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Análise
sociológica das obras "Leite Derramado" e "Quarto de despejo" dentro do tema de raças e construção social da cor"
O presente livro “Leite Derramado” ele vem de uma tradição desses romances do Chico que se inicia em estorvo não é passa por Benjamim Budapeste de mas dependência da memória, só que aqui o Chico Buarque decide dar uma mexidinha nessa história e o nome do livro tem tudo a ver com isso o leite derramado ele vai falar sobre o passado, mas a gente tem aqui um protagonista Narrador que é o Eulálio. 
Particularmente no que diz respeito à questão racial, o próprio sistema mediático, estão incluídas as editoras, constitui-se, tradicionalmente, de elites intelectuais, funcionando “como filtro e síntese de variadas formas de ação e cognição presentes nas elites econômicas, políticas e culturais coexistentes num contexto social” (Sodré, 2000, p. 244). Sob essa perspectiva, Muniz Sodré fala em “racismo mediático” (p. 245), suscitado pelos seguintes fatores: negação, recalcamento, estigmatização e indiferença profissional, ou seja, a grande mídia tende a negar que o racismo exista - a menos quando esse é objeto noticioso -, assim como recalcar características positivas das manifestações de origem negra. 
Em Leite derramado acontece este ‘embaralhamento’ de lembranças, de memórias, que produzem importante efeito estético. Eulálio narra suas lembranças partindo de um presente da enunciação, em que se encontra no hospital na presença de estranhos ou funcionários e deixa fluir suas lembranças. Desse contexto, da continuidade da narrativa, algo evoca o passado e afloram na superfície da consciência do narrador os eventos de momentos particularmente relevantes da sua vida. 
A representação das lembranças de Eulálio, o movimento da memória, de forma intercalada na sequência narrativa, mesclados não vai e vem constante, surge mora como memória voluntária ora involuntária. O próprio Chico Buarque, em tom jocoso, assim se refere ao seu último romance:
O pensamento de Henri Bergson, por exemplo, aponta para os caracteres da memória internos ao ser humano e neles se concentra para explicá-los como fenômenos que se situam na esfera material, biológica e espiritual. A memória é a consciência das percepções que impressionam o espírito e nela ficam armazenadas em processo contínuo podendo ser evocadas de modo voluntário como memória hábito, e involuntário e individual, pois esta diz da história do indivíduo e se manifesta como lembrança.
No qual ele está numa cama de hospital público não é e ele está falando com a enfermeira e está contando para ela sua vida então ele vai contar causos do seu passado e é muito interessante porque ele vai contar de uma forma simétrica até o seu tetravô e até o seu tetraneto esse personagem.
No início do livro eu imaginava que ele tivesse uns 99 anos ele vai contar uma história bem longa, e todos os homens dessa família, e a filha dele se chama Maria valha então tem uma ligação uma relação minimamente ali colocada com 100 anos de solidão né só que de uma forma bem mais concisa livro de menos de 200 páginas.
No plano narrativo podemos distinguir que o presente da enunciação, que remete sempre ao hospital, evolui de modo cronológico, com uma continuidade causal. Os dias e noites se sucedem em sua ordem natural e a alternância de interlocutores corrobora isto. Da narrativa organizada em segmentos se depreende os vinte e três momentos distintos em que o narrador, único a enunciar, toma e retoma o discurso. Ele pretende relatar suas memórias para a enfermeira da noite anotar. A partição em segmentos numerados de textos representa os momentos estanques do relato. Os intervalos de tempo em que o narrador está dormindo ou sozinho rompem a continuidade da narrativa, assim , cada momento em que o narrador enuncia é distinto. A enfermeira do turno da noite é a única que a seu ver tem paciência consigo. Mas o leitor atento vai perceber que sempre que ele começa a tagarelar ela o põe para dormir aplicando os medicamentos.
Eulálio não convivera com o avô, a quem conhecera apenas por meio de retratos. O avô, filho de Barão negreiro, fez fortuna com cacauais na Bahia e cafezais em São Paulo, fora um abolicionista radical que pretendia fundar uma nação em África (Nova Libéria) e desfazer a imigração forçada, a que foram submetidos os escravizados no Brasil, e, certamente, lucrar com isso. 
Figurão do Império e grão maçom o avô morreu no exílio devido a ligação com a nobreza. Mais tarde seu corpo foi transladado para o cemitério familiar na fazenda da raiz da serra. Em sua convivência com a esposa, seu avô a fizera infeliz por se envolver com a ‘negras’ da senzala, causara ciúmes que se manifestavam fortemente, sentimento que dava origem às doenças da avó. Assim, o avô importara mão de obra Suíça e ordena a construção do chalé, no então distante areal de Copacabana, isolando a avó. 
Mais tarde o chalé vai ser moradia de Eulálio. Na fazenda, a vida de Eulálio era pacata em companhia do negro Balbino (jovem mulato que ‘ria que se ria’ e vestia calças roxas em uma bunda grande) e com ele aprendera a soltar pipa e a caçar passarinhos. 
Frequentara a fazenda assiduamente até a idade de cursar o ginásio. Durante as férias de verão ia à Europa de navio com o pai senador da jovem República. Lá, conheceu as ‘cocotes’ que faziam ‘pompoarismo’, e a ‘neve’ – cocaína pura que era vendida em farmácias.
 Eulálio começou a cursar a Faculdade de Direito, que não concluiu. Aos dezessete anos seu pai, sedutor incorrigível – que preferia louras ou ruivas sardentas, é assassinado a tiros em sua ‘garçonnière’ (casa ou apartamento para encontros amorosos furtivos).
Alguns traços fenotípicos utilizados para definir a raça, foram originados e ressignificados historicamente de acordo com interesses de grupos sociais. Traços como a pigmentação de pele, formato do rosto, nariz, cabelo, cor dos olhos, foram símbolos usados para a definição de raça
Perfilado ao lado da mãe para receber condolências viu Matilde se aproximar gradativamente, não em linha reta, mas em ‘parafuso’. Ela fala ao seu ouvido ‘coragem, Eulálio’, e sua voz o perturba grandemente, é o início da paixão que vai acompanhá-lo vida a fora. Matilde passa a frequentar o casarão após as aulas, mas encontram-se furtivamente à noite para namorar. 
Aqui o que lá ele faz é ele começa muito falando para essa enfermeira que vai se casar com ela que vai levar ela para morar no casarão onde não sei onde no interior que ele tem conforme vai falando ele se lembra que ele não tem mais o casarão ele se lembra que ele se mudou para uma casinha menor em Botafogo mas que ainda tem 16 criados tudo mais e aí o Narrador, é um Narrador não confiável não por causa da sua índole não porque ele tem um mau caráter ou porque ele quer nos enganar mas porque nesse caso Narrador não tem capacidade de lembrar é do presente então ele mistura fatos né então conforme vai falando ele fala mas eu me lembrei que nem lá nós moramos agora então preciso me lembrar de para onde é que eu vou te levar.
Carolina Maria de Jesus ela nasceu em Minas Gerais a ela é uma pessoa extremamente pobre da certo autodidata ela frequentou 2 anos de escola e ela aprendeu a ler nos cadernos e revistas livros que ela achava na rua quando catadora de papel também quando era empregada na biblioteca quando era permitido ler eventuais.
 Patrões que ela tinha tá certo lá pelos anos de 48 ela se transfere lá vai para São Paulo e vai em seguida se fixar nessa favela ele vai construir ali o seu barraco tudo bem ela vai ter os filhos né ela tem 3 filhos de 3 pais diferentes um é o João José de Jesus o mais velho o outro é o José Carlos de Jesus e a caçula a Vera Eunice de Jesus livro como que nasceu esse livro um jornalista chamado Audálio Dantas ele estava fazendo uma matéria numa reportagem lá na favela do Canindé .
Análise do discurso da obra literária se faz necessária para concretizar para concretizar o estudo, o livro Quarto de Despejo é um tipo de obra que Narrador é o autor e personagem da obra então o Narradoré a própria Carolina Maria de Jesus, na qual o espaço onde ocorre a história em uma favela em São Paulo, a favela do Canindé, que hoje inclusive não existe mais o tempo até 1960 tá e o estilo de época nós podemos chamar de literatura contemporânea, porque ela não se enquadra em nenhuma escola.
Segundo Borges (2004), é necessário analisar está bem há estética da escrita. neste sentido, podemos pensar no que diz Ranciere(2009) sobre o caráter estético de algumas obras também contém seu caráter político. 
As ocorrências de delitos, dentro e fora da favela, também chamam a atenção no relato da autora. Sobre isso, ela menciona à criminalização seletiva da população da favela por parte da polícia, em que pessoas com o estereótipo de “negro, pobre e favelado” normalmente são as selecionadas pela polícia.
“Eu estava pagando o sapateiro e conversando com um preto que estava lendo um jornal. Ele estava revoltado com um guarda civil que espancou um preto e amarrou numa árvore. O guarda civil é branco. E há certos brancos que transforma preto em bode expiatório. Quem sabe se guarda civil ignora que já foi extinta a escravidão e ainda estamos no regime da chibata? (cap. 11 de agosto, p. 91).
Ambas as obras se refletem a pobreza principalmente a obra quarto de despejo, pois a história acontece em uma periferia, certamente esse é um assunto que nos deixa muito triste claro é acaba afetando a nossa vida de uma forma ou de outra porque nós sabemos que a pobreza é uma realidade não só no Brasil.
 Mas em todo o mundo só para você ter uma ideia se nós considerarmos que a população do planeta hoje está aí na casa de 7 bilhões e meio de indivíduos, segundo o banco mundial que é o grande responsável não é por divulgação dos dados em relação à pobreza e a riqueza no mundo.
Referencias:
https://www.youtube.com/watch?v=_tkaXxXXKVI&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=lp-tsq6k4_4
OBRAS "Leite Derramado”
OBRAS "Quarto de despejo"

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