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Ventilacao Mecanica

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1 
Beatriz Cavalcanti Regis 
Aula Luciano Timbó 
INTRODUÇÃO 
CONCEITOS 
• Ventilação = movimento; 
• Oxigenação = perfusão (troca gasosa); 
• Drive ventilatório = controle neural; 
• Difusão = processo passivo que uma molécula passa da área com maior concentração para 
menor concentração; 
• Volume corrente: ar que respiramos sem grandes esforços (5-10mL/kg); 
 
• Capacidade vital = ar movido com esforço profundo; 
• Espaço morto = tudo que é ventilado, mas não há troca/difusão (ex.: boca, nariz, tubo, circuito, 
respirador); 
✓ Há doenças que aumentam o espaço morto. 
• AMBU necessita de mais ar que o volume corrente do indivíduo para vencer o espaço morto e 
chegar no pulmão (ex.: 500mL de volume corrente e AMBU fornece 1.000-2.000mL de ar); 
• Volume minuto = volume corrente x frequência respiratória; 
• Ciclo = tempo inspiratório + expiratório → o respirador trabalha com uma quantidade de ciclos 
padrão (ex.: FR = 16 ciclos em 1 minuto = 16 ciclos em 60 segundos // 1 ciclo = 3,75 segundos); 
• Tempo de 1 ciclo = 60 segundos / FR; 
• Relação I/E = tempo inspiratóro/expiratório = 1:2 a 1:3 (entra 1 e sai 2 ou 3, para evitar lesão 
pulmonar); 
✓ Tempo de 1 ciclo = 60 segundos / FR → 60 / 10 = 6 segundos em 1 ciclo ou 2:4 (entra 2 e sai 
4). 
• Fluxo = velocidade com que o ar é inspirado = 40-60L/min; 
• Inspirar é ativo → diafragma contrai (gasta energia)→ pressão negativa → ar entra → pressão 
dentro do pulmão; 
• Expirar é passivo → abre a boca para sair o ar → pulmão é elástico (volta ao seu tamanho normal, 
logo, não gasta energia); 
• Complacência = capacidade do pulmão estirar; 
• Doenças com alta complacência (ex.: asma e DPOC), o pulmão é facil de estirar e de fechar → 
1:4 ou 1:5 para não fechar na expiração; 
• Doenças com baixa complacência (ex.: SDRA + fibrose = pulmão duro) → 1:1 ou 1:0,8; 
• FiO2 (fração de oxigênio inspirado) = mínimo para sobreviver é 21% e máximo 100%, porém 
acima de 80% é deletério. 
✓ Utilizar o mínimo para manter SpO2 entre 93-97%; 
✓ Valores > 60% por > 6h → irritação pulmonar: atelectasia, dispneia, tosse, traqueíte. 
• PEEP = pressão positiva no final da expiração que a epiglote faz; normal é 5-20cmH2O; serve 
para não colabar os alvéolos. 
• Sensibilidade/Trigger = esforço do paciente para respirar. 
✓ Número negativo dispara à pressão (tosse, soluço) e é mais fisiológico (entende que é uma 
respiração) 
- PCR no COVID: colocar sensibilidade 4 a 5 L/min e FR 12 ipm + desligar sensores de apito; 
✓ Número positivo dispara à modificação de fluxo. 
OBJETIVOS 
• (1) Proteger via aérea; (2) Substitui ou auxilia a ventilação espontânea; (3) Oxigenar. 
INDICAÇÃO 
• Insuficiência respiratória aguda! 
 
1. MODO VENTILATÓRIO (DE ACORDO COM A PATOLOGIA) 
2. VOLUME CORRENTE: 6ML/KG DE PESO PREDITO 
3. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: 12-16 IPM 
4. FIO2 = INTUBE COM 100% E DEPOIS UTILIZAR O MÍNIMO PARA MANTER SPO2 ENTRE 93 E 97% 
(REDUZIR A CADA 20%) 
5. PEEP = 5 CMH2O 
6. SENSIBILIDADE = 2 (EXISTE -2 E 5, SEMPRE QUESTIONAR QUAL O VENTILADOR) 
➔APÓS 30 MIN FAZER GASOMETRIA! 
 
 
2 
Beatriz Cavalcanti Regis 
Aula Luciano Timbó 
MODO VENTILATÓRIO 
• Deve ser escolhido de acordo com a experiencia do médico, não havendo evidência de que um 
modo seja superior em relação ao desfecho; 
• Tipos: 
(1) Controlados à volume ou à pressão (VMC) = ventilador manda; serve para pacientes apneicos 
ou paralisados farmacologicamente; 
(2) Assistidos; 
(3) Assistido-controlado (A/C) = espera o paciente, porém se ele não respirar, o ventilar assume 
e o relógio reinicia; 
(4) Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (VMIS) = sustenta a respiração do paciente; 
está associado a maior demora na retirada da VM → PIOR DESFECHO! 
(5) Suporte. 
CONTROLADO (VMC) 
• À volume: quando desejar volume minuto (L/min) mais estável → fluxo e pressão só inicia 
quando atinge o volume desejado; 
• À pressão: resistência alta ou complacência baixa; mantém a pressão limite durante toda a fase 
inspiratória, sendo ciclado a tempo; 
• Disparo = vávula inspiratória abre → mudança de fase (ciclagem) → fecha válvula inspiratória e 
abre a válvula expiratória; 
✓ À tempo (modo controlado pelo ventilador; 
✓ Pelo paciente (à pressão ou à fluxo – modos de disparo pneumáticos). 
 
ASSISTIDO-CONTROLADO 
• À volume (VCV): 
✓ Após IOT; 
✓ Utilizar quando desejar volume minuto (L/min) mais estável → fluxo e pressão só inicia 
quando atinge o volume desejado; 
✓ Pode ser disparado a tempo (controlado), pressão e fluxo (assistido); 
✓ Ciclado ao se atingir o VC inspirado predeterminado; 
 
• À pressão (PCV): 
✓ Ciclado a tempo em situação de comprometimento da mecânica do sistema respiratório; 
✓ Maior controle da pressão das vias aéreas; 
✓ Fluxo inspiratório = velocidade que vai entrar e sair o ar; 40-60L/min; 
- Nem toda máquina possui o botão de ajuste de pico inspiratório → para modificar o fluxo 
inspiratório, altera-se a FR ou a relação I:E; 
- Acelerar ou desacelerar → altera a ramba do gráfico de fluxo (rise time ou slope – modos 
pressóricos). 
 
✓ Pressão inspiratória: 
- Na VCV é variável; 
- Na PCV mantém constante a pressão em toda a inspiração, não sofrendo alterações com 
modificações da complacência, resistência ou esforço inspiratório do paciente; oferecer 
pressão que leve a um volume de 6mL/kg de peso predito, sem ultrapassar idealmente a 
pressão de platô > 30; 
✓ Pressão média nas via aéreas = média das pressões inspiratória e expiratória 
- Representada por “PAW” ou “P média”; 
- Em algumas máquinas o valor já está na tela, em outras é necessário calcular; 
- O valor depende da patologia. 
GRÁFICOS ILUSTRANDO PACIENTE BEM VENTILADO 
 
ASSINCRONIA 
• Incoordenação entre o esforço do paciente e a oferta do ventilador; 
 
3 
Beatriz Cavalcanti Regis 
Aula Luciano Timbó 
ASSINCRONIA DE DISPARO 
• Duplo disparo = esforço inspiratório do paciente é ineficaz. 
✓ Observa movimentos no tórax ou abdome, porém é ineficaz para originar um ciclo; 
✓ O gráfico mostra uma tentativa de disparo ser sem seguido de onda; 
✓ Causas: sensibilidade inadequada, fraqueza muscular, depressão do SNC, auto-PEEP ou 
tempo inspiratório prolongado; 
✓ PEEP fisiológica é extrínseca // Auto-PEEP é intrínseca → é ruim, pois aprisiona ar (pausa 
expiratória de 2 segundos na máquina para descobrir seu valor → como corrigir? deixar a 
PEEP 70-80% desse valor); 
✓ Como resolver: 
- VCV: aumentar o fluxo inspiratório; 
- PCV: reduzir tempo inspiratório; 
- Aumentar ou diminuir a sensibilidade; 
- Trocar para PSV (se continuar, pode reduzir os níveis de pressão ou aumentar a % de 
critério de ciclagem); 
- % de critério de ciclagem: 
o Respirador vem pré-programado em 25%, ou seja, cicla quando o fluxo 
inspiratório cai 25% do pico de fluxo inspiratório (PFI); 
o Ex.: Há 100 de PFI e que o respirador está com 25% de critério de ciclagem, isso 
significa que 25% de 100 (25) cai de 100 do PFI para o VM ciclar → é preciso 
apenas uma PFI de 75 para o respirador ciclar (100-25 =75); 
o 25% de critério de ciclagem = é preciso atingir 75% do PFI 
o 75% de critério de ciclagem = é preciso atingir 25% do PFI 
o Quanto menor, mais tempo leva para atingir o valor! 
 
• Duplo disparo: observa-se 2 movimentos no tórax ou abdome sem intervalo entre eles. 
 
 
✓ Como resolver: 
- VCV: aumentar o fluxo inspiratório e/ou volume; 
- PCV: aumentar pressão controlada e/ou tempo inspiratório; 
- PSV: aumentar níveis de pressão administrados ou reduzir a % do critério de ciclagem. 
• Autodisparo = ventilador dispara sem esforço do paciente. 
✓ Aumento da FR com ausência de esforço no gráfico. 
✓ Como resolver: 
- Olhar vazamento ou condensação no circuito; 
- Reduzir sensibilidade; 
✓ Caso não resolva, provavelmente os batimentos cardíacos estão provocando o autodisparo 
devido ao aumento da pressão torácico na sístole → diminuir sensibilidade (ex.: valores 
cada vez mais baixos ou mais altos).RESUMO 
 
ASSINCRONIA DE FLUXO 
• Fluxo inspiratório insuficiente; 
• O fluxo recebido pelo paciente é < à sua demanda ventilatória na VCV; 
 
4 
Beatriz Cavalcanti Regis 
Aula Luciano Timbó 
• Ou nas modalidades PCV e PSV, se os ajustes de pressão forem insuficientes em relação ao 
equilíbrio entre demanda e capacidade ventilatória do paciente; 
• Observa o paciente utilizando a musculatura acessória. 
 
• Como resolver: 
✓ Diminuir demanda do paciente resolvendo febre, dor, ansiedade e acidose. 
• Caso não resolva, aumentar o fluxo na VCV ou mudar para PCV ou PSV (nestas últimas deve 
aumentar a pressão controlada). 
✓ Fluxo inspiratório excessivo (overshoot) → diminuir fluxo no VCV // diminuir pressão até 
desaparecer o overshoot na PCV ou PSV. 
 
RESUMO 
 
ASSINCRONIA DE CICLAGEM 
• Ciclagem prematura = tempo inspiratório da máquina é < que o tempo do paciente; 
 
✓ Como resolver: 
- Na VCV: diminuir fluxo inspiratório e/ou aumentar volume corrente; 
- Muda para PCV: aumentar tempo inspiratório e/ou aumentar pressão controlada; 
- Muda para PSV: aumentar pressão ou reduzir % de critério de ciclagem. 
• Ciclagem tardia 
✓ Como resolver: 
- Reduzir tempo inspiratório; 
- Em PSV: reduzir pressão ou aumentar % de critério de ciclagem. 
 
 
RESUMO

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