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SEMIOLOGIA E PROPEDEUTICA UROLOGICA

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Urologia 
Bruna Argolo 
 
SEMIOLOGIA E PROPEDEUTICA UROLOGICA 
• A semiologia é estudo dos sinais e sintomas de uma doença, a sintomatologia. 
• A propedêutica é o conjunto de indagações orais e de técnicas de exame físico que serve como base 
para orientar a investigação e chegar ao diagnóstico. 
• A urologia está relacionada a diversos grupos: pré-natal, criança, adolescente, adulto, geriátrico. 
• Possui habilidades diagnósticas, além de fornecer tratamento clínico e cirúrgico das doenças do 
sistema genito-urinário. 
• A história completa e o exame físico minucioso são fundamentais da prática clínica da urologia. 
ANATOMIA: 
• Os órgãos genitais externos 
compreendem o pênis, a bolsa 
escrotal, os testículos, os epidídimos, 
os cordões espermáticos e os canais 
deferentes. 
• A uretra mantém estreitas relações, 
anatômicas e funcionais, com os 
órgãos genitais internos e externos. 
• Os órgãos genitais internos são 
constituídos de próstata e vesículas 
seminais, além da bexiga que lhes é 
solidária, anatômica e funcionalmente. 
 
PÊNIS: 
• O pênis compreende uma parte fixa, denominada raiz do pênis, situada no períneo e composta de 3 
massas de tecido erétil, alojadas no triângulo urogenital, e uma parte livre, chamada corpo do pênis, 
também constituída de estruturas alongadas de tecido erétil, capazes de sofrer considerável 
aumento ao se ingurgitarem de sangue durante a ereção. 
• Os corpos cavernosos são envolvidos por uma membrana fibrosa e separados entre si por um septo. 
• O corpo esponjoso aloja-se na parte inferior dos corpos cavernosos e é atravessado em toda a sua 
extensão pela uretra; é circundado por uma bainha fibrosa (túnica albugínea). 
• Próximo da extremidade do pênis, o corpo esponjoso forma um alargamento cônico que constitui a 
glande peniana, que tem uma borda proeminente em sua face dorsal, denominada coroa. 
• A pele que recobre o pênis dobra sobre si mesma, formando o prepúcio; entre a coroa e o corpo do 
pênis, situa-se o sulco balanoprepucial; na superfície uretra, encontra-se o freio. 
• O prepúcio é separado da glande por um espaço virtual: o saco prepucial. 
• Na glande, há numerosas e diminutas glândulas (glândulas de Tyson), responsáveis pela produção do 
esmegma. 
• A ereção do pênis é um fenômeno essencialmente vascular. 
• O sangue penetra rapidamente nos espaços cavernosos através das artérias helicinas, causando 
distensão dos corpos cavernosos. 
• A ereção pode ser iniciada por estímulos locais, que alcançam os centros lombossacros, via nervos 
pudendos, ou por estímulos puramente psíquicos nascidos no cérebro, com grande participação dos 
centros hipotalâmicos. 
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Bruna Argolo 
 
BOLSA ESCROTAL: 
• O escroto é constituído de uma bolsa cutânea que contém os testículos, os epidídimos e a parte mais 
proximal dos cordões espermáticos. 
• Um septo de tecido conjuntivo - a rafe mediana - divide o escroto em 2 sacos. 
• De fora para dentro, o escroto é formado pela pele, tecido subcutâneo, fáscia cremastérica externa, 
músculo cremaster ou músculo eritroide, fáscia cremastérica interna e túnica vaginal própria. 
• O escroto serve de sustentação para os testículos e tem importante papel na regulação da 
temperatura com relação ao ambiente. 
TESTÍCULOS: 
• Os testículos são estruturas ovais, pares, localizadas no interior das bolsas escrotais. 
• A borda anterior tem formato arredondado e é livre, enquanto sobre a borda posterior repousa o 
epidídimo. 
• Sua cobertura externa - a túnica albugínea - é esbranquiçada, espessa e constituída de tecido 
conjuntivo fibroso. 
• No seu interior, existem vários septos de tecido conjuntivo e nos compartimentos situados entre os 
septos, encontram-se os túbulos seminíferos, que constituem a maior parte da massa testicular. 
• A maior parte do testículo - exceto sua parte posterior - é recoberta pela túnica vaginal, que 
representa, na verdade, a porção mais inferior do processo vaginal do peritônio. 
• As funções dos testículos são secretar hormônios esteroides e produzir espermatozoides. 
EPIDÍDIMOS: 
• O epidídimo é um órgão em formato de vírgula que recobre a parte posterior e a extremidade 
superior do testículo, sendo constituído de 3 partes: cabeça, corpo e cauda. 
• No seu interior os espermatozoides sofrem alterações físico-químicas para se tomarem maduros. 
PRÓSTATA: 
• A próstata tem uma estrutura musculoglandular e mede em torno de 4 cm no sentido transversal, 
tem 3 cm de diâmetro vertical e mais ou menos 2 cm de diâmetro antero-posterior. 
• É atravessada pela porção prostática da uretra, em curva suave, em uma extensão de 
aproximadamente 2,5 cm. 
• Situa-se abaixo da bexiga em torno do colo vesical – adiante do reto e atrás da sínfise pubiana. 
• Separando-a do reto, encontra-se a aponeurose prostatoperitoneal ou o septo retrovesical. 
• Acima da próstata, estão as vesículas seminais. 
• Posteriormente, perfuram-na os condutos ejaculatórios. 
• A próstata localiza-se de tal maneira que sua face 
posterior fica bem próxima do reto, o que toma possível 
palpá-la pelo toque retal. 
• A próstata é uma glândula sexual acessória, cuja 
principal função consiste em criar um meio de 
transporte líquido adequado para os espermatozoides. 
BEXIGA: 
• A bexiga é um órgão muscular oco localizado no assoalho pélvico em estreita relação com as 
vesículas seminais e a próstata. 
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• Primariamente destinada à acumulação da urina, função do sistema urinário, pode, em certos 
casos, participar do quadro clínico das doenças que acometem os órgãos genitais. 
URETRA: 
• Compreende 3 partes: prostática, membranosa e esponjosa. 
• Na uretra prostática, deságuam os duetos ejaculatórios. 
• Na parte inicial da uretra bulbar, desembocam os duetos das 
glândulas de Cowper (bulbouretral). 
OBS: Em pacientes idosos, os pelos pubianos podem diminuir 
e adquirir cor acinzentada. O tamanho do pênis diminui e os 
testículos alojam-se em posição mais baixa na bolsa escrotal. 
ANAMNESE: 
• HISTÓRIA: É o princípio da avaliação do paciente. Permite elucidar o diagnóstico provável. Possui 
dificuldades como ansiedade, relação médico-paciente, uso da linguagem, nível educacional e 
cultural. Deve-se deixar o paciente confortável e captar a sua confiança. Além de oferecer tempo 
suficiente entre paciente e médico. 
• QUEIXA PRINCIAL: Sintomas urinários ou não. Permite a procura direta do urologista como primeira 
consulta ou através de encaminhamento. Em resumo, a queixa principal é o início da formulação do 
diagnóstico, porém identifica também outros problemas. Levar em conta a duração, severidade, 
cronicidade, periodicidade, grau de incapacidade. 
• DOR: Dor do trato gênito-urinário pode ser severa, associa-se à obstrução ou inflamação. A 
inflamação envolve o parênquima do órgão (edema e distensão da cápsula – prostatite, pielonefrite 
e orqui-epididimite). A mucosa – bexiga e uretra, mais desconforto. 
• ANTECEDENTES FAMILIARES: 
- Doenças genéticas: renal policística, esclerose tuberosa, doença de von hippel-lindau, acidose 
tubular renal e cistinúria 
- História familiar: urolitíase 
- Câncer de próstata: 8 a 10% com história familiar 
• ANTECEDENTES PESSOAIS: 
- Diabetes mellitus: disfunção autonômica, alterações urinárias e disfunção sexual 
- Tuberculose: função renal, obstrução ureteral 
- Hipertensão arterial e IAM: disfunção sexual e uso de medicamentos 
- Doenças neurológicas 
- Anemia falciforme: necrose papilar e priapismo 
- Cirurgias anteriores 
- Alterações anatômicas locais, aderências e fibrose 
- Radioterapia prévia 
- Alergias: sempre questionar para a prevenção de complicações 
• USO DE MEDICAMENTOS: 
- Disfunção erétil: anti-hipertensivos 
- Disfunção ejaculatória: psicotrópicos, bloqueadores alfa-adrenérgicos 
- Priapismo: antipsicóticos, antidepressivos, drogas intracavernosas 
- Redução da espermatogênese: quimioterápicos,drogas ilícitas, anabolizantes, antiandrogênicos 
- Incontinência urinária: relaxantes musculares, histamina 
- Retenção urinária: anticolinérgicos, agonistas alfa-adrenérgicos, anti-histamínicos (Loratadina) 
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- Insuficiência renal aguda: antimicrobianos (aminoglicosídeos), quimioterápicos (cisplatina), anti-
inflamatório não hormonal. 
• HÁBITOS DE VIDA: 
- Tabagismo: risco de câncer urotelial de bexiga, doenças vasculares periféricas e disfunção erétil 
- Alcoolismo: neuropatia periférica e autonômica, disfunção hepática, redução de testosterona, 
atrofia testicular e perda de libido 
- Orientações: Parar de fumar em pré operatório -> ideal = 8 semanas ou até 48horas – benefício da 
função pulmonar e cardiovascular 
DOR RENAL: 
• Localização: ângulo costovertebral, lateral ao músculo sacroespinhal e sob a 12ª costela 
• Irradiação: flanco, umbigo, região supra-púbica, testículo e lábios vaginais 
• Renal -> retroperitoneal (pense anatomicamente sempre!) 
• Constante (inflamação) X Intermitente (obstrução) 
• Cólica: obstrução ureteral – intensifica com a peristalse ureteral e aumento da pressão intrapiélica 
DOR VESICAL: 
• Distensão ou inflamação da bexiga 
• Retenção urinária aguda X Retenção urinária crônica (diabéticos e bexiga neurogênica) 
• Dor suprapúbica intermitente: cistite/bexiga hiperativa 
DISÚRIA: 
• Micção difícil 
• Estrangúria: forma extrema de disúria, dificuldade e dor à micção, acompanhada de espasmos em 
intensa cistite 
DOR PROSTÁTICA: 
• É uma dor secundária à inflamação 
• Há edema e distensão da cápsula prostática 
• Localização: abdome inferior, inguinal, uretral perineal, lombo-sacral e/ou retal 
• Frequentemente associada à sintomas urinários irritativos 
• Pode causar retenção urinária aguda 
DOR PENIANA: 
• Na flacidez: secundário à inflamação da bexiga e uretra com reflexo para o meato uretral externo 
• Na ereção: doença de Peyronie, priapismo, neoplasia, inflamação/infecção 
• Parafimose: complicação da fimose e ocorre quando o indivíduo portador de algum grau de fimose 
consegue expor a glande, mas não consegue recobri-la, isto é, trazê-la de volta à posição original 
DOR TESTICULAR: 
• Relacionada a: trauma, edema/abscesso, folículo piloso infectado ou cisto sebáceo, epididimite ou 
torsão testicular 
• Gangrena de Fournier – infecção necrotizante que se origina no escroto e pode progredir e ser fatal 
• Dor escrotal crônica: hérnia inguinal, hidrocele, varicocele, neoplasia 
 
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HEMÁTURIA: 
• Presença de sangue na urina, proveniente das vias urinárias acima da uretra anterior 
• Hemouretrorragia/uretrorragia: perda de sangue através do meato uretral externo fora da micção 
• Microscópica (>3hem./campo grande aumento) X Macroscópica 
• Inicial: início da micção, uretro-cérvico-prostática 
• Final: geralmente de origem vesical 
• Total: toda a micção, renal ou ureteral 
• Associada à dor: inflamação ou obstrução do trato 
OBS: Checar sangramento vaginal em idosos 
HEMATÚRIA COM COÁGULOS: 
• Geralmente pode indicar grau maior de sangramento (tumor vesical, varizes, fístula, HPV) 
• Amorfos ou vermiformes (inferior ou superior) - Vermiforme = ureter 
• Macroscópica = ``cistoscopia`` 
SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR (STUI OU LUTS): 
• Buscar se o sintoma é irritativo (urgência/dor), obstrutivo ou de esvaziamento 
• Avaliar a frequência miccional diurna e noturna e se houve redução da força do jato urinário 
SINTOMAS IRRITATIVOS: 
• Polaciúria: necessidade imperiosa e frequente de urinar, ``tamúria`` 
• Disúria: dificuldade e dor 
• Urgência miccional: micção urgente com ou sem perda urinária (incontinência) 
• Noctúria: micção noturna frequente (2 ou + micções/noite) 
• Nictúria: predominância do volume urinário noturno em relação ao diurno (aumento do volume 
urinado noturno) 
• Ardor urinário: queimor durante a passagem de urina pela uretra 
• Poliúria: diurese superior a 2.000 ml em 24 horas. 
SINTOMAS OBSTRUTIVOS: 
• Diminuição da força do jato 
• Hesitação miccional: retardo para o início da micção 
• Intermitência: ato involuntário de interromper e reiniciar a micção 
• Gotejamento terminal: perda após o final da micção secundário a resíduo de urina na uretra bulbar 
ou prostática (divertículo) 
• Retenção urinária 
INCONTINÊNCIA: 
• Perda involuntária da urina (sem urgência). 
• Pode ser contínua: devido a fístula (vesicovaginal, ureterovaginal), ureter ectópico 
• Pode ser por esforço: tossir, espirrar, exercício físico – aumento da pressão abdominal 
URGE-INCONTINÊNCIA MICCIONAL: 
• Quando a urgência miccional atinge forma extrema, associando-se à incontinência. 
• Importante diferenciar da incontinência de esforço. 
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INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR TRANSBORDAMENTO: 
• Iscúria paradoxal 
• Incontinência paradoxal 
• Secundária ao quadro de retenção urinária crônica e avançada com grande volume residual de urina 
(estenose, neurogênica, prostática, bexiga hipotônica) 
• Bexiga urinária sempre distendida e nunca esvazia completamente 
ENURESE: 
• Micção involuntária e inconsciente que surge durante o sono de uma criança que ultrapassou os três 
anos de vida. 
OLIGÚRIA: 
• Diminuição da diurese para volume entre 700ml e 300ml em 24 horas 
• Oligo-anúria: diurese abaixo de 300ml em 24 horas. 
ANÚRIA/ANURESE: 
• Supressão da secreção urinária 
• Pós-renal: excretora ou obstrutiva (via excretora) 
• Pré-renal: secretora (insuficiência circulatória, desidratação, anóxia) 
• Renal: secretora (resulta de lesão do parênquima renal, também consequente de estado de anúria 
pré-renal) 
OUTROS SINAIS E SINTOMAS GERAIS: 
• Opsiúria: eliminação maior de urina em jejum do que na digestão (indica início de hipertensão portal 
– retardo da absorção intestinal) 
• Anisúria: alternância de oligúria com poliúria em afecções hepáticas 
• Pimelúria: presença de gordura na urina, lipúria 
• Pneumatúria: emissão de gás com urina na micção (diabetes mellitus ou fístula entre o intestino e 
bexiga – diverticulite, câncer de cólon, doença Crohn) 
• Quilúria: linfa na urina (comunicação vascular linfático e trato urinário) 
• Planúria: eliminação de urina por via não uretral 
• Piúria: pús na urina 
DISFUNÇÃO SEXUAL: 
• Libido: deficiência androgênica (SNC ou testicular), depressão ou outras doenças associadas 
• Disfunção erétil (impotência): inabilidade de adquirir e manter uma ereção satisfatória para o 
adequado relacionamento sexual. 
EJACULAÇÃO: 
• É o fenômeno reflexo, para a expulsão do esperma através das vias genitais 
• Polução: ejaculação involuntária noturna 
• Retrógrada: emissão do esperma para a bexiga (alfa-bloqueadores, obstrução) 
• Precoce: inabilidade em retardar a ejaculação o suficiente para a satisfação dos parceiros (rápida) 
 
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EJACULAÇÃO AUSENTE (ANEJACULAÇÃO): 
• Deficiência androgênica (redução secreção próstata e vesículas seminais) 
• Denervação simpática (cirurgias retroperitoneais) 
• Agentes farmacológicos (antagonistas alfa-adrenérgicos) 
• Cirurgia do colo vesical e prostática (ejaculação retrógrada) 
ANORGASMIA: 
• Incapacidade de chegar ao orgasmo, no coito 
• Geralmente psicogênico - uso de medicamentos psiquiátricos 
• Diabéticos com neuropatia periférica 
HEMATOSPERMIA (HEMOSPERMIA): 
• Presença de sangue no esperma, emissão de esperma sanguinolento 
• Após período prolongado de abstinência sexual 
• Processos inflamatórios e infecciosos da próstata e vesículas seminais 
• Investigação específica (importante afastar câncer de próstata) 
• Geralmente de resolução espontânea 
URETRORREIA: 
• Corrimento uretral: uretrite 
• Sangramento: trauma, carcinoma de uretra 
FEBRE: 
• Pielonefrite, prostatite, epididimite 
• I.T.U. associada a obstrução urinária pode evoluir para sepse e necessitar de tratamento de urgência 
EXAME FÍSICO:• GERAL 
• Nutricional: 
- Caquexia – doenças malignas 
- Obesidade – doenças endocrinológicas 
• Edema de extremidades: cardiopatias ou nefropatias 
• Linfadenomegalias: 
- Supraclavicular (neoplasia de próstata e testículo) e inguinal (câncer de pênis, uretra, uretrites) 
RINS: 
• A localização do rim é retroperitoneal bilateral: difícil palpação (diafragma e costelas) 
• Direito mais baixo por conta do fígado 
• Possível palpação do polo inferior em crianças e mulheres magras na inspiração profunda 
• Palpação bimanual: com o paciente deitado, o rim é levantado por pressão de trás para frente com 
uma mão, enquanto com a outra mão realiza-se a compressão do abdome anterior na região do 
flanco 
 
 
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EXAME DO PÊNIS: 
• Fimose, tamanho do pênis em crianças 
• Meato uretral externo: estenose, distopia 
• Doenças venéreas (condiloma) 
• Corpo cavernoso: doença de Peyronie, curvatura peniana 
• Tumor de pênis: lesão vegetante ou ulcerativa 
ESCROTO: 
• Pele: infecção, cisto sebáceo 
• Hidrocele: transiluminação 
• Pesquisa de hérnia inguinal 
• Cordão espermático: cistos, varicocele, canal deferente 
• Testículo: tamanho, consistência (elástica, superfície lisa, 
nodulação, área endurecida) 
• Epidídimo: posição, consistência, cistos, dor local 
EXAME DIGITAL RETAL (TOQUE RETAL): 
• Orientação verbal prévia (não 
contrair o esfíncter retal) 
• Posições: decúbito dorsal com pernas 
fletidas e bem elevada, genupeitoral, 
decúbito lateral, ortostática com 
tronco fletido para diante 
• Uso de luva e lubrificante (dedo 
indicador) 
• TÉCNICA: 
- Avaliar tônus do esfíncter anal 
- Introduzir o dedo mais profundo possível e avaliar ampola retal 
- Próstata: 3 a 4cm do ânus, semelhante a uma castanha, triangular com o vértice dirigido para baixo 
e base superior 
- Consistência elástica semelhante à eminência tenar (dedo polegar opondo-se ao dedo mínimo ou 
mediano) 
- Bordas arredondadas divididas simetricamente por sulco mediano longitudinal 
- Indolor à palpação (3cm de altura e 4cm de largura) 
PROSTATITE: 
• Febre 
• Próstata dolorosa e amolecida 
• Áreas de flutuação (abscesso?) 
• Não recomendável massagear 
(desconfortável, dissemina bactérias) 
 
 
 
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HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA: 
• Consistência elástica e firme, indolor 
• Tamanho aumentado: 
- Pouco (grau I), Moderado (grau II), Severo (grau III) 
• Nodulações 
• Desaparecimento do sulco mediano 
CARCINOMA DE PRÓSTATA: 
• Consistência endurecida, pétrea, nódulos, áreas ou todo o órgão 
• Superfície irregular que pode infiltrar a ampola retal 
• Tamanho normal ou aumentada de volume 
• Indolor ou dolorosa caso tumor com invasão de tecidos vizinhos.

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