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Funcao gastrica

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Camila Mariana Castro de Oliveira 
 Medicina Nove de Julho 
 BMF 2 – Fisiologia 
 
 Fome: 
➛ A fome é a sensação fisiológica que nos faz 
procurar e ingerir alimento para satisfazer as 
necessidades diárias de nutrientes 
➛ O hipotálamo desempenha papel importante no 
controle do apetite 
 ✓ Vários núcleos hipotalâmicos e circuitos neuronais 
estão intrinsecamente envolvidos na regulação do 
apetite, interagindo com o tronco cerebral e centros 
corticais superiores 
➛ Grelina -> secretada pelas células gástricas 
imediatamente antes da ingestão de alimentos 
 ✓ Sua ação é oposta a da leptina e a da insulina e 
estimula os neurônios orexigênicos e inibe os neurônios 
anorexigênicos, assim aumenta o apetite e a ingestão 
de alimentos 
 ✓ O jejum e a perda de peso estimulam muito a 
secreção de grelina 
 
 
 
 
 
Secreção gástrica: 
➛ As células da mucosa gástrica secretam um fluido 
chamado “suco gástrico” 
➛ Os quatro principais componentes do suco gástrico 
são o ácido clorídrico (HCl), pepsinogênio, fator 
intrínseco e muco
 
 ✓ Fator intrínseco -> produzido pelas células parietais, 
importante para o transporte de vitamina B12 
 ✓ Pepsinogênio -> produzido pelas células principais, 
é a forma inativa da pepsina (protease), responsável 
pela digestão de proteínas 
 ✓ Gastrina -> produzida pelas células G 
 ✓ Muco -> produzido pelas células mucosas, 
responsável pela proteção 
Glândulas oxínticas: 
➛ São glândulas presentes na mucosa gástrica 
➛ As glândulas 
oxínticas secretam o 
ácido clorídrico, 
pepsinogênio, fator 
intrínseco e muco 
➛ Tipos: 
 ✓ Célula mucosa -> 
secreta muco 
 ✓ Célula pépticas ou 
principais -> secreta 
pepsinogênio 
 ✓ Célula parietal -> 
secreta HCl 
Secreção de HCl: 
➛ A principal função das células parietais é a secreção 
de HCl que acidifica o conteúdo gástrico ao pH entre 1 
e 2 
➛ A função deste pH gástrico baixo é a conversão do 
pepsinogênio inativo, secretado pelas células principais 
adjacentes, em sua forma ativa, a pepsina, uma 
protease que começa o processo de digestão de 
proteínas 
➛ A principal força motriz para a secreção de HCl 
pelas células parietais é a bomba de hidrogênio-potássio 
(H+K+ATPase) 
 
Fome -> substâncias 
orexígenas 
 - Grelina 
Saciedade -> substâncias 
anorexígenas 
 - Distensão gástrica 
 - Leptina 
 - Insulina 
 - CCK 
 Camila Mariana Castro de Oliveira 
 Medicina Nove de Julho 
 BMF 2 – Fisiologia 
 
Omeprazol -> fármaco que atua inativando essa bomba 
de hidrogênio-potássio (H+K+ATPase) 
 
Controle da digestão: 
 
 ✓ Fase cefálica -> responsável pela produção de 
30% do suco gástrico 
 ✓ Fase gástrica -> estimulo local (estômago), 
responsável pela produção de 70% do suco gástrico 
Fase cefálica: 
➛ Resulta da visão, do odor, da lembrança ou do sabor 
do alimento 
➛ Quanto maior o apetite, mais intensa é a estimulação 
➛ Sinais neurogênicos que causam a fase cefálica se 
originam no córtex cerebral e nos centros do apetite 
na amígdala e no hipotálamo 
➛ São transmitidos pelos núcleos motores dorsais do 
nervo vago até o estômago 
 ✓ Substancias que estimulam a secreção de H+ pelas 
células parietais gástricas: 
 - Ach (mediador neurócrino) 
 - GRP (peptídeo liberador de gastrina – mediador 
neurócrino)
 
Fase gástrica: 
➛ O alimento que entra no estômago excita: 
 ✓ 1) Os reflexos longos vaso-vagais do estomago para 
o cérebro e de volta ao estômago 
 ✓ 2) Os reflexos entéricos locais 
 ✓ 3) Mecanismo da gastrina 
➛ A distensão da parede estomacal causa estimulação 
vagal direta das células parietais e estimulação indireta 
das células parietais por meio da liberação de gastrina 
➛ A distensão do antro do estomago envolve reflexos 
locais que estimulam a secreção da gastrina 
➛ Efeito direto de aminoácidos e peptídeos pequenos 
sobre as células, estimulando a liberação de gastrina 
Inibição da secreção de HCl: 
➛ A secreção de HCl é inibida quando a molécula não 
é mais necessária para a ativação de pepsinogênio em 
pepsina -> ou seja, quando o quimo foi para o intestino 
delgado 
➛ O principal controle 
inibidor da secreção de 
HCl é o menor pH do 
conteúdo gástrico 
➛ Este pH menor, então, 
inibe a secreção de 
gastrina, diminuindo a secreção de H+ 
 Camila Mariana Castro de Oliveira 
 Medicina Nove de Julho 
 BMF 2 – Fisiologia 
 
Mecanismos de proteção da mucosa gástrica: 
➛ Primeiro: as glândulas do colo mucoso secretam 
muco, que forma uma barreira protetora similar a um 
gel entre as células e o lúmen gástrico 
➛ Segundo: as células epiteliais gástricas secretam 
HCO3-, que fica preso ao muco 
 
Fator intrínseco: 
➛ Produzido por células parietais 
➛ Após a ingestão da vitamina, ela vai se ligar ao fator 
intrínseco, liberado pelas células parietais do fundo 
gástrico e cárdia 
➛ O complexo vitamina B12 + fator intrínseco se liga 
ao receptor no íleo distal, sendo a vitamina absorvida e 
o fator intrínseco destruído 
➛ No plasma, a vitamina B12 é transportada pela 
transcobalamina até a medula óssea e o fígado 
Digestão e absorção de carboidratos 
➛ Ocorre na boca 
➛ Alimento -> Saliva (ação química) -> Dentes e 
línguas (ação mecânica) -> Mastigação e salivação 
 
➛ A digestão do amido começa com a alfa-amilase 
.(enzima ptialina) 
➛ A amilase salivar inicia o processo de digestão do 
amido na boca; seu papel geral, porém é pequeno já 
que é inativada pelo pH baixo do conteúdo gástrico 
➛ Todo carboidrato é digerido após chegar ao 
duodeno, por ação da amilase pancreática 
 
Digestão e absorção de proteínas 
➛ Ocorre no estômago 
➛ Enzima: pepsina (ácida) – é necessário que o suco 
gástrico seja ácido (liberação de HCl por células 
parietais) 
 ✓ Essa enzima tem a capacidade de digerir colágeno 
– proteína albuminoide (muito presente em carnes) 
Pessoas que apresentam deficiência na produção de 
pepsina no suco gástrico não conseguem digerir 
eficientemente as carnes 
➛ Grande parte da digestão de proteínas ocorre no 
intestino delgado superior, duodeno e jejuno, sob a 
influencia de enzimas proteolíticas da secreção 
pancreática 
 
 
 
 Camila Mariana Castro de Oliveira 
 Medicina Nove de Julho 
 BMF 2 – Fisiologia 
 
Digestao e absorção de gorduras: 
➛ Ocorre no intestino delgado 
➛ A função do estômago na digestão dos lipídios é 
agitar e misturar os lipídios da dieta e começar a 
digestão enzimática 
➛ A agitação quebra os lipídios em pequenas gotas e 
aumenta a área superficial para as enzimas digestivas 
➛ No estomago, as gotículas lipídicas são emulsificadas 
(separadas) pelas proteínas da dieta 
 ✓ Os ácidos biliares, agentes emulsificantes primários 
no intestino delgado, não são encontrados no conteúdo 
gástrico 
➛ A maior parte da emulsificação de gorduras ocorre 
no duodeno, sob a influência da bile, secreção do 
fígado que não contem enzimas digestivas 
 ✓ A bile contem grande quantidade de sais biliares e 
lecitina – extremamente importantes para a 
emulsificação da gordura 
➛ Os TAGs são digeridos pela lipase pancreática 
➛ Os sais biliares formam micelas que aceleram a 
digestão de gorduras – essas micelas são cilíndricas e 
se formam porque cada molécula de sal biliar é 
composto por núcleo esterol, muito lipossolúvel e grupo 
polar muito hidrossolúvelEsvaziamento gástrico: 
➛ Movimento peristáltico no antro gástrico – 
estomago se movimenta para impulsionar o alimento 
para o intestino 
➛ Os eventos motores importantes relacionados ao 
esvaziamento gástrico normal incluem: 
1) relaxamento de fundo gástrico receptivo pós-prandial, 
que permite a acomodação da comida sem aumento 
significativo da pressão gástrica 
2) As contrações antrais rítmicas para quebra das 
partículas de alimento em partículas menores e 
esvaziamento para dentro do duodeno 
3) O relaxamento do piloro que permite a entrada no 
duodeno das partículas de alimento quebradas 
4) A coordenação dos eventos motores 
antropiloroduodenais 
5) A retroalimentação neural ou hormonal do estomago 
a partir da presença de nutrientes no intestino delgado 
➛ Bomba pilórica: 
 ✓ Abertura distal do estômago -> piloro 
 ✓ O esfíncter pilórico se abre o suficiente para a 
passagem de agua e de outros líquidos do estomago 
para o duodeno. Por outro lado, a constrição 
usualmente evita a passagem de partículas de alimentos 
até terem sido misturados no quimo para consistência 
quase liquida 
 
Motilidade gástrica: 
➛ Função motora -> armazenamento, mistura e 
trituração do alimento, propulsão peristáltica e 
regulação da velocidade de esvaziamento gástrico 
 ✓ Armazenamento -> fundo e porção proximal do 
corpo gástrico (relaxamento receptivo) 
 ✓ Mistura -> região média e distal do corpo 
 ✓ Trituração -> região antral (região distal do 
estômago) 
Os alimentos sólidos e líquidos são esvaziados do 
estômago em velocidades diferentes. Os líquidos são 
esvaziados do estômago a uma velocidade exponencial; 
os sólidos inicialmente são retidos de modo seletivo no 
estômago até as partículas serem trituradas e atingirem 
tamanhos inferiores a 2mm, quando então podem ser 
esvaziadas do estômago a uma velocidade linear 
 
Fatores gástricos que promovem o esvaziamento: 
➛ Volume gástrico de alimento: 
 ✓ Volume maior de alimento promove um maior 
 Camila Mariana Castro de Oliveira 
 Medicina Nove de Julho 
 BMF 2 – Fisiologia 
 
esvaziamento gástrico 
 ✓ A dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos 
mioentéricos locais que acentuam bastante a atividade 
da bomba pilórica e, ao mesmo tempo, inibem o piloro 
➛ Hormônio gastrina: 
 ✓ Distensão da parede gástrica e a presença de 
determinados tipos de alimentos no estômago 
provocam a liberação pelas células G do hormônio 
gastrina pela mucosa antral 
 ✓ A gastrina parece intensificar a atividade da bomba 
pilórica 
 
Controle neuronal do esvaziamento gástrico: 
➛ O esvaziamento gástrico normal é regulado pelas 
influencias do sistema nervoso central (SNC), 
predominantemente por meio das vias vagais eferentes, 
e pelo sistema nervoso entérico (SNE), que atua sobre 
a musculatura lisa gástrica 
➛ O SNE está organizado em intrincados circuitos 
excitatório e inibitório. Estes circuitos exercem papéis 
essenciais no controle do peristaltismo e complexo 
motor migratório
 
➛ A distensão mecânica e os estímulos químicos 
estimulam a liberação de serotonina (5-HT) das células 
enterocromafins mucosas 
➛ A 5-HT estimula os neurônios sensoriais intrínsecos 
com corpos celulares nos gânglios mientéricos e a 
distensão 
➛ A ativação sincronizada dos nervos motores 
excitatórios e inibitórios resulta na coordenação da 
contração e do relaxamento que, em última análise, é o 
reflexo peristáltico 
➛ Tanto os neurônios motores excitatórios como os 
inibitórios agem sobre as células intersticiais de Cajal que 
estimulam a atividade muscular através de junções 
elétricas com as células musculares 
 
Passo a passo do esvaziamento gástrico:

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