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Representação, partidos políticos e sufrágio

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IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C.
REPRESENTAÇÃO, PARTIDOS POLÍTICOS E SUFRÁGIO
Partido político.
É um instrumento de
representação política organizado para
que diferentes propostas de governo,
encabeçadas por diferentes
candidatos, coloquem-se à disposição
do povo para quiçá representá-lo.
Em relação ao regime em que se
estabelecem os partidos, os Estados
podem ser unipartidários, bipartidários
ou pluripartidários:
a) Estados unipartidários:
São aqueles que têm apenas um
partido político. Neles, apenas um
partido tem permissão para existir,
sendo tal sistema contrário à essência
da Democracia e comumente
pertencente a regimes autoritários.
Mesmo que, dentro de um
partido, haja vários representantes
passíveis de escolha pelo povo,
inexiste o elemento essencial à
formação da Democracia do
pluralismo partidário, impondo-se um
“conjunto ideológico” único que virá
acompanhado por qualquer que seja o
representante eleito.
b) Estados bipartidários:
São aqueles que têm dois
partidos políticos. Cada partido indica
um representante e o povo vota em
um deles. O Estado que é mais
conhecido pelo bipartidarismo são os
Estados Unidos, que conta com o
partido Republicano e o partido
Democrata.
Para que tal sistema funcione,
devem os dois partidos ter iguais
condições de competir pela maioria
absoluta de votos e deve sempre
existir a possibilidade de alteração ou
rotatividade no poder, respeitando-se
os períodos de mandato e os
eleitorais.
c) Estados pluripartidários:
São os que têm três ou mais
partidos políticos. O Brasil adota
esta forma, o que traz mais opções
para o eleitor. O sistema
multipartidário seria mais propício à
democracia, que tem como um de
seus fundamentos o pluralismo
político, a diversidade de ideias e
opiniões.
O grande problema para alguns
autores reside precisamente aí, pois o
multipartidarismo conduz
inevitavelmente às coligações
eleitorais, de composição bastante
heterogênea, sujeito a inúmeras
variações e até mesmo pulverização
de ideias e instabilidade, o que pode
ocasionar o enfraquecimento do
regime político e até mesmo seu
colapso.
Pluripartidarismo é diferente de
pluralismo político. O pluralismo
político diz respeito à simples
possibilidade de o Estado adotar e
respeitar diferentes ideologias. Dentro
do pluripartidarismo, cada partido tem
diferentes ideologias políticas com
igual capacidade de escolha pelo
povo. Isto é típico da democracia, em
que cada um tem sua opinião e
ideologia diferente, as quais têm de
conviver pacificamente, cada um
respeitando a forma de pensar do
outro.
Sufrágio.
IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C.
Os Direito Políticos são
fundamentais para que ocorra a
participação política no Estado, por
parte do cidadão, sendo chamado de
positivo aqueles direitos que garantem
a todos os indivíduos participação
desse processo. Resumidamente, o
sufrágio é a essência do direito
político, por expressar a capacidade
de votar e ser votado. Na linguagem
coloquial, o termo derivado do latim
suffragium, voto e escrutínio são
sinônimos, no entanto, na linguagem
jurídica há uma distinção, o voto é o
ato político que materializa, na prática,
o direito público subjetivo do sufrágio e
escrutínio a maneira pela qual esse
exercício é realizado.
Espécies de sufrágio.
As formas de sufrágio são
condicionadas pelo regime político, se
este for democrático, será universal;
se elitista, autocrático ou oligárquico,
será restritivo. A universalidade do
direito ao sufrágio configura-se como
princípio basilar da democracia
política, tal qual no cenário brasileiro, é
acolhida no Art. 14 da Constituição
Federal, a não participação de
qualquer eleição deve ser justificada
na Justiça Eleitoral para conservar
seus direitos sociais.
a) Universal:
Direito de votar e ser votado é
estendido a todos os membros da
comunidade ou massa política do
Estado, ressalvadas apenas questões
de incapacidade nos termos da lei (por
exemplo: voto facultativo para
analfabetos, maiores de setenta anos
e quem é maior de 16 anos e menor
de 18 anos);
b) Restrito:
Sufrágio conferido a indivíduos
qualificados por condições
econômicas, de fortuna e capacidade
especial, dividindo-se em censitário e
capacitário:
- Censitário: Sufrágio concedido
apenas ao indivíduo que
preencha determinada
qualificação econômica.
- Capacitário: Sufrágio que se
baseia em capacitações
especiais, notadamente de
natureza intelectual.
Além disso, é necessário
salientar que na II alínea do § 4º Art.
60 da CF/88 que não poderá ser
objeto, sequer de deliberação, uma
emenda constitucional que tende à
abolição do voto direto, secreto,
universal e periódico.
Espécie de voto.
O voto é o exercício da
capacidade eleitoral e corresponde,
nas democracias, à participação do
indivíduo no consenso do grupo.
Podendo ser:
a) Voto secreto:
Apenas o votante saberá qual foi
a candidatura que escolheu naquele
processo eleitoral. É uma forma de
evitar pressão sobre os eleitores, e
também evitar a coação, garantindo
que o voto expresse realmente a
vontade do eleitor. Instaurado nos
pleitos federais no Brasil a partir de
1932, com o Código Eleitoral.
b) Voto descoberto:
IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C.
Denominado também de público
ou aberto, ocorre quando é dada
publicamente, sob o olhar e
conhecimento de todos.
c) Voto indireto:
É o que o eleitor primário confere
a outro eleitor, que fica incumbido da
eleição final;
d) Voto majoritário:
Elege-se o candidato que obtiver
maior número de sufrágios que seu
competidor, ou competidores;
e) Voto proporcional:
Se aplica pelo sistema de
quocientes, obtidos pela divisão do
número de votantes pelo de postos a
serem preenchidos. Todo candidato
que atingir tal quociente estará eleito.
No Brasil, o voto proporcional é
preconizado desde o advento da
república.
Eleições e sistemas eleitorais.
Eleição é o processo mediante a
qual um grupo social escolhe seu
governante ou representante político
por meio do voto. No Brasil existem
dois sistemas eleitorais:
a) Eleição majoritária:
Os ocupantes de cargos
majoritários (Presidente da República,
Governador de Estado e do Distrito
Federal, Senador e Prefeito) são
eleitos quando o candidato obtém a
maioria dos votos, que se divide em:
- maioria simples ou relativa, o
eleito obteve o maior número de
votos apurados; ou
- absoluta, para municípios com
mais de duzentos mil eleitores,
o eleito obtém 50% + 1 para
que seja eleito em primeiro
turno, se isso não acontecer, os
dois candidatos mais votados
disputam o segundo turno.
b) Eleição proporcional:
Utilizado para os cargos de
deputado federal, estadual ou distrital
e vereador. Esse sistema foi instituído
por considerar que a
representatividade da população deve
se dar de acordo com a ideologia que
determinado partido representa, dessa
forma, o eleitor escolherá ser
representado por determinado partido
e, preferencialmente, pelo candidato
escolhido. Contudo, se o mesmo não
for eleito, o voto será somado aos
demais da legenda, compondo a
votação do partido.
Nesse sistema, o total de votos
válidos é dividido pelo número de
vagas em disputa, resultando no
quociente eleitoral, ou seja, o número
de votos correspondentes a cada
cadeira. Ao dividir o total de votos de
um partido pelo quociente eleitoral,
chega-se ao quociente partidário, que
é o número de vagas que ele obteve,
que será distribuída para os
candidatos mais votados.

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