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AMANDA GARCIA 2021 Prof. Dora Introdução: O Sistema nervoso central (SNC) é sede de infecção por diferentes agentes: Vírus; Bactérias; Fungos; Helmintos e Protozoários Transmissão 1. Disseminação hematogênica: (mais comum) o Entrada pela circulação arterial o Disseminação venosa retrograda – conexão anastomódicas entre veias da face e a circulação cerebral. 2. Implantação direta do micro-organismo o Trauma o Raramente é iatrogênica – por agulha de punção lombar o Raramente por malformações congênitas – na meningomielocele 3. Extensão local o Secundário a infecção de seio da face (mais comum mastoide ou frontal) e dente. o Localização cirúrgica em crânio e coluna ostiomelite e erosão óssea 4. Através do SNP o Ex: raiva e herpes zoster Lesão do tecido nervoso ocorre: MENINGITE: o A meningite aguda é a infecção mais comum do SNC o Possui etiologia diversa: Vírus: herpes simples (HSV); varicela zoster (VVZ); enterovirus (90%). Protozoário: naegleria; acanthamoeba Fungos: crytococcus neoformans; coccidioides immitis Meningite piogenica aguda (bacteriana): o Risco de morte tratamento especifico urgente!! É mais grave e mais comum do que as virais o Causada por vários agentes bacterianos o Até 1990 – haemophilus influenzae tipo B (Hib) introdução da vacina Streptococcus pneumoniae e nisseria meningitidis. o Clareamento em volta da bactéria (é pq ela tem capsula) o Finbrias – é um fator de virulência Fisiopatologia: Imagem: Foco primário de infecção ou bacteremia Quadro clinico: o Apresentação clinica é forte e influenciada pela resposta imune do hospedeiro Idade Comorbidade o Ruptura de barreiras anatômicas Traumas Foco infeccioso próximo ao SNC Diagnostico o Devido à gravidade dessas infecções, o laboratório deve estar preparado para realizar o diagnóstico de modo rápido. o Diagnostico principal e feito pelo líquor unção lombar e realizada com pacientes em decúbito lateral, entre os espaços de L3-L4, L4- L5, L5-S1, suboccipital ou ventricular (em crianças). Amostragem do líquor O liquor deve ser armazenado em tres tubos, onde: Tubo 1: destinado para testes bioquímicos e sorológicos, Tubo 2: destinado para laboratório de microbiologia, Tubo 3: destinado a hematologia. Um quarto tubo pode ser retirado para fazer testes adicionais o O material deve ser transportado ao laboratório, em temperatura ambiente, o mais imediatamente possível. Nunca o transportar congelado e/ou sob refrigeração. o Analise microbiológica: Material usado é o LCR Amostra clínica em tubo estéreo e encaminhada para urgência AMANDA GARCIA 2021 Não refrigerar Volume mínimo é 1ml para bactérias, pois, precisa fazer cultura e outros métodos, por isso em maior quantidade. Amostras refrigeras podem inibir e até impedir o crescimento de MO no entanto essas amostras servem para a pesquisa de antígenos. Geralmente a concentração dos MO no liquor é baixa, necessitando centrifugar a amostra para concentra-los. o Detecção de antígenos bacterianos: Teste de aglutinação pelo látex – pesquisa de antígeno no liquor de: nisseria meningitidis, streptococcus pneumoniae; haemophilus influenzae; streptococcus agalactiae; escherichia coli. Principais agentes etiológicos bacterianos (principais – 3 primeiros) Fatores de virulência dos principais patógenos Profilaxia Meningite meningocócica (bacteriana): o Causada pela neisseria meningitidis o Diplococos gram-negativos, semelhantes a N. gonorrhoeae, mas com uma capsula adicional de polissacarídeo que é antigênica. o Colonização assintomática – 20% da população. Adesão as células da nasofaringe por fimbrias A taxa de portadores pode chegar a 60 a 80% nos surtos o Afeta indivíduos que possuem anticorpos bacterianos específicos contra os antígenos capsulares Bebes e crianças pequenas – sem anticorpos maternos Adolescentes – não expostos ao sorotipo infectante Transmissão: o Pessoa a pessoa, por gotículas de saliva (contagiosa), tosse, espirro, beijo. Estado de portador (reservatório). o Sorotipos específicos associados a infecção Variação genica geográfica: B, C, Y (países desenvolvidos) A e W-135 (regiões menos desenvolvidas) o Vacinas tem como alvos os sorotipos A, C, Y e W- 135 o Contato familiar – rifampicina (antibiótico) por 2 dias Quadro clinico o Período de incubação de 3 dias com início súbito o Irritação na garganta, cefaleia, sonolência e sinais de meningite (febre, irritabilidade, rigidez na nuca e fotofobia) o Frequentemente erupção cutânea hemorrágica com petéquias – septicemia. o 35% dos pacientes apresentam septicemia fulminante, endotoxemia choque e insuficiência renal o 100% de mortalidade quando não tratada o 4 a 10% de mortalidade mesmo se tratada, podendo sequelas graves. Meningite por Haephilus influenzae: Cocobacilos Gram-negativos – 6 tipos o Cepas não encapsuladas: são comuns e presentes na orofaringe da maioria das pessoas saudáveis AMANDA GARCIA 2021 o Tipo B: encapsulado: TR de lactantes e pré- escolares; ocasionalmente atinge as meninges Comumente complicada por graves sequelas neurológicas: o Período de incubação de 5 a 6 dias início mais insidioso o Menos fatal que a meningocócica com mortalidade de 5% dos casos atrasados o Surdez, atraso de desenvolvimento da fala, retardo mental e crise convulsiva de 9% dos casos tratados o MO dificilmente vistos em esfregaço de LCR Anticorpos maternos – proteção nos primeiros meses de vida o Janela de suscetibilidade de 2 a 3 anos de idade Vacina contra HIB – eficiente para crianças a partir de 2 anos Meningite pneumocócica (bacteriana) Causa pela streptococcus pneumoniae o Coco gram positivo, encapsulado, encontrado na orofaringe de muitos indivíduos saudáveis o A susceptibilidade a infecção está associada aos baixos níveis de anticorpos contra antígenos da capsula polissacaridic o Proteção dos anticorpos é tipo especifica: mais de 90 tipos diferentes de antígenos capsulares. Quadro clinico o Não é contagiosa o Manifestação aguda pode vir após pneumonia e ou septicemia (sepse) em idosos o 20 a 30% de mortalidade mesmo se tratada e 15 a 20% de sequelas em casos tratados. Prevenção o Tratamento imediato de otite media e infecções respiratórias e uso de vacina polissacaridica, 23 valente para crianças acima de 5 anos de idade. o Anos 2000: vacina conjugada (proteína +ag capsulada de 7 sorotipos) – mais eficaz em crianas menores ou iguais a 2 anos) Meningite por Listeria monocytogenes (bactéria) o Cocobacilo gram positivo o Meningite em adultos imunocomprometidos; infecções intrauterinas recém-nascidos (atravessa a placenta) o Menos suscetível a penicilina que o S. pneumoniae Meningite neonatal: o Neonatos: condições imunológicas imaturas o Taxas de mortalidade estão caindo em países desenvolvidos mais o problema ainda é grave o Agentes: estreptococos beta-hemoliticos do grupo B (S. agalactiae) e E. coli. Infecção hospitalar e mães colonizadas e ou infectadas o Em muitos casos, causa sequelas neurológicas permanentes. Paralisia cerebral ou de nervos cranianos, epilepsia, retardo mental ou hidrocefalia. Diagnostico o Muito difícil o Sinais inespecíficos como: febre, recusa alimentar, vômitos, desconforto respiratório e diarreia Meningite Tuberculosa: o Agente: mycobacterium tuberculosis, bacilo álcool – ácido resistente (BAAR). o A meningite tuberculosa difere da meningite causada por outras bactérias pois: sua evolução e demorada; mortalidade mais elevada; alteração do LCR de menor gravidade; tratamento menos eficaz com maior número de sequelas o É uma complicaçãosevera da tuberculose o Prevalente nos grupos de alto risco, como imunocomprometidos, imigrantes de áreas endêmicas e pessoas altamente expostas (como membros da família e trabalhadores da saúde) Meningite viral: o Meningites assépticas ou serosas Agentes o Enterovirus (echovirus e coxcachievirus) o Vírus do sarampo, da caxumba, da coriomeningite linfocitica e HIV-1 Clinica o Cefaleia intensa, fotofobia, rigidez de nuca, febre, náuseas, vômitos e febre o Enterovirus: associação a manifestações respiratórias, mialgia e erupção cutânea o EF: bom estado geral do paciente e a presença de sinais de irritação meníngea o Evolução rápida e benigna, sem complicações (exceto em imunodeficientes) Meningite fungica: o Complexo Cryptococcus neoformans oportunista, cosmopolita associada a imunodepressão células o Excretas de pombos, papagaios e ocos de arvores o Poeira domiciliar 13 a 50% de contaminação o Crytococcus gattii primaria de hospedeiro, imunocompetente, sorotipo B e C o Madeiras em decomposição e ocos de arvores o Comum na região norte, nordeste e centro oeste do brasil Sintomatologias o Cefaleia, febre, confusão mental e demência progressiva, linfócito T CD4 + com maior ou igual a 50 células por mm3 o Sequelas: redução acuidade visual, capacidade mental, paralisia permanente nervos cranianos e hidrocefalia. AMANDA GARCIA 2021 Diagnostico o LCR exame micológico direto e cultura o Coletar 3 a 5 ml em tubo de polipropileno estéril com tampa rosqueada. Conservar e transportar a temperatura ambiente em caixa isotérmica (para proteção da amostra somente), imediatamente após a coleta o Excepcionalmente conservar em geladeira e transportar até 24 hrs entre 2 a 8 graus com gelo reciclável em caixa isotérmica o Risco eminente de morte Diagnostico micológico o EMD – tinta da china exame micológico direto LCR centrifugo 10 min/2000RPM Sedimento + corante Levedura encapsulada Sensibilidade 100% o Cultivo Semeadura de 25 37 graus Agar sobouraud (sem cicloeximida) Agar BHI Agar Niger Agar extrato de levedura Aspecto colônia branco ao creme, mucoide, brilhante – 48 horas Diagnostico imunológico o Detecção de antígeno capsular polissacarídeo gçucuroxilomanana ENCEFALITES o Processo inflamatório do prenquima cerebral com evidencias clinicas ou laboratoriais de disfunção neurológica o Comprometimento do estado mental com ou sem convulsões que se intala precocemtne em poucos sinais meníngeos Epidemiologia o Paciente com suspeita de encefalite requerem internação mais prolongada, mais recursos diagnósticos e se associam com maior mobimortalidade o Cerca de 1/3 a 2/3 dos casos continuam sem causa definido mesmo após extensiva investigação o A maioria dos casos cujo agente infeccioso foi identificado de causa viral Etiologia É de difícil diagnostico/etiologia Principal causa: herpes simples Quadro clinico Sintomas podem ser confundido com outras doenças Diagnostico o Exame de liquor Pleocitose: 50 a 500 células com predomínio linfocitário. Glicorraquia normal Proteína elevada Reação da cadeira de polimerase PCR que determina a presença do genoma viral o Tomografia computadorizada o Ressonância magnética Maior sensibilidade no diagnóstico da encefalite herpetica o Normalmente a cultura não é realizada, só em casa de suspeita de ser bacteriana ou fungica AMANDA GARCIA 2021 Encefalite Herpetica: o Mais frequente diagnostico de encefalite viral aguda o Aproximadamente 95% causadas pelas HSV-1 o Em neonatos maior frequência de HSV-2 o 75% dos casos nos adultos são resultados de infecção recorrente o Acomete o córtex cerebral, especialmente o lobo temporal o Mortalidade chega a 80% nos não tratados o Pode causar sequelas graves e incapacitantes Quadro clinico o Anosmia o Febre o Fotofobia o Alteração de comportamento e fala o Ataxia o Tremores o Hemiparesia o Amnesia o Distúrbio do sono o Incontinência urinaria Diagnostico Mais comum diagnostico clinico e PCR (difícil por cultura) Encefalite Aguda disseminada (ADEM) o Doença desmielinizante monofásica imunomediada o Pode ocorres pos: imunização (varíola, sarampo, caxumba, rubéola, influenza, raiva) e infecções (sarampo, rubéola, varicela, herpes zoste, caxumba, mycoplasma pneumoniae, IVAS-infecções das vias aéreas superiores) o Não é necessário documentação de doença previa para diagnostico o Maior mortalidade e sequelas neurológicas quando associado varicela e rubéola o Mortalidade de 25% o Sequelas em até 40% dos casos o Idade média de acometimento em torno de 7 anos o 3% dos casos relatados são em adultos Patogenia Manifestações clinicas o Podem ocorrem de 4 a 21 dias após fator desencadeante o Caracteriza-se por Diagnostico
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