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Tema 2 - Taylor e Fayol e o Surgimento da Administração

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AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO EMPRESARIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Profª Aline Mara Gumz Eberspacher 
 
 
2 
TEMA 1 – TAYLOR E FAYOL E O SURGIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO 
O processo industrial como conhecemos atualmente, de produção em 
grande escala e alta quantidade, nem sempre existiu. O processo produtivo já foi 
manual e artesanal. Então, como surgiu o processo produtivo? O processo de 
gestão foi impulsionado pelos engenheiros Frederick Taylor e Henri Fayol. Vamos 
conhecer um pouco sobre cada um deles a seguir. 
1.1 Taylor e a administração científica 
Frederick Winslow Taylor, filho de uma família abastada financeiramente, 
apesar de ter sido aprovado no curso de Direito de Harvard, optou por se tornar 
um trabalhador manual. Trabalhou em uma fábrica no período de 1874 e 1878, na 
qual observou o desempenho dos colaboradores, que muitas vezes faziam “corpo-
mole” durante o processo produtivo. A análise de Taylor também incluía a relação 
entre os gerentes e os funcionários, e mostrava que, em muitos momentos, essa 
má relação entre ambos prejudicava a produtividade. 
Durante a sua experiência na usina siderúrgica Midvale (1878 e 1890), na 
qual permaneceu durante 12 anos, Taylor observou alguns problemas no 
processo produtivo (Maximiano, 2011), sendo eles: 
• Não havia uma noção clara da divisão de trabalho da administração e do 
trabalhador; 
• Não havia incentivos para o trabalhador melhorar seu desempenho; 
• Muitos trabalhadores não faziam suas funções; 
• Os administradores decidiam apoiados em intuições e em palpites; 
• Não havia integração entre os departamentos das empresas; 
• Os trabalhadores realizavam tarefas que não tinham aptidão; 
• Havia conflitos entre supervisores e operários sobre a quantidade de 
produção. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelos itens 1, 2, 3, 4 e 5, no início da página 110. Acesso em: 12 fev. 
2019. 
 
 
3 
Essas observações sobre o desempenho dos funcionários, remuneração 
ou mesmo falhas administrativas, permitiram o início do Movimento da 
Administração Científica, marcada por duas fases. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “Os Estudos de Taylor”, nas páginas 110 e 111. 
Acesso em: 12 fev. 2019. 
Taylor salienta que, para a maioria das pessoas, os interesses dos 
empregadores e empregados são antagônicos. Entretanto, para a Administração 
Científica, os interesses de ambos devem ser únicos, com a mesma direção. A 
prosperidade do empregador não pode existir em longo prazo se não for 
acompanhada pela prosperidade do empregado. 
Para Taylor, a Administração Científica possui princípios básicos. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “Os Princípios da Administração Científica de 
Taylor”, nas páginas 113 e 114. Acesso em: 12 fev. 2019. 
Taylor é considerado o pai da administração científica. Seu trabalho e suas 
contribuições foram direcionados para o processo produtivo. Os estudos 
realizados por ele são com ênfase nas tarefas (no processo produtivo). 
Saiba mais 
Alguns pensadores seguiram os princípios de Taylor, entre eles o Henri 
Ford, que desenvolveu a linha de montagem na produção dos carros Ford. Acesse 
sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração (autor Reinaldo O. 
da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. Procure pelo texto 
denominado “A Administração de Ford e seus princípios”, nas páginas 119 e 122. 
Acesso em: 12 fev. 2019. 
1.2 O processo administrativo e Fayol 
O engenheiro de minas Henry Fayol (1841-1925), diferentemente de 
Taylor, que trabalhou nos níveis operacionais da fábrica, desenvolveu seu 
trabalho na cúpula administrativa da organização. Ele buscou a definição das 
 
 
4 
funções administrativas, pois são as mais requeridas para a direção de uma 
organização (Kwasnicka, 2009). Seu trabalho foi considerado uma das maiores 
contribuições para o campo da gerência e da administração. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “Os Elementos da Teoria Administrativa”, na 
página 134. Acesso em: 12 fev. 2019. 
Em seu livro “Os princípios da administração”, mostra as possibilidades de 
formar administradores e criar o ensino formal de administração. Para Fayol, a 
administração é uma atividade comum a qualquer empreendimento humano, a 
qual exige planejamento, organização, direção, coordenação e controle. Assim, 
Fayol considerava que todos deveriam estudá-la, o que exigiria uma teoria geral 
da administração que pudesse ser ensinada. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “As Funções da Administração”, na página 135. 
Acesso em: 12 fev. 2019. 
Fayol fortalece o papel do gerente e sua capacidade de tomar decisões, 
estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos integrantes 
da organização, a fim de que as atividades de previsão, organização, comando, 
coordenação e controle tenham uma sequência apropriada. Por fim, complementa 
sua teoria com a proposição de 14 princípios para uma administração eficaz, e 
são diretrizes que devem orientar a ação dos administradores. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “Os princípios gerais da administração para 
Fayol”, nas páginas 136 e 137. Acesso em: 12 fev. 2019. 
Observamos que as teorias de Taylor são diferentes das Fayol, pois o 
primeiro aborda o processo produtivo enquanto que o segundo analisa o processo 
da gestão, mas notamos que elas são complementares. 
Veja a seguir os principais pontos de Fayol e Taylor. 
 
 
 
5 
Figura 1 – Principais pontos de Fayol e Taylor 
 
Fonte: Silva, 2008, p. 145. 
TEMA 2 – A BUROCRACIA DE WEBER COMO GESTÃO 
A burocracia é um modo de gerir uma empresa, ou mesmo uma sociedade. 
Por meio dos princípios burocráticos, podemos estabelecer critérios e elementos 
para melhor coordenarmos e controlarmos determinados eventos. 
2.1 Weber e a Teoria da Burocracia 
Weber nos mostra que existe uma convenção de regras sociais que 
orientam e dirigem o comportamento das pessoas. E ainda, segundo ele, as 
organizações formais são regidas por normas e leis racionalmente determinadas. 
A palavra-chave da burocracia, segundo Weber, é racionalidade. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “A burocracia de Weber”, na página 147. Acesso 
em: 12 fev. 2019. 
 
 
 
6 
2.2 Tipos de sociedade 
Em um primeiro momento, Weber faz uma análise e distingue a sociedade 
em três tipos (Chiavenato, 2014, p. 258): 
• Sociedade tradicional: predominam as características das famílias 
patriarcais e patrimonialistas, como famílias, clãs e sociedade medieval. 
• Sociedade carismática: predominam características místicas, baseadas 
no poder e carisma, como grupos revolucionários ou mesmo partidos 
políticos. 
• Sociedade legal, racional ou burocrática: predominam normas 
impessoais e racionalidade na escolha dos meios,predominam em grandes 
empresas, estados modernos e exército. 
2.3 Tipos de autoridade 
Para cada tipo de sociedade, Weber identifica um tipo de autoridade. 
“Autoridade significa a probabilidade de que um comando ou ordem específica 
seja obedecido” (Chiavenato, 2014, p. 258). A autoridade representa o poder 
institucionalizado. Significa dizer que quem tem poder impõe sua vontade, pois 
possui a legitimidade, o seu poder é aceito e reconhecido. 
Weber, então, apresenta três tipos de autoridades, conforme o tipo de 
sociedade: 
• Autoridade tradicional: prevalece nas sociedades mais tradicionais. 
Aceita-se o poder porque “sempre foi feito assim”. Está muito presente em 
organizações, como famílias, clãs ou mesmo empresas familiares. 
Importante destacar que o poder tradicional não é racional, ele pode ser 
transmitido por herança e é extremamente conservador. 
• Autoridade carismática: o termo carisma, no sentido religioso, significa o 
dom gratuito de Deus, estado da graça. Os subordinados aceitam o poder 
do superior por causa do seu carisma, da sua capacidade de influenciar, 
de liderar e sobretudo por se sentirem identificados. Podemos citar como 
exemplo de líderes carismáticos os políticos Hitler e Kennedy. É importante 
destacar que o poder carismático não tem base racional, é instável e 
facilmente adquire características revolucionárias. 
 
 
7 
• Autoridade legal, racional ou burocrática: neste modelo, a autoridade é 
legitimada. Os subordinados aceitam as ordens porque concordam com os 
preceitos e normas que consideram legítimas. É uma autoridade racional, 
técnica, meritocrática e administrativa. A autoridade é formal, com base nas 
normas e leis; a obediência acontece a um conjunto de regras previamente 
estabelecido. As normas são legais e racionalmente definidas. A burocracia 
sustenta e dá aparato à dominação legal, por meio das normas, leis e 
métodos dos critérios de seleção. A burocracia é o modo de organização 
típico da sociedade moderna democrática, grandes empresas, 
organizações não estatais. Essa relação permite a identificação da 
autoridade legal. 
2.4 As funções da burocracia 
A burocracia exige profissionais capacitados, preparados tecnicamente 
para realizar a função. É a profissionalização presente nas organizações. Observe 
que, quanto mais racional a sociedade, mais as relações são impessoais e mais 
prevalecem as características da burocracia. 
A consequência da burocracia é a padronização nos processos e uma 
previsibilidade de resultado, com uma organização que apresenta a máxima 
eficiência, conforme representado na figura a seguir. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “As funções da burocracia”, nas páginas 149 e 
150. Acesso em: 12 fev. 2019. 
Você observou que cada teoria administrativa dá ênfase em uma 
característica organizacional, buscando sempre a eficiência da empresa. Veja a 
seguir a comparação entre as diferentes características das teorias. 
 
8 
Figura 2 – Comparação das teorias clássicas 
Fonte: Silva, 2008, p. 163. 
Claro que, como tudo, a burocracia deve ser utilizada com equilíbrio, pois 
os excessos podem causar as disfunções da burocracia, que atrapalham o 
processo organizacional. 
TEMA 3 – O TOYOTISMO E O MODELO JAPONÊS DE ADMINISTRAÇÃO 
A cultura do Japão é, em grande parte, responsável pelo sucesso da 
administração japonesa, sendo essa baseada em valores e na disciplina do povo. 
O país destruído pela Segunda Guerra Mundial, e precisando se reerguer, 
implantou em seus setores produtivos o conceito fundamental de evitar o 
desperdício, e de buscar a melhoria contínua, aprimorando sempre seus produtos 
por meio do “fazer bem feito e na primeira vez” (Scatena, 2012). O combate ao 
desperdício e o trabalho de grupo são dois elementos presentes na cultura 
japonesa que ajudam a explicar sua hegemonia. 
3.1 O modelo Toyota de administração 
O sistema japonês de administração – conhecido como Toyotismo – foi 
amplamente disseminado no Brasil a partir da década de 1980, quando as 
 
 
9 
grandes empresas nacionais e multinacionais passaram a adotar as práticas 
desse modelo para melhorar sua produtividade e competitividade. 
O Sistema Toyota nasceu nos anos 50, quando Toyoda e Ohno, visitando 
a Ford, nos Estados Unidos, concluíram que seu modelo privilegiava o 
desperdício, seja pelo grande porte das fábricas, excesso de estoques e mão de 
obra com especialidades limitadas. Contudo, diante da escassez de recursos 
causada pela Segunda Guerra Mundial, o modelo fordista era inviável de ser 
aplicado, então a Toyota precisava simplificar e modificar o sistema da Ford. 
Dessa forma, nasceu o elemento básico do sistema toyotista: a eliminação de 
desperdícios (Maximiano, 2011). 
Saiba mais 
Para conhecer um pouco mais sobre Eiji Toyoda, acesse: 
FERRO, J. R. O legado de Eiji Toyoda. Época Negócios, 23/09/2013. Disponível 
em: <http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Empresa/noticia/2013/09/o-
legado-de-eiji-toyoda.html>. Acesso em: 12 fev. 2019. 
O Japão foi destruído na Segunda Guerra e se reconstruiu. Após 25 anos 
decorridos da guerra, despontava no mercado internacional com produtos de 
ótima qualidade e baixo custo quando comparados aos produtos norte-
americanos. Produtos eletrônicos e do setor automobilístico foram os primeiros a 
serem inseridos no mercado internacional, causando incômodo aos países 
ocidentais, que, pela primeira vez, perderam sua hegemonia (Scatena, 2012). 
O aumento da produtividade no sistema japonês está fundamentado na 
eliminação de desperdícios, disciplina, no fortalecimento do trabalho em equipe, 
na utilização das ideias dos próprios funcionários (Scatena, 2012). Para 
compreendermos a atuação do modelo toyotista, a seguir serão apresentadas 
suas principais propostas. 
3.1.2 Características do Sistema Toyota 
Ao falarmos do modelo japonês de administração, consequentemente 
falamos da Toyota, empresa que foi pioneira neste sentido. Vamos, então, 
conhecer um pouco a empresa que idealizou e aplicou o sistema japonês de 
administração, a Toyota Motor Co., que, após a Segunda Guerra Mundial, buscou 
formas de maximizar sua produção, reduzindo custos simultaneamente. 
 
 
 
10 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Ferramentas para a moderna 
Gestão Empresarial, teoria, implementação e prática (de Maria Inês C. Scatena), 
digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. Leia o segundo parágrafo 
sobre as características básicas do sistema japonês, na página 126. Acesso em: 
12 fev. 2019. 
Segundo Maximiano (2011), o sistema Toyota preconiza três principais 
ideias para a eliminação do desperdício: 
Figura 3 – Ideias para eliminação de desperdício (sistema Toyota) 
 
Fonte: Maximiano, 2006, p. 189. 
A racionalização da mão de obra da Toyota consiste em agrupar os 
operários em equipes, as quais recebem um conjunto de tarefas de montagem, 
com a missão de, coletivamente, executá-las da melhor maneira possível. 
O método just in time busca reduzir ao mínimo o tempo de fabricação e o 
volume de estoques. Assim, há um fluxo contínuo de materiais alinhados à 
programação da produção, a fim de minimizar os níveis de estoques. Com isso, 
evita-se estoque e produtos parados na fábrica, evitando o desperdício. Outro 
elemento importante nesse método é que as empresas podem desenvolver 
parcerias com poucos fornecedores para fortalecer sua cadeia de suprimentos. 
O sistema de produção flexível, por sua vez, consiste em fabricar produtos 
de acordo com as encomendas dos clientes. Esse sistema necessitava de 
mudanças constantes nas máquinas da linha de produção. Destaca-se que os 
funcionários da Toyota tinham autonomia para a adaptação dos moldes das 
prensas que fazem as latariasdos veículos para atendimento das necessidades 
dos clientes. 
 
 
 
11 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Ferramentas para a moderna 
Gestão Empresarial, teoria, implementação e prática (de Maria Inês C. Scatena), 
digitando como palavra-chave o mesmo título do livro e leia as páginas 127 e 128. 
Acesso em: 12 fev. 2019. 
Depois que você conheceu o modelo japonês de administração e a 
Administração Científica, observe e identifique o método de produção utilizado 
pelas empresas. A empresa que você trabalha utiliza um único modelo, ou utiliza 
um pouco de cada modelo administrativo? 
TEMA 4 – TEORIA DOS SISTEMAS: A ORGANIZAÇÃO INTEGRADA COM O 
SISTEMA 
Você observou que as escolas administrativas que estudamos até aqui 
focavam basicamente na parte interna da organização? Veja, na Administração 
Científica, Frederick Taylor estava preocupado em organizar o processo de 
produção, com o estudo do tempo e movimento. Henri Fayol focou no processo 
gerencial, olhando a organização como um todo, dando ênfase à estrutura, como 
a divisão de trabalho, hierarquia, comando, entre outros. Na burocracia de Weber, 
há uma busca pela eficiência organizacional por meio da racionalidade. E no 
modelo Toyota de produção a busca pela eficiência organizacional ocorre pela 
eliminação de desperdício, com a racionalização da mão de obra, o just in time e 
a produção flexível. 
É importante perceber que a preocupação sempre foi na busca da 
eficiência organizacional; em outras palavras, sempre foi para dentro da 
organização. Esse modo de pensar era possível, sobretudo, com Taylor e Fayol, 
pois a concorrência organizacional era pequena. Havia poucas empresas. 
Entretanto, há uma mudança de cenário no decorrer do Século XX, pois aumenta 
o número de empresas e a concorrência. 
4.1 Teoria dos sistemas 
Nos anos 1950, o alemão e biólogo Ludwing von Bertallanffy levou para o 
campo da gestão os princípios da biologia, mostrando que uma organização está 
interligada com o ambiente externo e interligada entre si. 
 
 
 
12 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teoria Geral da Administração 
(de Alex Coltro), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro e leia os 
parágrafos 1 e 2 da página 208. Acesso em: 12 fev. 2019. 
Considerando a relação da organização com o meio ambiente, e se 
olharmos que está tudo interligado, poderíamos entender um sistema como um 
conjunto de variáveis, que interagem entre si e dependem um do outro para 
sobreviver. 
Veja a imagem a seguir; ela mostra o processo de entrada, produção, saída 
e feedback, que é a base do pensamento sistêmico. 
Figura 4 – Base do pensamento sistêmico 
 
Fonte: Coltro, 2015, p. 210. 
Vamos analisar as características anteriores: 
• Entrada (ou input): é tudo que entra na organização, seja energia, matéria-
prima, máquina, mão de obra, crédito, tecnologia ou mesmo informação; o 
sistema precisa deste fluxo de entrada, são os insumos, fundamental para 
as atividades. 
• Processamento: o sistema processa e converte suas entradas em produtos 
ou serviços, e cada tipo de entrada é processado e transformado por 
subsistema, retornando para a sociedade. 
• Saída (ou output): após a entrada e o processo pelo subsistema, os 
resultados são exportados a um novo ambiente. 
• Realimentação (ou feedback): é o retorno que permite ao sistema corrigir 
o comportamento, permite identificar desvios que devem ser corrigidos 
para alcançar os objetivos. 
• Com a teoria dos sistemas, surgem a teoria dos sistemas aberto e do 
sistema fechado. 
 
 
13 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teoria Geral da Administração 
(de Alex Coltro), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro e leia o 
item 5.2.2 “Teoria dos sistemas abertos”, nas páginas 214, 215 e o primeiro 
parágrafo da p. 216. Acesso em: 12 fev. 2019. 
Com a teoria geral dos sistemas, entendemos que as organizações são 
sistemas abertos, que atuam diretamente com a sociedade. Também, as 
organizações são um sistema orgânico, que se adapta e muda sua natureza 
conforme o ambiente externo, sem esquecer que ela não é passiva, pois ela afeta 
o ambiente externo e é afetada por ele. Por isso, é importante entender que a 
organização, para ser eficiente, precisa levar em conta todas as informações do 
ambiente externo e diversos subsistemas. 
TEMA 5 – TEORIA DA CONTINGÊNCIA 
Conforme estudamos, as organizações são concebidas como sistemas 
abertos, nos quais a dinâmica de suas ações está diretamente relacionada ao 
ambiente na qual está inserida. Assim, as empresas, ao tratarem com seus 
ambientes externos, vão se segmentando em unidades para o atendimento das 
condições existentes fora da organização. 
O objetivo da teoria da contingência é compreender como a organização 
se relaciona com o ambiente, ou seja, demonstrando que existe uma relação 
funcional entre as condições ambientais e técnicas administrativas para o alcance 
dos objetivos organizacionais. Nesta teoria, vemos a precedência do ambiente 
sobre a estrutura. 
A teoria contingencial é dinâmica e busca soluções por meio da 
flexibilização das ações, dependendo do evento ocorrido, para oferecer a melhor 
solução. Quando falamos numa visão dinâmica, consideramos que as 
organizações podem se relacionar com o ambiente de duas formas: (1) ajudando-
se ao ambiente ou (2) alterando esse ambiente (Kwasnicka, 2009). Segundo 
Chiavenato (2014), a abordagem contingencial salienta que não se alcança a 
eficácia organizacional seguindo um único modelo organizacional, não existe uma 
forma única para organizar para o alcance dos objetivos organizacionais dentro 
um ambiente variável. Não há uma estrutura organizacional única que seja efetiva 
para todas as organizações. 
 
 
14 
Vamos conversar na teoria contingencial, com base no conhecimento das 
contribuições de Woodward, Burns e Stalker, Chandler, Lawrence e Lorsch, 
Thompson para a construção dessa escola do pensamento administrativo. 
5.1 As contribuições de Woodward 
A socióloga industrial inglesa Joan Woodward constatou que os princípios 
da administração não tinham a mesma validade para os diferentes tipos de 
organização. Assim, o critério escolhido por Woodward foi o sistema de produção 
operante nas organizações (Ferreira; Reis; Pereira, 1997). 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Leia as páginas 334 e 335. Acesso em: 12 fev. 2019. 
5.2 As contribuições de Burns e Stalker 
Burns e Stalker realizaram uma pesquisa, nos anos 60, com 20 indústrias 
inglesas, e verificaram a relação existente entre as práticas administrativas e o 
ambiente externos dessas organizações (Andrade; Amboni, 2009). Eles 
concluíram que as organizações seguem dois tipos de procedimentos 
organizacionais, o que resulta em uma estrutura mecanicista ou estrutura 
orgânica. 
A estrutura mecanicista, segundo Ferreira, Reis e Pereira (1997), é aquela 
na qual as especialidades funcionais têm uma classificação rígida, bem como as 
obrigações, responsabilidades e o poder. A hierarquia do comando é bem 
definida, sustentando um fluxo de comunicação que transmite informações de 
forma ascendente e ordens em um fluxo descendente. A estrutura orgânica, por 
sua vez, apresenta maior flexibilidade, as responsabilidades, obrigações e poder 
mais adaptáveis. A comunicação ocorre em fluxo contínuo, ascendente e 
descendente. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “Estruturas Mecanicistas e Orgânicas”, da página 
338 até a 340. Acesso em: 12 fev. 2019. 
 
 
15 
5.3 As contribuições de Lawrence e Lorsch 
Lawrence e Lorsch pesquisaram dezempresas de diferentes seguimentos 
para verificar o grau de diferenciação e de integração que essas empresas tinham 
em relação ao ambiente que operavam (Andrade; Amboni, 2009). 
Ao idealizar a teoria contingencial, Lawrence e Lorsch (1973, p. 234) 
enfatizam que ela está pautada no “exame da interação entre qualquer parte 
principal de uma empresa e os aspectos relevantes de seu ambiente externo”. A 
principal contribuição desses autores à teoria supracitada é o abandono da visão 
tradicional de que as organizações possuem o “melhor e único modo de organizar 
em todas as situações” (Lawrence; Lorsch, 1973, p. 19). Desse modo, as 
organizações segmentam-se em unidades para responder às condições 
existentes no ambiente externo. “Estas partes do sistema têm também de ser 
ligadas, a fim de realizarem a finalidade total da empresa. Esta divisão do trabalho 
entre os departamentos e a necessidade do esforço unificado conduzem a um 
estado de diferenciação e integração dentro de qualquer empresa” (Lawrence; 
Lorsch, 1973, p. 25). 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “Os Estudos de Lawrence e Lorsch”, da página 
340 até a 342. Acesso em: 12 fev. 2019. 
5.4 As contribuições de Chandler 
Alfred Chandler fez uma pesquisa comparativa entre grandes 
empresas norte-americanas (Du Pont, General Motors, Standard Oil e a Sears 
Roebuck) em atividade no período entre 1850 e 1920, que foram a base da maior 
parte do seu livro e que deram origem a uma nova forma de ver a gestão: a teoria 
contingencial. 
A partir da análise comparativa entre essas grandes empresas norte-
americanas, Chandler evidenciou que estratégia é a “determinação dos objetivos 
e metas básicos e de longo termo de uma empresa, e a adoção de cursos de ação 
e a alocação dos recursos necessários para esses objetivos”. A estrutura 
organizacional, por sua vez, diz respeito à maneira como a empresa é 
administrada, abrangendo linhas de autoridade e comunicação entre níveis, 
 
 
16 
garantindo coordenação, avaliação e execução das metas e políticas básicas 
propostas pela estratégia. Assim, o autor foi um dos primeiros teóricos a defender 
que a estrutura organizacional segue a estratégia de crescimento das empresas 
e que a estrutura das organizações se altera em função da estratégia adotada. Ou 
seja, a estratégia segue a estrutura. 
O foco do estudo de Chandler é apresentar a dinâmica da evolução das 
estratégias das empresas, principalmente no que se refere à adoção de uma 
estrutura multidivisional como forma de melhor articular seus recursos com as 
demandas do mercado. Portanto, ao ampliarem sua atuação e buscarem atingir 
novos ramos de negócio, foi primordial o desenvolvimento de um novo modelo de 
administração. 
Saiba mais 
Acesse sua biblioteca virtual e busque o livro Teorias da Administração 
(autor Reinaldo O. da Silva), digitando como palavra-chave o mesmo título do livro. 
Procure pelo texto denominado “O Estudo de Chandler”, da página 343 até a 344. 
Acesso em: 12 fev. 2019. 
Observamos, por meio da teoria da contingência, que diferentes ambientes 
levam as empresas a adotar diferentes estratégias, que não existe uma receita 
única e mágica para todas as organizações. 
Estudamos, aqui, diferentes formas de entender a organização que busca 
a eficiência, e entendemos que o homem nas organizações é um ser transacional, 
que não só recebe insumos do ambiente, como reage a eles e adota uma posição 
proativa, antecipando-se e provocando mudanças em seu ambiente. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
ANDRADE, R. O; AMBONI, N. Teoria geral da administração. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2009. 
CHIAVENATO, I. Iniciação à teoria das organizações. Barueri: Manoele, 2014. 
FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA, M. I. Gestão empresarial: de Taylor 
aos nossos dias. São Paulo: Cencage Lerning, 1997. 
LAWRENCE, P. R.; LORSCH, J. W. As empresas e o ambiente: diferenciação e 
integração administrativas. Petrópolis: Vozes, 1973. 
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 5. edição. São Paulo: Atlas, 
2011. 
KWASNICKA, E. L. Introdução à administração. São Paulo: Atlas: 2009. 
SCATENA, M. I. C. Ferramentas para a moderna gestão empresarial: teoria, 
implementação e prática. Curitiba: InterSaberes, 2012.

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