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Aluna: Larissa Oliveira Alves Antes de falar sobre a copropriedade do software, é importante informar que no Art. 2º da lei de Software há uma negação a respeito da aplicação dos direitos morais no programa de computador. Mas admite o direito do autor de reivindicar a paternidade do programa de computador e o de se opor a alterações não-autorizadas se essas alterações implicassem na deforma, mutilação ou em alguma medicação no programa do computador. Logo, o direito do autor fica “ligado” a autonomia das partes, pois essas irão negociar acerca dos direitos autorais, caso não ocorra um pacto em contrário, os direitos patrimoniais vão pertencer ao empregador nos trabalhos que tem finalidade destinada à pesquisa, bem como quando a atividade do empregado decorrer da própria natureza dos encargos concernentes à relação de emprego. A lei nº 9.609/98, no Art. 4º, distingue o software elaborado pelo empregado que foi contratado de serviço ou servidor público durante a vigência do contrato ou de vínculo estatutário, destinado à pesquisa e desenvolvimento ou ainda que decorra da própria natureza dos encargos concernentes a esses vínculos; do software sem relação com o contrato de trabalho e sem a utilização de recursos, tecnologia, segredos industriais, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, da empresa com a qual o empregador mantenha contrato de prestação de serviços ou assemelhados. Na modalidade do software elaborado pelo empregado, os direitos relativos ao programa irão pertencer ao empregador, salvo estipulação em contrário. A retribuição do trabalho está ligada apenas à remuneração ou ao salário convencionado. Na outra modalidade, os direitos pertencerão ao empregado. Ou seja, em regra, o software criado pelo empregado em decorrência do contrato de trabalho não lhe trará qualquer ganho extraordinário, salvo se for pactuado com o empregador. Isto porque foram utilizados recursos, informações tecnológicas, segredos industriais e de negócios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, da empresa ou entidade com a qual o empregador mantenha contrato de prestação de serviços ou assemelhados. Já software desenvolvido e elaborado sem uso de qualquer recurso do empregador e fora de seu estabelecimento, em atividade extracontratual, os direitos autorais pertencerão exclusivamente ao empregado. A repartição de direitos é semelhante ao da invenção e ao modelo de utilidade que foi desenvolvido pelo empregado. Vale ressaltar que os direitos tratados nesse artigo e nos seus parágrafos serão aplicados, também, nos softwares desenvolvidos por estagiários, bolsistas ou assemelhados. Os direitos patrimoniais do software vão ser do empregador devido a finalidade expressamente contida no contrato destinado à pesquisa e desenvolvimento ou quando a própria natureza da atividade for atinente à criação e desenvolvimento dos programas de computador. Para que o empregado tenha uma participação remuneratória nos resultados da comercialização do software será necessário a criação de uma cláusula pé escrito no contrato de trabalho.
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