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TERAPIA NUTRICIONAL NAS DOENÇAS INFECCIOSAS

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TERAPIA NUTRICIONAL NAS DOENÇAS INFECCIOSAS - HIV E AIDS 
O vírus do HIV (vírus da imunodeficiência humana) em contato com o organismo humano, existem 4 fases:
1- Ataque: Existe uma aderência aos linfócitos T3, T4
2- Cópia dos genes
3- Replicação
4- Novo vírus 
EVOLUÇÃO DA INFECÇÃO PELO HIV
A infecção pelo HIV pode evoluir para quatro estágios no decorrer do período:
I) Estágio I ou soroconversão: aproximadamente 2 a 4 semanas após infecção e poder ser verificado em 50 a 90% dos pacientes.
II) Estágio II: fase assintomática, mas com ocorrência de replicação ativa do vírus e destruição de células T helper CD4 (importante no processo de ativação de macrófagos) – na deficiência desses, o organismo fica mais suscetível a outros agentes infecciosos. 
III) Estágio III: paciente suscetível ao surgimento de doenças e infecções oportunistas.
IV) Estágio IV: paciente é definido como portador da Aids. (já tem sintomas dessa imunodeficiência). 
AIDS
AIDS é decorrente da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) que leva a alterações no sistema imune caracterizadas por destruição dos linfócitos T auxiliares (“helper”) e imunossupressão.
- Primeiros relatos clínicos: EUA, 1981.
- Identificação do vírus responsável pelas manifestações: 1984.
- Transmissão através de sangue contaminado, sêmen, por contato sexual íntimo, agulhas contaminadas, da mãe para o filho pela placenta e leite materno.
- Brasil: principal forma de transmissão é a sexual: a AIDS é classificada como doença sexualmente transmissível (DST).
A introdução da HAART (highly antirretroviral therapy ou terapia antirretroviral totalmente ativada) 
Menor mortalidade e maior morbidade: Doença crônica.
ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS EM HIV/AIDS
Síndrome Comsumptiva (paciente mais desnutrido, com perda de peso, massa muscular) x Síndrome lipodistrófica (acúmulo de gordura corporal – principalmente pacientes que fazem uso da HAART)
AIDS E DESNUTRIÇÃO
- Tanto a doença como a desnutrição levam a resposta imunológica prejudicada.
- Perdas de peso de 5% relacionam-se com evolução da doença.
Infecção aumentada, aumento do GEB.
Desenvolvimento de tumores, aumento GEB.
Infecção do tubo digestivo, baixa ingestão.
Infecção Intestinal, má absorção.
Terapia Medicamentosa, anorexia, vômitos, diarréia.
Depressão, isolamento social.
Lesões do tubo digestivo: infecções variadas, principalmente no esôfago (50% dos casos) e boca com candidíase, sarcoma de kaposi e outras viroses > odinofagia, disfagia e dor torácica.
Diarréia: aguda ou crônica, presente em 50-90% dos casos de AIDS, decorrente de infecções (pelo HIV e/ou oportunistas), medicamentos anti-HIV e hipoalbuminemia: leva a má absorção de nutrientes, pode chegar a 15 litros/dia (10 a 30 vezes ao dia).
Síndrome consumptiva (“wasting syndrome”): intenso emagrecimento relacionado à AIDS. 
FATORES DE RISCO NUTRICIONAL
Baixa ingestão oral:
• Depressão e isolamento social
• Infecção oral e esofagiana (disfagia, odinofagia)
• Mal estar e fraqueza
• Terapia medicamentosa
• Dietas mal orientadas (dietas da moda)
• Acometimentos do SNC: demência
Má absorção
• Diarréias agudas ou crônicas, presente em 50 a 90% dos casos de AIDS
• Constipação ou gases
Hipermetabolismo (pode haver aumento do metabolismo)
• Algum grau de desnutrição é observado em 90% dos casos de indivíduos com AIDS
• Infecções secundárias
TERAPIA MEDICAMENTOSA
No ambiente hospitalar, normalmente trata-se a infecção (ex. pneumonia) que o paciente HIV+ estiver apresentando primeiro e, somente com a estabilização desse quadro, inicia-se a terapia retro-viral(HIV) – medicamentos “caros e fortes”.
Terapia medicamentosa anti-retroviral (“coquetel”)
Década de 90: terapia de “drogas combinadas “revolucionou o tratamento da AIDS - Passa a ser visualizada como uma doença crônica que não tem cura, mas é controlável.
Inibidores de transcriptase reversa:
- AZT (retrovir). - 3TC: age em sinergia com AZT. - d4T (dideoxitimidina). ddC
(dideoxicitidina). - ddI (dideoxiinosina).
Inibidores de proteases:
- Saquinavir. - Indinavir. - Ritonavir. - Nelfinavir. - Nevirapine.
Efeitos colaterais:
Alterações no estado nutricional, anemia, resistência á insulina, náuseas, diarreias. Cuidado nutricional: Ingerir uma refeição rica em lipídeos, ricos em calorias, etc, etc. 
ALTERAÇÃO DA GORDURA CORPORAL NA AIDS
1. Morfológicas:
Atrofia: Perda de gordura da face, braços, pernas e nádegas.
Acúmulo de gordura: abdominal, mamária, supra clavicular e dorso-cervical
(“giba de búfalo”).
-Ocorre em pacientes portadores do HIV, em bom estado de saúde (controle
com antirretrovirais).
*Mais frequente em indivíduos que usam inibidores de protease, mas ocorre
também em indivíduos HIV + nunca tratados com este grupo de antirretrovirais.
*Associação da lipodistrofia com drogas antirretrovirais não está clara.
*Fatores relacionados ao aparecimento de lipodistrofia: idade, sexo, tempo de
infecção pelo HIV, contagem de CD4, hemofilia.
*Homens têm maior tendência à atrofia.
*Mulheres têm maior tendência ao acúmulo mamário e abdominal.
*Principal complicação: alteração estética, possível risco aumentado de doenças cardiovasculares ainda em estudos.
*Tratamento: estudos não conclusivos: lipoaspiração, exercícios físicos, troca de medicação antirretroviral?
2. Metabólicos
Dislipidemia sem causa definida, associada ao uso dos antirretrovirais.
Maior frequência de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia em
homens do que em mulheres.
Tratamento:
* Intervenção dietética e exercícios físicos regulares: Capaz de promover redução de até 20% nos níveis de triglicerídeos;
* Aumento do LDL: dieta hipocolesterolêmica e uso de drogas hipolipêmicas (ex: histatinas);
* Troca de medicação antirretroviral (?)
TERAPIA NUTRICIONAL – Recomendações de energia par adultos com hiv/aids
Tabela pág 13. Caso seja utilizado o método de Harris e Benedict, recomenda-se fator injúria de 1 a 1,75.
PORTADOR DE HIV – ASSINTOMÁTICO
- Calorias adequadas para manutenção do peso desejável;
- Restrição de CHOs simples nos casos de hipertrigliceridemia e/ou resistência à insulina;
- Dieta para hipercolesterolemia, quando esta estiver presente;
- Assegurar ingestão adequada dos micronutrientes.
Na manutenção do peso corporal: 25-35 kcal/ kg de peso atual/ dia
PACIENTE HIV/AIDS SINTOMÁTICO
Cálculo energético por Harris-Benedict com fatores apropriados:
atividade (1,2 ou 1,3), injúria (1,2 a 1,7) e térmico (0,13% para cada 1ºC acima de 37) - muito pouco utilizado. 
Regra de bolso (pacientes sintomáticos): 35-40 kcal/ kg de peso atual/ dia
TERAPIA NUTRICIONAL 
Carboidratos: 45 a 65% do VET.
- Via oral/enteral: evitar CHOs simples.
Fibras: 25 a 30g/dia, ajustando-se a quantidade e o tipo de fibra às
necessidades de cada paciente (diarreia ou obstipação).
Proteínas: 15 a 20% do VET.
Pacientes sintomáticos: hiperproteica (2,0 a 2,5 g kg peso/dia) com
proteínas de alto valor biológico: - prevenir ou minimizar intensa perda de
massa magra por maior degradação proteica (pacientes sintomáticos).
Lipídios: 20 a 35% do VET. Seguir recomendações de gorduras saturadas,
gorduras trans e colesterol para população em geral.
- Via oral/enteral: restrição de saturados, uso de TCM nos casos de diarreia
e má absorção.
- Via parenteral: uso de sistema 3 em 1 (mais fisiológico) ou uso de
emulsões lipídicas pelo menos 2 vezes/semana para evitar deficiência de
ácidos graxos essenciais.
Via oral, enteral ou parenteral:
- Escolha de acordo com a sintomatologia apresentada;
- Via oral exclusiva geralmente é crítica devido à sintomatologia
característica da AIDS, suplementação oral tem dado bons resultados;
- Sempre estimular ingestão via oral, mesmo com o uso de outros tipos de
Suporte: efeito psicológico benéfico, manutenção da integridade da mucosa intestinal.
Via enteral:
- Opção de escolha com trato gastrintestinal funcionante;
- Indicações: casos graves de anorexia, vômitos, alterações da cavidade oral/esofágica, alterações neurológicas;
- Diarréia/má absorção moderada: fórmula com menor osmolaridade, menos resíduos, semsacarose ou lactose, nutrientes hidrolisados, fibras solúveis.
Via parenteral:
- Indicações: incapacidade de funcionamento do trato gastrintestinal, diarréia/má absorção severa.
VITAMINAS E MINERAIS
- Terapia com micronutrientes e antioxidantes: alguns estudos indicam aumento do estresse oxidativo e diminuída capacidade antioxidante de pacientes infectados pelo HIV.
- Suplementação: quando for detectada ingestão inadequada ou deficiência (clínica ou laboratorial): melhora da imunidade, porém é preciso cuidado, pois o excesso pode ser tóxico.
- Recomendações específicas para AIDS: estão em estudo, pois há indícios de necessidades aumentadas, mesmo em indivíduos HIV (assintomáticos).
TERAPIA NUTRICIONAL
Nutrientes imunomoduladores: estudos indicam possível benefício do uso de imunonutrientes (arginina, glutamina, nucleotídeos, ômega-3) em pacientes com AIDS;
- ainda não existe uma recomendação específica.
Dieta para imunossuprimido:
- Importante a higienização adequada dos alimentos;
- Evitar a ingestão de alimentos crus;
- Evitar a ingestão de frutas de difícil higienização (uvas, morango);
- Não ingerir carne mal passada, leite cru ou queijo feito com este leite
SUGESTÃO DE ALIMENTAÇÃO SEGUNDO A SINTOMATOLOGIA DA AIDS
Náuseas:
Refeições fracionadas em menor volume.
Usar alimentos secos (torradas, bolacha salgada), principalmente pela manhã.
Evitar alimentos gordurosos, condimentados, úmidos.
Evitar ingestão de líquidos junto às refeições.
Usar alimentos à temperatura ambiente ou frios.
Evitar deitar-se após se alimentar.
Odinofagia e alterações da cavidade oral/esofágica:
Alimentos macios e úmidos, pastosos/líquidos.
Ingerir líquidos junto com as refeições.
Usar alimentos à temperatura ambiente ou frios.
Evitar alimentos condimentados ou ácidos.
Refeições fracionadas em menor volume e maior densidade calórica.
Uso de suplementos calórico-proteicos.
Dispnéia:
*Alimentos macios, pastosos,  volume e  densidade calórica.
Diarréia:
*Reposição de líquidos e eletrólitos com hidratação oral frequente.
*Dieta menos resíduo: menos fibras insolúveis, menos lactose, menos gordura, menos sacarose (menor osmolaridade),
uso de alimentos constipantes.
*Redução de alimentos flatulentos.
*Uso de fibras solúveis, TCM, nutrientes hidrolisados.
Constipação:
Aumento de líquidos e fibra total, uso de alimentos laxantes.
Ingestão oral insuficiente:
*Refeições fracionadas em menor volume e maior densidade calórica.
*Uso de suplementos calórico-proteicos.
*Considerar introdução de suporte nutricional enteral/parenteral.

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