [re]
(tônicas). Como seria, então, a análise de cantaremos?
FORMAS CONJUGADAS
Agora nós analisaremos as formas verbais conjugadas, isto é, as que
têm tempo, modo, número e pessoa. Toda forma verbal conjugada
segue a mesma estrutura mórfica, a saber:
FORMA CONJUGADA
R + VTv + DMT + DNP
cantaremos = [cant] - [a] - [re] - [mos]
R VTv DMT DNP
No pretérito perfeito do subjuntivo, a DMT é [sse]. Como seria, então, a
análise de vendessem?
vendessem = [vend] - [e] - [sse] - [m]
R VTv DMT DNP
Essas análises são bem tranquilas. Se você decora as DMTs, já resolve
de primeira, isolando a DNP. Mas existem três tempos verbais em que
eu entendo que a análise seja mais difícil: no presente do indicativo, no
pretérito imperfeito do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo.
No pretérito imperfeito do indicativo, a análise é simples com verbos
de primeira conjugação. Como seria a análise de cantáveis?
cantáveis = [cant] - [á] - [ve] - [is]
R VTv DMT DNP
No entanto, a análise fica mais complicada com verbos de segunda ou
de terceira conjugação. Eles vão conter a sequência -ia. Para alguns
autores, o [i] é VTv e o [a] é DMT; para outros, a VTv é zero e a DMT é
[ia]. Portanto, há duas análises possíveis para vendias:
vendias = [vend] - [i] - [a] - [s]
R VTv DMT DNP
vendias = [vend] - [Ø] - [ia] - [s]
R VTv DMT DNP
No presente do indicativo e no pretérito do indicativo, as análises
costumam complicar um pouco porque a DMT dos dois tempos é
sempre zero. Então, eu vou dar atenção para algumas formas especiais.
A forma canto (vendo, parto), do presente do indicativo:
canto = [cant] - [Ø] - [Ø] - [o]
R VTv DMT DNP
É importante notar que esse [o] é DNP, e não VTv. Destaco as formas
cantei e vendi, do pretérito perfeito do indicativo:
cantei = [cant] - [e] - [Ø] - [i]
R VTv DMT DNP
vendi = [vend] - [Ø] - [Ø] - [i]
R VTv DMT DNP
Também destaco as formas cantou, vendeu e partiu, do pretérito
perfeito do indicativo:
cantou = [cant] - [o] - [Ø] - [u]
R VTv DMT DNP
vendeu = [vend] - [e] - [Ø] - [u]
R VTv DMT DNP
partiu = [part] - [i] - [Ø] - [u]
R VTv DMT DNP
Também acho interessante analisar alguns casos do futuro. Trago aqui
as formas cantarei e cantarão, do futuro do presente.
cantarei = [cant] - [a] - [re] - [i]
R VTv DMT DNP
cantarão = [cant] - [a] - [rã] - [o]
R VTv DMT DNP
O mais importante disto tudo é você perceber que essas análises estão
sendo aplicadas a verbos simples e primitivos. Mas você lembra que o
infinitivo concretizar tem sufixo? Pois é! Se a forma infinitiva tem
afixo, todas as outras terão também. Veja só:
concretizar = [concret] - [iz] - [a] - [r]
R S VTv Di 
concretizei = [concret] - [iz] - [e] - [Ø] - [i]
R S VTv DMT DNP
concretizássemos = [concret] - [iz] - [á] - [sse] - [mos]
R S VTv DMT DNP
A. M. de nomes
ESTRUTURAS NOMINAIS
Diferentemente dos verbos, os nomes possuem poucas estruturas. Nós
só devemos levar em consideração um questionamento. O nome em
questão varia em gênero ou não? Devemos perceber o seguinte: todo
nome (neste sentido, substantivo e adjetivo) varia em número, mas
nem todo varia em gênero. Por exemplo, menino varia em número
(menino, meninos) e em gênero (menino, menina), mas caneta só varia
em número (caneta, canetas), porque não existe masculino para
caneta, ou seja, o seu gênero é imanente. Vamos, então, conhecer as
estruturas desses nomes:
youtube.com/omorfologista
NOMES DE GÊNERO IMANENTE
R + VTn + DN
NOMES DE GÊNERO VARIÁVEL
R + VTn + DG + DN
Vou mostrar alguns exemplos de nomes primitivos para analisarmos
seguindo essa fórmula geral.
1) CENTRO
Você se lembra de que nós analisamos essa palavra anteriormente.
Pois bem. Ela está no singular, não varia em gênero e termina em vogal
átona, logo sua análise é bem tranquila.
centro = [centr] - [o] - [Ø]
R VTn DN
2) ALFACES
Este nome também não varia em gênero, mas está no plural. No
singular (alface), ele termina em vogal átona. Então, sua análise será
assim:
alface = [alfac] - [e] - [s]
R VTn DN
3) MENINO
Este nome varia em gênero, logo possuirá DG também. Ele termina em
vogal átona. Vou mostrar, abaixo, todas as formas possíveis de menino,
para a análise ficar mais clara.
menino = [menin] - [o] - [Ø] - [Ø]
 
meninos = [menin] - [o] - [Ø] - [s]
 
menina = [menin] - [Ø] - [a] - [Ø]
 
meninas = [menin] - [Ø] - [a] - [s]
R VTn DG DN
R VTn DG DN
R VTn DG DN
R VTn DG DN
4) AMADOR
Este nome varia em gênero, mas termina em consoante, logo a VT é
zero.
amador = [amador] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
 
amadores = [amador] - [Ø] - [Ø] - [es]
 
amadora = [amador] - [Ø] - [a] - [Ø]
 
amadoras = [amador] - [Ø] - [a] - [s]
R VTn DG DN
R VTn DG DN
R VTn DG DN
R VTn DG DN
UMA DIQUINHA:
Não sei se vocês perceberam, mas, nos nomes que variam em
gênero, ou a VT é zero, ou a DG é zero, ou as duas são zero. Então,
postulamos que, quando há VTn e DG adjacentes, pelo menos
uma das duas deve estar vazia (ou seja, deve ser zero).
NOMES COMUNS DE DOIS
Vamos lembrar alguns conceitos aqui. Existem nomes comuns de dois
gêneros e nomes comuns de dois números. Nomes comuns de dois
gêneros são aqueles que usam a mesma forma para os dois gêneros,
como estudante (o estudante, a estudante). Analogamente, nomes
comuns de dois números usam a mesma forma para os dois números
(o lápis, os lápis). Quando isso acontece, como devemos fazer a análise?
Bem, no caso dos comuns de dois gêneros, a DG é zero nos dois
gêneros; no caso dos comuns de dois números, a DN é zero nos dois
números. Dizemos que esses morfemas zero são morfemas latentes.
Vou mostrar dois exemplos:
1) JOVEM
Este é um nome comum de dois gêneros que termina em consoante.
jovem = [jovem] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
R VTn DG DN
Essa é a estrutura no masculino e no feminino.
2) LÁPIS
O nome é comum de dois números e termina em consoante.
Essa é a estrutura no singular e no plural.
lápis = [lápis] - [Ø] - [Ø]
R VTn DN
DERIVAÇÃO NOMINAL
Agora vamos analisar casos em que os nomes receberam algum tipo de
afixo. O fato importante de notar aqui é que todo nome,
independentemente da presença de afixos, termina em VTn+DN ou em
VTn+DG+DN. Os afixos sempre vêm antes disso.
1) CANTOR
Esse nome vem do verbo cantar, pela adição do sufixo -or, além de
terminar em consoante. Vou primeiro relembrar a análise de cantar e,
em seguida, mostrar a de cantor.
cantar = [cant] - [a] - [r]
 
cantor = [cant] - [or] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
R VTv Di
R S VTn DG DN
2) IMPARÁVEL
Esse nome deriva do verbo parar, recebendo prefixo e sufixo, além de
terminar em consoante e ser comum de dois gêneros. Vou relembrar a
análise de parar e, em seguida, analisar imparável.
parar = [par] - [a] - [r]
 
imparável = [im] - [par] - [á] - [vel] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
R VTv Di
P R VTv S VTn DG DN
A.M. de outras classes
Como funciona a análise das outras classes gramaticais (advérbios,
conjunções, etc.)? Nem, na maioria dos casos, as palavras das outras
classes só terão R, e nada mais. Alguns autores analisam a vogal átona
final como VT também. Então, a conjunção concessiva embora, por
exemplo, pode ser analisada de duas maneiras:
youtube.com/omorfologista
embora = [embora]
 
embora = [embor] - [a]
R
R VT
Obviamente, essa VT não énem verbal nem nominal, porque essa
palavra não é nem nome nem verbo. No entanto, palavras como
depois, que terminam em consoante ou vogal tônica, têm apenas uma
análise possível:
depois = [depois]
R
Uma análise interessante – e que merece atenção especial aqui – é a
dos artigos definidos, já que seus Rs são zero. Então, analisamo-los
assim:
o = [Ø] - [o] - [Ø] - [Ø]
 
os = [Ø] - [o] - [Ø] - [Ø]
 
a = [Ø] - [Ø] - [a] - [Ø]
 
as = [Ø] - [Ø] - [a] - [s]
R VT DG DN
R VT DG DN
R VT DG DN
R VT DG DN
A. M. de bases presas
Para entendemos como funciona analise mórfica de bases presas,
precisaremos conhecer sua definição. O que é uma base presa? Para
entender isso, você vai precisar relembrar os conceitos de palavra
primitiva e palavra derivada. Você lembra que palavra primitiva é
aquela que não possui afixos, certo? Ela é a que dá origem às palavras
derivadas, formando uma família de palavras. Vou esquematizar uma
família de palavras abaixo:
youtube.com/omorfologista
centro
central
centralizar
descentralizar
centralizador
centralização
PALAVRAS
DERIVADAS
PALAVRA
PRIMITIVA
Contudo, por incrível que pareça, existem palavras derivadas para as
quais você não consegue encontrar forma primitiva! Vou dar um
exemplo: civil. Nós conseguimos encontrar nessa palavra o sufixo -il,
que está presente por exemplo em febril, estudantil, etc. Além disso,
conseguimos encontrar a família dessa palavra, formada por cívico e
civismo. O sufixo -ico, de cívico, é comum na língua: cúbico, métrico,
etc. O -ismo, de civismo, também: capitalismo, jornalismo, etc. Então,
não há como negar a presença de um sufixo em civil. Mas a pergunta é:
qual é a forma primitiva de civil, cívico, civismo? Não existe! Ou seja,
não existe uma palavra cujo R seja civ- sem que ela tenha algum afixo.
Dizemos, então, que o sufixo -il foi aplicado a uma base presa. A base
presa, pois, é aquela que não consegue realizar-se sob uma forma
simples e primitiva.
(?)
civil
cívico
civismo
Eu trouxe aqui este conhecimento justamente para que vocês saibam
que nem sempre será possível encontrar uma forma primitiva para
uma palavra complexa. Vou mostrar mais alguns exemplos de afixos
em bases presas.
1) AGRÁRIO
Esse nome pertence à mesma família de agreste, possui sufixo, mas
não existe em forma primitiva.
agrário = [agr] - [ári] - [o] - [Ø] - [Ø]
R S VTn DG DN
2) IMPRIMIR
Esse verbo pertence à mesma família de reprimir, deprimir, suprimir,
oprimir. Possui prefixo, mas não aparece em forma primitiva.
imprimir = [im] - [prim] - [i] - [r]
P R VTv Di
3) CONSTRUIR
Esse verbo pertence à mesma família de destruir, obstruir, instruir.
Possui prefixo, mas não aparece em forma primitiva.
construir = [con] - [stru] - [i] - [r]
P R VTv Di
A. M. de morfemoides
Nós já vimos os morfemoides, no começo deste material. Morfemoides
são as unidades mórficas que não têm recorrência, ou seja, só
aparecem em uma palavra e pronto. Eu dei o exemplo de resguardar,
que contém o prefixo [res], único e exclusivo dessa palavra. Nós
sabemos que esse prefixo existe na palavra, porque identificamos
intuitivamente que resguardar vem de guardar, logo o [res] fica
sobrando. Mas ele não aparece em nenhuma outra palavra.
No português, nós podemos ter prefixoides e sufixoides. Um exemplo
com prefixoide:
youtube.com/omorfologista
1) SATISFAZER
Esse verbo vem de fazer, logo [satis] é um prefixo, contudo ele só
aparece nessa palavra.
satisfazer = [satis] - [faz] - [e] - [r]
P R VTv DI
Agora dois exemplos com sufixoide:
2) CASEBRE
Não é difícil notar que casebre vem de casa, então o elemento [ebr] é
sufixo, mas só aparece nesta palavra.
casebre = [cas] - [ebr] - [e] - [Ø]
R S VTn DN
3) MARUJO
Essa palavra vem de mar, logo [uj] é um sufixo, mas só aparece nesta
palavra.
marujo = [mar] - [uj] - [o] - [Ø] - [Ø]
R S VTn DG DN
A. M. de alomorfes
Eu sei que, em geral, esta é a dúvida de muitos estudantes. Se um
morfema muda de forma, como eu vou saber analisá-lo? Veja só:
quando uma análise mórfica parecer obscura, você deverá fazer
alguma analogia com uma forma mais regular. Por exemplo, você quer
analisar este processo aqui:
youtube.com/omorfologista
vida > vital
Para fazer a análise mórfica de vital – que já adianto que terá 
 alomorfia –, nós podemos compará-la com a de mental, que recebeu o
mesmo sufixo.
mente > mental
Vamos interpretar o que aconteceu aqui. A palavra mente é um nome
primitivo terminado em vogal átona. Logo, sua análise é esta: 
mente = [ment] - [e] - [Ø]
R VTn DN
O que aconteceu para que essa palavra se tornasse mental? Bem, a
vogal temática [e] saiu e deu lugar ao sufixo [al], simplesmente.
Portanto, a análise de mental é esta:
mental = [ment] - [al] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
R S VTn DG DN
Nós devemos supor que o processo pelo qual vital passou foi o mesmo,
já que ele recebeu o mesmo sufixo. Então, vamos fazer a análise das
formas vida e vital.
vida = [vid] - [a] - [Ø]
 
vital = [vit] - [al] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
R VTn DN
R S VTn DG DN
Pode perceber que houve alomorfia, porque o R [vid] mudou de forma
para [vit], mas podemos analisar facilmente por analogia com outras
formas.
Agora vou dar um exemplo de alomorfia verbal. Eu entendo,
particularmente, que as alomorfias verbais são ainda mais simples de
analisar, porque existe um princípio básico que guiará nossas análises.
Você lembra que eu afirmei que a flexão não cria palavras novas? Pois
é! Quando um verbo é conjugado, ele sofre flexão, portanto o infinitivo
e a forma conjugada são a mesma palavra, portanto possuem o mesmo
R. Se isso é verdade, então todas as formas nominais e conjugadas de
um verbo têm o mesmo R! Agora fica fácil. Olha só!
Vamos analisar a conjugação faço. Ela vem do infinitivo fazer. Vamos
analisar o infinitivo fazer:
fazer = [faz] - [e] - [r]
R VTv Di
Já sabemos que a forma faço é a primeira pessoa do singular do
presente do indicativo do verbo. Portanto, o [o] é DNP e a VT e a DMT
são zero (relembre o caso de canto, que vimos anteriormente). Logo,
esta é a análise de faço:
faço = [faç] - [Ø] - [Ø] - [o]
R VTv DMT DNP
Sabemos, por simples analogia, que os Rs [faz] e [faç] são alomórficos,
porque fazem parte da conjugação do mesmo verbo. Moleza, né? Eu
sei.
Casos particulares
O SUFIXO -MENTE
O sufixo -mente se associa a adjetivos e gera advérbios. O interessante
é que, quando possível, ele se associa à forma feminina do adjetivo.
Então, antes de se anexar ao sufixo -mente, o adjetivo deve sofrer uma
flexão. Vou mostrar o exemplo de rapidamente.
youtube.com/omorfologista
rápido = [rápid] - [o] - [Ø] - [Ø]
 
rápida = [rápid] - [Ø] - [a] - [Ø]
 
rapidamente = [rapid] - [a] - [ment] - [e]
R VTn DG DN
R VTn DG DN
R DG S VT
Perceba que, mesmo na forma adverbial, nós marcamos a desinência
de gênero. Como ela não indica mais a noção de gênero (porque o
advérbio não tem gênero), nós dizemos que o morfema [a] é um
morfema cristalizado, ou seja, ele não indica mais o parâmetro que
indicava antes (no caso, o gênero), mas está presente na palavra por
alguma questão puramente estrutural.
A TERMINAÇÃO -ÃO
Infelizmente, na literatura mais usada na graduação, não se fala muito
nas palavras terminadas em -ão. As análises são variáveis, no geral. Em
palavras como leão, alguns autores entendem que o o faz parte da raiz,
outros entendem que ele geral uma VTn. Portanto, há duas análises
possíveis para esses casos.
leão = [leão] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
 
leão = [leã] - [o] - [Ø] - [Ø]
 
colocação = [coloc] - [a] - [ção] - [Ø] - [Ø]
 
colocação = [coloc] - [a] - [çã] - [o] - [Ø]
R VTn DG DN
R VTn DG DN
RVTv S VTn DN
R VTv S VTn DN
O FONEMA DE LIGAÇÃO
Existem alguns casos em que um fonema aparece para tornar uma
determinada construção morfológica mais eufônica (ou seja, com um
som melhor). Por exemplo, quando adicionamos o sufixo [eria] à
palavra café, aparece um /t/ estranho: cafeteria. Esse é um fonema de
ligação.
Alguns autores indicam esse fonema como uma estrutura à parte, que
não gera morfemas nem participa de nenhum morfema. Outros
autores entendem que essas estruturas pertencem a algum morfema.
Portanto, há duas análises possíveis. Vou exemplificar com cafeteria e
anual.
cafeteria = [cafe] - (t) - [eri] - [a] - [Ø]
 
cafeteria = [cafet] - [eri] - [a] - [Ø]
 
anual = [an] - (u) - [al] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
 
anual = [anu] - [al] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
R FL S VTn DN
R S VTn DN
R FL S VTn DG DN
R S VTn DG DN
Nesses casos, FL significa "fonema de ligação".
Espero que, até este momento, você já tenha
compreendido melhor o global das análises
mórficas no português. Nas próximas páginas,
apresentarei mais três seções. A primeira conterá
algumas análises mórficas prontas, apenas para
afixar seus conhecimentos. A segunda conterá
algumas palavras para você praticar os
conhecimentos que você adquiriu ao longo destas
páginas. A terceira conterá os gabaritos desta
penúltima seção. Bons estudos!
Análises prontas
youtube.com/omorfologista
1) CABER
caber = [cab] - [e] - [r]
R VTv Di
2) MEDIR
medir = [med] - [i] - [r]
R VTv DI
3) IMPRIMINDO
imprimindo = [im] - [prim] - [i] - [ndo]
P R VTv Dg
4) AMADO
amado = [am] - [a] - [d] - [o] - [Ø] - [Ø]
R VTv Dp VTn DG DN
5) PUSEREM
puserem = [pus] - [e] - [r] - [em]
R VTv DMT DNP
6) AMAMOS
amamos = [am] - [a] - [Ø] - [mos]
R VTv DMT DNP
7) FEDIAM
fediam = [fed] - [i] - [a] - [m]
 
ou
 
fediam = [fed] - [Ø] - [ia] - [m]
R VTv DMT DNP
R VTv DMT DNP
8) PEDRA
pedra = [pedr] - [a] - [Ø]
R VTn DN
9) MOÇO
moço = [moç] - [o] - [Ø] - [Ø]
R VTn DG DN
10) ESTUDANTE
estudante = [estud] - [a] - [nt] - [e] - [Ø] - [Ø]
R VTv S VTn DG DN
11) ANALISÁVEL
analisável = [analis] - [á] - [vel] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
R VTv S VTn DG DN
12) INFELIZMENTE
infelizmente = [in] - [feliz] - [Ø] - [ment] - [e]
 
ou
 
infelizmente = [in] - [feliz] - [Ø] - [mente]
P R DG S VTn
13) ANTES
antes = [antes]
R
P R DG S
14) MARCENARIA
marcenaria = [marcen] - [ari] - [a] - [Ø]
R S VTn DN
15) ESTENDER
estender = [es] - [tend] - [e] - [r]
P R VTv Di
16) MULHERENGO
mulherengo = [mulher] - [eng] - [o] - [Ø] - [Ø]
R S VTn DG DN
17) DESCENTRALIZAÇÃO
descentralização = [des] - [centr] - [al] - [iz] - [a] - [çã] - [o] - [Ø]
 
ou
 
descentralização = [des] - [centr] - [al] - [iz] - [a] - [ção] - [Ø] - [Ø]
P R S S VTv S VTn DN
18) AMABILIDADE
amabilidade = [am] - [a] - [bil] - [idad] - [e] - [Ø]
R VTv S S VTn DN
19) TRICOTAR
tricotar = [trico] - (t) - [Ø] - [a] - [r]
 
ou
 
tricotar = [tricot] - [Ø] - [a] - [r]
R FL S VTv Di
20) ANOITECER
anoitecer = [a] - [noit] - [ec] - [e] - [r]
P R S VTv Di
P R S S VTv S VTn DN
R S VTv Di
Agora é a sua vez!
youtube.com/omorfologista
1) RIR
2) DESGASTAR
3) TRAZIDAS
4) QUISERMOS
5) UTILIZAR
6) COLOCARIAM
7) PEGARÃO
8) JOGO
9) GAROTO
10) SOCIALISTA
11) CONTROLADOR
12) HONESTIDADE
13) CONTUDO
14) GÁSTRICO
15) PROCEDER
16) LONGÍQUO
17) ANSIOSAMENTE
18) POSSIBILIDADE
19) VELHICE
20) ENLOUQUECER
Gabarito
youtube.com/omorfologista
1) rir = [r] - [i] - [r]
2) desgastar = [des] - [gast] - [a] - [r]
3) trazidas = [traz] - [i] - [d] - [Ø] - [a] - [s]
4) quisermos = [quis] - [e] - [r] - [mos]
5) utilizar = [util] - [iz] - [a] - [r]
6) colocariam = [coloc] - [a] - [ria] - [m]
7) pegarão = [peg] - [a] - [rã] - [o]
8) jogo = [jog] - [o] - [Ø]
9) garoto = [garot] - [o] - [Ø] - [Ø]
10) socialista = [soci] - [al] - [ist] - [a] - [Ø] - [Ø]
11) controlador = [control] - [a] - [dor] - [Ø] - [Ø] - [Ø]
12) honestidade = [honest] - [idad] - [e] - [Ø]
ou
honestidade = [honest] - (i) - [dad] - [e] - [Ø]
13) contudo = [contud] - [o]
14) gástrico = [gástr] - [ic] - [o] - [Ø] - [Ø]
R VTv Di
P R VTv Di
R VTv Dp VTn DG DN
R VTv DMT DNP
R S VTv Di
R VTv DMT DNP
R VTv DMT DNP
R VTn DN
R VTn DG DN
R S S VTn DG DN
R VTv S VTn DG DN
R S VTn DN
R FL S VTn DN
R VTn
R S VTn DG DN
15) proceder = [pro] - [ced] - [e] - [r]
16) longínquo = [long] - [ínqu] - [o] - [Ø] - [Ø]
17) ansiosamente = [ansi] - [os] - [a] - [ment] - [e]
ou
ansiosamente = [ansi] - [os] - [a] - [mente]
18) possibilidade = [poss] - [i] - [bil] - [idad] - [e] - [Ø]
ou
possibilidade = [poss] - [i] - [bil] - (i) - [dad] - [e] - [Ø]
19) velhice = [velh] - [ic] - [e] - [Ø]
20) enlouquecer = [en] - [louqu] - [ec] - [e] - [r]
P R VTv Di
R S VTn DG DN
R S DG S VT
R S DG S
R VTv S S VTn DN
R VTv S FL S VTn DN
R S VTn DN
P R S VTv Di
É isso, pessoal! Em relação às dúvidas, aos
problemas, aos questionamentos, às correções e a
qualquer outra coisa, vocês podem falar comigo lá
no Instagram: @portuguescombetinho. Espero, de
coração, que o material lhes tenha sido útil. Beijão
e bons estudos!

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