Buscar

PLANO DE TRATAMENTO NA ODONTOPEDIATRIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Com o plano de tratamento, o objetivo principal é trazer a saúde bucal na infância (manutenção ou 
recuperação da mesma), de forma individual e/ou coletiva. 
Para isso, é necessário: 
 Observar e compreender as condições 
sistêmicas e locais do paciente, que são 
importantes para o planejamento 
clínico 
 Compreender a aplicabilidade clínica e 
a necessidade da elaboração de um 
plano de tratamento que seja eficaz e coerente 
A b o r d a g e m I n t e g r a l 
Trata-se da interpretação de eventos biológicos, associando-os ao meio em que o paciente vive, a e 
proposição de alternativas viáveis e adequadas em cada situação. É a abordagem ideal para uma boa 
promoção da saúde! 
As informações devem ser registradas de forma sistemática, sempre considerando: 
 Contexto biopsicossocial do paciente 
 Expectativas do paciente e da família 
 Preocupações dos pais e cuidadores 
 Saúde geral do paciente (exame completo) 
 Caráter investigativo 
 Vínculo de confiança 
Exame Completo 
 Sempre buscar captar o maior número de informações possível sobre a saúde do paciente; 
 Não se limitar às queixas do paciente; 
 Deve ser organizado e longo apenas o suficiente para ser útil; 
 Consiste em: 
 Anamnese 
 Exame físico/clínico 
 Exames complementares 
 Estabelecimento do diagnóstico 
A ficha clínica deve apresentar: 
 Identificação do paciente 
 A anamnese propriamente dita 
 Informações clínicas 
 Odontograma 
 Plano de tratamento 
 Diagnóstico 
 Relatório final (a cada consulta/final do tratamento) 
O ideal é sempre promover uma intervenção 
mínima, além de uma boa participação do paciente 
durante todo o tratamento. Além disso, é 
importante ter um atendimento multidisciplinar, 
dependendo do caso clínico que o paciente 
apresenta! 
As consultas devem ser precisas, porém ao 
mesmo tempo devem ser confortáveis para o 
paciente, para que ele goste da experiência e, 
principalmente, consiga seguir as 
recomendações e aderir ao tratamento. 
A sequência lógica auxilia o profissional a se organizar e 
deixar as consultas passadas mais rápidas de serem 
avaliadas (o que foi feito, o que ainda falta finalizar etc) 
Anamnese 
É uma entrevista direcionada e sistemática que visa coletar dados que abranjam a realidade social, 
emocional e da saúde do paciente, tanto no passado quanto no presente (abordagem biopsicossocial). 
 Deve ser realizada com os responsáveis 
 Garante que haja compreensão (utilizar linguagem compatível com o paciente/família, sem 
muitos termos técnicos) 
 Escuta ativa (ouvir atentamente as informações) 
 Estabelecimento de confiança 
É durante a anamnese que se descobre qual a queixa principal do paciente, que o levou a buscar um 
profissional para solucionar o problema. Sobre ela: 
 Deve partir do paciente ou dos familiares 
 Não deve ser negligenciada 
 Ajuda a estabelecer as expectativas e anseios da família 
História Médica 
 História pré-natal e sobre o nascimento da criança 
 História pós-natal 
 História atual 
 Uso de medicamentos, internações 
 Antecedentes médicos familiares 
História Odontológica 
 Normalmente está relacionada com a queixa principal 
 Entender as motivações e expectativas 
 Conhecer e compreender o comportamento da criança durante o atendimento 
 Descobrir quais as experiências já vividas 
Hábitos Alimentares e Dieta 
 Descobrir se a dieta é cheia de alimentos ricos em açúcares, o que aumentaria o risco de lesões de 
cárie e também o risco de comprometimento sistêmico (obesidade, diabetes, colesterol) 
 Fazer um recordatório e um diário de dieta (entender a dinâmica da família) 
 
 
 
Avaliação Comportamental e Psicológica 
 Registrar a forma como a criança se comporta (antes, durante e depois do atendimento) 
 Avaliar também as reações dos pais/responsáveis frente a postura da criança, ou até mesmo o 
comportamento da criança quando os responsáveis estão presentes e ausentes na consulta 
 Avaliar e orientar quanto ao uso de chupeta e mamadeiras, e quanto a hábitos deletérios 
(onicofagia, sucção digital) 
 Causas e consequências 
Higiene Oral 
Existem perguntas que devem ser feitas para se conhecer os hábitos da criança e da família: 
História Multiprofissional 
 Psicólogos 
 Nutricionistas 
 Fonoaudiólogos 
 Fisioterapeutas 
 Terapeutas ocupacionais, etc. 
95% das crianças são expostas a alimentos e bebidas 
potencialmente cariogênicos antes dos 12 meses de idade! 
(Chaffe et al. 2015) 
 Usa pasta de dente com flúor? 
 Faz uso de fio dental? 
 Recebeu alguma orientação prévia? Segue essas orientações? 
 Escova quantas vezes ao dia? 
 Quais os hábitos da família em relação à higiene oral? 
 Qual o grau de autonomia da criança? 
 
Exame Físico 
É importante para a avaliação do quadro clínico de saúde geral do paciente, e para a segurança dos 
procedimentos: 
 Estatura 
 Pressão arterial 
 Frequência respiratória e tipo de respiração 
 Coordenação motora 
 Postura 
 Mãos 
 Higiene 
 
Exame Clínico 
Nesta etapa, são procurados sinais de manifestações clínicas relativas a doenças: 
 Inspeção 
 Avaliação visual direta dos sinais clínicos 
 Avaliação de traços anatômicos, fisiológicos e psíquicos 
 Avaliação de aspectos, como alteração de cor ou volume, presença de ulcerações, 
assimetrias etc. 
 Palpação 
 Avaliar através da sensibilidade tátil todas as estruturas intra e extra bucais 
 Visa determinar eventuais alterações da normalidade e suas características (consistência, 
limites, sensibilidade, textura superficial, flutuação, mobilidade, temperatura etc) 
 Percussão 
 Avaliação da transmissão do som em alguma estrutura 
 Na Odontopediatria: Dentes decíduos anquilosados 
 Restrição no uso para avaliação da sintomatologia dolorosa no periodonto 
 Tomar cuidado, pois: Crianças não reagem bem a dor! 
 Auscultação 
 Pode ser realizada com o auxílio de um estetoscópio 
 É geralmente utilizada para a avaliação de ruídos na ATM (estalidos, crepitações etc) 
 Olfato 
 Avaliação do odor exalado pelo paciente, através da cavidade oral principalmente, ou de 
eventuais lesões presentes nela 
 Determinados tipos de patologias possuem odores específicos: 
o Lesões envolvendo bactérias periodontais, infecções etc. 
É dividido em exame clínico Intra-Bucal e Extra-Bucal. 
 
Exame Intra-Bucal 
 Avaliação dos tecidos moles: 
 Língua 
 Assoalho bucal 
 Mucosa jugal 
 Gengiva livre e inserida 
 Palato duro e mole 
 Freios e bridas 
 Orofaringe 
 Avaliação dos tecidos duros: 
 Estruturas ósseas 
 Dentes (forma, posição, quantidade, risco de cárie) 
 Exame oclusal: 
 Avaliação do crescimento facial, desenvolvimento dentário, função 
 Avaliação de alterações 
o Cronologia de erupção, posicionamento dentário, desenvolvimento ósseo, relação 
entre os arcos, movimentação, musculatura, ATM 
 Preenchimento do odontograma e índice de placa 
 
Exames Complementares 
Devem ser realizados apenas quando há a necessidade de se obter informações adicionais sem a 
possibilidade de serem extraídas com o exame clínico e a anamnese. 
 Exames radiográficos 
 Sendo as mais comuns: Interproximais e Periapicais 
 Modelos de estudo 
 Exames laboratoriais (histopatológico, hemograma, sangramento e coagulação, testes salivares) 
 
Diagnóstico 
 Deve ser determinado com base em todos os dados obtidos anteriormente 
 Com um caráter dinâmico, o plano de tratamento deverá levar em consideração: 
 Colaboração dos pais e da própria criança 
 Condição socioeconômica da família 
 Complexidade do tratamento 
 Experiência do profissional 
P l a n o d e T r a t a m e n t o 
É realizado após o estabelecimento do diagnóstico e deve ser adequado às necessidades de cada 
paciente. 
Toda e qualquer alteração dos padrões de normalidade deve ser rapidamente anotada na ficha clínica 
(para não esquecer e acompanhar o desenvolvimento)! 
 ObjetivoPrimário 
 Restabelecer a função e, quando aplicável, a estética dos tecidos bucais comprometidos 
 Princípios 
 Educação e motivação do paciente e da família quanto à saúde bucal e geral, para que 
tanto a criança quanto a família consigam manter as orientações e aderir ao tratamento 
 Fundamento 
 Filosofia de promoção da saúde cooperativa entre profissional e paciente 
 
O que é Plano de Tratamento? 
 É um importante recurso de organização do profissional 
 Deve conter os procedimentos realizados e os que serão feitos, de acordo com as prioridades 
(seguir uma ordem de necessidade ou fases dos procedimentos) 
 Não deve ser fixo, imutável, mas sim passível de mudanças 
 Pode conter informações multiprofissionais 
 
Fases 
 Controle e diminuição da atividade de cárie 
 Adequação do meio bucal prévio ao tratamento restaurador definitivo 
 Instruções de dieta 
 Instruções de higiene oral 
 Aplicação de flúor 
 Remoção seletiva de cárie 
 Selamento provisório das cavidades 
 Exodontias, se necessário 
Depois do controle da cárie e da doença periodontal (ou seja, após a adesão da criança ao tratamento): 
 Fase restauradora definitiva 
 Tratamentos pulpares 
 Reabilitações protéticas 
 Restabelecimento das funções mastigatória e 
fonética e para o correto desenvolvimento da 
oclusão 
 
 
 
 
 
 
 
Sempre realizar o 
acompanhamento periódico do 
paciente!

Outros materiais