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Micro, Imuno e Parasitologia Imunologia Sistema imunológico Função: sistema de defesa. Barreiras físicas: Os pelos, cílios e pele íntegra funcionam como barreira física para a entrada de microorganismos. Barreira química: ácido clorídrico produzido no estômago e as lágrimas. Barreiras humorais: as células do sistema imunológico combatem os microorganismos. Produção e maturação das células da resposta imunológica: são produzidas e maturadas em órgãos linfóides primários - medula óssea e timo (maturação do linfócito T). Depois de produzidas e amadurecidas elas ficam circulando entre os órgãos linfóides secundários. Hematopoiese: produção de células da resposta imunológica- ocorre na medula óssea. Funções das células de resposta imunológica Neutrófilo: é a célula da resposta imunológica mais abundante (duração de ≅ 6hrs). É a 1ª célula que chega para combater um microorganismo e sua ação é por meio da fagocitose. Basófilo: apresenta grânulos de histamina, e atua em respostas alérgicas junto com outra célula chamada mastócito. Eosinófilo: atua contra organismos maiores (vermes). Monócito: atua fazendo fagocitose, no tecido macrófago e quando não está atuando monócito. Célula Dendrítica: apresenta antígenos aos linfócitos T, ativando essas células. Linfócito B: produz anticorpos (proteínas) contra os microorganismos. Linfócito T: pode ser classificado como LT-CD4 ou LTCD8. Os linfócitos TCD4 são divididos em: T helper 1: vão estimular a ação dos macrófagos. T helper 2: vão estimular a ação dos linfócitos B. T reguladora: controla resposta imunológica para que ela não ocorra de forma exagerada. Os linfócitos TCD8 são também chamados de citotóxicos: atuam contra microorganismos que estão dentro das células (principalmente os vírus), e atuam contra células tumorais. NK: atua de forma semelhante a TCD8, combate microorganismos e células tumorais. Granzima: estimula destruição das células. Tipos de resposta imunológica – Diferenças Podem ser classificados como resposta inata ou resposta adaptativa. Resposta inata: 1ª linha de defesa, é inespecífica (as células que atuam na resposta inata agem da mesa forma independente do microorganismo que ela está combatendo) não gera memória imunológica. Células que atuam na RI: neutrófilo, basófilo, eosinófilo, monócito, célula dendrítica e NK. Resposta adaptativa: ocorre tardiamente, é específica (cada célula que atua na RA foi produzida especificamente para combater um microorganismo único), gera memória imunológica. Células que atuam na RA: linfócitos T e B. Infecção Proliferação de algum microorganismo que invadiu o corpo. Sinais cardiais da inflamação A inflamação é um sinal que o sistema imunológico está atuando contra algo que te causa danos. Sendo caracterizada pela vermelhidão, aumento de temperatura, edema e dor, tudo isso podendo reduzir a função do tecido. Resposta imunológica celular Ativação resposta inata Quando um microorganismo se prolifera em algum tecido, ocorrera dano celular e a liberação de mediadores químicos (prostaglandina e leucotrieno), além disso, células residentes vão identificar a presença do microorganismo e iniciarão um processo de resposta imunológica. Caso a célula residente seja um macrófago, fara fagocitose e produzira citocinas inflamatórias (interleucina 6, interleucina 1 e fator de necrose tumoral alfa). As prostaglandinas irão estimular a vasodilatação dos vasos que estão próximos ao tecido infectado. Com a vasodilatação ocorrera maior fluxo de sangue e de células da resposta imunológica. O aumento de fluxo sanguíneo resultara em vermelhidão no local e aumento de temperatura. O leucotrieno estimulará o aumento da permeabilidade vascular, para facilitar a passagem de plasma pela parede do vaso, causando edema na região. O edema irá causar compressão das terminações nervosas causando dor. As citocinas liberadas pelo macrófago irão atrair células da resposta imunológica para o local. Primeiro ocorrerá a chegada dos neutrófilos, que fara um processo de rolamento até conseguir aderir a parede do vaso em seguida a atravessará (diapedese). Após realizar a diapedese, ocorrerá a transmigração do neutrófilo para o local do tecido infectado, onde ele realizara fagocitose. Em seguida, outras células da resposta inata podem ser recrutadas. Caso a resposta inata consiga destruir o microorganismo, a resposta imunológica é finalizada. Caso essa resposta inata não seja suficiente, ocorrerá a ativação da resposta adaptativa. Ativação da resposta adaptativa Quando existe a necessidade de ativarmos a resposta adaptativa, uma célula apresentadora de antígeno irá fagocitar o microorganismo, processá-lo e expressa um antígeno em seus receptores. Exemplificando a ativação dos linfócitos TCD4: a célula apresentadora de antígenos irá circular os linfonodos em busca de um TCD4 virgem que reconheça aquele antígeno que ela está apresentando. Esse processo de busca pelo linfócito TCD4 virgem é chamado de seleção clonal. Ao apresentar o antígeno ao TCD4 virgem que reconhece o mesmo, ocorrerá a ativação do TCD4, que irá se diferenciar em algumas subclassificações de TCD4 (TH1- tecido, TH2- corrente sanguínea). Essa diferenciação dependerá dos tipos de citocinas que estão presentes no meio, que irão indicar qual a melhor forma de destruir o microorganismo. Após a diferenciação, ocorrerá a multiplicação da célula (expansão clonal). Parte dessas células irão atuar no local da infecção, e em torno de 5% dessas células serão armazenadas como células de memória, e irão atuar em reinfecções do mesmo microorganismo. Ativação dos linfócitos TCD8 Quando um vírus infecta nossas células, ou quando temos a formação de células tumorais, as células apresentadoras do antígeno, contendo em sua membrana celular o MHC classe I, irão internalizar o vírus e apresentar o antígeno em sua membrana celular. Essa célula irá percorrer pelos linfonodos, em busca de um linfócito TCD8 virgem que reconheça o antígeno, ocorrerá a ativação dos linfócitos, com a sua proliferação (expansão clonal), e formação de células de memória. Os linfócitos TCD8 que vão atuar nesse processo infeccioso atual, irão ser atraídos para o local em que as células foram infectadas. Para identificar quais células estão infectadas ou apresentam mutações o linfócito TCD8 irá a partir de seu receptor de membrana, fazer uma comunicação comas células e reconhecer aquelas que estão infectadas. Isso é possível porque todas as células dos nossos tecidos apresentam MHC classe I. Ao identificar uma célula infectada, o linfócito TCD8 irá liberar perforina, que vai perfurar a membrana da célula e em seguida vai liberar a grangima, que vai estimular a morte celular. Resposta imunológica humoral Ativação dos linfócitos B Ao reconhecerem o microorganismo na corrente sanguínea ou um organismo maior (verme), os linfócitos B são ativados, sendo denominados plasmócitos. Os plasmócitos sofrem expansão clonal e formam células de memória. Aqueles que forem atuar no processo infeccioso presente, irão produzir anticorpos específicos contra o agente que está causando a infecção. As células de memória irão atuar em uma futura reinfecção. OBS: quando temos a atuação de macrófagos, neutrófilos e linfócitos T, chamamos a resposta imunológica de resposta tipo celular. Quando ocorre a atuação dos linfócitos B, chamamos de resposta humoral, uma vez que é mediada por anticorpos, que são substâncias secretadas e não são células. Anticorpos Um anticorpo é formado por 2 cadeias fechadas e 2 cadeias leves. Ele é formado por uma porção variável (é a parte do anticorpo que se liga ao agente que está causando infecção) e uma porção constante (que é igual em todos os anticorpos produzidosno nosso organismo). Ação dos anticorpos Opsonização: o anticorpo se liga ao organismo que está causando a infecção, possibilitando uma melhor ação dos macrófagos. Neutralização: o anticorpo se liga a toxina, impedindo sua atuação, ou seja, prevenindo o dano celular. Aglutinação: os corpos unem vários agentes infecciosos, facilitando o processo de fagocitose pelos macrófagos. Tipos de anticorpos Os anticorpos também são chamados de imunoglobulina (Ig). IgG: atravessa a placenta durante a gestação. IgM: é o 1º anticorpo produzido durante um processo infeccioso. É utilizado para identificar se a infecção é recente. IgA: produzido nas mucosas (intestino). Passa pelo leite materno. IgE: atua em reações alérgicas. IgD: anticorpo de membrana que atua como receptor do linfócito B. Gráfico de memória imunológica Imunidade ativa É aquela que ocorre uma reação do sistema imunológico do indivíduo para combater o agente agressor. Natural: é aquela que ocorre naturalmente após a entrada de um agente agressor em nosso organismo. Ex: o indivíduo contraiu um vírus da gripe, teve uma resposta inata e posteriormente, resposta adaptativa. Formou células de memória contra esse vírus específico. Artificial: a entrada do agente agressor ocorre de forma artificial e proposital por meio de vacinas. Após a vacinação o sistema imunológico irá atuar normalmente. Inicialmente teremos resposta inata e posteriormente, resposta adaptativa, formando células memória e/ou anticorpos. Atuação das vacinas Administração do microorganismo vivo atenuado: esse microorganismo sofreu uma alteração que enfraqueceu sua capacidade antigênica, mas ele continua ativo o suficiente para resultar uma resposta imunológica. Vantagem: o sistema imunológico sempre vai reagir, ou seja, ocorrera resposta adaptativa, formação de células de memória e anticorpos. Administração do microorganismo morto: nesse caso, não ocorre o risco de o indivíduo desenvolver a doença, entretanto pode ser que o sistema imunológico não reaja, de modo que a vacina não funcione. Para evitar que o sistema imunológico não reaja contra o microorganismo inativo, é realizada a sua inoculação juntamente com um adjuvante, de modo que o sistema imunológico irá atuar contra esse adjuvante e ao mesmo tempo será gerado uma resposta contra o microorganismo inativo. Administração da toxina atenuada: ocorre a administração da toxina que causa determinada doença. Mas essa toxina é administrada em uma forma menos ativa, para que o indivíduo não desenvolva a doença. Imunidade passiva O sistema imunológico do indivíduo não atua ativamente contra o agressor. Natural: realizado a partir da passagem de anticorpos por meio do leite materno e placenta. Artificial: realizada a partir da administração de soro contendo anticorpos prontos contra algum agente agressor. Esse tipo de estratégia é usado para tratar alguma condição em que não é possível esperar o sistema imunológico reagir. Tolerância imunológica e autoimunidade Tolerância imunológica: é a capacidade que o nosso sistema imunológico tem de tolerar, ou seja, de não reagir a determinados antígenos. Auto tolerância: as células do sistema imunológico toleram ou deveriam tolerar os antígenos próprios. Isso significa que normalmente o sistema imunológico não deve reagir a antígenos pertencentes as células do próprio corpo. Quando o sistema imunológico reage contra antígenos próprios, nós temos desenvolvimento de uma doença autoimune. Mecanismo de ação contra linfócitos T e B Os mecanismos de tolerância central ocorrem nos órgãos linfoides primários. No caso do linfócito T, ele é produzido na medula óssea, e amadurecendo no timo. La no timo ele será apresentado a diversos antígenos próprios. Caso reconheça algum será classificado como linfócito auto reativo, e a apoptose será estimulada, evitando o amadurecimento dessa célula. No caso do linfócito B, ele será produzido na medula óssea e amadurecerá no mesmo local. Caso reaja a um antígeno próprio, o linfócito B auto reativo sofrerá apoptose ou terá uma alteração em seu receptor para que possa amadurecer. Mecanismo de tolerância periférico Pode ocorrer de algum linfócito T ou B auto reativo conseguir amadurecer. Nesse caso, ainda temos a possibilidade de evitar o desenvolvimento de uma doença autoimune por meio da tolerância periférica. Os linfócitos auto reativos podem ainda ser expostos a antígenos próprios nos linfonodos. Caso ocorra uma ativação dessas células a partir da exposição aos antígenos próprios, ainda pode ocorrer a apoptose dessa célula ou a anergia (inativação permanente dessa célula). A partir desses mecanismos de tolerância central e periférica, evitando o desenvolvimento de doenças autoimunes. Autoimunidade Para o indivíduo desenvolver uma doença autoimune precisa ter: o Susceptibilidade genética o Falha nos mecanismos de tolerância imunológica o Fator desencadeador: infecção, trauma Ativação de linfócitos auto reativos Uma célula apresentadora de antígeno irá apresentar o antígeno que está causando uma infecção ao linfócito T virgem. Mas ao mesmo empo ela também apresenta, em outro receptor de membrana, um antígeno próprio. Nesse caso, sendo linfócito T virgem auto reativo, ele vai reconhecer o antígeno próprio, e será ativado, promovendo a destruição do tecido que contêm a estrutura do antígeno. Mimetismo molecular Uma célula apresentadora de antígeno vai apresentar algum antígeno que está causando infecção, mas esse antígeno é muito semelhante a um antígeno do nosso próprio corpo. Nesse caso, se um linfócito T auto reativo reconhece esse antígeno, ele irá atuar contra o tecido que apresenta um antígeno semelhante ao apresentado. Hipersensibilidade – alergias É uma reação em que o SI responde de forma exagerada e excessiva a um antígeno. Nas alergias temos uma resposta inadequada, que não devia ocorrer, contra algum antígeno não próprio. Mas de forma geral, esse antígeno que que é atacado durante uma resposta alérgica, é um antígeno que normalmente não causa doenças. O desenvolvimento de alergias está muito relacionado a questões genéticas. Esses fatores genéticos irão fazer com que o SI reaja contra aquilo que não deveria reagir. Para termos uma resposta alérgica passamos pela fase de sensibilização do SI e posteriormente por uma fase de ativação. A fase de sensibilização corresponde ao 1º contato do indivíduo com a substância alérgica. Essa substância será apresentada aos linfócitos T virgens que serão diferenciados em TH2. O TH2 vai estimular a ativação dos linfócitos B, que quando ativados são chamados de plasmócitos. Os plasmócitos vão produzir anticorpo IgE que irá se ligar a membrana dos mastócitos e basófilos, tornando essas células sensibilizadas. Em um 2º contato com a mesma substância alergênica, ocorrerá a fase de ativação. Nessa fase, os basófilos e mastócitos sensibilizados irão reconhecer a substância alergênica e vão sofrer um processo de degranulação, liberando o conteúdo de seus grânulos: histamina. A histamina vai ser responsável pelos sinais de resposta imediata e tardia das alergias. Microbiologia Bactérias Estrutura das bactérias As bactérias são seres unicelulares procariontes, que não apresentam uma membrana que separa o núcleo do citoplasma, ou seja, não tem núcleo verdadeiro. Membrana plasmática: atua filtrando o conteúdo que pode ser transportado para o interior ou exterior da bactéria. Parede celular: é formado por peptideoglicano, e é responsável por manter o formato da bactéria. As características da parede celular irão determinar se a bactéria é classificada como gram positiva ou negativa (possuem uma parede de peptideoglicano mais fina que não retem o cristal violeta na coloraçãoe ficam vermelhas). Capsula: as que possuem são mais resistentes a ação do sistema imunológico, nem todas possuem. Nucleóide: material genético da bactéria, formado por uma fita dupla de DNA. O material genético da bactéria não está dentro da membrana e sim espalhados no citoplasma. Plasmídeo: material genético não obrigatório, não presente em todas as bactérias e que apresenta função relacionada a resistência dos antibióticos. Ribossomo: responsável pela síntese proteica bacteriana. Fímbrias: são pequenos filamentos localizados em volta da bactéria, responsável pela adesão das bactérias em algum tecido ou bactéria. Flagelo: estrutura não obrigatória responsável pela movimentação da bactéria. Pili: é uma forma que a bactéria apresenta para realizar um processo de recombinação genética chamado conjugação. Reprodução bacteriana É realizada por biparticição. A bactéria quando vai se preparar para a reprodução, irá realizar a duplicação do material genético. Em seguida, ocorrera uma divisão do seu citoplasma, formando 2 bactérias filhas iguais a bactéria de origem. Recombinação genética Transformação: a bactéria incorpora um material genético encontrado no ambiente em que ela se encontra. Dessa forma, a bactéria final será diferente da bactéria inicial, uma vez que ela incorporou um novo material genético ao seu. Transdução: incorporação de um material genético de outra bactéria, por meio de um vírus. Uma bactéria é infectada por um vírus e esse vírus a incorpora, o material genético de uma outra bactéria, que o vírus incorporou anteriormente. Conjugação: uma bactéria que possui plasmídeo é chamada de bactéria de doadora. Ela irá doar um pedaço do plasmídeo para uma bactéria que não o possua (bactéria receptora). A bactéria irá então apresentar a resistência conferida pelo plasmídeo recebido. Nutrição bacteriana Autotróficas: produzem seu próprio alimento. o Fotoautotróficas: são aquelas que para produzirem sua fonte de energia, precisam de luz e CO2. o Quimioautotróficas: produzem sua fonte de energia a partir da oxidação de substâncias inorgânicas. Heterotróficas: precisam obter fonte de energia a partir do meio. o Decompositores: se alimentam de matéria orgânica morta. o Parasitas: se alimentam dos nutrientes de outro ser vivo, causando prejuízo a esse ser vivo. o Simbiose: se alimentam dos nutrientes não utilizados por outro ser vivo, não sendo prejudicial ao mesmo. Classificação quanto a necessidade de oxigênio As bactérias que utilizam oxigênio para a produção de energia, realizam respiração celular para sintetizarem energia. As bactérias que não utilizam o oxigênio para sintetizarem energia, realizam fermentação. Aeróbias estritas: vivem apenas na presença de oxigênio, uma vez que fazem respiração celular para sintetizar ATP. Aeróbias microaerófilas: precisam de pequenas quantidades de oxigênio para sobreviverem. Anaeróbias facultativas: vivem na presença ou ausência de oxigênio. Anaeróbias aerotolerantes: toleram a presença de oxigênio, mas não utilizam. Anaeróbias estritas: não vivem na presença de oxigênio. Lag: fase em que as bactérias estão se adaptando ao meio, não ocorrendo reprodução inicialmente, de modo que não ocorrerá crescimento da população bacteriana. Log: crescimento exponencial da população bacteriana devido ao processo de reprodução das bactérias. Declínio: ocorre a eliminação da população bacteriana por falta de nutrientes ou porque o SI causou a destruição da população bacteriana. Fatores que alteram o crescimento bacteriano Temperatura: as bactérias apresentam uma temperatura ótima para a reprodução, sendo ótima aquela que a bactéria consegue se reproduzir o máximo possível. o Basófila: se multiplicam em baixas temperaturas. o Mesófilas: se multiplicam em temperatura ambiente. o Termófilas: se multiplicam em altas temperaturas. pH: a maioria das bactérias se proliferam em ambientes com pH neutro (próximo a 7). Algumas conseguem se proliferar em ambientes ácidos – acidófilas, e algumas em meio básico – alcalifícas. Osmolaridade: se refere a concentração de substâncias de um meio. A maioria das bactérias se multiplicam em meio isotônicos – a concentração de substâncias no meio é semelhante á concentração de substâncias no interior da bactéria. Algumas conseguem sobreviver e se multiplicar em ambientes com elevadas concentrações de sal – halófilas. Esporulação: é um processo realizado por algumas bactérias (gram+), quando as condições do ambiente não são favoráveis à sua sobrevivência e multiplicação. Quando a bactéria forma o esporo, ela se torna resistente à ação de ácidos, de altíssimas temperaturas, de mudança de osmolaridade etc. Classificação das bactérias quanto à parede celular Bactérias em gram+ são aquelas que ao serem submetidas ao método de coloração de gram, se coram, tornando-se roxas. Já as bactérias gram-, não se coram, apresentando-se rosas. Isso é decorrente da estrutura da parede celular dessas bactérias. A parede celular de bactérias gram+ é composta por uma grossa camada de peptídeoglicano, e por isso a coloração é aderida. Já as gram- apresentam sua parede celular, uma fina camada de peptideoglicano e uma membrana externa. Na membrana externa existe uma estrutura denominada LPS, que estimula a ação do sistema imunológica. Catalase: transforma H2O2 (radical livre – destruição das estruturas bacterianas) em H2O+O2 pois separam as moléculas. Coleta do material Meio de cultura o Coloração de gram (tipos de parede celular e morfologia) *Aumento da população bacteriana o Provas bioquímicas (catalase) o Capacidade de hemólise. Parasitologia Vírus São seres acelulares, parasitas intracelulares obrigatórios. Quando o vírus está fora de uma célula, não apresenta atividade metabólica, e passa a ser chamado de vírion. A estrutura clássica de um vírus é material genético que pode ser DNA ou RNA, capsídeo envolvendo o material genético, alguns vírus apresentam envelope, que é formado por estrutura semelhante à membrana das células, proteínas ligantes (peplômeros), que são importantes no processo de ligação entre vírus e a célula que será infectada, e proteínas estruturas, que atuam na proliferação viral. Formas de infecção viral Os vírus apresentam afinidades por tipos específicos de células. O que garante essa especificidade são as proteínas ligantes, que são reconhecidas pelos receptores das células que o vírus consegue invadir. Introdução do material genético No exemplo temos um bacteriófago, que é um vírus que invade bactérias. Após o reconhecimento das proteínas ligantes pelos receptores da bactéria, será formado um poro na bactéria, permitindo a passagem do DNA do bacteriófago, ocorrendo sua entrada na bactéria. Englobamento A forma de infecção viral por englobamento ocorre a partir do envolvimento do vírus pela célula, que vai posteriormente adentrar essa célula, com toda sua estrutura. Fusão Na forma de infecção por fusão, o envelope do vírus se une a membrana da célula, de forma que apenas o capsídeo com o material genético será internalizado. Esse é um exemplo de infecção realizada pelo vírus HIV. Ciclo lítico No ciclo lítico do bacteriófago, o DNA viral, irá estimular a síntese do RNA viral pela bactéria, em seguida, a bactéria vai decodificar as informações do RNA viral, para sintetizar as proteínas virais. Posteriormente, as bactérias vão montar os vírus em seu interior e produzir a lisoenzima, que vai lisar a membrana da bactéria, liberando os novos vírus formados, esses vírus irão infectar outras bactérias. Ciclo lisogênico No ciclo lisogênico, o material genético do vírus pode se unir ao material genético da célula infectada, não comandando o metabolismocelular, nesse caso temos um provírus. Nesse mesmo ciclo, o vírus pode tambem não se unir ao material genético da célula, mas não comanda o metabolismo celular, sendo chamado de epissomo. Nesse ciclo, a célula quando realizar o processo de mitose, vai causar uma proliferação viral tambem. A qualquer momento, o vírus pode deixar de fazer o ciclo lisogênico e iniciar o lítico, causando destruição das células. Infecção e replicação do SARS-COV 2 Quando o sars-cov 2 entra em contato com uma célula do sistema respiratório, o processo de infecção ocorrera por englobamento. Com isso, o vírus conseguirá adentrar a célula. Em seguida, ocorrerá o transporte do RNA de fita positiva, ocorrera a síntese de proteínas virais. Esse RNA contém todas as informações necessárias para a síntese dessas proteínas. Não havendo a necessidade de sintetizar um mRNA. O vírus vai então comandar o metabolismo da célula, de modo, que essa célula vai sintetizar as proteínas virais, montar o vírus, esse vírus vai romper a membrana da célula, sendo recoberto pela membrana celular contendo espículas S, que vão formar o envelope dessa célula. Infecção e replicação do vírus HIV HIV: vírus da imunodeficiência humana. AIDS: síndrome da imunodeficiência adquirida. O indivíduo portador do vírus HIV pode ser assintomático. O vírus infecta linfócitos TCD4. Ele pode inicialmente, realizar o ciclo lisogênico, em que não ocorre destruição das células infectadas, por isso, o indivíduo pode ser assintomático, isso indica que ele é portador do vírus HIV, mas não possui AIDS. Quando o vírus entra em ciclo lítico, se inicia a destruição dos linfócitos TCD4, fazendo com que o indivíduo fique imunodeprimido. Uma destruição massiva de TCD4 resultara na imunodeficiência do indivíduo, caracterizando a AIDS. Formas de transmissão: relação sexual desprotegida, contato de sangue contaminado com superfícies lesionadas, transfusão de sangue, compartilhamento de seringas, transmissão vertical (gestação). Características do vírus HIV O HIV é um retrovírus, isso significa que para ocorrer o processo de replicação do vírus será necessário produzir uma fita de DNA a partir do RNA viral. O vírus HIV infecta linfócitos TCD4 por meio de fusão do seu envelope com a membrana da célula. Ocorrerá a liberação do RNA viral e das enzimas transcriptase reversa e integrase. A transcriptase reversa vai sintetizar uma molécula de DNA a partir do RNA viral. Esse DNA será integrado ao DNA da célula pela ação da enzima integrase. O DNA do vírus passará a comandar o metabolismo da célula, ocorrendo a síntese do mRNA que irá conter as informações para a síntese de proteínas virais. Em seguida ocorrerá a montagem dos vírus e eles serão liberados, rompendo a membrana da célula, resultando a destruição dessa célula. Fungos Se parecem mais com animais do que as plantas. Características gerais Funções: utilizados na indústria alimentícia, indústria farmacêutica, decomposição de matéria orgânica morta. Célula: eucariontes – apresentam carioteca. Quantidade de células: podem ser classificadas como unicelulares (leveduras) ou multicelulares. Parede celular: rica em quitina. Hifas cianóticas: células não são separadas uma das outras. Hifas septadas: septos separam uma da outra. Esses septos apresentam uma pequena abertura que mantém a comunicação entre as células. Conjunto de hifas: micélio. *laranja - núcleos celulares Reprodução assexuada Brotamento: ocorre a formação de uma estrutura chamada broto, que pode se desprender do broto original, formando outro fungo. Alguns fungos multicelulares não desprendem o broto, formando as pseudohifas. Esporulação: o fungo produz estruturas chamadas esporos, que se disseminam através do ar, e encontrando uma superfície adequada, o esporo se desenvolve formando um fungo. Não ocorre o compartilhamento de material genético entre os fungos, sendo os fungos gerados geneticamente iguais. Reprodução sexuada Fusão de mononucleados: duas hifas irão se unir e realizar a fusão de seus núcleos, podendo produzir esporos que irão conter o material genético de 2 fungos diferentes. Nutrição São heterotróficos. Podem ser parasitas (que obtém nutrientes a partir do prejuízo ser vivo) ou podem ser decompositores (que obtém nutrientes de matéria orgânica morta). Ambos vão obter nutrientes por meio de uma digestão extracelular e extracorpórea. Eles produzem enzimas digestivas, que são excretadas para fora do organismo do fungo. Essas enzimas irão digerir os nutrientes externamente e posteriormente os fungos farão a absorção desses nutrientes. Necessidade de oxigênio A maioria dos fungos são aeróbios obrigatórios – produzem energia na presença de oxigênio. As leveduras fazem fermentação (produzem energia na ausência de oxigênio). Infecções fúngicas – micoses Superficiais: são aquelas que atingem de forma superficial pele e mucosas. Sistêmicas: infecções que atingem órgãos e sistemas, principalmente em indivíduos imunodeprimidos. Candidíase: é causado pelo fungo da Cândida, esse fungo faz parte da nossa microbiota natural. A doença vai ocorrer quando esse fungo se prolifera de forma exagerada no organismo do indivíduo. Indivíduos imunodeprimidos, com problema de circulação, que fizeram uso de antibióticos, estão propensos a desenvolverem essa doença por facilitar a proliferação do fungo. A candidíase pode ser tratada com antifúngico de uso tópico e oral. Esse fungo se prolifera principalmente nos órgãos genitais e cavidade oral, podendo atingir o trato gastrointestinal em indivíduos imunodeprimidos. Paracoccidioidomicose: doença causada pelo fungo paracoccidioidis brasilienses, encontrado no solo. Ao manipular o solo contaminado com esse fungo, ocorre a dispersão dos esporos que podem ser inalados pelo indivíduo. Esses esporos atingem os pulmões, causando um processo inflamatório crônico no sistema respiratório. Podendo ser de difícil tratamento em caso de indivíduos saudáveis, o sistema imunológico consegue eliminar facilmente e a doença pode não ser desenvolvida. Criptococose: causada pelo fungo criptococo. Esse fungo pode ser encontrado em fezes de aves. Essas fezes quando secas, facilitam a disseminação de esporos, indivíduos imunodeprimidos podem desenvolver processos inflamatórios no sistema respiratório e nervoso central, sendo uma doença grave nesses indivíduos.
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