Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Graduação em Engenharia de Produção Ana Paula Hudson Coutinho Espíndola Gabriella Henriques Brito Pedro Henrique Sales Nascimento ESTUDO DO LIVRO A MINA DE OURO: Resumo Capítulo Nove: O Jeito Heijunka Belo Horizonte 2018 Ana Paula Hudson Coutinho Espíndola Gabriella Henriques Brito Pedro Henrique Sales Nascimento ESTUDO DO LIVRO A MINA DE OURO: Resumo Capítulo Nove: O Jeito Heijunka Trabalho de estudo apresentado à disciplina de Engenharia de Métodos e Processos da Pontifícia Universidade Católica de Gerais como requisito parcial ao processo avaliativo. Orientador: Professora Cintia Rodrigues Lima Belo Horizonte 2018 RESUMO Philip estava tendo dificuldades em administrar a empresa e recorreu à ajuda de Bob. Entretanto, Bob não queria mais trabalhar no chão de fábrica: “Concordei em te ajudar, Philip, não em dirigir a empresa em seu lugar!”. Depois de discutirem sobre isso, Bob aceitou o pedido de Philip de continuar prestando consultoria para empresa, deixando claro a ele que jamais devemos delegar a administração do próprio negócio. Em seguida, ao conversarem sobre as estações de solda, Phil teve dúvidas sobre os “princípios” aos quais Bob se referia e pediu uma explicação para que entendesse melhor. Princípios Lean ditos por Bob: ➢ Satisfação do Cliente. Abrange entrega e, também, a performance, o serviço e o custo do produto; ➢ Flexibilidade na variedade e no volume (maximizar a flexibilidade e manter o custo sob controle); ➢ Ter uma atitude Gemba; ➢ Produza pessoas antes de peças (as pessoas fazem parte do ativo e não do custo); ➢ Nunca ignore um problema; ➢ Kaizen (além de ser uma forma de economia financeira, é uma forma de desenvolver as pessoas para que entendam mais sobre os três primeiros princípios e cheguem a resultados). Segundo Bob, para resolução de problemas, é necessário definir o valor, entender o fluxo, enxergar o desperdício, resolver os problemas e começar tudo de novo. No outro dia, Amy e Mike foram almoçar e começaram a falar sobre assuntos da empresa, como a demissão do Morgan e o clima nas relações de trabalho. O limite no caso de Morgan foi quando viram o estoque no depósito de peças de entrada e encontraram contêineres de peças e produtos que não produziam desde que a fábrica mudou de mãos. Em relação ao ambiente de trabalho, todos começaram a levar a sério a mudança. Phil ficou mais exigente e cobrava soluções para os problemas, o que gerava conflito entre os departamentos. Confiante e preocupada, Amy comentou com Mike sobre parte da equipe estar pronta e ansiosa para melhorar as coisas. Entretanto, uma outra parte não vai aguentar a pressão. Após o almoço, Mike foi para casa dos seus pais e encontrou Bob ao telefone com Phil. Juntamente com Alan e outros envolvidos na reunião, discutiam sobre Just In Time e MRP. “Estou sempre dizendo que MRP não é o problema! Não precisamos de MRP para dirigir a fábrica, precisamos dele para planejar e calcular o que iremos pedir aos fornecedores, de acordo com a lista de materiais. Não há nenhuma necessidade de MRP na fábrica, de gastar o tempo de um operador em atividades que não agregam valor, como inserir números em um computador [...] deve ser a tarefa de alguém obter planos de produção semanais ou mensais diretamente do cliente, ao invés de esperar que cheguem os pedidos de expedição.” Bob explicou ainda que mesmo que o cliente fuja um pouco do seu plano de produção, ao final, ainda estará de acordo ou bem próximo deste plano. O que a empresa deve fazer é manter um estoque de segurança para não serem pegos desprevenidos com pedidos irregulares dos clientes. “De qualquer forma, poderão fazer uma análise da variação usual da demanda de seu cliente em relação à demanda média e manter um estoque pulmão que esteja de acordo.” Phil encerrou a reunião e, ainda ao telefone com Bob e Mike, pediu uma solução para que ele consiga ter uma visão mais abrangente de tudo que estava acontecendo dentro da empresa. Bob então o convidou para ir ao Iate Clube no sábado para conversarem. No sábado se encontraram no Iate Clube Bob, Mike, Amy, Phil e Harry. Em conversa com Harry, Phil e Amy falavam da melhora na empresa, da assinatura de novos contratos, da prorrogação de créditos do banco e da percepção de Matt sobre as melhorias, que agora passava a escutá-los mais. O clima no chão de fábrica havia mudado. Do ponto de vista de Amy, os funcionários compreenderam os ganhos em produtividade e espaço e entenderam que realmente havia um problema. Começaram a acreditar que as mudanças realmente eram para melhor. Desse assunto surgiu o questionamento de Amy sobre os rumores do aumento de salário dos gerentes, enquanto o salário do resto permanecia congelado. Ao escutarem isso, Harry e Bob deram risadas e explicaram que alguém da equipe de gerência não estava confiante e que estes queriam sugar o dinheiro que conseguissem antes do barco afundar. Entraram também no assunto dos estoques, que já havia sido discutido na reunião que fizeram ao telefone. Harry questionou se Phil tinha analisado como a redução dos estoques afetaria sua rentabilidade. Ele não levou em consideração em como a redução dos estoques afetaria a rentabilidade dele. Pois iniciando com um estoque inicial grande e obtendo um estoque final menor os custos não se anulariam, logo o custo da produção aumenta. Enfim, Bob, para ajudar Phil a ter uma visão geral das melhorias, começou a usar uma técnica de análise do fluxo de material e informação (Mapeamento do Fluxo de Valor). Consiste em desenhar um mapa do fluxo da empresa (tanto dos produtos quanto da informação). Bob desenhou o fluxo de como era a empresa e pediu que Phil desenhasse o fluxo atual, assim teria uma visão ampla dos negócios e dos pontos que devem ser melhorados e dos progressos feitos. Phil, entusiasmado, perguntou se poderia estender o mapa aos seus fornecedores. Bob afirmou que sim, mas o foco inicial seria começar pelos próprios processos. “O mais importante desse mapa não é apenas o que está acontecendo em seu fluxo de produção, mas entender como o fluxo de informação controla o fluxo de material.” Bob ressaltou ainda que o MRP simplesmente computa: produção necessária é igual à demanda do cliente menos estoque mais estoque de segurança. O MRP não é capaz de nivelar a produção. A produção não deveria basear-se apenas no MRP, mas também em outras ferramentas, como kanban. Vale lembrar que tudo que for valor não agregado é, ao fim, desperdício, e aparecerá no lead time total. “ No fim das contas, o motivo para termos estoque é que nosso tempo de resposta de produção é muito mais lento do que o intervalo de compra do cliente.” Discutindo sobre o assunto da programação de pedidos dos clientes e da importância do fluxo de informações e como esse fluxo afeta os processos, Bob disse ao Phil que Heijunka não é apenas uma técnica, é uma maneira de pensar. Phil ficou sem entender e Amy acrescentou que era necessário nivelar o fluxo de informação para poder nivelar o fluxo de produção. “Seguir o método Heijunka significa evitar picos e vales.” Encerrando a conversa, Harry e Bob foram pescar acompanhados de Amy. Phil e Mike sentaram no píer e conversaram sobre o interesse de Mike em Amy, sobre a família de Phil e, por fim, Phil revelou que havia um interessado em comprar a empresa. Mike perguntou o que Phil achava e ele respondeu que Matt dizia que se tinha gente interessada em comprar então o negócio valia o dobro. Além disso, estava curioso para saber onde todas essas mudanças acabariam, apesar do estresse e da pressão. Por fim, Mike completou que havia feito essa pergunta de onde isso tudo levaria paraseu pai que respondeu: “Vai até onde quiserem ir. Não se preocupe, vão parar bem antes de esgotarem todas as melhorias. Mais cedo ou mais tarde, cansarão, ou encontrarão um obstáculo que não terão vontade de enfrentar.” REFERÊNCIA BALLE, Michael; BALLE, Freddy. A Mina de Ouro: Uma Transformação Lean em Romance. Porto Alegre: Bookman, 2007.
Compartilhar