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Toxicologia Veterinária Clínica Ambiental Forense Experimental Zootoxinas Veterinária Genética Dos alimentos Qualquer substância química ou agente físico que ao interagir com o organismo vivo provoco efeito nocivo Agente tóxico/Toxicante: Qualquer substância química estranha ao organismo Xenobiótico: Substâncias tóxicas produzidas por organismos vivos Peçonha: transmitida por mordedura ou ferroada Veneno: localizada em tecidos (não em glândulas) Toxina: Capacidade inerente de uma substância química ou agente físico de provocar intoxicação - efeito nocivo Toxicidade: Condições que determinam intoxicação ou não Dose/Concentração Propriedades físico-químicas Duração (tempo), frequência (aguda/crônica) Suscetibilidade individual Via de exposição: oral, dérmica e inalatória Condições de exposição: Diagnóstico das intoxicações Anamnese Avaliação clínica - exame físico e complem Achados post mortem Exames toxicológicos Ensaios com animais Toxicologia clínica: Depende do que o paciente apresentar ANTÍDOTO: Reversor Antagonista Ex.: N-acetilcisteína (antídoto do paracetamol) MONITORAR: Oxigênio Medicamentos Temperatura Conduta de emergência: Lavagem com água morna por 15min Não secar Não por no sol Tosa em animais de pelo longo Sabão alcalino (neutralizar) Exposição cutânea: Lavagem (20 a 30min) Solução fisiológica ou água limpa Exame oftalmológico Colírios anestésicos 1. 2. 3. 4. Exposição ocular: 24 horas de observação Exposição inalatória: Inativam o agente tóxico absorvido Quelantes de metais Antagonistas de receptores Bloqueadores de vias metabólicas Antídotos: Hipertermia (água fria, compressas frias) Hipotermia (ambiente quente) Hipóxia (oxigênio) Hipertensão/Hipotensão Rabdomiólise Agitação e hiperatividade Estupor e coma Medidas de suporte: ORGANOFOSFORADOS: Se ligam à acetilcolinesterase e mantém ativa - bradicardia severa (parassimpático) Tratamento: Lavagem gástrica > máx 2h após exposição Carvão ativado durante 48h Atropina 0,2 a 0,5mg/kg 1/4 da dose IV e o restante SC ou IM Menor dose possível - repetições Atonia ruminal, aumenta FC, estase gastrointestinal, alterações de comportamento ou hipertermia - dose menor ou administração descontinuada Tratamento efetivo quando há baixa da sialorréia e alívio das alterações respiratórias Antagonista muscarínicos Não atua diminuindo os efeitos nicotínicos Tremores musculares e fasciculações (24h) Praguicidas Medicamento x Raticida O que muda? Dose! Warfarin (anticoagulante med p/ evitar trombos) Brodifacoun Difenacoun Flocoumafen, Difetialone Bromadiolone Clorfacinona Difacinona Pindone Hidroxicumarina ANTICOAGULANTES CUMARÍNICOS: Mecanismo de ação: Age na cascata de coagulação Inibe síntese de fatores de coagulação - fígado Dificulta a coagulação Aumenta a fragilidade capilar Tendência à hemorragia Raticidas: Sinais clínicos: Hemorragia severa em diversos locais, geralmente interna Dor abdominal agúda (inchado/hemorragia/dor) Choque (hemorrágico hipovolêmico) Coma Diagnóstico: Tempo de Protombina (TP) Tempo de ativação da Protombina (TAP) Tratamento: Medidas de descontaminação Esvaziamento gástrico quando pertinente (pode lesionar a parede do estômago) Carvão ativado em doses seriadas Catártico salino Antídoto: Monovin K Dose única ou a cada 8 a 12 horas nos casos graves, IV lentamente, associada a transfusão de plasma ou sangue fresco ESTRICNINA: O uso como raticida é PROIBIDO, embora haja distribuição clandestina Entra no Brasil pela Argentina e Uruguay Matança de animais (cães) Ansiedade, medo/apreensão, dispneia, rigidez muscular, opstótono, urina escura, pressão no maxilar (sorriso sardônico) e espasmos Mecanismo de ação: Aumenta excitabilidade Perda da inibição normal da estimulação do neurônio motor Contratação simultânea de todos os músculos Sinais clínicos: Convulsão - 30min após a ingestão Não induzir vômito! (Pneumonia aspirativa) Rigidez Convulsões generalizadas Contratura da coluna vertebral e mandíbula Distúrbios respiratórios Musculatura torácica e diafragmática Convulsões são dolorosas Sem depressão do SNC Óbito Entre a 2ª e a 5ª crise Por insuficiência respiratória Diagnóstico diferencial: Tétano (geralmente tem lesão) Tratamento: Medidas gerais: Hospitalização Evitar estímulo ao paciente Não provocar vômitos Caso os sinais não tenham se iniciado: lavagem gástrica, seguida de carvão ativado Controle das convulsões > diazepam MONOFLUORACETATO DE SÓDIO - COMPOSTO 1080 - CHUMBINHO Uso comercial Mecanismo de ação: Inibe respiração celular - síntese de ATP Sinais clínicos: Poucas horas após a ingestão Pulso venoso positivo Instabilidade Tremores musculares Deitar ou cair em decúbito esterno- abdominal Movimentos de pedalagem Vocalização Convulsão final NÃO tem tratamento! Só consegue salvar se ingestão foi mínima Zootoxinas: Serpentes Aranhas Escorpiões Abelhas Lagartas Sapos SERPENTES: Gênero Bothrops Jararaca (Bothrops jararaca) Cruzeira, urutu (Bothrops alternatus) Cotiara (Bothrops cotiara) Gênero Crotalus Cascavel (Crotalus durissus) Gênero Micrurus Coral-verdadeira (Micrurus altirostris) Acidentes botrópicos: 90% dos acidentes por serpentes Sensibilidade: Equino - cabeça Ovino Bovino - cabeça, membros e úbere Caprino Canino - focinho e membros anteriores Suíno Felino Toxina: Enzimas proteolíticas (quebra proteínas de manutenção da pele) Ação necrosante, coagulante, vasculotoxina e nefrotoxina Sinais clínicos: Dor, edema, hemorragia e necrose no local da picada Tratamento: Soro antiofídico Fluidoterapia (rim) Controle da dor tratamento suporte Acidentes Crotálicos: Não são agressivas, bote veloz > Cascavel (Crotalus durissus) Toxina: Inibe liberação de acetilcolina - ação neurotóxica Causa necrose de coagulação, rabdomiólise e miosite (alterações musculares) Sinais clínicos: Incoordenação motora, flacidez na musculatura da face, sialorréia, ptose palpebral (olho caído), midríase, disfagia, insuficiência respiratória grave, depressão, mialgia, mioglobinúria Insuficiência cardíaca, renal e hepática Urina cor de coca cola Tratamento: Soro Diuréticos Controle da dor (opióides) Acidentes Elapídicos: Toxina: Ação neurotóxica - paralisia flácida Parada respiratória Sinais clínicos: Insuficiência respiratória grave, depressão Não produz lesão local Tratamento: Não há soro específico (veterinário) Anticolinesterásicos (neostigmina/fisostigmina) - estimular respiratório Caso efeito colateral (atropina - tentar reverter) Fazer oxigênio Escorpiões: Escorpião-preto (Bothriurus bonariensis) Escorpião-manchado (Tityus costatus) Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) ESCORPIÃO-PRETO: Toxina: Agonista de canais de sódio (contrário da lidocaína - muita dor) Estimulação simpática e parassimpática Sinais clínicos: Dor, resposta simpática ou parassimpática Cardiotoxicidade Depende da quantidade (tamanho do animal) Tratamento: Não há soro específico veterinário Tratamento suporte Vasodilatadores Anticolinérgico Antiemético Corticóide Analgésico Anticonvulsivante Prazosina - dimuir os efeitos cardiotóxicos (antagonistas alfa 1) Aranhas: Caranguejeiras (Infraordem Mygalomorphae) Armadeira (Phoneutria sp.) Bem pequena e potente Aranha-marrom (Loxosceles sp.) Mais encontrada no RS ACIDENTE POR LOXOSCELES: Toxina: Reação inflamatória grave (muita dor) Coagulação intravascular Necrose dérmica Sinais clínicos: Dor local, inchaço, mal estar e febre (12h após picada) Necrose local Anemia Icterícia Hemoglobinúria Tratamento: Não há soro específico na veterinária Tratamento da ferida Corticóide Controle da dor Dipirona Lagartas: Taturana (Lonomia obliqua) Lagartas urticantes! ACIDENTES POR LEPIDÓPTEROS: Toxina: Desconhecida Libera histamina Reação inflamatória local Sinais clínicos: Dor local intensa em queimação, edema, eritrema, prurido local Pode evoluir para hemorragia e insuficiência renal (descrito apenas em humanos) Tratamento: Sintomático: lavagem da região com água fria, uso tópico de corticóides e cremes analgésicos Hiperalgesia: AL, Anti-histamínico,Analgésicos e Corticóides Abelhas: Apis mellifera ACIDENTE POR ABELHAS: Toxina: Reação inflamatória grave Atividade hemolítica, cardiotóxica e citotóxica Sinais clínicos: Poucas picadas: reação inflamatória local Hipersensibilidade: uma picada pode levar ao choque anafilático Múltiplas picadas: agitação, náusea, vômito, hipotensão, taquicardia, taquipneia, edema pulmonar, incoordenação, convulsão, coma e morte Tratamento múltiplas picadas: Retirada dos ferrões Benzodiazepínico Adrenalina - IT Anti-hemorrágico Antibiótico Anti-histamínico Bicarbonato de sódio Oxigênio Fluidoterapia Prognóstico: Até 14 picadas/kg > Sobrevivência De 14 até 24 picadas/kg > Condição crítica / Prognóstico reservado Acima de 24 picadas/kg > Morte Sapos: Bufo marinus Glândulas paratóides (produzem toxina) ACIDENTES POR VENENO DE SAPO: Toxina: Adrenalina/Noradrenalina - efeito simpático Efeito inotrópico positivo-digitálico Efeito alucinógeno Sinais clínicos: Irritação local Efeito cardiotóxico - morte em 15min Sialorréia, prostação, arritmia, edema pulmonar, convulsão e morte Tratamento: LAVAR! Antiarrítmicos Antagonistas de canais de cálcio Beta bloqueadores > ajuda Barbitúricos > induz anestesia Atropina > antes era usado para diminuir salivação
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