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Diurese: é a perda de água através da urina, ou seja, se há aumento da diurese há aumento da perda de água através da urina Natriurese: perda de sódio, ou seja, aumentar o débito urinário de sódio Para que haja perda de água, é necessário haver a perda de soluto, pois a água acompanha osmoticamente o soluto em questão, portanto, uma natriurese desencadeia uma diurese. Assim, a maioria dos diuréticos agirá de modo a impedir que o sódio saia da luz tubular, ação que impede a reabsorção de outros solutos que andam por cotransporte. Portanto, o gradiente manterá a água no túbulo e ela será eliminada. É importante entender que a ação desses diuréticos não é diretamente reter a água nos túbulos e sim criar um mecanismo para que naturalmente ela fique retirada, ou seja, a diurese é uma consequência da permanência do sódio mediante diuréticos. Função do Diurético Reduzir o volume do líquido extracelular, principalmente e, doenças associadas ao edema (líquido intersticial) e a hipertensão arterial (volume plasmático) Diuréticos Inibidores de Anidrase Carbônica Fármaco: Acetozolamida Local de ação: Túbulo Contorcido Proximal. Nesse tipo de diurético, é afetado o cotransporte de Na+ com HCO3- e H+, através da inibição da atividade da anidrase carbônica. Essa inibição prejudica a reabsorção de HCO3-, mantendo-o no túbulo junto com o sódio pois trabalham em cotransporte. Assim, o túbulo permanece hiperosmótico impedindo que a água seja reabsorvida. Portanto, os diuréticos inibidores de anidrase carbônica agem como diuréticos osmóticos. Uma desvantagem é que como o transporte de sódio pela membrana foi corrompido, os íons H+ que saiam enquanto os de sódio entravam na célula, acabam permanecendo o que pode provocar acidose, primeiro pelo seu acúmulo e segundo pois não há bicarbonato na célula para realizar neutralização. Diuréticos de Alça Fármaco: furosemida, ácido etacrínico, bumetanida Local de ação: Segmento Ascendente Espesso da Alça de Henle Esses diuréticos inibem a reabsorção ativa de NA+, K+ e Cl-, criando na luz tubular um gradiente favorável à permanência de água, favorecendo então o débito urinário, pois menos água retornará ao meio extracelular. Além disso, esse tipo de medicamento afeta o sistema multiplicador de contracorrente, pois como não há retorno desses íons, a medula deixa de ser hipertônica, ou seja, o destino de deslocamento por osmose da água. Esse tipo de medicamento também impede que haja a regulação de concentrar ou diluir a urina nas porções finais do néfron. Diuréticos Tiazídicos Fármaco: Clorotiazida Local de ação: Túbulo Contorcido Distal Inicial Esse tipo de diurético impede a reabsorção de Sódio e Cloreto na porção inicial do túbulo contorcido distal. Uma vez que não são absorvidos, permanecem na luz tubular e agem como agentes osmóticos que hiperconcentração a área impedindo a reabsorção de água Diuréticos Antagonistas dos Receptores de Mineralocorticoides Fármaco: Espironolactona e eplerenona Local de ação: Ducto Coletor Nessa modalidade de antidiuréticos, os fármacos competem como sítios ativos os quais a aldosterona iria se ligar. Assim sem a aldosterona o sódio não é absorvido e o potássio não é secretado e, desse modo, o gradiente por conta do sódio está deslocado para o lúmen tubular, funcionamento então como um diurético osmótico. Uma vantagem desse tipo de fármaco é que não há a perda de potássio como nos demais pois ele é impedido de ser secretado pela ausência da aldosterona. Diuréticos Bloqueadores dos Canais de Na+ Fármaco: Amilorida e triantereno Local de ação: Ductos Coletores Semelhantes aos antagonistas da aldosterona, nesses diuréticos, os canais de cálcio são inibidos e por consequência o soluto permanece no túbulo retendo a água nele. Como o transporte de sódio está afetado, a bomba de sódio também acaba prejudica, assim o potássio não é secretado, por isso esse também é um tipo de diurético que preserva potássio. Diuréticos Osmóticos Agentes: ureia, manitol e sacarose Local: durante o trajeto dos túbulos Esses diuréticos consistem na injeção na corrente sanguínea de substâncias que são facilmente filtradas e não dificilmente reabsorvidas no néfron, assim cria-se um gradiente osmótico favorável a não reabsorção da água, mantendo-a na luz tubular. Algumas doenças promovem a diurese, como a diabetes melitos, uma vez que a concentração de glicose presente no filtrado é maior do que a que o néfron é capaz de reabsorver, assim uma porção do soluto permanece no túbulo e desloca o gradiente da água para ele impedindo que seja reabsorvida, promovendo assim a poliúria.
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