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Complexo dentino-pulpar - materiais protetores (resumo)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
• Dentina: é uma barreira fisiológica que protege a polpa 
das interações diretas com potenciais estímulos que 
danificam esse tecido. Composição: 
▪ 70% peso inorgânico (hidroxiapatita); 
▪ 20% orgânico (colágeno tipo I, proteínas e 
fatores de crescimento); 
▪ 10% água. 
1. Inflamação; 
2. Deposição de dentina intratubular; 
3. Deposição de dentina terciária. 
Yu C, Abbott PV, 2007. 
• Primária – primeira a ser depositada durante a 
odontogênese; 
• Secundária – possui uma formação lenta e menos 
mineralizada (é depositada durante toda a vida); 
• Terciária ( pode ser de 2 tipos: reacional /esclerótica): 
▪ Formada em resposta às lesões localizadas que 
expõem a dentina; 
Formação rápida e irregular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Dentina de aspecto: lisa, dura e transparente; 
• Não necessita ser escurecida; 
• Cerca de 24% dos túbulos dentinários estão abertos – 
diminuindo a progressão da lesão. 
 
O que pode causar danos ao CDP? 
• Cárie dentária – presença de microrganismos e 
desmineralização; 
▪ É importante diferenciar a lesão de cárie aguda 
(aspecto mole, rugoso, presença de biofilme, 
dentina amolecida e úmida) e a lesão de cárie 
crônica (escurecida, endurecida, sem biofilme). 
• Preparo cavitário – expor acidentalmente uma polpa 
durante o preparo; 
▪ O que se deve fazer diante disso? 
1. Utilizar instrumentos afiados; 
2. Com corte intermitente; 
3. Irrigação abundante (para diminuir a 
temperatura da caneta no dente); 
4. Secagem cuidadosa – com algodão 
(deixar dentina úmida); 
5. Evitar preparos profundos. 
• Materiais restauradores: 
▪ Componentes químicos presentes nesses 
materiais; 
▪ Falha no selamento dos túbulos dentinários e 
marginal; 
▪ Condutibilidade térmica e elétrica do amálgama. 
• Trauma oclusal: 
▪ Restaurações com contatos exagerados 
transferem sobrecarga mastigatória, 
estimulando o periodonto e aumentando a 
pressão intrapulpar; 
▪ O aumento da pressão intrapulpar torna o 
dente mais sensível às variações térmicas, 
principalmente ao frio; 
▪ Deve-se observar a presença de parafunção 
(como bruxismo). 
materiais protetores 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
Lesões de cárie não 
cavitadas em esmalte; 
Cárie de progressão rápida; 
Cárie em dentina de 
progressão lenta; 
Danos teciduais por preparos 
cavitários descuidados; 
Abrasão pouco intensa; Citotoxidade de materiais 
odontológicos. 
Erosão; 
Irritação químico-mecânica. 
Yu, Abbot, 2007. 
Fatores que condicionam a indicação dos 
agentes protetores: 
• A profundidade da cavidade – muito importante para 
definir a proteção do CDP, pode ser: 
1. Superficial; 
2. Rasa; 
3. Média; 
4. Profunda; 
5. Bastante profunda. 
 
 
 
 
 
 
• Idade do paciente: 
▪ Paciente mais jovem – câmara pulpar maior; 
▪ Paciente adulto/idoso – Câmara pulpar menor. 
• Condição pulpar – é necessário fazer um exame clínico 
+ exames complementares, para avaliar se a polpa está 
viável ou não viável; 
1. Na anamnese (avaliar a idade, condição geral de 
saúde, risco à cárie); 
2. Verificar a localização, frequência, intensidade 
e duração da dor -> para concluir se a polpa 
está em fase reversível/irreversível (se 
estiver irreversível, necessita de tratamento 
endodôntico); 
3. Exame físico - avaliar: 
▪ Característica da lesão cariosa: 
aguda ou crônica; 
 
▪ Período de exposição dentinária: 
recente (fraturas) ou antigo; 
▪ O exame físico permite estimar a 
quantidade e qualidade de dentina 
remanescente e sua permeabilidade; 
 
4. Testes objetivos de diagnóstico; 
▪ Fazer testes de inspeção, palpação e 
percussão, teste elétrico e teste 
térmico ao frio/calor. 
5. Exame radiográfico – avaliar: 
▪ Extensão e profundidade da lesão de 
cárie; 
▪ Integridade da lâmina dura (rarefação 
óssea interrradicular ou periapical, 
envolvimento da furca); 
▪ Condições anatômicas para 
tratamento e restauração. 
 
Provocada 
momentânea 
Espontânea 
Contínua 
Negativa (salvo em 
casos com trauma 
oclusal) 
Positiva 
Sem alteração Sem alteração 
(início) 
Com alteração 
(avançado) 
 
• Material restaurador – também define a indicação dos 
agentes de proteção: 
▪ Se vai utulizar amálgama ou resina composta. 
Materiais protetores do CDP: 
Características de um material protetor ideal: 
• Ser biocompatível; 
• Resistência mecânica adequada; 
• Manter sua integridade estrutural e biológica em longo 
prazo; 
• Não interferir nas propriedades do material restaurador; 
• Apresentar atividade antimicrobiana; 
• Ser isolante térmico e elétrico; 
• Promover selamento da dentina; 
• Apresentar adesividade à estrutura dentária. 
Costa, 2007. 
 
 
 
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1. Seladores ou vedadores: 
▪ Vernizes; 
▪ Sistemas adesivos; 
2. Bases protetoras (liners): 
▪ Cimento de Ca(OH)2; 
▪ Cimento de Ionômero de Vidro. 
3. Bases Cavitárias: 
▪ Cimento de Ionômero de Vidro; 
4. Capeadores: 
▪ Pó/Pasta de Ca(OH)2; 
▪ MTA (Agregado de Trióxido Mineral). 
Mondelli, 1998. 
Geralmente é aplicado antes de realizar uma restauração em 
amálgama. Um verniz que ainda é utilizado é verniz com flúor, 
utilizado em crianças (mas amarela o dente e sai com o tempo). 
• Possui ácido, primer hidrofílico e adesivo hidrofóbico. 
• Existem os adesivos de 3 passos, 2 passos e 1 passo 
(universal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE SISTEMA ADESIVO: 
Sistemas que requerem 
condicionamento ácido da 
dentina. 
Sistemas que não requerem 
condicionamento ácido da 
dentina (recomendam 
condicionamento seletivo do 
esmalte) 
• Apresentações: 
▪ Pó/Pasta; 
▪ Suspensão; 
▪ Solução; 
▪ Cimento foto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ação do Hidróxido de cálcio: 
1. Estimula a formação de dentina esclerótica e reparadora; 
2. Bom isolante térmico e elétrico; 
3. Ação antibacteriana; 
4. Hemostático; 
5. Neutraliza a acidez da cavidade. 
Mondelli, 1998. 
Propriedades inadequadas do cimento de Hidróxido de cálcio: 
• Falta de adesão micromecânica ou química com a dentina; 
• Não realiza copolimerização com os materiais 
restauradores resinosos; 
• Elevada solubilidade em meio aquoso; 
• Baixa resistência mecânica; 
• Limitada atividade antibacteriana. 
Costa, 2006. 
OBS: O cimento de hidróxido de cálcio está caindo em desuso, por 
conta dessas propriedades inadequadas. 
Aplicação: 
• Pasta base + pasta catalizadora; 
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• São manipuladas no papel, misturando com o aplicador de 
hidróxido de cálcio até formar uma pasta homogênea; 
• Esse cimento é forrador, é aplicado na parte mais 
profunda do preparo – em cavidades muito profundas 
(dentina < 0,5 mm de espessura); 
• Deve ser aplicado em pequena espessura (apenas no 
fundo da cavidade – não deixar nas paredes 
circundantes). 
Propriedades: 
• Biocompatibilidade; 
• Adesividade; 
• Ação anticariogênica (liberação de flúor); 
• Coeficiente de expansão térmica linear próximo ao do 
dente (se o dente contrair/expandir, esse material vai 
junto); 
• Resistência mecânica adequada. 
Mondelli, 1998. 
O CIV pode ser convencional ou fotopolimerizável: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Proporção do convencional – geralmente 1:1 (1 de pó e 1 
do líquido); 
• Há CIV forrador e restaurador. 
Aplicação do CIV: 
• Manipulação do pó e do líquido na placa de vidro (colocar 
o vidro do líquido na vertical para evitar a criação de 
bolhas); 
• Aglutinar levemente com a espátula (sem fazer força 
para não destruir as partículas de vidro) até chegar no 
aspecto brilhoso e em fio; 
• Pode ser aplicado com o aplicador de hidróxido de cálcio; 
• Lembrar de sempre limpar os materiais (pois o CIV 
endurece depois). 
Ácido Poliacrílico 10 a 20% - 
aplicação por 10 segundos 
Aplicação por 5 segundos 
com ácido fosfórico: não 
aplicar na região de risco de 
exposição pulpar. 
 
CIV convencionaisrestauradores: 
 
 
 
 
 
 
CIV fotopolimerizáveis restauradores – modficados por resina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seringa Centrix - Kit com 1 aplicador + 30 pontas – 20 pontas 
extras: Utilizada para facilitar a aplicação do ionômero de vidro, 
evita incorporação de bolhas. 
 
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Importante: após a aplicação do CIV restaurador convencional – 
deve-se proteger a superfície contra sinérese (perda de água 
para o ambiente) e embebição (reter a água do ambiente), 
aguardando pelo menos 48h para rebaixar e restaurar definitivo. 
• Coloca-se uma camada de esmalte incolor ou adesivo para 
a proteção. 
A aplicação deve ser de dentro para fora para fazer o 
forramento e preencher completamente a cavidade (casos de 
restauração provisória). 
Tipos de proteção: 
• Indireta – sem acesso à polpa; 
• Direta: com acesso à polpa. 
 
▪ Exposição pulpar acidental após preparo 
cavitário, com “polpa sadia”. 
 
▪ Exposição pulpar por cárie, fraturas 
coronárias; 
▪ Para retirar as bactérias que estão na 
superfície da polpa exposta. 
O que deve ser observado: 
• Grau de comprometimento pulpar; 
• Extensão da lesão; 
• Tempo de exposição. 
Objetivos da proteção pulpar direta: 
• Restabelecer a polpa; 
• Promover a formação de uma barreira mineralizada. 
 
 
Em uma polpa que foi exposta, coloca-se o material de proteção 
que irá fazer com que as células comecem a depositar uma dentina 
reparadora, que irá diminuir o corno pulpar, permitindo a execução 
da restauração. 
Materiais indicados para proteção direta: 
• Hidróxido de cálcio PA (normalmente utiliza-se esse); 
• MTA; 
• Biodentine. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MTA: 
• É biocompatível; 
• Possui baixa infiltração marginal; 
• Tem ótima capacidade seladora; 
• Toma presa em presença de água; 
• Possui atividade antimicrobiana; 
• Não possui potencial mutagênico; 
• É radiopaco; 
• Tem pH alcalino; 
• É indutor de mineralização. 
Manipulação do MTA: 
• 1 medida de pó + 1 gota de água destilada; 
• Espatular por 30 segundos; 
• Fica como um cimento com consistência arenosa. 
BIODENTINE: 
• A utilização dessas cerâmicas baseia-se no fato de que 
a dentina é o melhor protetor da polpa, e que a utilização 
de materiais capeadores, cujos elementos são os 
mesmos constituintes da dentina possam resultar em 
benefício pulpar (J. Endod. 21, 2, 1995). 
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• Uma das alternativas de materiais viáveis para o 
capeamento pulpar são as cerâmicas à base de fosfato 
de cálcio, destacando-se a hidroxiapatita (HAp) e o 
fosfato tricálcio (β-TCP). Estes materiais não promovem 
a formação de área necrótica, característica da 
utilização do hidróxido de cálcio, são biocompatíveis e 
favorecem o reparo do tecido pulpar. 
Critérios básicos: 
• Fazer isolamento do campo operatório; 
• Verificar a idade do paciente – irá determinar o tamanho 
da câmara pulpar; 
• Tamanho da exposição; 
• Condição pulpar (fazer testes de vitalidade); 
• Agente capeador; 
• Selamento do dente. 
Protocolo clínico: 
1. Isolamento absoluto; 
2. Limpeza da cavidade e controle do sangramento (solução 
de Ca(OH)2 ou clorexidina + soro fisiológico); 
3. Aplicação de corticosteróide-antibiótico (Otosporin) por 5 
minutos; 
4. Secagem; 
5. Pó/pasta de Ca(OH)2; 
6. Cimento de Ca(OH)2; 
7. Selamento da cavidade (provisório ou definitivo); 
8. Proservação 45-60 dias. 
Objetivos: 
• Preservar a vitalidade do tecido pulpar; 
• Permitir a reorganização do tecido pulpar inflamado; 
• Minimizar a sensibilidade pós-operatória. 
• Induzir a produção de dentina terciária; 
• Dificultar a infiltração microbiana marginal. 
AAPD, 2014. 
Espessura de dentina remanescente é suficiente para proteger o 
tecido pulpar contra agressões químicas dos materiais. 
Espessura e características morfológicas da dentina 
remanescente favorecem a difusão transdentinária de 
componentes tóxicos. 
Hebling, Ribeiro, Costa, 2010. 
 
 
• Ocorre tipicamente em pacientes jovens, com 
lesões de cárie aguda, de rápida evolução; 
• Indicado em lesões profundas com risco de 
exposição pulpar. 
Objetivo: 
Promover a recuperação da polpa em fase reversível e 
remineralizar a dentina afetada em lesões cariosas profundas, 
onde a polpa está na iminência de ser exposta. 
COMO? 
• Bloqueando agressões à polpa via túbulos dentinários; 
• Impedindo substrato às bactérias do tecido cariado; 
• Inativando bactérias através da ação bacteriostática ou 
bactericida do Ca(OH)2; 
• Remineralizando a dentina subjacente; 
• Estimulando a formação de dentina reparadora. 
Mondelli, 1998. 
Protocolo clínico: 
1. Remoção da dentina infectada até encontrar a dentina 
afetada; 
2. Limpeza com solução de Ca(OH)2; 
3. Aplicação de pó/pasta ou cimento de Ca(OH)2; 
4. Selamento provisório com COZ (Cimento de óxido de 
zinco) ou CIV (cimento de ionômero de vidro); 
5. Aguardar 45-60 dias; 
6. Abertura com remoção de toda a dentina afetada 
remanescente; 
7. Conclusão de preparo cavitário; 
8. Proteção pulpar; 
9. Restauração definitiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A dentina infectada é amolecida e a dentina afetada é dura e 
escura (deve ser removida apenas nas paredes circundantes, a 
da parede de fundo deve ficar, pois ela é capaz de se 
remineralizar, reduzindo o risco de exposição pulpar). 
Pode-se utilizar as colheres ou escavadores de dentina para 
realizar a remoção da dentina cariada. 
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Critério clínico mais importante para guiar a remoção da dentina 
cariada: 
• Dureza dos tipos de dentina: 
▪ Amolecida = soft dentin; 
▪ Couro = leathery; 
▪ Firme; 
▪ Dura (dentina sadia). 
 
 
 
 
 
 
Alterações esperadas no Tratamento expectante: 
• Remineralização da dentina desmineralizada; 
• Formação de dentina terciária; 
• Redução da quantidade de bactérias viáveis. 
Sinais e sintomas indicativos de sucesso: 
• Teste de sensibilidade positivo ao frio e calor; 
• Ausência de dor espontânea; 
• Ausência de lesão periapical no RX. 
Críticas ao tratamento expectante: 
• Na segunda sessão: 
▪ Aumentam as chances de ocorrer uma 
exposição pulpar; 
▪ Aumenta o tempo operacional e desconforto; 
▪ Aumenta o custo. 
 
 
 
 
Evidências: 
• A remoção seletiva (remove apenas o tecido amolecido) 
de dentina cariada (possui 90% de sucesso); 
• A remoção da dentina cariada em 2 passos, que é o 
tratamento expectante (possui 74-91% de sucesso): 
▪ 1ª sessão – remoção do tecido amolecido; 
▪ 2ª sessão – abertura para verificação da 
resposta dentinária. 
 
Remoção seletiva de cárie: 
• Para cavidades profundas: 
▪ Dentina amolecida é deixada na parede de 
fundo para evitar exposição pulpar; 
▪ Nas paredes circundantes, a remoção é até o 
tecido duro, permitindo um adequado selamento 
marginal. 
OBS: Isso reduz o risco de exposição pulpar e também reduz os 
custos. 
 
 
 
 
Como manejar a cavidade resultante? 
• Limpeza da cavidade: 
▪ Visa eliminar resíduos que possam interferir 
com a interação entre os materiais 
restauradores e os substratos dentários. 
▪ Agente ideal deve: 
1. Remover a smear layer; 
2. Não ser tóxico à polpa e estruturas 
adjacentes; 
3. Facilitar a ação dos agentes 
protetores; 
4. Combater ou eliminar os micro-
organismos patogênicos. 
Solução de Ca(OH)2 ou água de 
cal 
Ácido poliacrílico (10-25%) 
Hipoclorito de sódio a 0,5% ou 
1% 
Ácido fosfórico (32-37%) 
Solução de Clorexidina (2%) 
Soluções fluoretadas 
 
• Forramento: 
▪ A remineralização da dentina remanescente e 
a formação de dentina terciária são mediadas 
pelas células pulpares e não pelos materiais. 
Corralo e Maltz 2013; da Rosa et al 2018; Pereira et al 2017 
 
 
 
1ª sessão do tratamento expectante: remoção da dentina 
cariada + aplica P.A. ou cimento de Ca(OH)2. 
2ª sessão – após 45 a 60 dias: faz-se radiografia para ver 
a reação do dente ao material,a proteção é removida e é 
feita uma nova aplicação de cimento de Ca(OH)2 + cimento de 
ionômero de vidro e restaura definitivo. 
Diante disso, o que pode ser feito? 
 Fazendo apenas o rebaixamento do material de proteção, sem 
retirar mais tecido cariado na cavidade, evitando assim esses 
riscos apresentados. 
Deixar o tecido amolecido ou expor a polpa? 
Estudos mostram que o capeamento direto (proteção direta 
– quando expõe a polpa) tem menos sucesso! 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
▪ O mais importante é o selamento marginal da 
restauração. 
Gurcan,2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Espessura da dentina remanescente: 
▪ Espessuras de dentina em torno de 1 mm 
podem bloquear até 90% dos estímulos 
(monômeros, ácidos, térmicos); 
▪ Espessura de 0,5 mm é capaz de bloquear em 
torno de 75% dos estímulos; 
▪ Espessuras menores que 0,5 mm são as 
situações onde começam os maiores 
problemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Estudo concluiu que: embora a presente análise tenha 
demonstrado que o uso de Ca(OH)2 forrador em lesões 
profundas de cárie foi desnecessário, a evidência foi de 
moderada a pouquíssima qualidade; ainda, ensaios clínicos 
randomizados e controlados são necessários para 
fornecer recomendações mais fortes. 
Singh, Mittal, Tewari 2019. 
• Utilizar somente quando há uma “quase” exposição da 
polpa (róseo da polpa). Utilizar: 
1. Cimento de Ca(OH)2; 
2. ; 
3. Àcido fosfórico 15 segundos em dentina (30 
segundos em esmalte); 
4. Sistema adesivo; 
5. Restauração com resina composta. 
Todo esse processo na mesma sessão! 
• Se for utilizar o ionômero de vidro convencional: 
1. Cimento de Ca(OH)2; 
2. + Esmalte – preencher toda a 
cavidade + proteger com esmalte incolor ou 
sistema adesivo; 
3. Na segunda sessão: rebaixa o CIV R; 
4. Aplica ácido fosfórico 15 segundos em dentina; 
5. Sistema adesivo; 
6. Restauração com resina composta. 
 
 
Como fazer 
Um estudo de 2019 concluiu que: a remoção parcial de cárie 
tem um maior sucesso para tratar lesões de cárie profundas 
em dentes permanentes depois de um acompanhamento de 
12 meses, indicando que a retenção da cárie em dentina não 
interfere na vitalidade pulpar ou na sobrevida da restauração. 
Ainda, o sucesso do tratamento é independente do material 
forrador usado sobre a dentina desmineralizada. 
Singh, Mittal, Tewari 2019. 
O que fazer? 
Cavidades com espessura de dentina remanescente menor que 
0,5 mm: 
• Estudos in vivo mostram que componentes dos sistemas 
adesivos (total etching) usados em cavidades profundas 
podem se difundir através dos túbulos dentinários e 
causar dano pulpar (Costa et al, 2006). 
• O uso de adesivos em dentina profunda pode provocar 
o fenômeno de transudação dentinária (movimento de 
fluido dentinário para fora) que pode: 
▪ Interferir com a permeação do agente de 
união dentro da dentina intertubular 
desmineralizada; 
▪ Inibir a conversão monômero-polímero; 
▪ Causar danos à camada odontoblástica. 
A transudação dentinária é reduzida com o uso de adesivos 
autocondicionates. 
O que fazer? 
Cavidades com espessura de dentina remanescente menor que 
0,5 mm: 
• Ca(OH)2 é altamente solúvel em ambientes úmidos, tem 
pobres propriedades mecânicas, não adere à estrutura 
dentária nem aos materiais (Fernandes et al 2013; 
Sangwan et al 2013); 
• Para prevenir danos pulpares o uso de forradores 
biocompatíveis é recomendado (de Souza Costa 2015). 
Forradores não são necessários para controlar a evolução da 
lesão, mas podem impedir a penetração de monômeros além de 
promover isolamento térmico sob amálgama (Banerjee, 2017). 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Proteção indireta: 
 
AAC >0,5 mm <0,5 mm 
AAC ou CIV 
+ AAC 
CIV + AAC ou 
CHC +CIV+AAC 
A CIV + A CIV + A ou 
CHC+CIV+A 
 
• Geralmente feito em dentes que fraturam por conta de 
um trauma.; 
• Se tiver o fragmento do dente, este pode ser colado; 
• Ou pode ser feita a restauração, caso não tenha o 
fragmento. 
Passo a passo: 
1. Usa uma cureta para remover a parte superficial da 
polpa que foi exposta; 
2. Realiza a hemostasia (pode ser com o Otosporin); 
3. Aplicar hidróxido de cálcio PA, em contato com a polpa 
exposta; 
4. Aplicar Ionômero de Vidro; 
5. Sistema adesivo; 
6. Restauração; 
7. Radiografia final. 
Referências: 
Aula teórica de Clínica Integrada Restauradora. 
Faculdade Maurício de Nassau, Professora Isabela 
Dantas, Odontologia, 2021.

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