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AMANDA GARCIA 2021 -Fisiopatogênia das lesões cutâneas causadas por fungos Conceito: infecção fungica da epiderme e anexos (pelos e unhas) Classificação: Dermatofitoses: Causadas por fundos dermatofitos Utiliza da queratina Produz uma enzima (queratinase) que vai destruir as células epiteliais produzindo uma lesão. Normalmente a lesão começa no centro e depois para as laterais Dermatomicoses: I. Ceratofitoses: São não queratinófilos (não usa a queratina) A característica da lesão é depende da espécie que vai causar a doença II. Candidíase muco-cutânea São não queratinófilos (não usa a queratina) A característica da lesão é depende da espécie que vai causar a doença Dermatofitoses ou Tinhas ou Tinea São 3 gêneros: Trycofyton, Microsporum e Epidermophyton OBS: Para o fungo se desenvolver ele precisa de: nutriente, umidade e temperatura. Podem ser: -Geofilicos: Habita o solo. Ex: Microsporum gypseum -Zoofilicos: Habita a microbiota normal de um animal (cão, gato). Ex: M. canis, Trichophyton mentagrophytes -Antropofilicos: habita exclusivamente em humanos Ex: T. rubrum; T. schoenlein, T tonsurans Acredita-se que a origem da dermatofitose é no solo e que com o passar do tempo foram se adaptando e transformando em zoofilicos ou antropofilicos. -A lesão é normalmente típica que se inicia no centro -Anular com crescimento centrifugo em que o fungo que estará liberando a enzima queratinase destruindo a queratina tanto da pele como do pelo. -Geralmente tem prurido que acaba coçando e causando infecções secundarias por bactérias nas regiões adjacentes a ferida -Podem aparecer bolhas nas bordas da lesão OBS: seu nome muda conforme onde essa dermatofitose está localizada Tinia Capitis (couro cabeludo) Epidemiologia: Normalmente se manifesta em crianças (de 6 a 10 anos) Em adultos normalmente manifesta intertriginosas (é mais grave) Transmissão: pessoas, animais e objetos. Fatores predisponentes Obs: levar em consideração onde a pessoa mora, o sistema imunológico da pessoa, má nutrição e outras características. Patogenia Definida pela produção de queratinases (enzima que degrada queratina). Característica Clínica a ser observada: local, espécie e resposta imunológica. Variação geográfica: sul e sudeste (M. canis) e nordeste (T. Tonsurons) e na África (T. Soudanense endêmica) Diagnóstico clínico Topografia da lesão (características da lesão no couro cabeludo) vai definir qual o tipo de Tinea capitis. Tipos de infecção que o fungo pode produzir: -Infecção Endothrix (Tricophyton sp) O fungo germina e a hifa se enrola no pelo consegue entrar dentro do pelo e ficar no canal do pelo. Tem múltiplas áreas de alopécia 1. T. tonsurante: Vai produzir placas de tonsura, caracterizada por cotos pilosos e descamação única ou múltipla. Na fase aguda vai apresenta intensa inflamação que vai formar pústulas (denominada Kerion Celsis) 2. T. favosa Causada pelo trichoplyton schoenleinii Mas grave das tineas capitis Atacada o folículo piloso e deixa alopecia cicatricial (cabelo não cresce mais) Quadros típicos apresenta lesões pequenas e crateriformes em torno do óstio folicular -Infecção Ectothrix (Microsporum sp): O fungo germina e a hifa se enrola fora do pelo. Normalmente é de única lesão com definição das bordas e uma placa cinzenta com perda do cabelo. Diagnostico laboratorial Micológico direto Cultura (padrão ouro) Lâmpada de wood -Microsporim: fluorescência esverdeada -Trichoplyton: não fluorecem -T. Schoenleinii: fluorescência verde parda AMANDA GARCIA 2021 Tinea Corporis (tórax) Etiologia: E. floccosum, T. rubrum e M. canis Clínica -Placa descamativa, pruriginosa (produção de prurido), com bordos eritematosopapulosos, crescimento centrifugo, centro claro (início da lesão) -Lesões granulomatosos -Podem ser únicas ou múltiplas, ocorrendo com frequência sua confluência Tinea da Face (rosto) Etiologia T. mentagrophytes T. rubrum Clinica Apresenta placas assimétricas Mais comum em crianças do que em adultos A lesão muda conforme o local Diagnostico diferencial Observar se não é: Dermatite seborreica, Lúpus ou Dermatite de contato pois são parecidos. Precisa fazer uma cultura e também micrológico direto. Tinea cruris ou tinha inguino-crural Etiologia: T. mentagrophytes, T. rubrum e E. floccosum Clinica: Placas eritomatosas com bordas bem definidas com microvisiculas Tem clareamento central É mais comum em homens do que em mulheres Normalmente é bilateral (nadegas ou pernas) Podem ficar escuras ou liqueficadas devido ao prurido que gera muita coceira. Comum durante o verão (calor) e na praia (umidade) Tinea pedis e manum (pés ou mãos) Etiologia: normalmente produzida pelo Trichoplyton rubrum Tinha dos pés é mais frequentemente 1. Forma Interdigital: frequentemente na tinha dos pés. Produzida por: T. mentagrophytes T. rubrum 2. Forma vesico bolhosa: forma aguda e mais grave. Com lesões vesico-bolhosas associadas com a forma interdigital. 3. Forma escamosa: é uma evolução crônica da forma interdigital. Produzida por: T. rubrum e Epidermophyton Floccosum Tinea de unha (onicomicose) Onicomicose causada por dermatófitos Começa com uma perda da coloração da unha (amarela, braca) e uma descolação da mesma. Pode infectar unhas de outros dedos. Pode ocorrer perda de digitais quando muito avançada. Etiologia: Os mesmos fungos da Tinea pedis e manum Clinica: 1. Distal e ou lateral: mais frequente. Produzida por: T. rubrum 2. Branca superficial: produzida por: T. mentagrophytes e T. rubrum. São mais frequentes em indivíduos soro positivos 3. Subungueal proximal: produzida por T. rubrum. São mais frequentes em soros positivos. 4. Distrófica total: inicialmente é cândida e na fase final dermatófitos Diagnostico diferencial: entre psoríase e liquen Diagnóstico: micológico direto e cultura (meio de Sabouraud). Pode adicionar o usa de antibióticos para evitar infecções secundarias. Granuloma tricofitico de majocchi Acometimento profundo Produzindo Foliculite e Perifoliculite Clinica Lesão eritematosa ou papulo-pustulosa nas extremidades. Dermatomicoses: Ceratofitoses Pitiríase versicolor é uma doença causa por essa micose. Ocorre Infecção da camada córnea pelo agente etiológico: malassezia furfur ou pityrosporum ovale -Ocorrência universal, com prevalência em climas quentes e úmidos -Maioria assintomática, evidenciada após exposição solar -O fungo em forma micelar quando encontra temperatura, umidade e imunodepressão ou hiperhidrose o fungo ele se transforma em forma leveduriforme. -Ocorre em adolescentes e adultos jovens -Apresenta áreas seborreicas: pescoço e tronco -Macula hipocromicas, róseas, acastanhadas com uma descamação fina -Crianças: na face e regiões das fraldas; menos descamativas. AMANDA GARCIA 2021 -Imunocomprometidos: acometimento do folículo pilossebaceo (foliculite pitirospórica) -Normalmente não produz prurido Diagnostico: micológico direto (+ quando vê esporos e pseudohifas) ou lâmpada de wood (+ quando amarelo ouro e nas crianças fluorescência rósea dourada) Conceito São infecções causadas por um grupo diversificado de fungos que ataca o homem e os animais. Pode ser considerada zoonoses também (animal infectando animal) As lesões aparecem inicialmente a partir de um ponto de inoculação de estruturas fúngicas, por meio de traumatismos diversos ex: arranhão, espinho. Podem permanecer localizados ou se espalhar pelos tecidos adjacentes, por via linfática ou hematogênica. Agentes Vivem em estadosaprofítico, no solo, vegetais e animais de vida livre São parasitas acidentais do homem Geralmente apresentam baixa virulência (fungo foi inoculado a anos e só depois aparece). Vários são dematiáceos (produzem pigmentos escuros) que apresentam tanto nas hifas quanto nas culturas. Certa adaptação à condição patogênica (dimorfismo, divisão planar – se divide e ficam unidos por grande periodo, corpúsculos) Micose Agente Etiológico Esporotricose Sporothrix Cromo blastomicose Phualophona verrucosa Fonsecaea pedrosoi F. campacta Clodosporium aquaspersas Lobomicose Paracoccidioides loboi (loboa loboi Feo/hifomicose Várias espécies dematiaceas Eumicetomas Várias espécies Esporotricose Etiologia: Sporothrix schenckii Doença bastante comum Fungo dimórfico: filamentosa e leveduriforme (eucariontes com apenas 1núcleo) Saprofílico do solo: permanece em solos tropicais Adquirido pela via traumática Associado a vegetais Patologia Lesão ulcerada, acompanhada de nódulos e abcessos ao longo do trajeto linfático (linfangite nodular, linfadenite satélite) Ocasionalmente pode ocorrer disseminação para o sistema nervoso central, visceras e outros órgãos, mas é muito raro essa patologia sistêmica. Mais raramente, a inalação de partículas fúngicas pode ocasionar infecção pulmonar primária A primeira lesão normalmente ocorre onde a partícula fungica foi inoculada Ecologia e epidemiologia Plantas e o solo são os reservatórios naturais do patógeno. Pode ser relacionada a moradia rural e convívio diário com animais. Já foi isolado de animais aparentemente sadios, ar, água, e de diversos materiais orgânicos A infecção também ocorre em outros animais (cavalo, cachorro, gato), os quais podem agir como vetores da doença Distribuição é mundial Maior pré-disposição: Jardineiros, mineiros, caçadores e relacionados são os mais afetados No Brasil, muitos casos estão associados ao contato com palhas de gramíneas. Ex: cigarro de palha Diagnostico O exame direto não é recomendado Recomendado: Cultura em Ágar Sabouraud. Começa com cor branca e conforme vai crescendo vai escurecendo até o formato de margarina. A forma filamentosa produz conídiosporos arranjados em formato de pequena margarida, hifas finas septadas e hialinas. AMANDA GARCIA 2021 Suas hifas são hialinas e por isso para observa-la é preciso colorir. Inoculação animal: camundongo via intraperitoneal (após 2-3 semanas, lesões). Histopatológica Cromoblastomicose Etiologia: Várias espécies de fungos Família Dematiaceae (produzem pigmentos) Agente etiológico: Phialophora verrucosa; Fonsecaea pedrosoi; F. compacta; Cladosporium carrioni; Rhinocladiella aquaspersas Biologicamente relacionadas Comum nos membros inferiores Fungos do solo e/ou plantas; materiais em decomposição Colônias: cor bem escurecida Microscopia: septos bem evidentes Patologia Penetra por traumatismo Formação de nódulos cutâneos verrucosos, desenvolvimento lento. Evoluem para estruturas papilomatosas, ulceradas Hiperplasia do tecido (crescimento celular), 1 a 3 cm acima da superfície da pele Presença de células fúngicas em divisão planar (uma do lado da outra), corpos leveduriformes (corpúsculos fungóides) Mais comum nos membros inferiores, seguido de mãos, nádegas, etc. Epidemiologia De ocorrência universal, porém muito mais frequente na América tropical e subtropical Muito comum no México. Temos casos no Brasil Trabalhadores rurais pobres, descalços Mais frequente no sexo masculino (maior oportunidade de contato e predisposição a injúria) Raramente é observado em criança Provável quiescência prolongada no tecido Infecções naturais em animais (cachorros, gatos, cavalos, anfíbios) Diagnóstico O aspecto macroscópico da lesão é importante Exame direto de escamas coletadas dos pontos enegrecidos, clareado com KOH. Procura um crescimento planar. Cultura: crescimento lento em Sabouraud, Mycosel; colônias escuras, de aspecto aveludado Lobomicose Patologia Infecção crônica da pele e subcutâneos, sempre com presença de quelóides Membros inferiores, pavilhão auricular, tronco, mão, etc Regiões expostas ao traumatismo e temperaturas mais baixas O estado geral do paciente não é afetado Relatos de pacientes com 30-40 anos com a lesão Processos degenerativos tipo carcinomatosos podem ocorrer Epidemiologia Região Amazônica Trabalhadores de florestas Presença em golfinhos. Transmissão do animal para o homem. Via traumática Diagnóstico Exame direto (biópsia ou secreções): leveduras com parede birrefringente, isoladas ou catenuladas (cadeia) Culturas: até hoje não se conseguiu Inoculações: camundongos imunossuprimidos (pois dependendo da imunidade ela pode não se manifestar); ovos embrionados, tatus Eumicóticos AMANDA GARCIA 2021 Micetoma é uma síndrome clínica, de evolução crônica, caracterizada pelo aumento de volume de uma região ou órgão. Presença ou não de fístulas que drenam um material seroso ou seropurulento no qual podem ser encontrados “grãos” (aglomerados e fungos). O Grão é um aglomerado de micro-organismos. Grãos eumicóticos: mede cerca de 0,5 a 2 mm (visível a olho nu), entrelaçado de filamentos micelianos e clamidósporos. Cor: pode variar (dependendo da espécie): branca, amarelada ou preta Ocorre uma deformação na localização óssea. Etiologia Acremonion: tem hifas aceptadas e com hifa central com diâmetro maior, o que diferencia da hifa do Sporothrix schenckii Fusarium: hifa aseptada, partícula septal é septada, grânulos brancos Aspergillus: forma uma colina bem preta, hifa aceptada, grânulos pretos. Diagnostico O diagnóstico laboratorial dos micetomas é baseado na observação dos grãos, que drenam espontaneamente das lesões, ou que são extraídos através de punção ou biopsia. Pode fazer cultura também Classificação Primarias: sem porta de entrada aparente Secundária: condições de lesões de pele (feridas, lesões abrasivas ou traumas) Agudas: duram poucos dias Crônicas: duram meses ou anos Monomicrobianas: um agente etiológico Polimicrobianas: variedade de agentes etiológicos ERISIPELA Estreptococcia cutânea instalação aguda da lesão + síndrome infecciosa (febre, calafrios, cefaléia, mal estar generalizado, toxemia); Infecção da derme e epiderme, vasos linfáticos superficiais Etiologia: Streptococcus pyogenes (79%), Staphylococcus aureus Mais comum em adultos > 30 anos com fator predisponente (insuficiência vascular periférica, diabetes, obesidade); Porta de entradaúlcera venosa crônica, pé de atleta, picada de insetos, ferimento cutâneo traumático e manipulação inadequada das unhas. Obs: Esterilização de materiais de manicure para evitar contaminação. Muitas vezes, o quadro tem início súbito com mal-estar geral, fadiga, febre e calafrios, antes mesmo do surgimento de sinais na pele infectada. Avermelhamento, dor, inchaço e aumento da temperatura. O aparecimento de adenomegalia inflamatória é comum. Em casos mais graves podem surgir formação de bolhas, escurecimento do segmento acometido e até quadros de sepse, ou seja, infecção generalizada com risco de morte. Sepse: somente quando o microrganismo consegue entrar na corrente sanguínea e causar uma infecção generalizada. Erisipela folhosa AMANDA GARCIA 2021 É um tipo de erisipela mais grave, que se caracteriza por uma ferida avermelhada e extensa, causada pela penetração de Streptococcus Beta-hemolítico do grupo A É a mais importante Ele (streptococcus beta- hemolíticos do grupo A) produz uma enzima (hemolisina) capaz de destruir ou não eritrócitos possível na erisipela bolhosa ou não Diagnóstico Principalmente clínico!Exames complementares → em casos graves (principalmente a bolhosa) Hemograma, proteína C reativa: aumenta em casos de infecção Hemoculturas (2 amostras) se febre = positiva em 5% dos casos. Importante para verificar sepse. Reação de anticorpos marcados por fluorescência, com uma amostra de tecido infetado do paciente Esse agente apresenta uma cadeia longa CELULITE INFECCIOSA Infecção profunda que compromete derme, epiderme e tecido celular subcutâneo Não há distinção entre a pele saudável e a afetada Etiologia →Staphylococcus (75%), Streptococccus pyogenes Sintomas: Dor, hiperemia, edema e calor local Casos graves = linfangite, linfonodomegalia regional, vesículas, bolhas e petéquias Lesões extensas = febre e sinais de sepse Diagnostico Principalmente clínico Exames complementares → em casos graves, para evitar sepse. Hemograma, proteína C reativa Hemoculturas (2 amostras) se febre = positiva em 5% casos Não é conjuntivite pois não tem supuração FASCEÍTE NECROSANTE Infecção com necrose do tecido celular subcutâneo e da fáscia muscular; Rápida progressão de acentuado edema para bolhas violáceas e necrose de tecido celular subcutâneo, com ausência de crepitação. Sintomas: Dor muito intensa, geralmente desproporcional à lesão da pele. Febre alta, toxemia, prostração. Prognóstico grave, alta letalidade Variais bactérias podem causas essa patologia. Etiologia Causadores da doença: Streptococcus do grupo A, C e G (mais comum) Staphylococcus aureus (mais comum) Enterobacterias, (Escherichia coli, Enterobacter spp; Klebsiella spp, Proteus spp), Bacteroides e Peptostreptococcus spp Clostridium perfringens Diagnostico Principalmente o clinico Exames complementares: Hemograma, proteína C reativa Hemoculturas Rx simples = presença de ar em partes moles RNM (ressonância magnética) = diagnóstico precoce IMPETIGO É uma infecção bacteriana superficial da pele muito comum, altamente contagiosa, vista mais frequentemente na face ou extremidades da pele de crianças. Formas de impetigo: comum, o bolhoso e a ectima. AMANDA GARCIA 2021 Impetigo comum (menos grave): Causado por bactérias do tipo Streptococcus pyogenes (grupo A) Sintomas: bolhas cheias de pus que se rompem deixando uma base avermelhada, que depois passa a ser recoberta por uma base amarelada. Não apresenta febre ou mal-estar. As lesões do impetigo costumam desaparecer em uma semana, deixando marcas vermelhas que desaparecem ao longo do tempo sem deixar cicatriz. Impetigo Bolhoso (gravidade intermediaria) É causado Staphylococcus aureus. Sintomas e sua lesão se caracteriza pelo aparecimento de bolhas grandes e frágeis com paredes muito finas que se rompem deixando uma base avermelhada, inflamada e úmida. -Pode afetar diversas regiões do corpo, e assim como no impetigo comum não costuma causar dor. -No impetigo bolhoso podem surgir sintomas como febre, mal-estar e perda de apetite. Impetigo Ectima (mais grave) É considerada a forma mais grave de impetigo, afeta as camadas mais profundas da pele. -Na maioria das vezes, é resultado de uma lesão de impetigo que evoluiu - formando úlceras na pele, que se curam lentamente, deixando cicatrizes. -Pode ser causada tanto por Staphylococcus aureus quanto por Streptococcus, e assim como o impetigo comum não costuma apresentar febre. -É a evolução do empedigo comum FOLICULITE Etiologia Staphylococcus aureus, Enterobactérias, Pseudomonas aeruginosa, Candida sp Malassezia furfur Classificação: Inflamação aguda ou crônica dos folículos pilosos Sintomas Superficial: parte superior do folículo piloso, a pele em volta fica avermelhada e sensível e podem aparecer pequenas pústulas semelhantes a espinhas. Quase sempre é possível enxergar o pelo no centro da lesão, que coça bastante. Profunda: a inflamação se estende por todo o folículo piloso e alcança a raiz. -Lesão: extensa área avermelhada que tem no centro um nódulo endurecido com pus. -Sintomas: Coceira, dor, edema (inchaço) e tumefação local são sintomas comuns nesses casos. Pode destruir o folículo piloso e deixar cicatrizes. FURÚNCULO Infecção de pele, geralmente causada pela bactéria Staphylococcus aureus, que acomete o folículo piloso (pelo), a glândula sebácea e o tecido ao redor. Sintomas Na pele, surge um “botão” endurecido, avermelhado, quente e doloroso que acaba por se transformar em um abscesso de pus. Com o tempo, este botão amolece e drena o “carnegão”. O “carnegão” é uma massa de pus misturada com restos de pele. Pode fazer cultura, mas geralmente não progride para uma bacteremia, sepse e risco de óbito. ACNE É uma doença de pele que ocorre quando as glândulas secretoras de óleo (glândulas sebáceas) tornam-se inflamadas ou infectadas, provocando cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes. AMANDA GARCIA 2021 Acne neonatal: pode estar relacionada a transmissão da bactéria por familiares ou profissional que estão em contato com o bebe. Fisiopatologia A acne ocorre por meio da interação de 4 fatores principais: Produção sebácea em excesso Fechamento folicular com sebo e queratinócitos Colonização dos folículos por Propionibacterium acnes (um anaeróbio humano normal) Liberação de múltiplos mediadores inflamatórios Classificação Não inflamatória: caracterizada por comedões (abertos ou fechados). Ausência de lesão inflamatória. Inflamatória: caracterizada por pápulas, pústulas, nódulos e cistos Etiologia/fisiopatogenia A etiologia da acne ainda não é bem clara. O processo inflamatório se inicia nas unidades pilossebáceas, (glândulas sebáceas, ductos e folículos pilosos rudimentares). Sob estimulação androgênica, glândulas sebáceas excretam grande quantidade de sebo no folículo, que se torna colonizado por bactérias da flora normal da pele, entre elas o Propionibacterium acnes, Essas bactérias contêm lipases que degradam os triglicérides do sebo, liberando ácidos graxos e glicerol, o que desencadeia uma intensa resposta inflamatória, associada com as toxinas bacterianas. Diagnostico É basicamente clínico. Idade inicial do aparecimento das lesões; Uso de medicamentos; Atividades e/ou exposiçao ocupacional; Doenças dermatológicas prévias; Em mulheres: ciclo menstrual; Sinais de androgenizaçao. MOLUSCO CONTAGIOSO Agente: Vírus do grupo POXVÍRUS – Gênero Molluscipoxvirus, espécie: Molluscum contagiosum vírus (MCV) Se replica dentro das células, levando a hipertrofia epitelial Fatores: Condições sócio econômicas, clima e fatores como idade e estado imunológico e clima tropical Transmitido pelo contato interpessoal, contato da pele, fomites e auto inoculação. Mais raramente sexual. Crianças e adolescentes, principalmente atópicas, que frequentam piscinas Na criança, acomete face, tronco e membros superiores. As lesões são extremamente contagiosas VERUGAS VIRAIS Proliferações benignas da pele causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV). A infecção ocorre nas camadas mais superficiais da pele ou mucosa, ativando o crescimento anormal das células da epiderme. Transmissão Contato direto com pessoas e/ou objetos infectados. Pequenas feridas são necessárias para a inoculação do HPV. Autoinoculação por meio de pequenos ferimentos que servem de porta de entrada para o vírus Contato sexual Via materno fetal no momento do parto. AMANDA GARCIA 2021 Pacientes com baixa imunidade mais vulneráveis. O pico de incidência ocorre entre 12 e 16 anos. Após o contato, pode demorar semanas a meses para as lesões aparecerem. Classificação: Várias formas clínicas: Vulgar (70% dos casos) Plantar (25% dos casos) Planas (5% dos casos) Verruga plantar:é popularmente conhecida por “olho de peixe”, frequentemente é dolorosa, dificultando a deambulação Verruga vulgar: Mais comum Lesões arredondadas ou irregulares, endurecidas e ásperas podem guardar alguma semelhança com o aspecto de uma couve-flor. No início são claras, esbranquiçadas, com pontos escuros, mas podem mudar de cor com o passar do tempo. Áreas expostas a maior atrito, como mãos, dedos, cotovelos, joelhos e ao redor das unhas (verrugas periungueais), isoladamente ou em placas. Prevalente na infância e na adolescência. Verrugas planas: Confluência de múltiplas pequenas pápulas amareladas ou acastanhadas, de no máximo 5 mm, pouco proeminentes e mais macias do que as verrugas vulgares. Preferencialmente na face. Verruga plantar: lesões dolorosas desenvolvem-se na planta dos pés Área central irregular é circundada por uma camada endurecida da epiderme. Crescem para dentro da sola do pé, o que provoca dor. A presença de pequenos pontos escuros no centro das lesões sugeriu o nome popular de “olho-de-peixe” pelo qual também são conhecidas. Verrugas Filiformes: lesões finas e alongadas que se projetam para fora da epiderme da face, pescoço, pálpebras e lábios idosos HERPES Subfamília: Alfaherpesvirinae Simplexvirus (Herpes simples humano, ou HSV, ou HHV-1 e 2) Varicellovirus (vírus da varicela, ou catapora, ou varicela-zoster, VZV, ou HHV-3) Herpes simples: HSV tipo 1; HHV-1: Doenças associadas: Herpes labial, Queratite, Estomatites (Aftas) Herpes neonatal: Lesão cutânea Encefalites HVS é, em geral, transmitido durante o parto pelo trato genital materno infectado. A transmissão transplacentária do vírus e a disseminação adquirida em ambiente hospitalar entre os recém- nascidos pelos profissionais do hospital ou pela família correspondem a alguns Diagnóstico: Clínico Diagnostico laboratorial rápido: esfregaços de células – IFD -Isolamento de vírus: Fluido vesicular, swabs nasais e conjuntivais, abortos, fragmentos de encéfalo, LCR Inoculação em MDBK, e muitas outras ECP (reação das células) característico em 1-3 dias Sorologia: útil na infecção primária (Soro Neutralização - SN , ELISA) AMANDA GARCIA 2021 Tipagem de vírus: AcMs diferenciais (ELISA); SN diferencial Reação de cadeia de polimerase PCR: PCR para detecção de fragmentos de genoma de HERPESVÍRUS Varicela ou catapora Agente: vírus Varicela-Zoster (VVZ) p.i. 14-20 DIAS Evolução rápida Altamente contagiosa Lesões em diferentes estágios A transmissão se dá entre 1 a 2 dias antes do aparecimento das lesões de pele e até 6 dias depois, quando todas as lesões estiverem na fase de crostas. Líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus Sinais e sintomas Começam entre 10 e 21 dias após o contágio da doença: - Manchas vermelhas e bolhas no corpo; - Mal-estar; - Cansaço; - Dor de cabeça; - Perda de apetite; - Febre alta. As bolhas surgem: Na face, no tronco ou no couro cabeludo Se espalham e se transformam em pequenas vesículas cheias de um líquido claro. Em poucos dias o líquido escurece e as bolhas começam a secar e cicatrizam. Este processo causa muita coceira, que pode infeccionar as lesões devido a bactérias das unhas ou de objetos utilizados para coçar. Diagnostico Clinico Laboratorial: não são utilizados para confirmação ou descarte dos casos de Varicela, exceto quando é necessário fazer o diagnóstico diferencial em casos graves. O vírus pode ser isolado das lesões vesiculares durante os primeiros 3 a 4 dias de erupção. HERPER-ZÓSTER Doença viral autolimitada, com ciclo evolutivo de, aproximadamente, 15 dias, que atinge homens e mulheres, sendo mais frequente na idade adulta e nos idosos, pacientes imunocomprometidos, como portadores de doenças crônicas, neoplasias, AIDS e outras Sinonímia: Zoster, cobreiro, fogo selvagem. Agente Etiológico: Varicella-zoster vírus, o mesmo vírus causador da Varicela. Sintomas Nevrálgicas, parestesias, ardor e prurido locais, acompanhados de febre, cefaleia e mal-estar. Erupção vesicular em 2 a 3 dias que, com frequência, fornece o diagnóstico. Essas vesículas podem confluir formando bolhas contendo líquido transparente ou ligeiramente amarelado, seguindo o trajeto de um nervo. Diagnóstico Diagnóstico laboratorial Isolamento do vírus em linhagens celulares de cultura de tecidos suscetíveis, Demonstração de soroconversão, ou elevação de 4 vezes ou mais nos títulos de anticorpos entre as amostras de soro na fase convalescente e na fase aguda. A tecnologia da reação da cadeia de polimerase (PCR) para a detecção do ADN viral no líquido vesicular. Provas sorológicas Detecção de anticorpos contra o antígeno de membrana (FAMA), Imuno-hemaglutinação por aderência Ensaio imunossorvente ligado à enzima (ELISA). Obs: O teste FAMA e o ensaio ELISA parecem ser os mais sensíveis.
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