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Sistema Imunológico e Resposta Imunológica

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Micro, Imuno e Parasitologia 
Imunologia 
Sistema imunológico 
Função: sistema de defesa. 
Barreiras físicas: Os pelos, cílios e pele íntegra funcionam 
como barreira física para a entrada de microorganismos. 
Barreira química: ácido clorídrico produzido no 
estômago e as lágrimas. 
Barreiras humorais: as células do sistema imunológico 
combatem os microorganismos. 
Produção e maturação das células da resposta 
imunológica: são produzidas e maturadas em órgãos 
linfóides primários - medula óssea e timo (maturação do 
linfócito T). Depois de produzidas e amadurecidas elas 
ficam circulando entre os órgãos linfóides secundários. 
Hematopoiese: produção de células da resposta 
imunológica- ocorre na medula óssea. 
Funções das células de resposta imunológica 
Neutrófilo: é a célula da resposta imunológica mais 
abundante (duração de ≅ 6hrs). É a 1ª célula que chega 
para combater um microorganismo e sua ação é por 
meio da fagocitose. 
 
 
Basófilo: apresenta grânulos de histamina, e atua em 
respostas alérgicas junto com outra célula chamada 
mastócito. 
Eosinófilo: atua contra organismos maiores (vermes). 
Monócito: atua fazendo fagocitose, no tecido 
macrófago e quando não está atuando monócito. 
Célula Dendrítica: apresenta antígenos aos linfócitos T, 
ativando essas células. 
Linfócito B: produz anticorpos (proteínas) contra os 
microorganismos. 
Linfócito T: pode ser classificado como LT-CD4 ou 
LTCD8. 
Os linfócitos TCD4 são divididos em: 
T helper 1: vão estimular a ação dos macrófagos. 
T helper 2: vão estimular a ação dos linfócitos B. 
T reguladora: controla resposta imunológica para que 
ela não ocorra de forma exagerada. 
Os linfócitos TCD8 são também chamados de 
citotóxicos: atuam contra microorganismos que estão 
dentro das células (principalmente os vírus), e atuam 
contra células tumorais. 
NK: atua de forma semelhante a TCD8, combate 
microorganismos e células tumorais. 
Granzima: estimula destruição das células. 
 
 
Tipos de resposta imunológica – Diferenças 
Podem ser classificados como resposta inata ou resposta 
adaptativa. 
Resposta inata: 1ª linha de defesa, é inespecífica (as 
células que atuam na resposta inata agem da mesa forma 
independente do microorganismo que ela está 
combatendo) não gera memória imunológica. 
Células que atuam na RI: neutrófilo, basófilo, eosinófilo, 
monócito, célula dendrítica e NK. 
Resposta adaptativa: ocorre tardiamente, é específica 
(cada célula que atua na RA foi produzida 
especificamente para combater um microorganismo 
único), gera memória imunológica. 
Células que atuam na RA: linfócitos T e B. 
 
Infecção 
 
Proliferação de algum microorganismo que invadiu o 
corpo. 
Sinais cardiais da inflamação 
A inflamação é um sinal que o sistema imunológico está 
atuando contra algo que te causa danos. Sendo 
caracterizada pela vermelhidão, aumento de 
temperatura, edema e dor, tudo isso podendo reduzir a 
função do tecido. 
Resposta imunológica celular 
Ativação resposta inata 
Quando um microorganismo se prolifera em algum 
tecido, ocorrera dano celular e a liberação de 
mediadores químicos (prostaglandina e leucotrieno), 
além disso, células residentes vão identificar a presença 
do microorganismo e iniciarão um processo de resposta 
imunológica. Caso a célula residente seja um macrófago, 
fara fagocitose e produzira citocinas inflamatórias 
(interleucina 6, interleucina 1 e fator de necrose tumoral 
alfa). 
As prostaglandinas irão estimular a vasodilatação dos 
vasos que estão próximos ao tecido infectado. Com a 
vasodilatação ocorrera maior fluxo de sangue e de 
células da resposta imunológica. O aumento de fluxo 
sanguíneo resultara em vermelhidão no local e aumento 
de temperatura. O leucotrieno estimulará o aumento da 
permeabilidade vascular, para facilitar a passagem de 
plasma pela parede do vaso, causando edema na região. 
O edema irá causar compressão das terminações 
nervosas causando dor. As citocinas liberadas pelo 
macrófago irão atrair células da resposta imunológica 
para o local. Primeiro ocorrerá a chegada dos 
neutrófilos, que fara um processo de rolamento até 
conseguir aderir a parede do vaso em seguida a 
atravessará (diapedese). Após realizar a diapedese, 
ocorrerá a transmigração do neutrófilo para o local do 
tecido infectado, onde ele realizara fagocitose. Em 
seguida, outras células da resposta inata podem ser 
recrutadas. 
Caso a resposta inata consiga destruir o microorganismo, 
a resposta imunológica é finalizada. Caso essa resposta 
inata não seja suficiente, ocorrerá a ativação da resposta 
adaptativa. 
 
Ativação da resposta adaptativa 
Quando existe a necessidade de ativarmos a resposta 
adaptativa, uma célula apresentadora de antígeno irá 
fagocitar o microorganismo, processá-lo e expressa um 
antígeno em seus receptores. Exemplificando a ativação 
dos linfócitos TCD4: a célula apresentadora de antígenos 
irá circular os linfonodos em busca de um TCD4 virgem 
que reconheça aquele antígeno que ela está 
apresentando. Esse processo de busca pelo linfócito 
TCD4 virgem é chamado de seleção clonal. Ao 
apresentar o antígeno ao TCD4 virgem que reconhece o 
mesmo, ocorrerá a ativação do TCD4, que irá se 
diferenciar em algumas subclassificações de TCD4 (TH1- 
tecido, TH2- corrente sanguínea). Essa diferenciação 
dependerá dos tipos de citocinas que estão presentes no 
meio, que irão indicar qual a melhor forma de destruir o 
microorganismo. Após a diferenciação, ocorrerá a 
multiplicação da célula (expansão clonal). Parte dessas 
células irão atuar no local da infecção, e em torno de 5% 
dessas células serão armazenadas como células de 
memória, e irão atuar em reinfecções do mesmo 
microorganismo. 
 
Ativação dos linfócitos TCD8 
Quando um vírus infecta nossas células, ou quando 
temos a formação de células tumorais, as células 
apresentadoras do antígeno, contendo em sua 
membrana celular o MHC classe I, irão internalizar o 
vírus e apresentar o antígeno em sua membrana celular. 
Essa célula irá percorrer pelos linfonodos, em busca de 
um linfócito TCD8 virgem que reconheça o antígeno, 
ocorrerá a ativação dos linfócitos, com a sua proliferação 
(expansão clonal), e formação de células de memória. 
Os linfócitos TCD8 que vão atuar nesse processo 
infeccioso atual, irão ser atraídos para o local em que as 
células foram infectadas. Para identificar quais células 
estão infectadas ou apresentam mutações o linfócito 
TCD8 irá a partir de seu receptor de membrana, fazer 
uma comunicação comas células e reconhecer aquelas 
que estão infectadas. 
Isso é possível porque todas as células dos nossos tecidos 
apresentam MHC classe I. Ao identificar uma célula 
infectada, o linfócito TCD8 irá liberar perforina, que vai 
perfurar a membrana da célula e em seguida vai liberar 
a grangima, que vai estimular a morte celular. 
 
 
Resposta imunológica humoral 
Ativação dos linfócitos B 
Ao reconhecerem o microorganismo na corrente 
sanguínea ou um organismo maior (verme), os linfócitos 
B são ativados, sendo denominados plasmócitos. Os 
plasmócitos sofrem expansão clonal e formam células de 
memória. Aqueles que forem atuar no processo 
infeccioso presente, irão produzir anticorpos específicos 
contra o agente que está causando a infecção. As células 
de memória irão atuar em uma futura reinfecção. 
OBS: quando temos a atuação de macrófagos, 
neutrófilos e linfócitos T, chamamos a resposta 
imunológica de resposta tipo celular. Quando ocorre a 
atuação dos linfócitos B, chamamos de resposta 
humoral, uma vez que é mediada por anticorpos, que 
são substâncias secretadas e não são células. 
 
Anticorpos 
 
Um anticorpo é formado por 2 cadeias fechadas e 2 
cadeias leves. Ele é formado por uma porção variável (é 
a parte do anticorpo que se liga ao agente que está 
causando infecção) e uma porção constante (que é igual 
em todos os anticorpos produzidosno nosso 
organismo). 
Ação dos anticorpos 
Opsonização: o anticorpo se liga ao organismo que está 
causando a infecção, possibilitando uma melhor ação 
dos macrófagos. 
 
Neutralização: o anticorpo se liga a toxina, impedindo 
sua atuação, ou seja, prevenindo o dano celular. 
 
Aglutinação: os corpos unem vários agentes infecciosos, 
facilitando o processo de fagocitose pelos macrófagos. 
 
Tipos de anticorpos 
Os anticorpos também são chamados de imunoglobulina 
(Ig). 
IgG: atravessa a placenta durante a gestação. 
IgM: é o 1º anticorpo produzido durante um processo 
infeccioso. É utilizado para identificar se a infecção é 
recente. 
IgA: produzido nas mucosas (intestino). Passa pelo leite 
materno. 
IgE: atua em reações alérgicas. 
IgD: anticorpo de membrana que atua como receptor do 
linfócito B. 
Gráfico de memória imunológica 
 
Imunidade ativa 
É aquela que ocorre uma reação do sistema imunológico 
do indivíduo para combater o agente agressor. 
Natural: é aquela que ocorre naturalmente após a 
entrada de um agente agressor em nosso organismo. Ex: 
o indivíduo contraiu um vírus da gripe, teve uma 
resposta inata e posteriormente, resposta adaptativa. 
Formou células de memória contra esse vírus específico. 
Artificial: a entrada do agente agressor ocorre de forma 
artificial e proposital por meio de vacinas. Após a 
vacinação o sistema imunológico irá atuar normalmente. 
Inicialmente teremos resposta inata e posteriormente, 
resposta adaptativa, formando células memória e/ou 
anticorpos. 
Atuação das vacinas 
Administração do microorganismo vivo atenuado: esse 
microorganismo sofreu uma alteração que enfraqueceu 
sua capacidade antigênica, mas ele continua ativo o 
suficiente para resultar uma resposta imunológica. 
Vantagem: o sistema imunológico sempre vai reagir, ou 
seja, ocorrera resposta adaptativa, formação de células 
de memória e anticorpos. 
Administração do microorganismo morto: nesse caso, 
não ocorre o risco de o indivíduo desenvolver a doença, 
entretanto pode ser que o sistema imunológico não 
reaja, de modo que a vacina não funcione. Para evitar 
que o sistema imunológico não reaja contra o 
microorganismo inativo, é realizada a sua inoculação 
juntamente com um adjuvante, de modo que o sistema 
imunológico irá atuar contra esse adjuvante e ao mesmo 
tempo será gerado uma resposta contra o 
microorganismo inativo. 
Administração da toxina atenuada: ocorre a 
administração da toxina que causa determinada doença. 
Mas essa toxina é administrada em uma forma menos 
ativa, para que o indivíduo não desenvolva a doença. 
Imunidade passiva 
O sistema imunológico do indivíduo não atua 
ativamente contra o agressor. 
Natural: realizado a partir da passagem de anticorpos 
por meio do leite materno e placenta. 
Artificial: realizada a partir da administração de soro 
contendo anticorpos prontos contra algum agente 
agressor. Esse tipo de estratégia é usado para tratar 
alguma condição em que não é possível esperar o 
sistema imunológico reagir. 
Tolerância imunológica e autoimunidade 
Tolerância imunológica: é a capacidade que o nosso 
sistema imunológico tem de tolerar, ou seja, de não 
reagir a determinados antígenos. 
Auto tolerância: as células do sistema imunológico 
toleram ou deveriam tolerar os antígenos próprios. Isso 
significa que normalmente o sistema imunológico não 
deve reagir a antígenos pertencentes as células do 
próprio corpo. Quando o sistema imunológico reage 
contra antígenos próprios, nós temos desenvolvimento 
de uma doença autoimune. 
Mecanismo de ação contra linfócitos T e B 
Os mecanismos de tolerância central ocorrem nos órgãos 
linfoides primários. No caso do linfócito T, ele é 
produzido na medula óssea, e amadurecendo no timo. 
La no timo ele será apresentado a diversos antígenos 
próprios. Caso reconheça algum será classificado como 
linfócito auto reativo, e a apoptose será estimulada, 
evitando o amadurecimento dessa célula. No caso do 
linfócito B, ele será produzido na medula óssea e 
amadurecerá no mesmo local. Caso reaja a um antígeno 
próprio, o linfócito B auto reativo sofrerá apoptose ou 
terá uma alteração em seu receptor para que possa 
amadurecer. 
 
Mecanismo de tolerância periférico 
Pode ocorrer de algum linfócito T ou B auto reativo 
conseguir amadurecer. Nesse caso, ainda temos a 
possibilidade de evitar o desenvolvimento de uma 
doença autoimune por meio da tolerância periférica. 
Os linfócitos auto reativos podem ainda ser expostos a 
antígenos próprios nos linfonodos. Caso ocorra uma 
ativação dessas células a partir da exposição aos 
antígenos próprios, ainda pode ocorrer a apoptose dessa 
célula ou a anergia (inativação permanente dessa célula). 
A partir desses mecanismos de tolerância central e 
periférica, evitando o desenvolvimento de doenças 
autoimunes. 
Autoimunidade 
Para o indivíduo desenvolver uma doença autoimune 
precisa ter: 
o Susceptibilidade genética 
o Falha nos mecanismos de tolerância 
imunológica 
o Fator desencadeador: infecção, trauma 
Ativação de linfócitos auto reativos 
Uma célula apresentadora de antígeno irá apresentar o 
antígeno que está causando uma infecção ao linfócito T 
virgem. Mas ao mesmo empo ela também apresenta, em 
outro receptor de membrana, um antígeno próprio. 
Nesse caso, sendo linfócito T virgem auto reativo, ele vai 
reconhecer o antígeno próprio, e será ativado, 
promovendo a destruição do tecido que contêm a 
estrutura do antígeno. 
 
Mimetismo molecular 
Uma célula apresentadora de antígeno vai apresentar 
algum antígeno que está causando infecção, mas esse 
antígeno é muito semelhante a um antígeno do nosso 
próprio corpo. Nesse caso, se um linfócito T auto reativo 
reconhece esse antígeno, ele irá atuar contra o tecido que 
apresenta um antígeno semelhante ao apresentado. 
 
Hipersensibilidade – alergias 
É uma reação em que o SI responde de forma exagerada 
e excessiva a um antígeno. 
Nas alergias temos uma resposta inadequada, que não 
devia ocorrer, contra algum antígeno não próprio. Mas 
de forma geral, esse antígeno que que é atacado durante 
uma resposta alérgica, é um antígeno que normalmente 
não causa doenças. 
O desenvolvimento de alergias está muito relacionado a 
questões genéticas. Esses fatores genéticos irão fazer com 
que o SI reaja contra aquilo que não deveria reagir. 
Para termos uma resposta alérgica passamos pela fase de 
sensibilização do SI e posteriormente por uma fase de 
ativação. 
 
A fase de sensibilização corresponde ao 1º contato do 
indivíduo com a substância alérgica. Essa substância será 
apresentada aos linfócitos T virgens que serão 
diferenciados em TH2. O TH2 vai estimular a ativação 
dos linfócitos B, que quando ativados são chamados de 
plasmócitos. Os plasmócitos vão produzir anticorpo IgE 
que irá se ligar a membrana dos mastócitos e basófilos, 
tornando essas células sensibilizadas. 
Em um 2º contato com a mesma substância alergênica, 
ocorrerá a fase de ativação. Nessa fase, os basófilos e 
mastócitos sensibilizados irão reconhecer a substância 
alergênica e vão sofrer um processo de degranulação, 
liberando o conteúdo de seus grânulos: histamina. A 
histamina vai ser responsável pelos sinais de resposta 
imediata e tardia das alergias. 
Microbiologia 
Bactérias 
Estrutura das bactérias 
As bactérias são seres unicelulares procariontes, que não 
apresentam uma membrana que separa o núcleo do 
citoplasma, ou seja, não tem núcleo verdadeiro. 
 
Membrana plasmática: atua filtrando o conteúdo que 
pode ser transportado para o interior ou exterior da 
bactéria. 
Parede celular: é formado por peptideoglicano, e é 
responsável por manter o formato da bactéria. As 
características da parede celular irão determinar se a 
bactéria é classificada como gram positiva ou negativa 
(possuem uma parede de peptideoglicano mais fina que 
não retem o cristal violeta na coloraçãoe ficam 
vermelhas). 
Capsula: as que possuem são mais resistentes a ação do 
sistema imunológico, nem todas possuem. 
Nucleóide: material genético da bactéria, formado por 
uma fita dupla de DNA. O material genético da bactéria 
não está dentro da membrana e sim espalhados no 
citoplasma. 
Plasmídeo: material genético não obrigatório, não 
presente em todas as bactérias e que apresenta função 
relacionada a resistência dos antibióticos. 
Ribossomo: responsável pela síntese proteica bacteriana. 
Fímbrias: são pequenos filamentos localizados em volta 
da bactéria, responsável pela adesão das bactérias em 
algum tecido ou bactéria. 
Flagelo: estrutura não obrigatória responsável pela 
movimentação da bactéria. 
Pili: é uma forma que a bactéria apresenta para realizar 
um processo de recombinação genética chamado 
conjugação. 
 
Reprodução bacteriana 
É realizada por biparticição. A bactéria quando vai se 
preparar para a reprodução, irá realizar a duplicação do 
material genético. Em seguida, ocorrera uma divisão do 
seu citoplasma, formando 2 bactérias filhas iguais a 
bactéria de origem. 
 
Recombinação genética 
Transformação: a bactéria incorpora um material 
genético encontrado no ambiente em que ela se 
encontra. Dessa forma, a bactéria final será diferente da 
bactéria inicial, uma vez que ela incorporou um novo 
material genético ao seu. 
 
Transdução: incorporação de um material genético de 
outra bactéria, por meio de um vírus. Uma bactéria é 
infectada por um vírus e esse vírus a incorpora, o 
material genético de uma outra bactéria, que o vírus 
incorporou anteriormente. 
 
Conjugação: uma bactéria que possui plasmídeo é 
chamada de bactéria de doadora. Ela irá doar um 
pedaço do plasmídeo para uma bactéria que não o 
possua (bactéria receptora). A bactéria irá então 
apresentar a resistência conferida pelo plasmídeo 
recebido. 
 
Nutrição bacteriana 
Autotróficas: produzem seu próprio alimento. 
o Fotoautotróficas: são aquelas que para 
produzirem sua fonte de energia, precisam de 
luz e CO2. 
o Quimioautotróficas: produzem sua fonte de 
energia a partir da oxidação de substâncias 
inorgânicas. 
Heterotróficas: precisam obter fonte de energia a partir 
do meio. 
o Decompositores: se alimentam de matéria 
orgânica morta. 
o Parasitas: se alimentam dos nutrientes de outro 
ser vivo, causando prejuízo a esse ser vivo. 
o Simbiose: se alimentam dos nutrientes não 
utilizados por outro ser vivo, não sendo 
prejudicial ao mesmo. 
Classificação quanto a necessidade de oxigênio 
As bactérias que utilizam oxigênio para a produção de 
energia, realizam respiração celular para sintetizarem 
energia. As bactérias que não utilizam o oxigênio para 
sintetizarem energia, realizam fermentação. 
Aeróbias estritas: vivem apenas na presença de oxigênio, 
uma vez que fazem respiração celular para sintetizar 
ATP. 
Aeróbias microaerófilas: precisam de pequenas 
quantidades de oxigênio para sobreviverem. 
Anaeróbias facultativas: vivem na presença ou ausência 
de oxigênio. 
Anaeróbias aerotolerantes: toleram a presença de 
oxigênio, mas não utilizam. 
Anaeróbias estritas: não vivem na presença de oxigênio. 
 
Lag: fase em que as bactérias estão se adaptando ao 
meio, não ocorrendo reprodução inicialmente, de modo 
que não ocorrerá crescimento da população bacteriana. 
Log: crescimento exponencial da população bacteriana 
devido ao processo de reprodução das bactérias. 
Declínio: ocorre a eliminação da população bacteriana 
por falta de nutrientes ou porque o SI causou a 
destruição da população bacteriana. 
Fatores que alteram o crescimento bacteriano 
Temperatura: as bactérias apresentam uma temperatura 
ótima para a reprodução, sendo ótima aquela que a 
bactéria consegue se reproduzir o máximo possível. 
o Basófila: se multiplicam em baixas 
temperaturas. 
o Mesófilas: se multiplicam em temperatura 
ambiente. 
o Termófilas: se multiplicam em altas 
temperaturas. 
pH: a maioria das bactérias se proliferam em ambientes 
com pH neutro (próximo a 7). Algumas conseguem se 
proliferar em ambientes ácidos – acidófilas, e algumas em 
meio básico – alcalifícas. 
Osmolaridade: se refere a concentração de substâncias 
de um meio. A maioria das bactérias se multiplicam em 
meio isotônicos – a concentração de substâncias no meio 
é semelhante á concentração de substâncias no interior 
da bactéria. Algumas conseguem sobreviver e se 
multiplicar em ambientes com elevadas concentrações 
de sal – halófilas. 
Esporulação: é um processo realizado por algumas 
bactérias (gram+), quando as condições do ambiente 
não são favoráveis à sua sobrevivência e multiplicação. 
Quando a bactéria forma o esporo, ela se torna 
resistente à ação de ácidos, de altíssimas temperaturas, 
de mudança de osmolaridade etc. 
 
Classificação das bactérias quanto à parede celular 
Bactérias em gram+ são aquelas que ao serem 
submetidas ao método de coloração de gram, se coram, 
tornando-se roxas. Já as bactérias gram-, não se coram, 
apresentando-se rosas. Isso é decorrente da estrutura da 
parede celular dessas bactérias. A parede celular de 
bactérias gram+ é composta por uma grossa camada de 
peptídeoglicano, e por isso a coloração é aderida. Já as 
gram- apresentam sua parede celular, uma fina camada 
de peptideoglicano e uma membrana externa. Na 
membrana externa existe uma estrutura denominada 
LPS, que estimula a ação do sistema imunológica. 
Catalase: transforma H2O2 (radical livre – destruição das 
estruturas bacterianas) em H2O+O2 pois separam as 
moléculas. 
Coleta do material 
Meio de cultura 
o Coloração de gram (tipos de parede celular e 
morfologia) 
*Aumento da população bacteriana 
o Provas bioquímicas (catalase) 
o Capacidade de hemólise. 
 
Parasitologia 
Vírus 
São seres acelulares, parasitas intracelulares obrigatórios. 
Quando o vírus está fora de uma célula, não apresenta 
atividade metabólica, e passa a ser chamado de vírion. 
 
A estrutura clássica de um vírus é material genético que 
pode ser DNA ou RNA, capsídeo envolvendo o material 
genético, alguns vírus apresentam envelope, que é 
formado por estrutura semelhante à membrana das 
células, proteínas ligantes (peplômeros), que são 
importantes no processo de ligação entre vírus e a célula 
que será infectada, e proteínas estruturas, que atuam na 
proliferação viral. 
Formas de infecção viral 
Os vírus apresentam afinidades por tipos específicos de 
células. O que garante essa especificidade são as 
proteínas ligantes, que são reconhecidas pelos receptores 
das células que o vírus consegue invadir. 
 
Introdução do material genético 
No exemplo temos um bacteriófago, que é um vírus que 
invade bactérias. Após o reconhecimento das proteínas 
ligantes pelos receptores da bactéria, será formado um 
poro na bactéria, permitindo a passagem do DNA do 
bacteriófago, ocorrendo sua entrada na bactéria. 
 
Englobamento 
A forma de infecção viral por englobamento ocorre a 
partir do envolvimento do vírus pela célula, que vai 
posteriormente adentrar essa célula, com toda sua 
estrutura. 
 
Fusão 
Na forma de infecção por fusão, o envelope do vírus se 
une a membrana da célula, de forma que apenas o 
capsídeo com o material genético será internalizado. Esse 
é um exemplo de infecção realizada pelo vírus HIV. 
Ciclo lítico 
No ciclo lítico do bacteriófago, o DNA viral, irá estimular 
a síntese do RNA viral pela bactéria, em seguida, a 
bactéria vai decodificar as informações do RNA viral, 
para sintetizar as proteínas virais. Posteriormente, as 
bactérias vão montar os vírus em seu interior e produzir 
a lisoenzima, que vai lisar a membrana da bactéria, 
liberando os novos vírus formados, esses vírus irão 
infectar outras bactérias. 
 
Ciclo lisogênico 
No ciclo lisogênico, o material genético do vírus pode se 
unir ao material genético da célula infectada, não 
comandando o metabolismocelular, nesse caso temos 
um provírus. Nesse mesmo ciclo, o vírus pode tambem 
não se unir ao material genético da célula, mas não 
comanda o metabolismo celular, sendo chamado de 
epissomo. Nesse ciclo, a célula quando realizar o 
processo de mitose, vai causar uma proliferação viral 
tambem. A qualquer momento, o vírus pode deixar de 
fazer o ciclo lisogênico e iniciar o lítico, causando 
destruição das células. 
 
Infecção e replicação do SARS-COV 2 
Quando o sars-cov 2 entra em contato com uma célula 
do sistema respiratório, o processo de infecção ocorrera 
por englobamento. Com isso, o vírus conseguirá 
adentrar a célula. Em seguida, ocorrerá o transporte do 
RNA de fita positiva, ocorrera a síntese de proteínas 
virais. Esse RNA contém todas as informações necessárias 
para a síntese dessas proteínas. Não havendo a 
necessidade de sintetizar um mRNA. O vírus vai então 
comandar o metabolismo da célula, de modo, que essa 
célula vai sintetizar as proteínas virais, montar o vírus, 
esse vírus vai romper a membrana da célula, sendo 
recoberto pela membrana celular contendo espículas S, 
que vão formar o envelope dessa célula. 
 
Infecção e replicação do vírus HIV 
HIV: vírus da imunodeficiência humana. 
AIDS: síndrome da imunodeficiência adquirida. 
O indivíduo portador do vírus HIV pode ser 
assintomático. O vírus infecta linfócitos TCD4. Ele pode 
inicialmente, realizar o ciclo lisogênico, em que não 
ocorre destruição das células infectadas, por isso, o 
indivíduo pode ser assintomático, isso indica que ele é 
portador do vírus HIV, mas não possui AIDS. 
Quando o vírus entra em ciclo lítico, se inicia a 
destruição dos linfócitos TCD4, fazendo com que o 
indivíduo fique imunodeprimido. Uma destruição 
massiva de TCD4 resultara na imunodeficiência do 
indivíduo, caracterizando a AIDS. 
Formas de transmissão: relação sexual desprotegida, 
contato de sangue contaminado com superfícies 
lesionadas, transfusão de sangue, compartilhamento de 
seringas, transmissão vertical (gestação). 
Características do vírus HIV 
 
O HIV é um retrovírus, isso significa que para ocorrer o 
processo de replicação do vírus será necessário produzir 
uma fita de DNA a partir do RNA viral. 
 
O vírus HIV infecta linfócitos TCD4 por meio de fusão 
do seu envelope com a membrana da célula. Ocorrerá a 
liberação do RNA viral e das enzimas transcriptase 
reversa e integrase. A transcriptase reversa vai sintetizar 
uma molécula de DNA a partir do RNA viral. Esse DNA 
será integrado ao DNA da célula pela ação da enzima 
integrase. O DNA do vírus passará a comandar o 
metabolismo da célula, ocorrendo a síntese do mRNA 
que irá conter as informações para a síntese de proteínas 
virais. Em seguida ocorrerá a montagem dos vírus e eles 
serão liberados, rompendo a membrana da célula, 
resultando a destruição dessa célula. 
Fungos 
Se parecem mais com animais do que as plantas. 
Características gerais 
Funções: utilizados na indústria alimentícia, indústria 
farmacêutica, decomposição de matéria orgânica morta. 
Célula: eucariontes – apresentam carioteca. 
Quantidade de células: podem ser classificadas como 
unicelulares (leveduras) ou multicelulares. 
Parede celular: rica em quitina. 
Hifas cianóticas: células não são separadas uma das 
outras. 
Hifas septadas: septos separam uma da outra. Esses 
septos apresentam uma pequena abertura que mantém 
a comunicação entre as células. 
Conjunto de hifas: micélio. 
 *laranja - núcleos celulares 
Reprodução assexuada 
Brotamento: ocorre a formação de uma estrutura 
chamada broto, que pode se desprender do broto 
original, formando outro fungo. Alguns fungos 
multicelulares não desprendem o broto, formando as 
pseudohifas. 
Esporulação: o fungo produz estruturas chamadas 
esporos, que se disseminam através do ar, e encontrando 
uma superfície adequada, o esporo se desenvolve 
formando um fungo. 
Não ocorre o compartilhamento de material genético 
entre os fungos, sendo os fungos gerados geneticamente 
iguais. 
Reprodução sexuada 
Fusão de mononucleados: duas hifas irão se unir e 
realizar a fusão de seus núcleos, podendo produzir 
esporos que irão conter o material genético de 2 fungos 
diferentes. 
Nutrição 
São heterotróficos. Podem ser parasitas (que obtém 
nutrientes a partir do prejuízo ser vivo) ou podem ser 
decompositores (que obtém nutrientes de matéria 
orgânica morta). 
Ambos vão obter nutrientes por meio de uma digestão 
extracelular e extracorpórea. Eles produzem enzimas 
digestivas, que são excretadas para fora do organismo 
do fungo. Essas enzimas irão digerir os nutrientes 
externamente e posteriormente os fungos farão a 
absorção desses nutrientes. 
Necessidade de oxigênio 
A maioria dos fungos são aeróbios obrigatórios – 
produzem energia na presença de oxigênio. As leveduras 
fazem fermentação (produzem energia na ausência de 
oxigênio). 
 
Infecções fúngicas – micoses 
Superficiais: são aquelas que atingem de forma superficial 
pele e mucosas. 
Sistêmicas: infecções que atingem órgãos e sistemas, 
principalmente em indivíduos imunodeprimidos. 
Candidíase: é causado pelo fungo da Cândida, esse fungo 
faz parte da nossa microbiota natural. A doença vai 
ocorrer quando esse fungo se prolifera de forma 
exagerada no organismo do indivíduo. 
Indivíduos imunodeprimidos, com problema de 
circulação, que fizeram uso de antibióticos, estão 
propensos a desenvolverem essa doença por facilitar a 
proliferação do fungo. A candidíase pode ser tratada 
com antifúngico de uso tópico e oral. Esse fungo se 
prolifera principalmente nos órgãos genitais e cavidade 
oral, podendo atingir o trato gastrointestinal em 
indivíduos imunodeprimidos. 
Paracoccidioidomicose: doença causada pelo fungo 
paracoccidioidis brasilienses, encontrado no solo. Ao 
manipular o solo contaminado com esse fungo, ocorre a 
dispersão dos esporos que podem ser inalados pelo 
indivíduo. Esses esporos atingem os pulmões, causando 
um processo inflamatório crônico no sistema 
respiratório. Podendo ser de difícil tratamento em caso 
de indivíduos saudáveis, o sistema imunológico consegue 
eliminar facilmente e a doença pode não ser 
desenvolvida. 
Criptococose: causada pelo fungo criptococo. Esse fungo 
pode ser encontrado em fezes de aves. Essas fezes 
quando secas, facilitam a disseminação de esporos, 
indivíduos imunodeprimidos podem desenvolver 
processos inflamatórios no sistema respiratório e 
nervoso central, sendo uma doença grave nesses 
indivíduos.

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