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Bia Amorim 1 A avaliação respiratória deve ser feita de forma criteriosa (identificação, avaliação neurológica, avaliação hemodinâmica, avaliação respiratória e exames complementares). A avaliação nunca deve ser tão rápida que não permita a exploração suficiente para embasar um programa de tratamento e nem tão demorada a ponto que provoque desconforto ao paciente. Os tópicos importantes para uma avaliação respiratória completa são: Identificação: Referente aos dados do paciente, normalmente estão presentes no prontuário dele, informações como nome, idade, sexo, etnia, procedência, estado civil, profissão, endereço, entre outros dados importantes. Anamnese: Queixa principal, história da moléstia atual (como e quando começou, como evoluiu, fatores que melhoram ou pioram, como está agora etc.), história da moléstia pregressa, antecedentes familiares, antecedentes pessoais e hábitos de vida. Avaliação do Sistema Nervoso Central: Onde será avaliado o nível de consciência do paciente, para saber se ele se encontra acordado (sem sedação) ou sedado. Esta Fo to d e A u to r D esco n h ecid o está licen ciad o em C C B Y-SA -N C http://www.nano-macro.com/2011/09/um-desenho-para-natureza.html https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/ Bia Amorim 2 Níveis de consciência – avalia córtex Consciente, colaborativo, orientado Responde tudo de forma correta Confuso Responde de forma incorreta Sonolento Acordado só quando estimulado Agitado Inquieto, se movimenta muito Rebaixamento do nível de consciência Estímulos muito diminuídos Torporoso Tenta falar, mas não consegue Comatoso Sem reação a estímulos, não sedado Sedado Sem reação a estímulos e sedado Sedação: medicações utilizadas na rotina de tratamento e controle do paciente crítico. Escala de Coma de Glasgow “A Escala de Glasgow, também conhecida por Escala de Coma de Glasgow, é uma técnica que foi desenvolvida na Universidade de Glasgow, na Escócia, para avaliar situações de trauma, nomeadamente de traumatismo cranioencefálico, permitindo a identificação de problemas neurológicos, a avaliação do nível de consciência da pessoa e ainda prever o prognóstico. A Escala de Glasgow permite determinar o nível de consciência da pessoa através da observação do seu comportamento.” - fonte: https://www.tuasaude.com/escala-de-glasgow/) https://www.tuasaude.com/escala-de-glasgow/ Bia Amorim 3 No caso de paciente sob utilização de sedação é utilizada a escala de RASS (Escala de Agitação-Sedação de Richmond) ou a Escala de Ramsay. Bia Amorim 4 Avaliação das Pupilas Foto: https://enfermagempiaui.com.br/wp-content/uploads/2020/04/avalia%C3%A7%C3%A3o-pupilar.jpg Fotorreagência: Constrição pela presença da luz (está recebendo estímulo nervoso=comum) Avaliação do Sistema Cardiovascular: Nessa etapa é feita a avaliação hemodinâmica, onde é verificado os sinais vitais (PA, FC, Temperatura Corporal). Avaliação Respiratória: É verificado os sinais e sintomas respiratórios (dor, tosse, dispneia) e o exame físico (estático e dinâmico). • Dor: “Qual o tipo de dor?”. Uma dor genérica/total no peito inteiro. Normalmente se trata de dor muscular ou nervosa. Pode ser comum também em pneumonias e estado gripal por conta da dor muscular. Enquanto a dor pleural/pleurítica de origem pulmonar, tem comumente como características uma dor súbita; forte e geralmente referida como pontada; localizada; dor mais intensa durante a inspiração profunda; piora com a tosse, na flexão da cabeça ou o tórax lateralmente ou ao abduzir o braço. Um outro tipo de dor é a precordial que acomete principalmente a parte central do peito, tem forte intensidade e limitante, paciente refere Bia Amorim 5 pontada, pode ou não estar relacionada ao esforço e sua origem é cardíaca, ocorre normalmente por isquemia miocárdica. • Tosse: A tosse pode ser classificada em eficaz, ineficaz, produtiva ou improdutiva (seca). Se a tosse for produtiva é necessário avaliar a expectoração, onde se avalia o volume (pequena, média, grande quantidade), aspecto (fluida, espessa ou semiespessa), odor (sem cheiro ou fétida) e cor (branca/clara, amarelada, esverdeada, com estrias de sangue, sanguinolenta ou rósea). Classificação da Secreção Hemoptise: liberação de grande quantidade de sangue vivo pela boca (vermelho), causada por tuberculose, bronquiectasia e câncer de pulmão. Bia Amorim 6 Vômica: Liberação de grande quantidade de pus pela boca, ex: TB, Abscesso pulmonar. • Dispneia: Existem dois tipos de dispneia, a subjetiva (paciente relata falta de ar, normalmente associadas a ansiedade, síndrome do pânico...=tem a sensação, mas não possui comprometimento pulmonar) e a objetiva (sinais de desconforto respiratório), ela pode ser classificada aos pequenos esforços, médios e grandes. Exame Físico: No exame físico é feito a avaliação estática, onde é observado a morfologia. https://www.passeidireto.com/arquivo/90659008/tipos-de-torax https://www.passeidireto.com/arquivo/90659008/tipos-de-torax Bia Amorim 7 Obs: Tórax patológicos podem provocar alterações na mecânica respiratória. • Padrão Respiratório: Os padrões respiratórios são toráco-abdominal (misto=norma), abdominal e torácico. • Ausculta Pulmonar: Avaliação dos sons normais e/ou patológicos que ocorrem no pulmão do paciente durante o ciclo respiratório. Os sons encontrados podem ser ruídos fisiológicos ou patológicos/adventícios. − Ruídos Patológicos: Ronco, sibilo (inspiratório= secreção e expiratório= broncoespasmo), estertores crepitantes e estertores subcrepitantes. Exames complementares: Gasometria e Radiografia de tórax • Avaliação Sistema Urinário: Função renal e volume da diurese • Avaliação Sistema Hematológico: Curva de temperatura, hemogramas, culturas e coagulograma.
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