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Doenças Orificiais

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Mariane Piva Sanchez – Medicina UFR 
Mariane Piva Sanchez – Medicina UFR 
 
INTRODUÇÃO 
• Doenças orificiais: patologia benignas que acometem 
o reto e o canal anal. 
• Reto: da junção retossigmoide até a linha pectínea. 
• Linha pectínea: onde ocorre a transição entre o 
epitélio colunar do reto e o epitélio escamoso do canal anal. 
• Musculatura do canal anal: esfíncter interno e 
esfíncter externo. 
→ Esfíncter interno: inervação autonômica, 
inervação tônica e involuntária. 
→ Esfíncter externo: inervação pelos ramos do 
nervo pudendo interno e de controle voluntário. 
→ A destruição bilateral dos ramos do n. 
pudendo pode causar incontinência fecal e prolapso 
retal. 
→ O prolapso retal também pode ser causado 
por infecção por Trichuris trichiura. 
HEMORROIDAS 
• Dilatações dos plexos venosos da região anorretal. 
→ Acredita-se que ocorra por conta do 
relaxamento e colapso da estrutura de suporte, que leva 
ao ingurgitamento e prolapso. 
• Drenagem venosa do reto: veias retais superiores, 
médias e inferiores. 
→ Veia retal superior: drena para o sistema 
porta pela veia mesentérica superior. 
→ Veia retal média e inferior: drenam para veia 
cava inferior. 
• Existem dois plexos: interno drenado pela veia retal 
superior e externo drenado pela veia retal inferior. 
→ Quando dilatados, podem oferecer 
complicações. 
• Hemorroidas internas: acima da linha pectínea. 
→ SANGRAM. 
• Hemorroidas externas: abaixo da linha pectínea. 
→ DOEM. 
HEMORROIDAS EXTERNAS 
• Protuberâncias na borda anal que atrapalham na 
higiene, podem ou não sangrar e geralmente são pouco 
sintomáticas. 
• Complicação: trombose local leva a um quadro de 
forte dor. 
• Menos de 72 horas: excisão da hemorroida e retirada 
do coágulo. 
→ Tratamento clínico: analgesia local e 
sistêmica, banho de assento, dieta rica em fibras e 
laxativos. 
HEMORROIDAS INTERNAS 
• Cordões hemorroidários indolores que podem 
apresentar prolapso. 
→ Leva a um sangramento vivo junto as fezes ou 
durante a higiene local. 
• Classificada em quatro graus: 
 
• Anemia/repercussões volêmicas: investigar para 
HDA/HDB, por meio de colonoscopia para buscar lesões 
colorretais. 
→ Grau I: Tratamento clínico. 
→ Grau II: tratamento clínico + ligadura elástica. 
→ Grau III: tratamento clínico + ligadura elástica 
+/- hemorroidectomia. 
→ Grau IV: hemorroidectomia. 
TRATAMENTO 
• O tratamento pode ser empregado para pacientes 
com hemorroidas internas e externas. 
• Hemorroidas externas e grau I: aumento da ingesta de 
fibras, água e laxantes para tornar as fezes mais pastosas e 
interromper o avanço da doença. 
• Hemorroidas grau II em diante: ligadura elástica dos 
cordões hemorroidários. 
→ A escleroterapia pode ser usada, mas não 
apresenta resultados tão efetivos a longo prazo. 
Mariane Piva Sanchez – Medicina UFR 
Mariane Piva Sanchez – Medicina UFR 
 
• Tratamento cirúrgico: falha terapêutica, complicações 
locais (ulcerações, trombose, fistula, estrangulamento), 
hemorroidas grau IV e hemorroidas externas sintomática. 
TÉCNICA CIRÚRGICA 
• Excisão de todo cordão hemorroidário sem lesar a 
mucosa esfincteriana realizando pontes mucosas entre as áreas 
excisadas para evitar estenose anal. 
→ Complicação crônica: estenose anal. 
→ Complicação imediata: dor e retenção 
urinária. 
• As duas técnicas de hemorroidectomia diferem por 
conta do fechamento da pele: 
→ Técnica de Ferguson: fecha a pele. 
→ Técnica de Milligan-Morgan: deixa a pele 
aberta para ser cicatrizada por segunda intenção (mais 
usada). 
• Existem novas técnicas hemorroidopexia (PPH): 
grampeamento com ressecção da mucosa prolapsada. 
→ Indicada para hemorroidas internas grau III e 
IV. 
FISSURA ANAL 
• Laceração na região anal de fácil visualização distal a 
linha pectínea. 
→ 90% das vezes se localiza na linha média 
posterior. 
→ Causada por constipação e hipertonia do 
esfíncter interno. 
QUADRO CLÍNICO 
• Tríade clássica de achado: plicoma sentinela, papila 
interna hipertrófica e fissura anal. 
→ Fissuras laterais são raras e deve se investigar 
condições que levem a úlceras anais (doença de Crohn, 
AIDS, carcinoma, tuberculose e sífilis). 
• Muita dor e sangramento em pouca quantidade. 
TRATAMENTO 
• Terapêutica: dieta laxativa e redução do tônus 
esfincteriano com medicações tópicas (betabloqueadores do 
canal de cálcio e óxido nítrico). 
• Cirurgia: esfincterotomia lateral interna. 
→ Casos refratários ao tratamento terapêutico. 
ABSCESSOS PERIANAIS 
• As glândula e criptas da região anal que apesar de não 
terem função secretora, são um sítio de infecção. 
• Abscesso e fistula são espectros de uma mesma 
doença. 
→ Abscesso: manifestação aguda. 
→ Fistula: sequela crônica. 
• A principal queixa do paciente é dor. 
• Diagnóstico: clínico com toque retal (normalmente 
doloroso) para delimitar a localização. 
 
→ Abcessos mais altos (supraelevador) podem 
ter a clínica mais branda). 
→ 
TRATAMENTO 
• Drenagem do abscesso independente da localização e 
do estágio de evolução. 
→ Deve ser realizada o mais próximo possível da 
borda anal para evitar a formação de fitulas supra ou 
extraesfincterianas. 
→ Dependendo da localização, a drenagem 
pode ser feita para o interior do canal anal. 
• Antibióticos contribuem mais no tratamento de lesões 
mais graves, sendo as não complicadas pouco beneficiadas. 
• Centro cirúrgico: pacientes imunodeprimidos, com 
complicações sistêmicas e abscessos altos. 
FISTULA ANAL 
• Trajeto com infecção crônica com um orifício interno 
(normalmente na linha pectínea) e outro na pele. 
• 40% pós-abcesso anal. 
→ Raramente associados a outras doenças da 
região anal. 
• A fistula mais comum é a interesfincteriana. 
Mariane Piva Sanchez – Medicina UFR 
Mariane Piva Sanchez – Medicina UFR 
 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
• Drenagem de secreção purulenta e raramente 
fecaloide através da pele. 
• Prurido e dor. 
TRATAMENTO 
• Cirurgia: abertura de todo o trajeto fistuloso e 
inserção de um barbante, sedenho ou material elástico nas 
extremidades da fistula e amarrando suas pontas. 
• Aperta-se o nó para que pela pressão do trajeto da 
fistula seja aberto e fibrosado na região posterior. 
CISTO PILONIDAL 
• Formado pela invaginação de pelos no sulco 
interglúteo e região sacral. 
→ Homens com excesso de pelo na região. 
• A infecção desse cisto leva a formação de abscesso 
local e fistula. 
• Terapêutica: drenagem do cisto e antibióticos. 
• Cirurgia: excisão ampla do cisto com fechamento ou 
não do defeito. 
FLASHCARDS

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