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PROFA. DRA MARIA ELENICE DOS SANTOS A TEORIA ELETROMAGNÉTICA: LEI DE GAUSS PARA O MAGNETISMO Nesta aula iremos mostrar conceitualmente e algebricamente os raciocínios em torno da Lei de Gauss para o magnetismo, na sua forma integral. LEI DE GAUSS PARA O MAGNETISMO NA SUA FORMA INTEGRAL Neste caso, vamos imaginar certa região do espaço na qual existe a presença de linhas de campo magnético. Figura 01: representação de linhas de campo magnético em uma região do espaço e de uma superfície esférica S fechada e de volume V, cujo fluxo de linhas de campo a atravessam. A Figura 01 ilustra tal situação, aonde se verificam linhas do campo magnético B, cuja direção e sentido estão especificadas na figura. Além disso, tomemos uma superfície de casca esférica S e de volume V. Nesta situação iremos definir um fluxo de linhas de campo magnético (φB) sobre uma superfície fechada. Tal fluxo será calculado a partir da relação mostrada na Equação 01, que segue. )01( sdBB Na Equação 01: o termo (φB) corresponde ao fluxo de linhas de campo magnético que atravessam a superfície S da esfera e corresponde ao produto escalar ( sdB ) entre cada vetor campo magnético B e cada versor ds, de modo que a solução da integral seria o resultado de todas as interações sobre a área S. Fazendo uma analogia com a Lei de Gauss para a eletricidade, o resultado da integral seria proporcional à carga inserida dentro do volume da esfera. A Equação 02 nos dá este resultado, como se vê, )02( 0 env Q Assim, seguindo tal linha de raciocínio, a Equação 03 seria uma representação do que deveríamos esperar da Lei de Gauss para o magnetismo. )03( C Q sdB mag B Ainda por analogia, nota-se que o fluxo de linhas de campo magnético deveria ser igual à certa quantidade de carga magnética encerrada no volume V e dividido por uma constante magnética que aqui chamamos C. A teoria do magnetismo já provou e até hoje não existem contraprovas desse fato, de que monopolos magnéticos não existem. Em outras palavras, pode-se dizer que não existem cargas magnéticas pontuais, como se verificou para carags elétricas. Com base no que foi dito anteriormente, reestrutura-se aqui a Equação 03 concluindo-se que o resultado mostrado à direita de tal equação seria zero, conforme se verifica na Equação 04 a seguir. )04(0 sdBB A Equação 04 é descrita como a Lei de Gauss para o magnetismo, na sua forma integral. LEI DE GAUSS PARA O MAGNETISMO NA SUA FORMA DIFERENCIAL Considerando-se o raciocínio já desenvolvido para encontrar a equação que rege a Lei de Gauss para o magentismo na sua forma integral, podemos nos utilizar destes conceitos para desenvolver uma equação da Lei de Gauss para o magnetismo na sua forma diferencial. Para tal, faremos uso do Teorema da Divergência. TEOREMA DA DIVERGÊNCIA O Teorema da Divergência é também enunciado como o “Teorema de Gauss”. Tal teorema relaciona o fluxo de um campo vetorial através de uma superfície com o vetor campo atuando dentro da mesma superfície. Em outras palavras teremos que: oTeorema da Divergência afirma que o fluxo externo de um dado campo vetorial passando através de uma superfície fechada é igual à integral de volume da divergência sobre a região encerrada na superfície. Em termos algébricos, define-se o Teorema da Divergência conforme descrito na Equação 04. )05().( V S dVBsdB Onde: o termo à esquerda da igualdade constitui a integral fechada do produto escalar entre o vetor campo magnético e o infinitesimal de superfície e o termo à direita da igualdade trata-se da integral de volume da divergência do vetor campo magnético (uma função do ponto, isto é; em cada ponto existe uma divergência de B). Por consequência, substituindo-se a relação dada na Equação 05 na Equação 04, teremos que: )06(0B A Equação 06 é intitulada como a Lei de Gauss para o magnetismo, na sua forma diferencial, também podendo ser chamada de “A Segunda Lei de Maxwell” . Em uma composição de quatro equações, a Lei de Gauss para o magnetismo é uma das leis que compõe a Teoria Eletromagnética.
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