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1 Isadora Frota Hagge SEPSE Ubyb L (Sepse) Na patologia Se vcs fossem me definir a fisiopatogenia da sepse em 1 palavra, que palavra vcs usariam? Inflamação?! Isso, inflamação é uma palavra. Que +? Exacerbado?! Vdd, tudo é exacerbado... Disfunção orgânica?! Mas aí são 2 palavras... Perguntando de outra forma: se vcs fossem localizar anatomicamente? Sistêmica?! Onde que ocorre a sepse? O que vcs diriam? ANATOMICAMENTE? Na circulação?! Boa! Mas não é na circulação macro, vasos... a sepse é uma dç de microcirculação! A microvasculatura... as céls. endoteliais dos capilares e a sua interação c/ o processo inflamatório da sepse vão ser os principais responsáveis pelas manifestações clínicas e laboratoriais e as disfunções orgânicas na sepse! Toda vez que vcs olharem p/ um pct séptico, vcs vão ter que ter em mente que a sepse é uma dç de microcirculação. O que vcs responderam aí nessa 1° questão? 1) Descreva o papel das citocinas na fase inflamatória da sepse e sua interação c/ as céls. endoteliais. As citocinas pró inflamatórias causam ativação e proliferação de leucócitos, ativação do sistema complemento, supraregulação das moléculas de adesão endoteliais e expressão de quimiocinas, produção de fator tecidual e indução de reagentes hepáticos de fase aguda. Na sepse há um exagero da reação do sistema imune resultando em danos colaterais e morte das células e tecido do hospedeiro. Perfeito! É essa a resposta, exatamente essa resposta. Uma vez que ocorre o estímulo inflamatório na sepse eu tenho uma 1° fase, que é essa fase de hiperexpressão das citocinas pró-inflamatórias. Essa 1° fase vai fazer a ativação e o recrutamento das céls. do sistema imune, vai fazer a regulação das céls. endoteliais -> e essas céls. endoteliais vão ser responsáveis pelos fenômenos vasomotores da 1° fase da sepse! Lá no pulmão, no DAD (dano alveolar difuso) vcs lembram o que que ocorre na 1° fase do DAD? O que que ocorre c/ a parede do vaso na 1° fase? Alteração da permeabilidade vascular! *fica impermeável?!* Então no momento em que há alteração da permeabilidade vascular, um aumento dessa permeabilidade... ocorre o extravasamento, no caso do pulmão -> de fluido p/ o espaço alveolar e no caso da circulação periférica -> vai ser responsável pelos fenômenos edemigênicos na sepse! E aí a ativação do sistema complemento responsável pela tentativa de controle do agente infeccioso que possa estar causando a sepse, bem como a ativação da cascata de coagulação -> vão ser responsáveis, em um 2° momento, pelos fenômenos tromboembólicos na sepse! Quando eu tenho um tromboembolismo no pct séptico, c/ sepse grave... de que forma vcs podem ver isso clinicamente? Vcs estão vendo um pct séptico e vcs estão vendo macroscopicamente na ectoscopia. Livedo?! Sim, livedo... mas outra coisa? Tempo de enchimento capilar retardado?! Sim, mas isso é pela diminuição da perfusão periférica. Edema?! Edema seria + p/ 1° fase, quando eu tenho a ativação da cascata de coagulação. CIVD?! CIVD! E como é que eu vejo CIVD? Sangramento... através das petéquias! *CIVD = coagulação intravascular disseminada. *-> Condição patológica que afeta a coagulação sanguínea. 2 Isadora Frota Hagge *Na coagulação intravascular disseminada, blocos anormais de sangue grosso (coágulos) são formados dentro dos vasos sanguíneos. Esses coágulos anormais esgotam os meios de coagulação do sangue, podendo levar a um sangramento intenso em outros locais. *Algumas das causas são inflamações, infecções e câncer. Os sintomas incluem a formação de coágulos de sangue e hemorragia, possivelmente em vários locais do corpo. O objetivo é tratar a causa subjacente e fornecer tto de apoio por meio de fluidos intravenosos e transfusões de sangue. E aí esses fenômenos tromboembólicos tbm podem ser responsáveis por outras complicações que a gente vai ver lá naquela penúltima pergunta. Dessa forma, na 1° fase, na fase pró-inflamatória da sepse -> a gente tem uma tentativa de controle do processo infeccioso, há um aumento dos mediadores pró-inflamatórios, recrutamento de leucócitos, ativação do sistema complemento e da cascata de coagulação! E os mecanismos anti-inflamatórios, quando o pct consegue sair desse estado séptico... eles vão atuar fazendo: a inibição e a resolução da inflamação... e isso aqui é fundamental, pq quando eu tenho uma desregulação dessa fase -> o pct pode ou complicar por uma supressão imune mto acentuada ou ainda ele pode, como no caso do DAD, fazer uma fibrose mto intensa e perder a função pulmonar, no caso. Quando o mecanismo local de reparo está bem reguladinho, eu tenho a inibição desse processo inflamatório e o início da resolução do processo infeccioso, no caso, formação de tecido de reparo e retorno p/ a homeostase! E aí o que que vai acontecer nessa 1° fase pró- inflamatória da sepse? Eu tenho aumento de céls. mediadores inflamatórios -> e esse excesso de mediadores inflamatórios, bem como a ativação do complemento e a própria formação dos danos, que são os padrões moleculares associados aos danos... vai me mostrar um cenário de injúria celular, de dano celular generalizado! As plaquetas... a ativação da cascata de coagulação e a ativação das plaquetas tbm aumentam a liberação de mediadores pró-inflamatórios. Então na 1° fase da sepse o que vai ser o marcante é que vai ser um momento mto pró-inflamatório!!! Aí eu tenho ativação de neutrófilos e do endotélio e a formação dos trombos na microvasculatura! O endotélio tbm vai ser responsável, as céls. endoteliais em si, pela liberação de mediadores pró- inflamatórios e c/ a ativação do endotélio eu tenho um aumento da capacidade adesiva e pró-coagulante dessas céls. endoteliais... então ao msm tempo que eu tenho ativação das plaquetas, eu tenho uma ativação do endotélio -> e isso aqui vai resultar em trombos na microvasculatura! E na ectoscopia eu verei isso em forma de petéquias! Além disso eu tenho a ativação da cascata de coagulação (tbm como responsável pela trombose da microvasculatura) e a ativação do sistema complemento. Sendo assim, essa 1° fase de inflamação excessiva que vai ser mediada pela liberação de mediadores pró- inflamatórios, ativação do sistema de coagulação, do sistema complemento e a ativação do endotélio da microvasculatura -> vai levar a uma lesão celular generalizada, levando a liberação de padrões moleculares associados à DAMP´s, danos e disfunções orgânicas... e um catabolismo mto acentuado. E aí clinicamente o espectro dessas manifestações podem variar desde uma trombocitopenia leve até a CIVD realmente de forma fulminante! 3 Isadora Frota Hagge Essa etiologia da desregulação da coagulação na sepse é multifatorial, acredita-se que a hipercoagulabilidade seja impulsionada principalmente pela liberação de fator tecidual das céls. endoteliais lesadas. Tbm há uma diminuição da fibrinólise e eu tbm vou ter alteração na função hepática. Além disso o fator tecidual vai causar a ativação sistêmica da cascata de coagulação, aumentando né a liberação de trombina, ativando plaquetas e levando a formação de coágulos de fibrina-plaqueta. Esses microtrombos tbm vão contribuir p/ a hipoperfusão periférica, resultando em hipóxia tecidual! Então, eu tenho um pct que, de forma generalizada,ele vai ter uma hipoperfusão tecidual secundária à fenômenos edemigênicos pelo aumento da permeabilidade vascular e pela formação de microtrombos periféricos, por conta da ativação da cascata de coagulação e da disfunção endotelial. Isso tudo em um 1° momento, nessa fase inflamatória! A resposta da 1° pergunta foi perfeita! E aí o dano endotelial pode induzir a adesão de leucócitos e plaquetas, piorando ainda + a coagulopatia, contribuindo p/ a hipóxia tecidual em todo o tecido... seja perfusão periférica, seja a perfusão visceral... -> todo o tecido onde eu tenho essa formação de microtrombos ou esses fenômenos de agregação plaquetária, fenômenos edemigênicos... eu tenho disfunção orgânica associada! ------------------------------------------------------------------------ 2) O que são microvesículas extracelulares e como contribuem na etiopatogenia da sepse? As microvesículas extracelulares fazem parte da etiopatogenia da sepse de que forma? Como eu disse no comecinho: a sepse é uma dç de microcirculação! -> Sendo assim essas microvesículas vão ser formadas por uma vacuolização nuclear, inchaço e protrusão citoplasmática... é como se fosse uma bolha no citoplasma da cél. que vai ser destruído/estruído durante a sepse. Essas microvesículas extracelulares vão ser liberadas no ambiente tecidual, lá no ambiente extracelular... seja por extrusão citoplasmática, seja por apoptose... e elas representam efetores bioativos. São substâncias que vão atuar como mensageiros intracelulares... lembram do 5° período, sinalização etc?! Então essas microvesículas extracelulares são microvesículas formadas por extrusão da membrana citoplasmática ou por/após apoptose e elas vão atuar como mensageiros, como moléculas que vão fazer c/ que as céls. conversem entre si e essa “conversa” vai afetar basicamente o funcionamento das céls. endoteliais! Como eu disse: o endotélio é a chave, a microcirculação é a chave de toda a fisiopatogenia da sepse! Então elas vão contribuir p/ a disseminação do estado vascular, tanto inflamatório como pró-trombótico. Podem afetar o músculo liso pela expressão de moléculas de adesão, como já comentado. *No artigo da microvesícula tem 2 figuras que são bem bacanas que mostram tanto o papel da microvesícula quanto o papel da microcirculação na sepse. 4 Isadora Frota Hagge A ativação da via NF-KB (que é uma das vias + importantes tanto no controle do ciclo celular, da proliferação celular... quanto na resposta comum), e a expressão de óxido nítrico sintase e ciclooxigenase -> que a gente sabe que são substâncias que são importantes mediadoras da função de tônus vascular. C/ o aumento do óxido nítrico e prostanóides vasodilatadores, essa vasodilatação vai causar inclusive uma espécie de hiporreatividade arterial! É por isso que em um pct séptico a gente tem que usar aquelas famosas drogas vasoativas! Viu como tudo faz sentido?! Pq o pct séptico vai ser um pct SISTEMICAMENTE VASODILATADO! E aí p/ eu poder conter de forma adequada a perfusão tecidual eu preciso controlar esse vaso. O que que as vezes ocorre?! A disfunção endotelial é tão grande, que p/ tentar manter a perfusão dos órgãos nobres eu faço uma hipoperfusão periférica -> por isso que tem gente que sai de um estado séptico discretamente sequelada, tem até que amputar... Pq eu tento manter a perfusão central dos órgãos nobres, eu tenho que fazer vasoconstrição... e aí a vasoconstrição tecidual quem sofre 1° são as pontas né, a parte periférica! ------------------------------------------------------------------------ 3) Descreva as principais disfunções de órgãos e suas causas conforme descrito no artigo. Vcs devem ter visto que a 1° era disfunção miocárdica, não é isso?! Isso. Cardiomiopatia séptica: relacionado a citocinas circulantes, como TNFα e IL-1β, entre outras, que podem causar depressão dos miócitos cardíacos e uma interferência em sua função mitocondrial. A fração de ejeção ventricular esquerda baixa é acompanhada por pressões de enchimento ventricular esquerdo normais ou baixas (ao contrário do choque cardiogênico) com complacência ventricular esquerda aumentada. Vários estudos mostraram disfunção sistólica e diastólica com diminuição dos volumes sistólicos e aumento dos volumes diastólico e sistólico final na sepse. Além disso, devido à dilatação arterial e venosa (induzida por mediadores inflamatórios) e consequente redução do retorno venoso, a sepse produz um estado de hipotensão e choque distributivo. Endotélio: ruptura de sua função de barreira, vasodilatação, aumento da adesão leucocitária e criação de um estado pró-coagulante. Isso resulta no acúmulo de fluido de edema nos espaços intersticiais, cavidades corporais e tecido subcutâneo. Pulmão: rompimento da barreira alvéolo-endotelial com acúmulo de líquido rico em proteínas nos espaços intersticiais pulmonares e alvéolos. Isso pode causar uma incompatibilidade ventilação-perfusão, hipóxia e diminuição da complacência pulmonar, produzindo síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) em casos extremos. -> Que é o nosso DAD! Rim: uma combinação de perfusão renal reduzida, necrose tubular aguda e defeitos + sutis na microvasculatura e nos túbulos, juntos, produzem vários graus de lesão renal aguda. Agr segura aí... olha como a disfunção renal na sepse é multifatorial... eu tenho alteração da microvasculatura e o que é o glomérulo renal se não um tufo de capilares?! Lógico, se eu tenho disfunção na microvasculatura tecidual eu tbm vou ter disfunção na circulação renal! Eu não disse p/ vcs que tem trombo que a gente vê na pele como petéquias e equimoses? Então o que vcs acham que vai acontecer c/ o capilar renal?! Trombose tbm! Um pct séptico que tenha sofrido, por exemplo, um choque hipovolêmico tbm (digamos que seja um pct séptico politraumatizado)... ele já tem uma injúria renal pelo choque hipovolêmico. O choque hipovolêmico vai provocar lesão renal de que tipo? Lesão renal pré-renal. E faz uma necrose tubular aguda! 5 Isadora Frota Hagge Aí o pct já tinha uma disfunção renal às custas do choque hipovolêmico dele e aí ele ainda tem uma disfunção circulatória renal, uma disfunção endotelial... as vezes c/ trombo inclusive dentro dos glomérulos renais. É um estado perfeito p/ esse rim ir p/ saco! E é por isso que o rim dos pcts de vcs é sensivelmente/extremamente prejudicado na sepse! Trato Gastrointestinal: o aumento da permeabilidade do revestimento da mucosa resulta tanto na translocação bacteriana através do poço/trato intestinal quanto na autodigestão do intestino por enzimas luminais. Fígado: há uma supressão da depuração da bilirrubina, produzindo colestase. SNC: As alterações endoteliais descritas acima enfraquecem a barreira hematoencefálica, causando a entrada de toxinas, células inflamatórias e citocinas. As alterações subsequentes de edema cerebral, interrupção do neurotransmissor, estresse oxidativo e dano à substância branca dão origem a um espectro clínico de encefalopatia séptica que varia de confusão leve a delírio e coma! Estado catabólico: quebra rápida e significativa do músculo p/ produzir aminoácidos para a gliconeogênese que irão alimentar as células do sistema imunológico. Além disso, o aumento da resistência à insulina pode resultar em um estado de hiperglicemia. Patologia é mto bonito... vcs estão vendo exatamente pq ocorre a disfunção de múltiplos órgãos e sistemas na sepse!Então eu tenho uma cardiomiopatia séptica, cujo a prevalência nesses estados é de 18 até 60% (como citado no artigo) e essa cardiomiopatia séptica vai ser levada principalmente às custas das citocinas pró- inflamatórias -> TNFα e IL-1β! E aí eu tenho uma diminuição do retorno venoso, secundária tanto a dilatação arterial venosa como por conta dos mediadores inflamatórios... levando a uma hipoperfusão e choque distributivo! Lembram que eu falei da função renal?! Essa cardiomiopatia séptica tbm vai corroborar p/ a piora da perfusão renal, piorando a função renal novamente! *E detalhe -> por exemplo: vc pensa que o pct séptico tem uma IRA pré-renal, se vc der mto volume tentando solucionar essa IRA pré-renal este miocárdio que já está meio afetado, não vai conseguir bombear esse volume todo... e o que que vai acontecer c/ o pulmão do pct de vcs? ENXARCAR! Edema! *Edema agudo de pulmão. -> Então realmente a “tarefinha” de vcs vai ser manter o pct vivo até os “chakras” dele se realinharem... pq essa é basicamente a função de vcs, vcs tem que tratar infeções secundárias, manter perfusão de órgãos nobres e esperar o “chakras” do pct se realinhar p/ que depois da fase inflamatória venha a fase seguinte (que a gente já vai falar) e o pct tem que passar dessa fase p/ ele poder ter o reordenamento aí das suas funções sistêmicas! Vcs tem que manter o rim funcionando, a perfusão de órgãos nobres... p/ que ele não tenha grandes prejuízos após a sepse! A gente tbm tem na sepse um aumento da glicólise anaeróbica, resultando em aumento da produção de ácido lático! A diminuição da complacência pulmonar, o DAD, hipóxia, edema agudo de pulmão -> vão resultar em alteração da relação ventilação-perfusão! E no trato gastrointestinal, a vasodilatação vai levar a translocação bacteriana! Pq?! Eu tenho vasodilatação sistêmica e a medida em que essa vasodilatação ocorre no intestino, ocorre uma translocação das bactérias luminais, ou seja: do lúmen intestinal, p/ a circulação sistêmica! *Então o pct que já estava séptico por uma etiologia infecciosa... c/ a translocação bacteriana -> é “empurrar bêbado da ladeira”! Há confusão mental, por conta do edema né. E a lesão renal multifatorial que a gente já comentou. 6 Isadora Frota Hagge ------------------------------------------------------------------------ 4) Explique como o excesso de mediadores inflamatórios e a supressão imune contribuem p/ a fisiopatogenia da sepse. A 2° fase da sepse é justamente a fase da supressão imune! Sabe vcs dia de sexta-feira depois de 5 provas na semana?! Chega aqui aqueles 3 gatos pingados c/ a cara sugada de zumbi mal desenterrado só c/ a cabeça p/ fora da cova?! É exatamente como estarão os órgãos linfoides do pct séptico depois de toda essa tempestade de citocinas da 1° fase! Ele já está esgotado. *E quanto dura a 1° fase + ou -? É difícil precisar, pq a resposta imune do pct vai depender tanto do fator etiológico quanto de fatores inerentes ao próprio pct... resposta imune, intensidade de resposta imune, padrão de resposta imune, então vai ser mto variado... por conta dessa variabilidade de resposta a gente não consegue assim datar + ou -. No caso do DAD a gente tem uma estimativa, mas é uma estimativa mto grosseira... + importante que a duração dessa 1° fase vai ser a sua INTENSIDADE! Quanto pior, quanto + inflamado o pct fica -> + difícil vai ser p/ ele se reestabelecer! Então a gente tentar nodular essa resposta inflamatória é parte fundamental de a gente poder prever como é que o pct vai evoluir! O que que vai acontecer na 2° fase da sepse do ponto de vista biológico? Ocorre uma supressão imune mto acentuada, ocorre uma apoptose e literalmente uma exaustão das céls. TCD4 e TCD8, c/ uma tendência a polarização da resposta de céls. TH2, aumento de céls. imaturas dos neutrófilos -> e isso aqui vcs veem como os tais bastões no sangue periférico. Aumento de apoptose de céls. B e de céls. dendríticas foniculares em linfonodos. Então eu tenho sinais laboratoriais e sinais orgânicos indicativos de uma exaustão do sistema imune! Nesta fase, clinicamente, qual pode ser a complicação do pct de vcs?! Infecção secundária?! Perfeito, INFECÇÃO SECUNDÁRIA!!! E é o que acontece c/ os pcts, por exemplo, de covid... a sepse viral do/por covid tbm vai evoluir c/ essa supressão imune e é aqui que o pct pode pegar uma infecção bacteriana e ir a óbito! Que outras infecções ele pode pegar? Virais ou fúngicas, principalmente fúngicas! E aí é outro fator complicador p/ estas pessoas. ------------------------------------------------------------------------ 5) O que caracteriza a supressão imune na sepse por SARS-Cov-2? Basicamente ocorre na 1° fase aquilo que convencionou-se chamar de “tempestade de citocinas”, mas não se iludam que essa tempestade de citocinas NÃO ocorre só na sepse por covid! Esse é um termo que foi criado/cunhado p/ conseguir aglutinar toda essa liberação grande de citocinas pró- inflamatórias que ocorrem em processos inflamatórios e infecciosos! Mas ela tbm ocorre em uma situação chamada: síndrome hemofagocítica. 7 Isadora Frota Hagge -> Essa sd. hemofagocítica, quem tiver curiosidade pode pesquisar depois, é uma sd. de ativação dos macrófagos e eles começam a fagocitar hemácias. Essa sd. pode ter origem primária, ou seja: origem genética -> criança já nasce c/ esse defeito da regulação de macrófagos, por conta de mutações no gene da apofilita. Ou de forma + frequente -> ela pode ser secundária. Quando ela é secundária, ela vai ocorrer ou a processos neoplásicos ou a processos infecciosos. E a sd. hemofagocítica pode matar o pct de vcs! Ela tem alguns sinais laboratoriais, como: aumento da ferritina, aumento dos triglicerídeos, aumento do DHL... e quando vc suspeita dessa sd., vc vai dar o diagnóstico fazendo um aspirado ou biópsia de medula óssea. O tto p/ ela vai ser basicamente o controle do sistema, a gente tenta controlar essa reposta inflamatória exacerbada... e aí ela tbm pode ser uma causa de óbito p/ os pcts... *Sai em quanto tempo esse aspirado ou biópsia? O aspirado de medula óssea dá p/ sair o resultado no msm dia. O aspirado de medula óssea é o seguinte -> vc faz uma punção da medula óssea, pega e faz um esfregaço (igual o preventivo)... aí cora na hora e lê! Geralmente quem lê é até o hematologista, o próprio patologista tbm pode fazer isso... mas não tem mistério. Se vc está lá na “cabeça do cachorro” e tem 1 microscópio e 1 coloração (“nilson” ou papanicolau), vc faz esse aspirado, faz o esfregaço, procura no google: “síndrome hemofagocítica imagem”... é sério, vc vai ver bonitinho -> estiócito e cheio de hemácia dentro do estiócito. Está dado o diagnóstico!! Não tem mistério. *Esse controle faz c/ o que? Faz corticoide ou plasmaférese. E aí a resposta imune desregulada tbm vai levar a um estado de supressão imunológica após a resposta inflamatória! Então na sepse por covid, na fase de supressão imune, a gente vai ter uma redução sustentada e substancial dos linfócitos periféricos... então -> linfopenia! E essa linfopenia vai estar relacionada a um alto risco de infecção bacteriana secundária! Isso tbm é encontrado na gripe grave... lembrem-se que influenza tbm mata! É raro, porém acontece. E esse grau de linfopenia acredita-se que está relacionado c/ a gravidade da covid-19! O mecanismo pelo qual ocorre essa linfopenia ainda é desconhecido (pelomenos até a data que saiu esse artigo (ano passado: 2020)). *Nesse caso da linfopenia é importante a questão do aumento das céls. T reguladoras? Esse aumento das céls. T reguladoras vai ser na 1° fase, né... aqui na 2° fase a gente tem linfopenia MSM! -> Tem perda das céls. T tanto por apoptose quanto por exaustão. Elas começam a aumentar na 1° fase e depois vão entrar em apoptose na 2° fase. *Mas isso é bom p/ o pct, né? É ruim! Pq vai aumentar a susceptibilidade de infecções secundárias! *Mas assim, no quesito de estar parando c/ a resposta inflamatória? Isso, eu diminuo a quantidade de citocinas pró-inflamatórias... porém diminui demais e aí o organismo fica suscetível as infecções secundárias!
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