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Distensibilidade e complacência vascular - Guyton

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RESUMO TRATADO DE FISIOLOGIA: 
GUYTON 
 
Distensibilidade vascular 
 
É efetivamente a nível capilar que a função principal 
das trocas entre os componentes vasculares que 
nutrem os tecidos acontece. Os vasos, nesse 
sentido, respondem ativamente a estímulos que 
recebem – importante para manutenção da pressão 
no sistema hemodinâmico. Um exemplo é a 
alteração do diâmetro vascular, uma das formas de 
manutenção da pressão arterial, assim como das 
trocas entre os tecidos. Isso porque a pressão 
vascular interfere na pressão efetiva parcial que o 
sangue chega a nível capilar, modificando a 
capacidade fisiológica e normal de se manter a troca 
de nutrientes e íons de forma satisfatória. Um tecido 
mal vascularizado, por sua vez, não recebe aporte 
nutricional suficiente, bem como é ineficaz a 
lavagem de resíduos metabólicos no entorno de 
suas células. 
 
A parede vascular é altamente dinâmica – podendo 
responder aos estímulos com maior ou menor 
distensão. Assim, a natureza elástica das artérias 
permite a manutenção de um fluxo sanguíneo suave 
e contínuo. A variabilidade da distensão é maior nas 
veias, sendo elas os vasos mais distensíveis do 
sistema. Isso porque a musculatura lisa ao redor das 
artérias é mais espessa quando comparada à das 
veias, o que resulta em maior dificuldade de 
distensibilidade e menor capacidade volumétrica 
das artérias. 
 
 
 
 
As veias funcionam como importante reservatório de 
sangue, de forma que armazenam 0,5 a 1,0 litro de 
sangue a mais sem grandes alterações pressóricas. 
Nesse sentido, quando há a necessidade de 
mobilizar uma grande quantidade de sangue, as 
veias comprimem quantidade grande de sangue, 
que é direcionada para o coração e sistema arterial. 
 
Complacência Vascular 
 
Quanto maior a variação de volume do 
compartimento – maior adaptação do vaso – dada 
uma mesma unidade de variação de pressão, o 
sistema é dito mais complacente. 
 
Complacência e distensibilidade são bastante 
diferentes, sendo a complacência igual à 
distensibilidade multiplicada pelo volume. 
 
Artérias pulmonares são mais complacentes pois 
estão dentro dos pulmões – parênquima oferece 
baixa resistência ao redor desses órgãos. 
 
Curvas de volume-pressão das circulações 
arterial e venosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complacência tardia dos vasos 
 
O termo “complacência tardia” significa que o vaso 
submetido a aumento de volume apresenta, logo de 
início, grande aumento da pressão, mas o 
estiramento tardio progressivo do músculo liso na 
parede vascular permite que a pressão retorne ao 
normal dentro de minutos ou horas – com o passar 
do tempo essas fibras musculares se adaptam a 
quantidade de volume. Esse efeito é característico 
de todos os tecidos musculares lisos, referido como 
estresse-relaxamento. A complacência tardia é 
mecanismo importante para acomodar sangue 
adicional quando necessário, ou, no sentido oposto, 
é um dos modos como a circulação se ajusta após 
hemorragias graves. Infusão de soro fisiológico 
venoso – aumenta volume rapidamente, tensiona 
musculatura vascular, se adapta a uma queda 
pressórica em adaptação – complacência tardia.

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