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Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia ➛ Pâncreas: glândula mista ✓ Endócrina – porção insular ✓ Exócrina – ácinos pancreáticos ➛ Secreção endócrina pancreática -> proveniente das ilhotas e incluem insulina e glucagon ➛ Secreção exócrina pancreática -> solução aquosa de bicarbonato de sódio e enzimas digestórias Secreção exócrina -> secreta para fora do corpo ou para uma cavidade – luz do tubo digestório Secreção endócrina -> secreta na corrente sanguínea ou nos líquidos intersticiais Secreção pancreática: ➛ As enzimas digestivas são secretadas pelos ácinos pancreáticos ➛ Grandes volumes de solução de bicarbonato de sódio são secretados pelos ductos pequenos e maiores que começam nos ácinos ✓ O produto combinado de enzimas digestivas + bicarbonato de sódio flui pelo ducto pancreático, que normalmente drena para o ducto hepático, imediatamente, antes de se esvaziar no duodeno pela papila de Vater, envolta pelo esfíncter de Oddi ➛ A maior parte das enzimas pancreáticas são secretadas como zimogênios, que devem ser ativados no momento de chegada no intestino Enzimas digestivas pancreáticas: ➛ A secreção pancreática contém múltiplas enzimas para digerir todos os três principais grupos de alimentos e contém, também, uma grande quantidade de ións bicarbonato que contribuem para a neutralização da acidez do quimo transportado do estômago para o duodeno ➛ Enzimas pancreáticas para digestão de proteínas -> tripsina, quimiotripsina e carboxipolipeptidase ✓ A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam proteínas a peptídeos de tamanho variados, sem levar a liberação de aminoácidos individuais ✓ A carboxipolipeptidase cliva alguns peptideos a aminoácidos individuais, completando, assim, a digestão de algumas proteínas Quando sintetizadas nas células pancreáticas, estas enzimas estão em formas enzimáticas inativas (tripsinogênio, quimiotripsinogênio e procarboxipolipeptidase), sendo ativas somente após serem secretadas no trato intestinal, quando o quimo entra em contato com a mucosa intestinal ✓ Tripsinogênio -> ativado pela enzima enterocinase ou pela própria tripsina ✓ Quimiotripsinogênio e procarboxipolipeptidase -> ativado pela tripsina ➛ Enzimas pancreáticas para digestão de carboidratos -> amilase pancreática ✓ A amilase pancreática hidrolisa amidos, glicogênio e outros carboidratos – exceto celulose – para formar dissacarídeos e alguns trissacarídeos ➛ Enzimas pancreáticas para digestão de gorduras -> lipase pancreática, colesterol esterase e fosfolipase ✓ Lipase pancreática: hidrolisa gorduras neutras a ácidos graxos e monoglicerídeos ✓ Colesterol esterase: hidrolisa ésteres de colesterol ✓ Fosfolipase: cliva os ácidos graxos dos fosfolipídios Esse processo de ativação das enzimas pancreáticas se inicia quando a enteropeptidase (enterocinase) da borda em escova converte tripsinogênio em tripsina Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia Importante: ➛ As enzimas proteolíticas do suco pancreático não devem ficar ativadas após chegarem ao intestino pois a tripsina e as outras enzimas podem digerir o próprio pâncreas. ➛ As mesmas células que secretam enzimas proteolíticas no ácino pancreático, secretam, também, o “inibidor de tripsina” -> essa substancia inativa a tripsina ainda nas células secretoras, nos ácinos e nos ductos do pâncreas. ✓ Pancreatite aguda -> ocorre quando o pâncreas é lesado gravemente, acumulando grande secreção pancreática, fazendo com que o inibidor de tripsina seja insuficiente – as secreções pancreáticas ficam ativas e podem digerir todo o pâncreas. Secreção de íons bicarbonato: ➛ A secreção de bicarbonato é responsável por neutralizar o ácido proveniente do estômago ➛ A produção de bicarbonato requer altos níveis da enzima anidrase carbônica O hormônio secretina estimula as células dos ductos pancreáticos a liberar bicarbonato de sódio ➛ Etapas da secreção de bicarbonato: ✓ 1° etapa: • O CO2 se difunde para as células sanguíneas e, sob influencia da anidrase carbônica, combina-se com a H20 para formar H2CO3 • O H2CO3 dissocia-se em H2 e HCO3- • Os íons HCO3- são trocados por Cl- e entram na célula pelo cotransportador NKCC na membrana basolateral e sai por um canal CFTR na apical ✓ 2° etapa: • Os íons H+ são trocados por Na+ na membrana basolateral da célula e entram na célula pelo cotransporte • O movimento de íons negativos do LEC para o lúmen cria um gradiente elétrico negativo no lúmen que atrai Na+ ✓ 3° etapa: • O resultado final é a secreção de uma solução aquosa de bicarbonato de sódio, formado pelo gradiente de pressão criado pelo Na+ e HCO3- do sangue para o lúmen do ducto Regulação da secreção pancreática: ➛ Acetilcolina: ✓ Liberada pelas terminações do nervo vago parassimpático ✓ Estimula a liberação de grande quantidade de enzimas digestivas pancreáticas Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia ➛ Secretina: ✓ Secretada pelas células S do duodeno na presença de ácido – ela só é ativada quando o quimo ácido entra em contato com a mucosa intestinal (HCl) ✓ Aumenta o fluxo de água e de bicarbonato nos ductos – neutralização do quimo ✓ Inibe a liberação de ácido gástrico e a motilidade intestinal ➛ Colecistocinina (CCK): ✓ Secretada pelas células I do duodeno na presença de gorduras e proteínas ✓ Atua estimulando a liberação de proenzimas pelas células acinares do pâncreas ✓ Regula a motilidade gástrica e intestinal, o que causa o retardo do esvaziamento do estômago ✓ Regula a secreção biliar Fases da secreção pancreática: Fase cefálica: ➛ Regulada por estímulos sensoriais – olfato e paladar ➛ Ao sentir o gosto ou cheiro de comida ocorre o envio de mensagens nervosas que estimulam o pâncreas, por meio do SNA parassimpático ➛ Essa fase estimula menos a secreção de HCO3- e mais enzimas no pâncreas, além de gastrina, água e bicarbonato no duodeno ➛ Hormônios que elevam a secreção pancreática na fase cefálica -> acetilcolina e gastrina Fase gástrica: ➛ Essa fase ocorre a partir da ingestão de alimento, em que a produção de suco pancreático aumenta e permanece ativo em média 3 horas ➛ Isso ocorre por estímulos de fibras parassimpáticas ➛ Essa estimulação nervosa libera enzimas em baixo impacto, uma vez que somente uma pequena quantidade chega ao duodeno Fase intestinal: ➛ Ocorre no momento em que o alimento chega no intestino delgado, vindo do estômago ➛ Esse processo estimula a síntese de enzimas como a CKK ➛ O alimento possui pH ácido, então a secretina estimula a liberação de bicarbonato
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