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1 INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS SÃO MIGUEL DO OESTE CURSO TÉCNICO EM ALIMENTOS CARLA ALEXSANDRA DA SILVA MORAES DEBORA MIRIAN ALVES TEIXEIRA EVELIN LAURA THOME DE LIMA ATIVIDADE SOBRE PRODUTOS MOLDADOS E EMPANADOS - STEAK SÃO MIGUEL DO OESTE, NOVEMBRO DE 2021. 2 Índice de figuras Figura 1: Fluxograma de processamento de Steak.............................................................................12 Sumário 1. Localize a legislação para elaboração deste produto.......................................................................5 2. Quais as particularidades deste produto?.........................................................................................5 3. Explique aos colegas como este produto é elaborado, utilizando um fluxograma de produção.....5 3.1 Sistemas de cobertura...............................................................................................................6 3.2 Predust ou Pré-enfarinhamento.................................................................................................7 3.3 Batter.........................................................................................................................................8 3.4 Breading..................................................................................................................................10 3.5 Pré-fritura e congelamento......................................................................................................11 4. Vídeos para complementar a explicação.......................................................................................12 5. Referências bibliográficas.............................................................................................................13 4 1. Localize a legislação para elaboração deste produto RTIQ para empanados - Instrução Normativa n° 6, de 15 de fevereiro de 2001. 2. Quais as particularidades deste produto? ➢ É um produto empanado e emulsificado; ➢ Seu interior é uma emulsão feita com carne, gordura, CMS, especiarias e aditivos; ➢ Pode ter carboidratos totais (máx.) 30%; ➢ Precisa conter proteína (mín.) 10%; ➢ Pode ter adição de até 4% de proteína agregada; ➢ O uso de proteínas não cárneas é permitido para esse tipo de produto; ➢ Pode ser utilizado CMS (até 60%); ➢ É pré-cozido; ➢ Entre outros. 3. Explique aos colegas como este produto é elaborado, utilizando um fluxograma de produção. O empanamento é uma das principais maneiras pelas quais as indústrias processadoras de carnes agregam valor aos produtos, por realçar ou favorecer a cor, sabor e textura. A agregação de valor se deve ao aproveitamento de cortes de proteína com preços mais baixos ou que seriam descartados e pelo aumento de rendimento. A primeira operação a ser feita na produção de um Steak é a redução do tamanho (moagem), seguida pelas etapas de mistura, de moldagem, de recobrimento através de um sistema de cobertura específico, de fritura, de cozimento e de congelamento. A etapa de redução do tamanho/moagem permite diminuir a dureza, subdividindo a carne de frango congelada em pequenas porções, que acompanhado de 5 uma adição da salmoura facilita a extração das proteínas miofibrilares, contribuindo para a interação entre as moléculas posteriores da mistura (ORDOÑEZ, 2005). Em seguida, os outros ingredientes são adicionados na formulação e misturados para formação de uma massa uniforme, homogênea à distribuição dos componentes, melhorando a qualidade sensorial e as propriedades funcionais dos alimentos. Depois, essa mistura adquire forma prensando a massa dentro de um molde. Esta operação é aplicada em alimentos pastosos a fim de conferir forma e tamanhos distintos, sendo seu maior objetivo aumentar a diversidade e oferecer ao consumidor um produto atrativo. A moldagem pode ser realizada aplicando altas pressões sobre um bloco da mistura cárnea previamente congelado. Nesta etapa, a temperatura é um fator a ser controlado, tendo como limite os valores entre –4 e –2°C, para que o processo ocorra corretamente. Caso a temperatura não esteja baixa o suficiente, a massa se torna mole e não adquire a forma desejada, ou então não consegue sair do molde adequadamente, desfigurando o produto final. 3.1 Sistemas de cobertura O atributo sensorial crocância é o mais apreciado pelos consumidores. A intensidade desta característica é utilizada para medir a qualidade de muitos alimentos fritos, como os Steaks de frango, por exemplo. Para conferir crocância a esses produtos, utiliza-se um sistema de cobertura, que pode ser definido como qualquer combinação de ingredientes, seja à base de cereais ou não, que reveste um substrato proteico ou de outra natureza, fornecendo ao produto acabado atributos como sabor, textura. Além da questão sensorial, os sistemas de cobertura funcionam como uma barreira protetora contra a migração de gases e a perda ou ganho de umidade, além de proteger o alimento contra danos mecânicos. É também uma forma de aumentar a variedade de produtos e adicionar valor a alimentos mais simples. 6 A etapa de empanamento é um popular sistema de cobertura, hoje em dia, inclusive, alguns sistemas de empanamento podem conter condimentação, realçando ainda mais características de sabor, aroma e aparência. Por conta de sua importância industrial e econômica, as indústrias que trabalham com produtos empanados ou que estão pensando em implantar esta linha, precisam ter conhecimento sobre o processo e os tipos de empanamento disponíveis. Também deve-se estar atento às particularidades dos ingredientes envolvidos, principalmente no que diz respeito à farinha de empanamento. De todas operações que constituem o processamento de um produto empanado, certamente a etapa central é o empanamento. Esta operação envolve três etapas fundamentais: • Predust (pré-enfarinhamento), batter (suspensão de sólido em líquido); • Breading (cobertura final). Não há uma obrigatoriedade de uso de todas essas camadas ou uma sequência correta. Porém, a duplicação de camadas de batter e breading serve como uma alternativa para melhorar o controle de pick-up (rendimento). 3.2 Predust ou Pré-enfarinhamento Este é o primeiro componente de um sistema de cobertura e tem por objetivo facilitar a ligação entre as camadas seguintes e o substrato. Em muitos casos também será um carreador de condimentos. Por conta da superfície irregular da massa, a cobertura e o substrato podem encontrar problemas de aderência. O predust será o responsável por eliminar esse problema, com a formação de uma camada absorvente, que conferirá uma maior uniformidade e melhor textura. A 7 farinha de trigo é o predust mais usado pela indústria, porém, também há outras alternativas de formulação de predust, com amido e proteínas. Essas alternativas podem ser utilizadas para eliminar algumas desvantagens apresentadas pela farinha de trigo, como descolamento da cobertura e perda de crocância, devido à formação de um filme entre a cobertura e a carne, deixando a umidade presa, o que aumenta a pressão abaixo da cobertura, resultando em seu deslocamento. O filme formado é resultante da hidratação das proteínas e do amido. Com a gelatinização do amido, pode ocorrer uma retenção de parte do vapor da água que seria perdido, prejudicando a crocância da cobertura. Como solução a esse defeito, recomenda-se a utilização de material protéico acrescido de gomas 3.3 Batter O batter é constituído por uma mistura em pó de vários ingredientes, pode conter condimentos ou não. Ao ser hidratado, forma uma suspensão de sólidos em líquido, que funciona como uma camada de cobertura externa para o alimento, assim como também faz a aderência entre o substrato e o breading,a camada mais externa. Em um processo industrial é preparado em equipamentos específicos, onde é misturado em água a baixa temperatura, cerca de -4°C. Os produtos são imersos nesta mistura antes de serem enfarinhados e fritos. A função do líquido de empanar é inicialmente a sua adesão ao produto e a farinha de cobertura (breading). O batter além de agir como uma camada ligante entre as camadas, 8 também é responsável pelas características econômicas, influenciando na espessura do produto final. Os ingredientes mais comuns do batter são a farinha de trigo, farinha de milho, amido, gomas, agentes de escurecimento, proteínas e aromatizantes. A farinha de trigo proporciona aumento da viscosidade, ajuda na suspensão de alguns ingredientes sólidos e auxilia na obtenção de textura firme na cobertura. Em relação às gomas, sua função quando presentes em uma formulação de batter, é garantir maior viscosidade, estabilidade e homogeneidade. Já os agentes de escurecimento, como o próprio nome já sugere, são usados para desenvolver coloração ao se aplicar calor. Podem ser usados dextrose, sacarose e alguns ingredientes lácteos. As proteínas mais usadas em batter são as de soja, de leite e ovos, além de glúten de trigo que contribuem para a melhoria das propriedades de emulsão, formação de película, escurecimento, adesão e textura. Os aromatizantes podem vir na forma de especiarias e sal. Este último, inclusive, pode ser usado para evitar a formação de cristais de gelo quando o batter se encontra a baixas temperaturas. Dependendo do grau de viscosidade, os batters podem ser classificados como: • De adesão (baixa); • De coesão (média) e temperatura (alta). 9 3.4 Breading O breading é considerado como a terceira e última etapa de cobertura, que é responsável pela textura, apelo visual e diferenciação entre os produtos. O breading é a farinha de cobertura, podendo ter base de cereal e conter condimentos ou não. Esse termo compreende diversos produtos, desde farinha de trigo não temperada e não cozida a farinha derivada de pão. Um dos atributos básicos associado ao breading é a granulometria. O breading é dividido em três categorias de granulometria: pode ser grosso (maior impacto visual), médio (melhor absorção de água) ou fino (rápida absorção de água). Existem disponível no mercado de empanados quatro variedades de breading, sendo elas: • Tradicional: Com uma farinha densa e algumas crostas, que proporciona mordida dura; • Extrusado: que apresenta crocância próxima à farinha de pão e pode ser produzido em larga escala; • Americano: que proporciona uma mordida crocante com pedaços de crosta arredondados; • Japonês: que possui a forma alongada e é livre de crostas, além de ser o mais crocante de todos os tipos. O breading é considerado a etapa mais importante do sistema de cobertura, por ser a camada mais externa e visualmente mais atrativa, e que influencia diretamente a aceitação dos produtos empanados. Desta forma, é importante que esta etapa seja conduzida com bastante cuidado, com condições de processamento e ingredientes adequados para compor o produto. 10 3.5 Pré-fritura e congelamento Após o sistema de coberturas, a etapa posterior no processamento de produtos empanados é a pré-fritura. Segundo Dill et al. (2009), a operação unitária de fritura consiste na imersão do produto em óleos e gorduras sob altas temperaturas (180-200ºC), por um curto período de tempo (20 a 35s). Os objetivos dessas operações são fixar a cobertura, retirar a umidade, absorver o óleo, além de assegurar estabilidade ao produto frito e conferir características importantes e desejáveis aos alimentos como: aroma, sabor, cor e a dissolução na boca. O tipo e as condições do óleo utilizado na etapa de fritura são importantes, já que a sua composição reflete diretamente nas características do alimento frito. O óleo de palma é o mais utilizado na indústria, possui benefícios como baixo teor de ácidos graxos insaturados que previne a oxidação, que é responsável pela produção de aromas indesejáveis. A fim de adquirir a viscosidade desejada, os empanados de frango durante a operação de fritura passam por três tipos de batter, sendo estes: batter de adesão, batter de coesão e batter de temperatura, e suas principais diferenças são em relação a conformação das aplicações de cobertura, composição, função e tempo de processo. Logos após a etapa de fritura, realiza-se o assamento, que pode ser a vapor ou apenas calor, sendo decisivo para a redução da contaminação microbiana interna, além de ser responsável pelo desenvolvimento do aroma característico e do sabor do produto. Por fim, o produto é congelado. Essa etapa visa controlar o crescimento microbiano, aumentando a vida útil, além de preservar as características sensoriais e valor nutricional dos produtos. Os produtos empanados congelados também se tornam menos susceptíveis à oxidação e à perda das camadas de empanamento. É essencial que os produtos permaneçam sob temperaturas baixas até o momento do preparo, para manter a qualidade microbiológica durante toda vida útil, uma vez que os ungos deteriorantes conseguem se desenvolver em temperaturas de até - 5°C. 11 Além disso, é importante ressaltar que o uso de congelamento rápido é recomendado pois leva a formação de pequenos cristais de gelo. A temperatura ideal usada pelas indústrias para armazenamento em câmaras frias é de - 18°C para este tipo de produto. 4. Vídeos para complementar a explicação ➢ Processo de produção de empanados(geral): https://www.youtube.com/watch?v=M521L1pAl0U ➢ Frigorifico com metodos modernos no processamento de frangos: https://www.youtube.com/watch?v=mHr11vaNJX4 ➢ Pequeno documentario “Steak’s de Frango fazem mal a saude?” https://www.youtube.com/watch?v=5vQHeEykKyc Figura 1: Fluxograma de processamento de Steak https://www.youtube.com/watch?v=M521L1pAl0U https://www.youtube.com/watch?v=5vQHeEykKyc https://www.youtube.com/watch?v=mHr11vaNJX4 12 5. Referências bibliográficas LOPES DA SILVA BARROS, Eulália. Tecnologias envolvidas no processamento de empanados. Disponível em: < file:///C:/Users/carla/Downloads/201102196.pdf>. Acesso em: 17 de novembro de 2021. RTIQ para empanados - Instrução Normativa n° 6, de 15 de fevereiro de 2001. Disponível em: http://www.cidasc.sc.gov.br/inspecao/files/2020/09/IN-MAPA-n%C2%BA-6- de-15-de-fevereiro-de-2001.pdf>. Acesso em: 17 de novembro de 2021. 1. Localize a legislação para elaboração deste produto 2. Quais as particularidades deste produto? 3. Explique aos colegas como este produto é elaborado, utilizando um fluxograma de produção. 3.1 Sistemas de cobertura 3.2 Predust ou Pré-enfarinhamento 3.3 Batter 3.4 Breading 3.5 Pré-fritura e congelamento 4. Vídeos para complementar a explicação 5. Referências bibliográficas
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