Buscar

osteoartrite - patologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Allycia Mello - PATOLOGIA – UNIT-AL/ P7 
Osteoartrose (osteoartrite) 
Articulações 
As articulações estão sujeitas a ampla variedade de doenças, incluindo degeneração, 
infecções, injúria imunomediada, transtornos metabólicos e neoplasias. 
Definições 
 Osteoartrite, ou doença articular degenerativa, é a doença articular mais comum. 
Tem como característica fundamental da osteoartrite é a degeneração da cartilagem 
articular; alterações estruturais no tecido ósseo subjacente são provavelmente 
secundárias. 
 Embora o termo osteoartrite implique uma doença inflamatória, a osteoartrite é 
principalmente uma doença degenerativa da cartilagem articular, na qual os condrócitos 
respondem a estresses biomecânicos e biológicos de uma maneira que resulta na 
fragmentação da matriz. 
• Osteoartrite primária: aparece de modo insidioso com a idade e sem causa iniciadora 
aparente. A doença usualmente é OLIGOARTICULAR (isto é, afeta apenas poucas 
articulações), com as articulações das mãos, dos joelhos, dos quadris e da coluna 
vertebral mais comumente afetadas. 
• Osteoartrite secundária: frequentemente envolve uma ou várias articulações 
predispostas. Na circunstância incomum (menos de 5% dos casos) em que a 
osteoartrite ataca na juventude, há tipicamente alguma condição predisponente, 
como trauma prévio, deformidade do desenvolvimento ou doença sistêmica 
primária, como ocronose, hemocromatose ou obesidade marcante. 
No conjunto das doenças agrupadas sob a designação de “reumatismos”, a osteoartrite 
é a mais freqüente, representando cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de 
Reumatologia. Além deste fato, sua importância pode ser demonstrada através dos dados 
da previdência social no Brasil, pois é responsável por 7,5% de todos os afastamentos do 
trabalho; é a segunda doença entre as que justificam o auxílio-inicial, com 7,5% do total; é 
a segunda também em relação ao auxílio-doença (em prorrogação) com 10,5%; é a quarta 
a determinar aposentadoria (6,2%). 
Clínica 
Os sintomas e sinais característicos incluem profunda dor exacerbada pelo uso, rigidez 
pela manhã, crepitação (sensação de ralar ou de estalo na articulação) e limitação no 
alcance do movimento. 
Quadris, joelhos, vértebras lombares inferiores e vértebras cervicais, articulações 
interfalângicas proximais e distais dos dedos das mãos, primeiras articulações 
carpometacarpais e primeiras articulações tarsometatarsais dos pés são comumente 
envolvidas. 
Osteoartrose (osteoartrite) 
 
2 Allycia Mello - PATOLOGIA – UNIT-AL/ P7 
Os nodos de Heberden nos dedos das mãos, que representam proeminentes osteófitos nas 
articulações interfalângicas distais, são característicos de mulheres. Além da inatividade 
completa, não há modo previsto para prevenir ou suspender a progressão de uma 
osteoartrite primária; ela pode se estabilizar por anos, mas geralmente é lentamente 
progressiva. Com o tempo, significativa deformidade articular pode ocorrer, mas, ao 
contrário da artrite reumatoide (discutida a seguir), não ocorre fusão. O tratamento 
usualmente é baseado nos sintomas, com a substituição da articulação em casos severos. 
Morfologia 
- Alterações na composição e na estrutura da matriz. 
Os condrócitos têm capacidade limitada de proliferação, e alguns se dividem para formar 
pequenos clones de células que secretam matriz recém-sintetizada. 
A fibrilação e a formação de rachaduras na matriz em sentidos vertical e horizontal 
ocorrem à medida que as camadas superficiais da cartilagem são degradadas. 
 
O exame macroscópico nesse estágio revela uma superfície da cartilagem articular de 
aspecto granular macio, condição conhecida como condromalacia. Finalmente, porções 
de espessura total da cartilagem são perdidas, e a placa de tecido ósseo subcondral é 
exposta e tornada lisa e polida através de fricção, dando-lhe a aparência de marfim polido 
(eburnação óssea). 
Pequenas fraturas podem deslocar pedaços de cartilagem e do tecido ósseo subcondral para 
dentro da articulação, formando corpos soltos (artrófitos). 
Os espaços da fratura permitem que o líquido sinovial seja forçado para dentro das regiões 
subcondrais para formar cistos de parede fibrosa. Osteófitos (excrescências ósseas) em 
formato de cogumelo se desenvolvem nas margens da superfície articular. Na doença 
severa, um pannus sinovial fibroso cobre as porções periféricas da superfície articular. 
Patogenia 
 
Funções normais: 
 
3 Allycia Mello - PATOLOGIA – UNIT-AL/ P7 
(1) juntamente com o líquido sinovial, ela proporciona um movimento virtualmente livre 
de fricção no interior da articulação; e (2) em articulações que suportam peso, ela distribui 
a carga através da superfície articular de maneira que permita que os ossos subjacentes 
absorvam o choque e o peso. Essas funções requerem que a cartilagem tenha propriedades 
elásticas (isto é, que recupere a arquitetura normal após compressão) e tenha alta força 
tênsil. Esses atributos são fornecidos pelos proteoglicanos e pelo colágeno do tipo II, 
respectivamente, ambos produzidos pelo condrócitos. Como com o tecido ósseo adulto, a 
cartilagem articular sofre constantemente degradação e substituição de sua matriz. A 
função normal dos condrócitos é crítica para manter a síntese e a degradação da matriz 
cartilaginosa; qualquer desequilíbrio pode levar à osteoartrite. 
A cartilagem articular sofre o impacto maior das alterações degenerativas na 
osteoartrite. 
A função dos condrócitos é afetada por uma variedade de influências. Embora a 
osteoartrite não seja exclusivamente um fenômeno de desgaste, os estresses mecânicos e o 
envelhecimento atuam não obstante de forma proeminente. Fatores genéticos, incluindo 
polimorfismos e mutações em genes que codificam componentes da matriz e moléculas de 
sinalização, contribuem para a suscetibilidade à osteoartrite. O risco de osteoartrite 
também é aumentado com a crescente densidade óssea, além de níveis de estrógenos 
mantidos altos. Independentemente do estímulo incitante, há um desequilíbrio na 
expressão, atividade e sinalização de citocinas e de fatores de crescimento, o qual resulta 
em degradação e perda de matriz. A osteoartrite inicial é marcada pela cartilagem em 
degeneração contendo mais água e menos proteoglicanos (os proteoglicanos proporcionam 
turgidez e elasticidade). A rede de fibrilas de colágeno do tipo II também se apresenta 
diminuída, presumivelmente como resultado de uma síntese local diminuída e colapso 
aumentado; a apoptose dos condrócitos está aumentada. De modo geral, a força tênsil e a 
resiliência da cartilagem estão comprometidas. Em resposta a essas alterações 
degenerativas, os condrócitos proliferam e tentam “reparar” a lesão através da síntese de 
novo colágeno e novos proteoglicanos. Embora essas alterações reparativas inicialmente 
sejam capazes de acompanhar o ritmo, as alterações na matriz e a perda de condrócitos 
finalmente predominam. 
 
 
4 Allycia Mello - PATOLOGIA – UNIT-AL/ P7

Outros materiais