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Pré, Trans e Pós-Operatório (resumo)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
Introdução: 
Os procedimentos cirúrgicos odontológicos são realizados por 
cirurgiões dentistas, e muitas das vezes ocorre o questionamento 
por parte dos envolvidos nos procedimentos, sobre a necessidade 
ou não da realização de procedimentos pré-operatórios antes das 
cirurgias odontológicas. 
 A avaliação pré-operatória deve ser capaz de estimar possíveis 
riscos decorrentes do procedimento cirúrgico em cada paciente e, 
se possível, orientar condutas que possam minimizá-los. 
 
Pré-operatório: 
• Avaliação pré-operatória – avaliação das condições 
clínicas de um indivíduo candidato a uma cirurgia (seja 
programada ou de urgência) para verificar se ele se 
encontra em condições de ser submetido a uma situação 
de estresse (o próprio ato cirúrgico). 
• Humanização nos atendimentos cirúrgicos: 
▪ Acolher, examinar e orientar. 
• Cuidados pré operatórios em cirurgia bucal: 
▪ Intrínsecos ao preparo da equipe e do 
ambiente; 
▪ Intrínseco ao preparo do paciente. 
• Anamnese – interpretação dos dados + cuidados 
avaliados (exames complementares e avaliação médica); 
• Exame clínico; 
• Exames de imagens – raio x e tomografia – para 
predicção pré cirúrgica e planejamento; 
• Informações – A informação objetiva e completa dos 
procedimentos cirúrgicos ao paciente, faz com que o 
mesmo participe efetivamente (emocionalmente-
positivo) ao sucesso do tratamento: 
▪ Diminui a ansiedade e o medo; 
▪ Aumenta a confiança e a participação do 
paciente. 
• Orientações. 
 
 
 
 
 
 
• Deve ser feito esse exame se for observado no paciente 
alguma característica que possa causar intercorrências 
clínicas; 
• Definição - Denominamos como sendo risco cirúrgico um 
tipo de exame médico feito antes de toda e qualquer 
cirurgia, que visa avaliar o estado de saúde do paciente 
no período pré-operatório. Essa avaliação é 
tradicionalmente conduzida por um médico especializado 
em Cardiologia; 
• O Risco Cirúrgico é, portanto, um parecer emitido por 
médico,normalmente cardiologista, baseado no escore de 
Risco ASA, para o paciente levar ao conhecimento do 
cirurgião dentista que o solicitou e ter a avaliação do risco 
benefício do procedimento cirúrgico em questão; 
• Sistema ASA (American Society of anesthesiologista) – 
classificação: 
▪ ASA 1 Paciente Saudável (sem comorbidades 
clínicas significantes); 
▪ ASA 2 Paciente com doença sistêmica 
moderada. (diabetes); 
▪ ASA 3 Paciente com doença sistêmica grave 
não incapacitante. (cirrose); 
▪ ASA 4 Paciente com doença sistêmica grave 
incapacitante com risco de morte; 
▪ ASA 5 Paciente moribundo c/ perspectiva de 
morte em 24h; 
▪ ASA 6 Paciente com morte cerebral (doador 
de órgãos). 
PROCEDIMENTOS NA ODONTOLOGIA QUE NECESSITAM DO EXAME 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Horário da consulta; 
• Jejum; 
• Acompanhante; 
• Medicação prévia; 
• Cuidados com assepsia (higienização bucal); 
• Homens – barbear; 
• Mulheres – maquiagem; 
• Cigarros – tabaco; 
• Bebidas alcóolicas; 
• Medicamentos, drogas e outros produtos previamente 
orientados; 
• Métodos previamente avaliados para controle da 
ansiedade: 
▪ Farmacológicos; 
▪ Não farmacológicos. 
• Medidas profilática ou preventiva com o emprego do 
antibiótico. 
 
Trans-operatório: 
• É definida como sendo a fase que se inicia no momento 
da entrada do paciente na sala de cirurgia até sua saída 
e o encaminhamento à Sala de Recuperação; 
• Compreende: 
▪ Diérese; 
▪ Exérese; 
▪ Hemostasia; 
▪ Síntese. 
• Antes de iniciarmos, devemos, previamente a cirurgia, 
investigar a ocorrência de histórico de doenças 
sistêmicas e hemorragia, presença de discrasias 
sanguíneas, como a Doença de Von Willebrand ou a 
hemofilia, e uso de medicamentos anticoagulantes, como 
a varfarina, clopidogrel, AAS, etc. 
• Monitoramento da PA e FC; 
• Atentar para o nível de stress do paciente frente ao 
ambiente cirúrgico; 
• Métodos e medidas de biossegurança. 
• Avaliar o resultado do pré-operatório; 
• Correta técnica anestésica; 
• Posicioná-lo na cadeira cirúrgica sem visualizar os 
instrumentais; 
 
• Técnica minimamente traumática; 
• Métodos e medidas de hemostasia local. 
• Cuidados com os tecidos (hidratação, manipulação e 
lavagem); 
• Escolha do material de sutura; 
• Escolha do padrão de sutura. 
• Fratura do túber; 
• Laceração do tecido; 
• Comunicação buco sinusal; 
• Fratura da mandíbula, etc. 
 
Pós-operatório: 
É definida como sendo a fase que se inicia com os períodos pós-
anestésico e pós-cirúrgico imediato, até a completa cicatrização e 
prevenção das complicações, este período pode durar uma semana 
ou mais após cirurgia. 
• Importante passar um panfleto com todas as 
recomendações escritas, além de explicar tudo 
pessoalmente. 
• Aplicação de compressas de gelo; 
Aplique compressas geladas sobre a face da região 
operada. No primeiro dia, faça aplicações a cada vinte 
minutos, com duração de vinte minutos cada uma. No 
segundo dia, aplique as compressas com intervalos de 
uma a duas horas. 
• Cuidados com a alimentação; 
Prefira alimentos líquidos e pastosos frios ou gelados. 
Evite o uso de canudinho, pois a sucção pode favorecer 
o sangramento. 
• Fique longe de bebidas e cigarro; 
É importante suspender o uso de cigarro enquanto 
houver uma ferida aberta na boca, pois suas substâncias 
tóxicas podem interferir na cicatrização e ainda 
provocar inflamações e infecções. 
Bebidas alcoólicas, como é de conhecimento geral, podem 
interagir com os medicamentos utilizados e resultar em 
efeitos colaterais indesejáveis, portanto recomenda-se 
suspender a ingestão durante os dias em que estiver 
fazendo uso de remédios, especialmente antibióticos. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Higiene bucal; 
Escove normalmente a língua e os dentes que não foram 
operados. Na região dos pontos, a limpeza cuidadosa pode 
ser feita com chumaços de algodão embebidos no líquido 
colutório (de bochecho) recomendado, normalmente à 
base de clorexidina 0,12%. 
• Proteger os lábios. 
Mantê-los lubrificados, evitando ressecamento e a 
formação de úlceras. 
RELACIONADOS A FERIDA CIRÚRGICA: 
• Coloração; 
• Presença de secreção; 
• Aumento de volume (Pode ocorrer de duas maneiras: o 
aumento de volume previsto para o pós-operatório e 
aumento de volume que pode ser causado por um trauma 
maior da área ou pelo processo de infecção); 
• Condição da sutura (não mexer na sutura, para que ela 
não se desprenda da mucosa); 
• Sensibilidade; 
• Temperatura (se apresentar quadro de febre, deve 
retornar ao consultório o mais rápido possível, pois é um 
sinal característico do processo de infecção). 
OBS: Alertar para o paciente não cutucar a ferida e não colocar 
substâncias que não foram recomendadas pelo profissional. 
• Evite exercícios físicos e exposição ao sol; 
• Os remédios devem ser tomados conforme a prescrição 
do dentista; 
• Para dormir, utilize um travesseiro que mantenha a 
cabeça mais alta do que o corpo. 
Dica: 
Em caso de hemorragia, você pode morder levemente uma gaze 
umedecida com líquido para bochecho, soro ou água potável. E por 
fim, lembre-se: seu dentista é seu parceiro nesta empreitada. 
 
• O profissional deve marcar um retorno para que sejam 
retirados pontos e para conferir o andamento da 
recuperação do paciente; 
 
 
 
 
• Em caso de emergência, como febre, dificuldade de abrir 
a boca, sangramento ou desconforto excessivo, 
dificuldade de respirar e qualquer outro sintoma 
preocupante e fora do previsto, é imprescindível entrar 
em contato com o cirurgião-dentista; 
• Tomando esses cuidados no pós-operatório odontológico, 
crescem as chances de se ter uma boa cicatrização e 
não sofrer nenhum tipo de complicação. 
Considerações finais: 
O sucesso da cirurgia não está apenas em seu planejamento e na 
sua execução, mas, sim em todos os cuidados antes, durante e 
depois do procedimento são fatoresdeterminantes de seu 
sucesso, prevenindo possíveis complicações e garantindo resultado 
satisfatório. 
Prof. Ms. Fernando Pinto 
Dúvidas dos pacientes: 
 
Depende muito da condição sistêmica do paciente e do 
quanto a cirurgia foi invasiva (Geralmente quando a 
exodontia é realizada sem nenhum problema, quando se 
remove a sutura com 7 dias, alguns pacientes já 
apresentam uma boa cicatrização. Outros pacientes, 
com 15 ou 20 dias ainda percebe-se uma cicatrização 
lenta. De forma geral, é em média 15 dias para que haja 
cicatrização do tecido mole. Se houver a presença de 
desgaste ósseo, requer um processo de cicatrização um 
pouco mais demorado. O tecido mole pode até cicatrizar 
antes e o osso se encontrar ainda em formação, que 
demora em torno de 45 a 60 dias). 
 
Para uma boa cicatrização é muito importante que o 
paciente mantenha o repouso e obedeça todas as 
orientações repassadas. 
 
Aplicação da compressa fria na região, logo após a 
cirurgia. Após 72 horas da cirurgia, deve-se trabalhar 
com a compressa morna. 
 
Sim, faz mal. Trata-se de uma substância vasodilatadora 
e química, que pode ser desfavorável para o processo 
de cicatrização. O fumante sempre irá apresentar um 
coágulo retraído (vazio entre o osso e a parte da 
mucosa), causado pelo uso do cigarro. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
O ideal é evitar durante 7 a 8 dias, pois é uma atividade 
que também requer esforço físico. 
 
O ideal também é aguardar 1 semana para realizar 
atividade física, para garantir uma boa recuperação da 
área. 
Pode sim realizar a limpeza da cavidade oral. Evita-se 
passar a escova próximo a área operada. Pode fazer um 
bochecho na área, sem fazer tantos movimentos 
agressivos. 
 
Irá depender muito do tipo do procedimento. Uma 
exodontia com incisão nas papilas, incisão relaxante e 
desgaste ósseo – preconiza-se inicialmente uma média 
de 8 dias (mas se a cicatrização ainda não estiver ideal, 
pode deixar por até 15 dias). Uma frenectomia, por 
exemplo, deve-se retirar a sutura com 8 dias, pois o fio 
de sutura age como um fator irritante local e incomoda 
o paciente. No geral, o prazo de 8 dias é satisfatório. 
Referências: 
Aula teórica de Cirurgia Maxilo-Facial. Faculdade 
Maurício de Nassau, Professor Fernando Pinto, 
Odontologia, 2021.

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