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1 AV1 – Genética Clínica – Professor Isaías Soares de Paiva – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 02/02/2022 – Aula 1 Introdução - Conceitos Básicos Iniciais Conhecimento da genetica: variabilidade e hereditariedade sobre os seres vivos. A genetica pode ser subsdivida em duas grandes áreas: • Citogenética → estudo sobre as heranças dos cromossomos (cariótipo) • Genética molecular → estudo sobre as doenças nos genes, causadas por mutação em um gene. Nós somos feitos de 1 óvulo e 1 espermatozoide. O óvulo tem 23 cromossomos, e o espermatozóide também tem 23 cromossomos, para a formação da um individuo normal deve-se ter 23 pares de cromossomos (2 genomas pareados, iguais com o mesmo número de genes). Especies diferentes não procriam porque os genomas não são pareáveis, são de tamanhos, número de genes e numero de cromossomos diferentes. Citogenética - Cromossomos Os cromossomos são divididos em 22 autossômicos e 1 sexual. O “n” do ser humano é igual a 23 cromossomos (1 conjunto). O ser humano é 2n, ou seja, apresenta dois conjuntos de 23 cromossomos (diploide). Os cromossomos são numerados a partir do tamanho. O cromossomo 1 é maior que o 2, e por ai em diante, exceto pelo 21 e 22, em que o 22 é maior que o 21. O braço curto é denominado de p (derivado de petit, pequeno em francês), enquanto o braço longo é chamado de q (letra seguinte à p no alfabeto). Classificação quanto à localização do centrômero Metacêntrico – braço curto é igual ao braço longo, e o centrômero fica localizado no meio do cromossomo Submetacêntrico – braço curto é curto mesmo e o braço longo é longo mesmo Acrocêntrico – quase não tem braço curto (não tem nem genes). São os cromossomos 13, 14, 15, 21 e 22. Reforçando... o braço curto não tem genes, caso haja deleção do braço curto não há consequencias nenhuma. A translocação entre cromossomos acrocêntricos é chamada de translocação Robertsoniana. Bandeamento G, de Giemsa (corante que cora essas bandas). A área clara e escura confere a cada cromossomo um padrão de bandas, que é como se fosse uma “digital”, isso é chamado de ideograma. As áreas claras são as regiões eucromatica que tem genes, enquanto as áreas escuras não tem genes, são as áreas heterocromáticas. A mulher é XX, o X tem 1500 genes, enquanto o homem é XY e o Y tem 50 genes. A mulher inativa uma parte do cromossomo X (Hipótese de Lion), deixando 50 genes ativos. A dosagem gênica deve ser a mesma para os dois sexos. Em cada par de cromossomos, é necessário ter um cromossomo paterno e um materno. Somia = significa o numero de cromossomo no par. Quando se tem 2n chama-se diploide. Ploidia refere-se ao conjunto todo. O número de doença são proporcionais ao numero de genes. Euploidia (conjunto extra) – divide por 23, número de cromossomos múltiplo de 23. Exemplo de euploidias: Triploidia 69, XXX: frequência de 1 a 3% dos nativivos, com 15% de abortos. Ocorre principalmente por falhas meióticas no ovócito ou no espermatozóide. Como as euploidias (3n e 4n) apresentam uma grande quantidade de protos gênicos extras são incompatíveis com a vida. Introdução à genética 2 AV1 – Genética Clínica – Professor Isaías Soares de Paiva – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Aneuploidia – corresponde a um cromossomo a mais ou a menos. As aneuploidias podem ser monossomia, trissomia ou até tetrassomia. As caudas da aneuploidia pode ser por não disjunção meiótica na meiose I ou na meiose II. Síndorme de Down – 47, XX, + 21 Síndrome de Edwards – 47, XX, + 18 – sobrevive 18 dias Síndrome de Patau – 47, XX, +13 – sobrevive 7 dias Síndrome de Klinefelter – 47, XXY Síndrome de Turner – 45, X0 (monossomia) Síndrome 47, XXX – a mulher inativa dois cromossomos X parcialmente, nestes ficam expostos 50 genes em cada. Tendencia a ter malformações, epilepsia, Qi reduzido Imprinting genômico é um processo que promove distinção entre a expressão gênica de origem materna ou paterna. Existem genes autossômicos “imprintados”, isto é, somente o alelo NÃO imprintado é expresso (origem materna ou paterna). E, os genes autossômicos com ambos os alelos expressos são considerados não imprintados, isto é, é expresso tanto o de origem materna quanto o de origem partena. A dissomia uniparental paterno do 15 – Síndrome de Prider Willi: obesidade, deficiencia intelectual, mãos e pés muito pequeno. A dissomia uniparental materno do 15 – Síndrome de Angelman As anomalias cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais As númericas são aneuploidias ou euplidias. As estruturais podem ainda ser subdividias em balanceadas e não balanceadas. As balanceadas correspondem as translocações recíprocas e robertsonianas, inversão As não balanceadas são causadas por deleção, duplicação, isocromossomos ou cromossomos em anel. A deleção cromossômica (estrutural não balanceada) ocorre quando há perda de um segmento cromossômico como causa de monossomia. Síndrome de cri du chat – alterações morfológica. Deleção de um pedaço do braço curto do cromossomo 5. Clínica: microcefalia, retardo mental e do desenvolvimento, defeiros cardíacos, choro “miado de gato”, baica implantação de orelhas. ➔ Cariótipo: 46, XX, del(5)(p14-p15) Duplicação cromossômica (estrutural não balanceada) ocorre quando um segmento do cromossomo é duplicado, causadando trissomia ou tetrassomia dos genes na região duplicada. Cromossomo em anel (estrutural não balanceada) ocorre quando há deleção das extremidades dos cromossomos (região dos telômeros), e as terminações se fundem formando um anel cromossômico. 3 AV1 – Genética Clínica – Professor Isaías Soares de Paiva – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Isocromossomo (estrutural não balanceada) ocorre quando o cromossomo se divide no eixo perpendicular na meiose II e passa a apresentar duas cópias do mesmo braço. Inversão cromossômica é quando há duas quebras em um cromossomo e, em seguida, ocore a inserção do fragmento novamente, só que na ordem invertida. Esse tipo de anomalia é balanceada. A inversão pode (pericêntrica) incluir o centrômero ou não (paracêntrica). As translocações também são rearranjos balanceados e podem ser de dois tipos robessoniana ou recíprocas. Neste tipo de anomalia estrutura do cormossomo há troca de segmentos cromossomicos entre cromossomos não homólogos. Os portadores são normais mas possuem risco da prole ser afetada por monossomia ou trissomia do segmento cromossômico translocado. O conceito de mosaicismo se aplica quando um mesmo individuos pode apresentar populações de células com o cariótipo normal e outra com o cariótipo alterado. Isso ocorre devido à não disjunção mitótica pós zigóticas iniciais. O individuo com mosaicismo apresenta fenótipo anormal, porém mais branco. → exemplo de cariótipo: 46, XX/ 47, XX, +21. Entenda porque somente nascem Trissomias 21, 18 e 13. O primeiro gráfico (azul) mostra a distribuição dos cromossomos pelo tamanho físico. O menor dos cromossomos humanos é o 21. O segundo grafico (cinza) mostra a distribuição dos cromossomos pelo número de genes. A partir de 22 qualquer trissomia é inviável, porque o número de genes aumenta muito!!! A sobreivência está relacionada ao número de genes e não ao tamanho do gene. Cromossomo consiste em fitas de DNA enoveladas em histonas (são proteínas que formam os carretéis). Em cada histona são enrolados em 2 voltas de fita. Nucleossomos é a unidade básica de empacotamento do DNA. Consiste em oito molétulas de histonas centrais, octâmero. Solenoide se apoia em uma estruura mais rígida, para se dobrar sobre si próprio. https://www.onconews.com.br/site/atualizacao-cientifica/drops-de- gen%C3%B4mica/5920-entendendo-a-fun%C3%A7%C3%A3o-dos- nucleossomos.html#:~:text=Um%20nucleossomo%20consiste%20em%20prote%C3%ADnas,histonas%20e%20prote%C3%ADnas%20n%C3 %A3o%20histonas.&text=O% 4 AV1 – Genética Clínica – Professor Isaías Soares de Paiva – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Os cromossomos ficam muito apertados no núcleo, assim um pedaço de cromossomo bem pequeno tem um grande pedaço de fita de DNA nú. O cromossomo tem o centromero, braço curto e braço longo, e o padrão de bandas. O centromero é a banda 10 (1.0) em direção ao telomero. O locus cromossômico (loci cromossômicos é o plural) é uma posição no cromossomo, que pode ter um gene ou vários genes. As bandas são numeradas a partir do 10, do centrômero. Pelo numero da banda entende-se se o loci está mais perto do centrômero ou do telômero. Introns são regiões transcritas mas que não traduzidas. Inativação de gene ocorre por metilação do carbono cinco da citosina. Genética molecular As três funções do DNA 1. O material genético precisa ser confiavelmente duplicado em cada multiplicação celular. 2. Codificar a enorme quantidade de proteínas que organismo expresse. 3. Precisa permitir que a informação codificada mude um raras ocasiões (mutações). A cada mil pares de bases tem-se um erro, assim está na “rotina” do DNA ser reparado. O DNA é uma dupla hélice O DNA precisa abrir para codificar a proteína. A ponte de hidrogenio confere estabilidade ao DNA e permite que ele seja aberto. A combinação das bases nitrogenadas (adenina, guanina, citosina e timina) que determina o que o ser vivo será. Adenina se pareia com timina realizando 2 ligações de hidrogenio. Guanina se pareia com a citosina realizando 3 ligações de hidrogênio. Filamento 5 → 3’ é a sequencia que está no genoma Filamaneto 3 → 5’ corresponde ao filamento que serve de molde para a transcrição. Unidade → par de base (pb) Toda proteína vem de um DNA. TATA-box e CCATT-box são regiões reguladoras da transcrição. ATG → star códon no DNA TGA/TAA/TAG → três stop códons no DNA. A anatomia de um gene inicia-se na região reguladora 5’. Na transcrição há a formação do RNA heterogêneo com a região reguladora, start códon, éxon, íntron, stop códon e os elementos regulatórios 3’. Ocorre o splicing para a retirada das regiões reguladoras/promotora e dos introns (sinalizado pela região gt e ag). RNA processado com 5’CAP e cauda poliA. Assim, forma-se o RNA maduro, pronto para ser traduzido em proteína no ribossomo. O nosso DNA codificante mais a região reguladora corresponde a 2% do nosso DNA representa genes. A sequencia codificadora não pode ficar toda junta, para evitar a ocorrencia de mutações somáticas com consequencia. A sequencia de íntrons e éxons é importante para nos proteger. A maior parte das mutações que ocorrem é no DNA não codificante. Para a ocorrencia de câncer é necessário que ocorra a mutação em uma região codificante dos dois cromossomos. O dogma central da biologia: transcrição e tradução. 5 AV1 – Genética Clínica – Professor Isaías Soares de Paiva – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Mutação no DNA podemos ter proteinas ausentes, diminuída, “truncada” ou ganho de função, o que leva à doença. Mutação: mudança na sequência de nucleotídeos ou no arranjo do DNA, em fequência menor 1% na população. Geralmente associado a doenças. Polimorfismo: mudança na sequência de nucleotídeos ou no arranjo do DNA, em frequência maior 1% na população. Exemplo: polimorfismo no receptor de LDL, tendência a infarto. Associado a doenças multifatoriais - Genômicas - Cromossômicas - Gênicas Tipos de mutação de ponto: 1. Pode ser de substituição de bases: a. Transição – substituição de uma base por outra de mesma categoria química (purina por purina ou pirimidina por pirimidina). b. Transversão – substituição de uma base de uma categoria quimica por uma base de outra categoria (pirimidina por purina, ou vice-versa) 2. Inserção ou deleção de bases As consequências dessas mutações podem ser: 1. Muação com sentido (sense): troca o nucleotídeo, mas mantem a codificação do mesmo aminoácido. 2. Mutação sem sentido (non sense): troca o nucleotídeo, e forma um stop códon. 3. Mutação sentido errado (missense): troca o nucleotídeo, forma um aminoácido diferente do que deveria ser. 4. Mutação Frameshift: troca todos os aminoácidos a partir da mutação de adição ou deleção de um nucleotídeo. 5. Mutação de expansão de repetição: amplificação de um códon, repetição de um aminoácido. Doenças da poliglutamina, por exemplo, geralmente são doenças neurológicas. c → DNA p → proteína (aminoácido) Anemia falciforme e uma mutação misense → p.Glu6Val (p.Q6V), corresponde a substuição do ácido glutâmico pela valina. Mutação na proteína FGFR3 – proteina do fator de crescimento de fibroblasto, proteina transmembrana. c.1138G>A → ganho de função Mutação germinativa → acontece nos gametas, espermatozoide o ovulos. Mutação somática → acontece após a germinação. Genes alelos → genes que ocupam o mesmo locus em cromossomos homológos. O genoma é todo o conjunto dos genes, conjunto das proteínas, conjunto de todos os RNA mensageiros transcritos. Síndromes CROMOSSÔMICAS – alteração cromossomica: aneuploidia ou estrutural (cariótipo, Array, CGH FUSH) Síndromes GÊNICAS – alteração no gene (utossomica dominante, recessiva, ligada ao X). Síndromes MULTIFATORIAIS – ambiente + genes: asma, lúpus, doenças autoimunes, doenças infecciosas. Monogênico Gene A → Fenótipo X Multifatorial Ambiente + Gene A, Gene B e Gene C → Fenótipo Y Fatores ambientais conseguem controlar a doença.
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