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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE-CCS
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
EPIDEMIOLOGIA 
DOCENTE: FERNANDO VIGÍLIO ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA 
EMILY SILVA DOS SANTOS
PORTFÓLIO DE ATIVIDADES ASSÍNCRONAS
Fortaleza/CE
2022
SUMÁRIO
1. HISTÓRICO E CONCEITOS GERAIS SOBRE EPIDEMIOLOGIA	3
1.1 MAPA MENTAL: HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA	3
1.2 MAPA MENTAL: AS 5 MAIORES PANDEMIAS DA HISTÓRIA	3
1.3 TEXTO – A IMPORTÂNCIA DA EPIDEMIOLOGIA PARA A SOCIEDADE E SAÚDE COLETIVA	4
2. CIÊNCIA EPIDEMIOLÓGICA: CONCEITOS, OBJETIVOS E APLICAÇÕES	5
2.2 MAPA MENTAL: TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA – A EPIDEMIOLOGIA E SERVIÇOS DE SAÚDE REVISITA E ATUALIZA O TEMA	5
2.3 MODELO MULTICAUSAL- PROCESSO SAUDE DOENÇA	5
3. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAUDE E DADOS SECUNDÁRIOS	7
Dados demográficos	7
Dados morbidade	8
Dados mortalidade	8
4. DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS NO BRASIL DE 2010 A 2017: ASPECTOS PARA VIGILÂNCIA EM SAÚDE	9
4.1 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS	10
5. MAPA MENTAL: O PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL E A DEFINIÇÃO DAS METAS GLOBAIS PARA O ENFRENTAMENTO DESSAS DOENÇAS ATÉ 2025: UMA REVISÃO	11
5.1 IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DOS FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO POR DCNT	12
6. MAPA MENTAL- NO MEIO DO FOGO CRUZADO: REFLEXOES SOBRE OS IMPACTOS DA VIOLÊNCIA ARMADA NA ATENÇÃO PRIMÁRIAEM SAUDE NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO	13
6.1 CONCEITO E TIPOLOGIA DA DOENÇA	14
7. QUANTIFICAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA: A MEDIDA DAS DOENÇAS, INDICADORES DE SAÚDE E INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS	14
8. EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA: VARIÁVEIS RELACIONADAS AO TEMPO, A PESSOA E AO LUGAR	17
9. METODOLOGIA EPIDEMIOLÓGICA: DESENHOS EM EPIDEMIOLOGIA	19
10. RESUMO MESA REDONDA – VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA	20
11. RESUMO MESA REDONDA – VIGILÂNCIA SANITÁRIA	22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	24
1. HISTÓRICO E CONCEITOS GERAIS SOBRE EPIDEMIOLOGIA 
1.1 MAPA MENTAL: HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA 
1.2 MAPA MENTAL: AS 5 MAIORES PANDEMIAS DA HISTÓRIA
1.3 TEXTO – A IMPORTÂNCIA DA EPIDEMIOLOGIA PARA A SOCIEDADE E SAÚDE COLETIVA 
A epidemiologia apresenta uma grande importância quando se refere a sociedade e a saúde coletiva. Enquanto ciência, a epidemiologia permite a compreensão do processo saúde doença na sociedade e é considerada um pilar da saúde coletiva.
Essa ciência, possibilita a produção de novos conhecimentos, o que permite a prevenção, o controle ou a erradicação de doenças. Assim, as informações obtidas através dos estudos da epidemiologia, permite agir, ou seja, colocar em prática essas informações e consequentemente gerar uma ação para a comunidade, território, nação.
 Os profissionais que atuam na gestão da atenção primária, no NASF, dando enfoque para os nutricionistas, atuam por exemplo, investigando a contribuição da alimentação e dos fatores relacionados, no estado nutricional, bem como no aparecimento de doenças. Dessa forma, através da epidemiologia pode-se direcionar as ações a serem realizadas e que essas ações possam ser executadas de forma efetiva.
A epidemiologia tem aplicações na intervenção, no monitoramento e análises. Seus eixos são voltados para a parte clínica, onde a visão é mais abrangente, a parte social, relacionado aos determinantes sociais e os fatores atrelados a doença e também estatística, na coleta, descrição e análise de dados. As aplicações da epidemiologia se dão na descrição das condições de saúde da população, na investigação dos fatores determinantes da doença, na avaliação do impacto de ações para alterar situações de saúde e avaliação da utilização dos serviços de saúde, incluindo os custos de assistência.
Ademais, ao longo da história tiveram muitos acontecimentos que colaboraram para a compreensão e aprimoramento da epidemiologia enquanto uma ciência, reforçando sua importância, como por exemplo no caso dos surtos de cólera e os primeiros estudos epidemiológicos realizados por Jhon Snow, que através do mapeamento e estudos espaciais descobriu a relação da disseminação da cólera por decorrência da água contaminada, demonstrando mais uma vez a contribuição e importância da epidemiologia para a sociedade e saúde coletiva.
2. CIÊNCIA EPIDEMIOLÓGICA: CONCEITOS, OBJETIVOS E APLICAÇÕES 
2.2 MAPA MENTAL: TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA – A EPIDEMIOLOGIA E SERVIÇOS DE SAÚDE REVISITA E ATUALIZA O TEMA
2.3 MODELO MULTICAUSAL- PROCESSO SAUDE DOENÇA 
Pensar sobre a doença deve se levar em consideração todas as suas dimensões. Dessa forma, o modelo multicausal incorpora vários fatores que influenciam no processo saúde-doença. Os fatores incorporados são socioeconômicos, culturais, sociopolítico entre outros, e estabelecem as formas de adoecimento com as condições de trabalho ou condições de vida (moradia, saneamento básico entre outros). Assim, a complexidade do processo saúde-doença é resultante das interações entre esses fatores.
No que se refere aos fatores sociais, considera-se a doença como decorrente dos processos sociais, que têm o seu crescimento devido ao ambiente desfavorável. Nos socioeconômicos os indivíduos provenientes dos grupos menos favorecidos são percebidos como mais propensos a adquirir doenças graves e ainda se observa uma alta taxa de mortalidade infantil. Assim, o processo saúde-doença pode ser compreendido como um processo biopsicossocial.
Ao analisar os fatores sociopolíticos, leva-se em consideração as condições de pré-patogênese no nível social, por exemplo, a decisão política, valorização da cidadania entre outros. Os fatores socioculturais, decorrem de um padrão externo comportamental, que acaba tendo influência na difusão de doenças. Dentre os fatores psicossocial encontra-se a marginalidade, ausência de relações estáveis entre outros, que acabam tendo influência sobre a saúde mental do indivíduo.
Em relação aos fatores ambientais, os agressores ambientais tem contato direto com o agente suscetível e podem ser inseridos quando presentes no ambiente de maneira habitual, alterações nos hábitos e maneira de viver ou em situações anormais como por exemplo, desastres naturais. Fatores genéticos também determinam a suscetibilidade dos indivíduos a doenças, quando expostos a um fator patogênico, desenvolvendo ou não a enfermidade. 
No que se refere ao Brasil, o país é exemplo da polarização epidemiológica, no qual tem elevadas taxas de mortalidade e morbidade decorrentes de doenças crônicas degenerativas e alta incidência de doenças infecciosas e parasitárias. O país ainda apresenta níveis diferenciados de transição entre grupos sociais distintos. 
Ademais, compreende-se que a eclosão da doença é dependente da estruturação de todos esses fatores, assim, observa-se que quanto mais estruturados estão os fatores, maior é o estímulo patológico. 
3. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAUDE E DADOS SECUNDÁRIOS
Dados demográficos
Dados morbidade
Dados mortalidade
4. DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS NO BRASIL DE 2010 A 2017: ASPECTOS PARA VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
O artigo objetiva a identificação de áreas críticas relacionadas à incidência de doenças parasitárias e infecciosas, buscando fazer uma análise em relação a ocorrência dessas doenças e os indicadores de pobreza. O estudo utilizou informações referentes ao adoecimento por algumas doenças infecciosas e parasitárias como a dengue, doença de chagas, tuberculose, malária entre outras. 
Essas doenças selecionadas para o estudo são consideradas epidemiologicamente relevantes enquanto problema de saúde pública, de notificação compulsória, e os dados estão disponíveis no DATASUS. No artigo foram utilizados dados apenas secundários, sem o cruzamento das informações com outras fontes.
O estudo fez a seleção de indicadores que pudessem expressar as desigualdades econômicas e a segregação espacial, assim, com a possibilidade de fazer a associação a transmissão dessas enfermidades. Dentre as doenças citadas no estudo, observou-se que a dengue foi responsável por mais de 70% dos adoecimentos. 
Oque se percebe com o estudo é que os municípios do Sul, Sudeste e Nordeste apresentaram uma criticidade baixa ou muito baixa quando comparada as regiões Norte e Centro Oeste, que tiveram o nível de criticidade classificada como intermediária, alta ou muito alta.
O estudo cita que esgoto no entorno, lixo no entorno, proporção de pobreza e famílias que são chefiadas por mulheres podem ser fatores que aumentam a probabilidade de uma maior criticidade para doenças infecciosas e parasitárias na localidade. Em contrapartida, o indicador “esgoto adequado" mostra uma associação inversa, sendo considerado um fator de proteção contra essas doenças, pois a medida que sua proporção aumenta a probabilidade das áreas apresentarem uma criticidade alta para doenças infecciosas e parasitárias é baixa.
As incidências aumentadas em algumas regiões do Brasil, demonstram a sua associação com piores condições de vida da população, considerando que as condições de vida impactam diretamente a saúde, o distanciamento geográfico e socioambiental reflete também diretamente na distribuição espacial das doenças infecciosas e parasitárias.
O estudo também fala sobre uma regionalização em relação a essas doenças, podendo ser exemplificado com a questão das doenças que são essencialmente rurais, como a doença de chagas, que se localizam mais expressivamente nos municípios do interior das regiões norte e Nordeste, onde se conservam características geográficas mais próximas ao ambiente rural.
Ademais o estudo fala sobre a questão da migração de populações advindas de países próximos ao Brasil, e a vulnerabilidade desses migrantes para o adoecimento por causas infecciosas e parasitárias, o que deve estar relacionado às condições adversas de vida.
4.1 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
 
As doenças transmissíveis continuam como causa significativa de morbidade e mortalidade na população mundial. Na história natural da doença existe os períodos epidemiológicos (pré patogênese) que é antes do contato com o agente patológico e o período patológico, no qual, se tem o desenvolvimento da doença, pode-se citar como exemplo o HIV, no qual o contágio se dá pela relação sexual e ocorrem alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas no organismo e desencadeia o aparecimento de sinais e sintomas, principalmente nas células da imunidade. No desenlace observa-se se o indivíduo desenvolveu a cura, veio a óbito ou adentrou em um estado de cronicidade.
Os níveis de prevenção são primários onde se voltam as ações de promoção a saúde, com campanhas de prevenção de forma a evitar um estímulo suscetível. No nível secundário se tem o diagnóstico precoce e a possibilidade de um tratamento imediato, visando a limitação dos danos e evitar sequelas e no nível terciário ocorre o desenvolvimento de sequelas, onde entra a questão da reabilitação para assim prevenir maiores agravos dessa sequela.
Saber sobre as questões voltadas ao tempo, lugar e pessoas é de fundamental importância para orientar o enfoque epidemiológico. No que se refere ao tempo, geralmente as doenças infecciosas são agudas, e algumas são crônicas, como por exemplo o HIV, também apresentam sazonalidade como é o caso da dengue, que em períodos mais chuvosos se tem uma maior proliferação do vetor e consequentemente maiores chances de epidemias de arboviroses. Saber sobre o tempo é importante pois assim, é possível antecipar as medidas preventivas.
Em relação ao lugar, é possível entender a extensão e a velocidade de disseminação. E sobre as pessoas, saber a idade, sexo, estado nutricional entre outros permite saber a suscetibilidade desses indivíduos a desenvolver determinada doença infecciosa.
No que se refere a cadeia de infecção, ela é um sistema cíclico, no qual o agente etiológico é eliminado da fonte de infecção e atinge um hospedeiro suscetível. A infecção pode se dar através do trato respiratório, conjuntiva do olho, pele, sangue, ferimento, picada, boca, trato urogenital, entre outros, no qual se tem portas de saída do reservatório e entrada no hospedeiro, por exemplo, a leishmaniose visceral, onde se tem o mosquito e a picada que é a “porta de saída e de entrada".
5. MAPA MENTAL: O PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL E A DEFINIÇÃO DAS METAS GLOBAIS PARA O ENFRENTAMENTO DESSAS DOENÇAS ATÉ 2025: UMA REVISÃO 
5.1 IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DOS FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO POR DCNT
O monitoramento das doenças crônicas não transmissíveis é de grande importância e relevância pois o mesmo possibilita a obtenção de informações referentes aos fatores de risco no país, principalmente os fatores de natureza comportamental como a dieta, sedentarismo etc., e no que se refere as evidências observadas se tem a possibilidade de implementar medidas preventivas. (MALTA et al., 2006)
6. MAPA MENTAL- NO MEIO DO FOGO CRUZADO: REFLEXOES SOBRE OS IMPACTOS DA VIOLÊNCIA ARMADA NA ATENÇÃO PRIMÁRIAEM SAUDE NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
6.1 CONCEITO E TIPOLOGIA DA DOENÇA 
Quando se refere a violência, compreende-se que a mesma tem como característica a intencionalidade na causa ou que porventura venha acarretar morte, danos, constrangimento, entre outros. Segundo KRUG, 2002 a violência para fins de notificação se dá a partir do uso intencional de força física ou poder, contra si mesmo ou contra outros que acarrete em danos.
Existem três grandes grupos de quem comete violência, são eles: violência autoprovocada ou autoaflingida (ideação suicida), violência doméstica ou intrafamiliar (ação/omissão que prejudica o bem estar do indivíduo) e violência extrafamiliar ou comunitária (ocorre no ambiente social em geral).
7. QUANTIFICAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA: A MEDIDA DAS DOENÇAS, INDICADORES DE SAÚDE E INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS 
1. Conceitue “prevalência” e “incidência” e especifique as diferenças entre os dois termos.
A prevalência é definida como a medida do número total de casos existentes, chamados casos prevalentes, de uma doença em um ponto ou período de tempo e em uma população determinada, sem distinguir se são casos novos ou não. A prevalência é um indicador da magnitude da presença de uma doença ou outro evento de saúde na população.
A incidência é a medida do número de casos novos, chamados casos incidentes, de uma doença, originados de uma população em risco de sofrê-la, durante um período de tempo determinado. A incidência é um indicador da velocidade de ocorrência de uma doença ou outro evento de saúde na população e, consequentemente, é um estimador do risco absoluto de vir a padecer da mesma.
Diferenças entre incidência e prevalência:
· Numerador: Na incidência o número de novos casos de doença é durante um período específico de tempo, na prevalência é o número de casos existentes, novos e velhos, de uma doença em um ponto de tempo;
· Denominador/foco: Na incidência tem a população em risco, se o evento é um novo caso e o tempo de início da doença. Na prevalência se tem a população em risco, a presença ou ausência de doença e o período de tempo é arbitrário, pode ser um curto espaço de tempo;
· Utilização: Na incidência expressa-se o risco de se tornar doente; é a principal medida para doenças ou condições agudas, mas pode também ser utilizada para doenças crônicas e é mais útil em estudos de causalidade. Na prevalência estima a probabilidade de a população estar doente no período do tempo em que o estudo está sendo realizado. É mais útil em estudos que visam determinar a carga de doenças crônicas em uma população e suas implicações para os serviços de saúde.
2. Na figura a seguir, cada linha representa um caso de doença respiratória (pneumonia) e a duração em dias de cada caso, que foram apresentados durante o mês de setembro.
Figura 1 – Casos de doença respiratória no mês de setembro
Responda:
a) Qual é o número de casos incidentes da doença no mês de setembro?
Durante o mês de setembro tiveram 12 casos incidentes
b) Qual é o número de casos prevalentes no dia 15 de setembro?Os números de casos prevalentes no dia 15 foram 6
c) Explique como você chegou às respostas a e b.
No item a foram contabilizados 12 casos novos, dessa forma, tem-se 12 casos incidentes, do caso A ao G percebe-se que tiveram início antes do dia 1, assim, não entraram na contagem, uma vez que não iniciaram no período considerado, então não são casos novos.
No item B, foram contabilizados todos os casos que estão dentro do período do dia 15 de setembro, ou seja, apenas os casos C, D, H, I, J e K.
3. Observe a tabela com os dados do DATASUS do Ceará no ano de 2019.
Tabela 1 – Dados básicos do Ceará no ano de 2019.
	Dados básicos
	Número absoluto
	População residente total
	9132078
	Total de nascidos vivos
	129.185
	Total de óbitos
	56.580
	Número de óbitos infantis (menores de 1 ano)
	1.580
	Número de óbitos por causas externas
	6.826
	Número de notificações de casos de dengue (casos novos)
	16.299
Calcule e demonstre (ou descreva) a fórmula de cálculo dos seguintes indicadores com base nos dados da tabela
a) Coeficiente geral de mortalidade por 100.000 habitantes.
n° de óbitos em determinada comunidade e ano x 100.000/ população estimada para 01 de julho do mesmo ano
56.580/9132078x100.000 = 0,61957
b) Coeficiente de mortalidade infantil por 100.000 habitantes.
óbitos de menores de 1 ano em determinada comunidade e ano x 100.000/nascidos vivos na mesma comunidade e ano
1580/ 129,185 x 100.000= 1223,05
c) Coeficiente de mortalidade por causas externas por 100.000 habitantes.
Número de óbitos de residentes por causas externas x 100.000/ População total residente ajustada ao meio do ano
6.826/9132078x100.000= 74,74
d) Coeficiente de natalidade por 1.000 habitantes.
Nascidos vivos em determinada área e período x 1000/população da mesma área no meio período
129.185/9132078x1000=14,14
e) Coeficiente de incidência de dengue por 100.000 habitantes.
Casos novos da doença em determinada comunidade e tempo/população da área no mesmo tempo x 100.000
16,299/9132078x100.000=0,13468
8. EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA: VARIÁVEIS RELACIONADAS AO TEMPO, A PESSOA E AO LUGAR
Abaixo, seguem as questões que foram elaboradas para o fórum de discussões:
1.O estudo da distribuição de frequência de doenças e dos agravos à saúde coletiva, em função das variáveis ligadas ao tempo, ao espaço e à pessoa, possibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico, com vistas à promoção da saúde, é a epidemiologia:
A. Analítica.
B. Quantitativa. 
C. Descritiva. 
D. Social. 
Resposta correta: Item C 
2. A epidemiologia descritiva examina como a incidência (casos novos) ou a prevalência (casos existentes) de uma doença ou condição relacionada à saúde varia de acordo com determinadas características, em consonância com as variáveis da tríade básica (tempo, espaço e pessoa). Preencha as colunas corretamente e assinale a alternativa correta em relação às variáveis. 
 1.Variáveis geopolíticas 
 2.Variáveis político- administrativas 
 3.Variáveis geográficas  
4.Variação atípica  
5.Variação cíclica  
6.Variação sazonal  
7.Variáveis demográficas  
8.Variáveis sociais 
  9.Variáveis comportamentais 
 () Estado civil, renda, ocupação e instrução. 
 ( ) Fenômeno considerado é periódico e repete-se sempre na mesma estação do ano.  
( ) Alterações inusitadas na incidência das doenças, diferente do esperado.
  ( ) Estudos comparativos de incidência envolvendo nações. 
 ( ) Em situações mais adequadas são subdivididas em função de critérios de natureza geográfica ou histórica.
  ( ) Observação de elementos naturais sem intervenção humana e elementos artificiais modificados pela ação humana. 
 ( ) Diferente das variações sazonais com ciclos que ocorrem dentro de um mesmo ano e coincidem com “estações” do ano.  
( ) Idade, sexo, grupo étnico.
  ( ) Expressam estilo de vida  como o hábito de fumar, comportamento alimentar, atividade física, medicamentos utilizados e consumo de álcool e drogas
  A)8,3,5,9,7,1,6,5,2 
B)4,8,5,1,2,3,6,1,7
 C)8,6,4,1,2,3,5,7,9 
D)4,5,8,1,3,2,9,7,6
 Resposta correta:: Item C
 3. Na epidemiologia descritiva as variáveis ligadas à distribuição de casos de uma doença em função do tempo formam, com as ligadas às pessoas e ao lugar, o chamado tripé da epidemiologia descritiva. Analise as afirmativas abaixo a respeito dos conceitos das variáveis relacionadas ao tempo.
 1. Intervalo de tempo é a quantidade de tempo transcorrido entre dois eventos consecutivos. 
2. A inserção cronológica basicamente é uma referência a uma sequência de alguns anos, especificados, do calendário oficial.
 3. O intervalo cronológico é um intervalo de tempo datado e definido por marcos cronológicos tirados do calendário oficial.
 4. Período é a denominação de ordem geral que se dá a partes de tempo delimitadas, marcadas cronologicamente e especificadas. 
5. Intervalo de incidência é o período de tempo em que um agravo ocorre. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
A) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4. 
B) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4. 
C)São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 5. 
D)São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 5. 
E) São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5. 
Resposta correta: Item B 
Questão elaborada por colegas:
1- Relacione corretamente os conceitos referentes às "Variáveis relacionadas com o Tempo" com suas respectivas definições: (1) Intervalo de Tempo ( ) Referência a uma sequência de alguns anos. (2) Intervalo Cronológico ( ) Frações do tempo delimitadas e especificadas. (3) Período ( ) Tempo decorrido entre dois eventos. Resposta - 2, 3, 1
Pergunta elaborada pelas alunas Thaís de Sousa e Thamires Rocha (nutrição):
9. METODOLOGIA EPIDEMIOLÓGICA: DESENHOS EM EPIDEMIOLOGIA 
Abaixo, seguem as questões elaboradas para participação no fórum de discussões:
1. Quais as vantagens e limitações dos estudos transversais? R: Vantagens: rápida execução e na obtenção de resultados, baixo custo, possibilita estudar várias exposições ou doenças ao mesmo tempo. Desvantagem: não medir incidência, não indicado para estudar associação causal ou para estudo de doenças ou exposições que mudam rapidamente no tempo.
Questões elaboradas por colegas que achei interessante:
As variáveis do estudo epidemiológico podem ser classificadas em quantitativas contínuas e discretas ou qualitativas ordinais e nominais. Ainda, podem ser categorizadas em independentes ou dependentes, evidenciando a relação entre as variáveis. Dessa forma, o objeto ou critério de avaliação do estudo, podem ser melhor delimitados. Assinale V para verdadeiro ou F para falso sobre a alternativa que relaciona o objeto de estudo com as variáveis de um estudo epidemiológico respectivamente. 
( ) Hipertensão - variável qualitativa
 ( ) Ácido úrico - variável quantitativa discreta
 ( ) Prática de atividade física - variável qualitativa ordinal 
( ) Pressão arterial - qualitativa nominal 
( ) Sexo - variável quantitativa discreta
 Autor: João Vitor Fernandes Carvalho (Nutrição)
 Resposta: V F - variável quantitativa contínua V F - variável quantitativa contínua F - variável qualitativa ordinal
SOBRE A PARTICIPAÇÃO DO FÓRUM
A participação no fórum foi uma ótima maneira para estudar os conteúdos propostos na sala de aula, onde foi possível trocar conhecimentos e discussões com os outros colegas da turma, achei essa abordagem bastante interessante e que com certeza agrega muito para os estudos.
10. RESUMO MESA REDONDA – VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A mesa redonda tem seu início com a conceituação do que seriam as doenças crônicas não transmissíveis, que são as principais causas de morte no mundo e que tem gerado um elevado número de mortes prematuras ou levado a perca da qualidade de vida dos indivíduos. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento das DCNT são o tabagismo, a alimentação inadequada, o consumo nocivo de bebida alcoólica e a inatividade física. Esses fatores citados, são os principais responsáveis pela epidemia de sobrepeso e obesidade e pela elevada prevalência de Hipertensão arterial e colesterol alto.
Dessaforma, observa-se a importância de se trabalhar com a prevenção e a promoção da saúde, de forma a saber orientar os indivíduos a levarem um estilo de vida saudável. A vigilância em saúde reúne um conjunto de ações que possibilita conhecer a distribuição das doenças, sua magnitude e tendência.
No que concerne a distribuição, a mesma permite conhecer qual região apresenta maior proporção de DCNT ou a maior taxa de mortalidade por DCNT. Com a magnitude, consegue-se entender o tamanho do problema, qual a sua magnitude e o impacto da mortalidade dessas doenças no Estado. E por fim, a tendência, que possibilita observar ao longo dos anos se houve um aumento ou diminuição dessas DCNT.
Assim, é possível identificar os condicionantes sociais, econômicos e ambientais, objetivando subsidiar o planejamento, execução e avaliação de ações de promoção da saúde, prevenção e controle.
Em relação ao grupo técnico – doenças e agravos não transmissíveis, com foco voltado para as DCNT, realizam dois processos de trabalho dentro da vigilância dessas doenças, que é a vigilância dos fatores de risco e proteção para as DCNT, realizado por meio de inquérito estadual e a vigilância da mortalidade prematura das principais DCNT.
Ademais, durante as discussões, foi apresentado os sistemas de Informação, com foco no SIM – sistema de Informação sobre mortalidade e o SINASC- Sistema de informação sobre nascidos vivos.
Acerca do SIM, o mesmo foi criado em 1975, sendo o sistema oficial de coleta de dados de mortalidade, e é utilizado para estudos e análises feitas para o Estado. O sistema possibilita a coleta de informações e essas informações são usadas para elaboração de intervenções, de forma a atender as necessidades de saúde da população, permitindo uma atuação efetiva nos locais que mais precisam.
As informações fornecidas são através dos dados que serão coletados na certidão de óbito, que é um formulário físico contendo as informações dos indivíduos que vieram a óbito no país.
Ademais, em relação ao SINASC, o mesmo é um sistema oficial para dados de nascidos vivos e possibilita a análise das situações de saúde voltadas para a questão do nascimento e para o atendimento das mulheres na sua fase de puerpério, que está relacionado ao parto e gestação. Essa fase requer muito cuidado, tendo em vista que pode ter influência em problemas futuros, assim, observa-se que as crianças saudáveis evitam que haja mortalidade materna e possibilita que a criança tenha todo o seu desenvolvimento de forma a diminuir a probabilidade de desenvolver problemas. 
Assim, o SINASC, subsidia as ações básicas na área materno infantil e permite uma maior confiabilidade na elaboração dos coeficientes de mortalidade infantil. As informações são coletadas pela DN, que é a declaração de nascidos vivos. Por fim, conclui-se que os dois sistemas caminham juntos.
11. RESUMO MESA REDONDA – VIGILÂNCIA SANITÁRIA
A mesa redonda foi iniciada com a exposição de algumas imagens que definiam o conceito da vigilância sanitária. Dessa forma, compreende-se que a vigilância sanitária é o conjunto de ações para diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários, buscando controle de bens de serviço e prestação de serviços.
O controle é realizado por meio de uma regulamentação sanitária, que visa proteger a saúde da população e promover a saúde. As áreas de atuação são bastante diversificadas, onde pode estar atuando na área de medicamentos, cosméticos, alimentos entre outros.
 A vigilância sanitária integra também o SUS e é dividida em três níveis: Anvisa (federal: portos, aeroportos e fronteiras), NUVIS (estadual: tomografia, mamografias) e CEVISA (municipal: UAPS, ambulâncias).
a CEVISA promove ações educativas, normatização, monitoramento e licenciamento sanitário e a AGEFIS promove ações de fiscalização, a célula de vigilância sanitária atua na vigilância epidemiológica, ambiental e em outros setores com suas especificidades, como setores de saúde, de produtos, de origem animal e serviços veterinários, no jurídico e planejamento.
Ademais, foi falado sobre as ações de normatização e a portaria 1040/2017, que regulamenta a prestação de serviços de saúde. No que concerne aos serviços de saúde, enquadram-se os estabelecimentos destinados à promoção de saúde dos indivíduos e as competências são os consultórios e clínicas em geral, ambulatórios, lavanderia hospitalar, UAPS, CAPS, ou seja, são aqueles destinados a serviços de saúde. Os serviços de interesse à saúde englobam serviços de interesse à saúde, como salões de beleza, creches, óticas, academias entre outros.
A RDC n° 153 de 26/04/2020 classifica as atividades econômicas sujeitas a vigilância sanitária, e são classificados em riscos: alto risco que necessita de vistoria prévia e licenciamento sanitário, médio risco que pode ter uma vistoria posterior e baixo risco, em que não necessita de vistoria prévia e não precisa de emissão de licenciamento sanitário.
A instrução normativa - IN n° 66 estabelece a lista de classificação nacional de atividades econômicas por grau de risco: médio risco (profissionais da nutrição), alto risco, em que se tem procedimentos invasivos. O risco é dependente de informação.
Ademais, no que se refere a licença sanitária, a mesma é um documento emitido pelo órgão da vigilância sanitária do SUS, que habilita operações de atividades específicas sujeitas a vigilância sanitária visando garantir as boas condições de funcionamento da saúde da população.
Foi explanado um pouco sobre as documentações necessárias do licenciamento sanitário e também foi falado durante a discussão a dimensão dos riscos sanitários nos serviços de saúde e as formas de prevenir ou evitar esses riscos.
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