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Parasitoses Intestinais

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Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
 Parasitoses Intestinais 
 
Amebíase 
 AE: Entamoeba histolytica (Reação inflamatória 
com destruição tissular). 
• A Entamoeba dispar e Entamoeba 
moshkovskii, que não causam doença no 
homem 
 Epidemiologia: Endêmica em regiões tropicais 
com baixos padrões socioeconômicos e 
sanitários. 
• 500 milhões de pessoas acometidas., sendo 
50 milhões sintomáticas / 100 mil óbitos por 
ano. 
 Ciclo Evolutivo e transmissão: 
 
 
• Os cistos representam a forma infectante, 
sendo adquiridos por meio da ingestão de 
água ou alimentos contaminados por fezes 
• O contato também pode ocorrer por 
contato feco-oral 
• Os cistos são resistentes ao suco gástrico e 
conseguem chegar ao final do intestino 
delgado ou início do intestino grosso, 
ocorrendo o desencistamento e a saída dos 
metacistos - se transformam em trofozoítos 
metacíclicos e migram o intestino grosso 
onde fazem a colonização 
• Adquirem fenótipo patogênico ao se 
desprenderem da mucosa e no cólon se 
desidratam e transformam-se em pré-cistos 
– produzem uma membrana cística e 
variam para a forma de cistos 
mononucleados e, em seguida, 
tretranucleados, sendo eliminados apenas 
nas fezes normais 
• Na forma invasiva, há a invasão da mucosa 
intestinal pelos trofozoítos, disseminando-os 
para órgãos como fígado, cérebro e 
pulmões, por meio da corrente sanguínea. 
• Na forma não-invasiva, há a eliminação de 
cistos nas fezes por portadores 
assintomáticos 
• Obs: Os trofozoítas podem viver como 
comensais (sem causar doença), ou podem 
invadir a parede do cólon (causando colite 
amebiana - presença de úlceras discretas, 
separadas por regiões de mucosa colônica de 
aparência normal) - Imunidade inata do 
hospedeiro atua na resolução da colite amebiana. 
Em alguns casos os trofozoítos, podem atingir o 
tecido hepático. 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
 Patogenia, depende: 
• Hospedeiro: idade, suscetibilidade, resposta 
imune, estado nutricional 
• Parasito: cepa, proteases e moléculas de 
adesão 
Obs: O processo de invasão do epitélio intestinal 
promove citólise causando danos à célula-alvo e uma 
rápida resposta inflamatória aguda. 
Obs: A lesão pode evoluir para necrose com risco de 
perfuração da parede intestinal e infecção sistêmica. 
Obs: Mediadores químicos pró-inflamatórias induzem 
alteração intestinal, dificultando a absorção alimentar. 
 Quadro Clínico 
• O período de incubação vai de duas a seis 
semanas após ingestão dos cistos 
• Na sua grande maioria é assintomática - 80 
a 90% dos casos. 
• Início insidioso e gradual 
• Dor abdominal em cólica na parte superior 
do abdômen 
• Febre, náuseas, vômitos, cefaleia em 40% 
dos pacientes 
• Diarréia de aspecto mucóide e sanguinolento 
(1-2 semanas), acompanhadas de cólicas 
intensas, tenesmo e tremores de frio 
• Perda de peso, anorexia pode estar 
presentes 
• Quadros mais graves (colite amebiana 
fulminante) podem cursas com febre alta, 
leucocitose e perfuração intestinal em > 
75% das vezes. Alguns pacientes 
desenvolvem megacólon tóxico (dilatação 
colônica intensa, com ou sem pneumatose 
intestinal, isto é, gás na parede do cólon) 
• O hemograma tipicamente NÃO revela 
eosinofilia 
• Colite crônica: diarreia sanguinolenta com 
anos de duração 
• Complicações 
1. Colite fulminante 
2. Ameboma: dor importante localizada, 
simulam tumores (massa abdominal palpável) 
3. Ulcerações perianais – evoluem para 
fistulização 
4. Amebíase extra-intestinal: abscessos 
hepáticos (mais comum), pulmonares ou 
cerebrais. 
Os abscessos hepáticos se manifestam de forma aguda 
(< 10 dias), através de um quadro de dor em hipocôndrio 
direito (com eventual irradiação para o ombro), 
hepatomegalia, febre (eventualmente com calafrios), 
sudorese noturna e sinal de Torres-Homem (dor à 
percussão do gradil costal sobre o hipocôndrio direito)... O 
laboratório acusa uma leucocitose neutrofílica importante 
(20.000-30.000/mm3) e um aumento leve a moderado 
das enzimas hepáticas 
Obs: os abscessos amebianos costumam ter aspecto 
“achocolatado”, sem cheiro, dito em “pasta de anchova”. 
5. Hepatomegalia ocorre em 50% das vezes 
6. Rotura hepática – disseminação 
hematogênca 
 
 Diagnóstico 
• Clínico 
• Diagnostico diferencial: Disenteria bacilar, 
salmoneloses, síndrome do cólon irritado, 
esquistossomose... 
• Parasitológico de fezes 
1. Identificação de cistos/trofozoítos pela 
morfologia - Fezes liquefeitas → busca 
por trofozoítos. Fezes formadas → 
busca por cistos 
2. Eliminação dos cistos intermitente e 
irregular - Coleta dia sim, dia não por 
uma semana em conservante ou 
exame a fresco até 30 minutos após 
coleta. 
3. MIF, formol-éter ou Faust diagnosticam 
80-90% das infecções 
4. E. histolytica/E. díspar - Não podem ser 
diferenciados pela morfologia 
OMS recomenda que os resultados sejam dados como 
E. histolytica/E. díspar. – ELISA e PCR permitem 
diferenciação 
• Sorológico 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
1. Podem detectar cerca de 95% dos 
casos 
2. ELISA, PCR, imunofluorescência 
indireta, hemaglutinação indireta... 
Obs: a sorologia e a pesquisa de antígenos fecais de 
ameba (ambos realizados pela técnica ELISA) passaram 
a ser valorizados, sendo incorporados à rotina diagnóstica 
(por serem mais específicos para E. histolytica) 
Obs: PCR - padrão-ouro para a diferenciação com outras 
amebas, porém trata-se de um método caro e ainda 
pouco disponível 
• Exames de imagem 
1. Retossigmoidoscopia + biópsia → 
visualização de ulcerações + coleta 
de tecido para identificar patógeno 
Obs: Pacientes com forte suspeita clínica que 
apresentam exames de fezes negativos 
2. USG, TC, radiografia, ecografia 
abdominal... → localização, número e 
tamanho de abscessos necessário 
um alto índice de suspeita pra fazer 
o diagnóstico dúvida diagnóstica 
para confirmar o abscesso 
 
 Tratamento 
• Deve ser tratada em qualquer forma de 
apresentação clínica, sintomática ou não. 
• As infecções por Entamoeba dispar ou 
Entamoeba moshkovskii não 
necessitam de tratamento 
• Existem várias opções de tratamento 
para a amebíase. As formas leves ou 
assintomáticas podem ser tratadas com 
Teclozam, 15mg/kg/dia. 8/8h/ por 5 dias 
• Para as formas sintomáticas, as opções 
são Metronidazol, 35 a 50 mg/kg/dia, 3 
vezes ao dia durante 7 a 10 dias., ou 
Tinidazol 50 mg;kg/dia dose única por 3 
dias ou secnidazol, 30 mg/kg/dia (máx. 
2 g). 
• Após essas medicações fazer uso de 
fármaco de ação luminal paromomicina 
25-35 mg/kg/dia em 3 doses por 7 
dias) 
• Além disso, deve-se fazer medidas de 
prevenção e saneamento básico. 
 
 Prevenção 
 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
 
Giardíase 
 AE: Giardia lamblia, também chamada de Giardia 
intestinalis ou Giardia duodenalis 
• Protozoário que parasita o intestino delgado 
• Existe sob duas formas: cisto (infectante) e 
trofozoíta (não infectante) - Em sua 
superfície ventral existe uma estrutura 
chamada disco suctorial, capaz de prendê-lo 
às vilosidades do epitélio intestinal. 
 Ciclo evolutivo e Transmissão 
 
Obs: A cloração da água não mata os cistos (somente a 
filtração e a fervura conseguem eliminá-los). Assim, o 
homem é infectado ao ingerir água não filtrada ou 
alimentos não cozidos contaminados 
Obs: a transmissão interpessoal (anal-oral) é comum 
dentro de instituições como creches, e também pode 
ocorrer pela via sexual 
 Epidemiologia – ocorre em regiões temperadas 
e tropicais. 
• Os viajantes são o grupo de risco 
• Países em desenvolvimento: uma em cada 
10 pessoas se infectam por esses parasitas 
• Dos genótipos A ou F apenas o A e B 
infectam os seres humanos 
 Quadro Clínico 
• A maioria dos indivíduos infectados é 
assintomática e autolimitadapodendo haver 
eliminação de cistos nas fezes por longos 
períodos 
• Individuo que nunca entraram em contato 
com o parasita antes podem apresentar 
diarreia aquosa, explosiva, com odor fétido e 
dor abdominal – diarreia dos viajantes 
• Náuseas, vômitos, mal estar geral, flatulência, 
diarreia, esteatorréia, fadiga, perda de peso, 
anorexia, além de fezes com muco e sem 
sangue pode estar presente – diarreia 
aguda 
• Diarreia crônica: dor abdominal difusa, diarreia 
– (intercalada com períodos de obstipação 
e fezes sem alterações). Associada a 
síndrome de má absorção e a intolerância a 
lactose em até 40% dos casos. Evidências 
clínicas e laboratoriais de deficiência de 
nutrientes como gordura, vitamina A e ácido 
fólico. 
Obs: Pacientes com hipogamaglobulinemia e 
imunodeficiência variadas geralmente apresentam maior 
predisposição e manifestação clinicas prolongadas, com 
baixa resposta terapêutica. 
 Diagnóstico 
• Clinico – pct apresenta diarreia com 
esteatorreia, irritabilidade, insônia, náuseas e 
vômitos e perda de apetite e dor abdominal 
• Parasitológico de fezes: buscar por cistos ou 
trofozoítos 
1. método de Faust 
2. ou identificação de trofozoítos no fluido 
do aspirado duodenal. – Casos de 
diarreia crônica 
Obs: Pelo menos três amostras de fezes são necessárias 
para uma boa sensibilidade 
• Imunológico 
1. No soro – ELISA ou IFI: pesquisa de 
anticorpos, no entanto é pouco 
sensível 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
2. Nas fezes – ELISA: pesquisa de 
antígenos 
• Molecular – amostras de água: pesquisa 
de DNA parasitário por PCR 
 Tratamento 
• Deve ser tratada em qualquer forma de 
apresentação clínica, sintomática ou 
assintomática. 
• Metronidazol, 15 a 20 mg/kg/dia, 8/8h, 
por 7-10 dias para crianças; Adultos, 250 
mg/ 2x por dia, 5 dias (de escolha) 
• Tinidazol, 50 mg/kg, após as refeições, 
dose única. Adulto - 2 g (4 comp. de 
500 mg em dose única). 
• Secnidazol, 30 mg/kg ou 1 ml/kg, VO, 
dose única após a refeição. Adulto - 2 g, 
em dose única 
• Outra alternativa é o albendazol e a 
furazolidona 
 
Obs: É importante lembrar que quando prescritas as 
medicações nitrimidazólicas, deve-se orientar o paciente 
a não ingerir bebidas alcoólicas pela possibilidade da 
ocorrência da reação dissulfiram-like, que consiste em: 
rubor de face, cefaleia, taquicardia e dispneia 
 Prevenção 
• Medidas de saneamento básico e educação 
para saúde 
• Lavar as mãos antes de manusear os 
alimentos 
• Lavar os alimentos 
Toxocaríase 
 Síndrome da larva migrans visceral, é uma 
doença multissistêmica 
 AE: Toxocara canis ou “áscaris do cão”, o agente 
mais comum; Toxocara catis ou “áscaris do 
gato”; e Ascaris suum ou “áscaris do porco”, este 
último o menos frequente 
 Alguns pacientes desenvolvem uma forma 
ocular isolada da doença, a chamada larva 
migrans ocular. 
 Epidemiologia: 
• O T. canis, que é o principal agente 
etiológico 
• A ingestão de terra contaminada com ovos 
embrionados é o principal mecanismo de 
aquisição da doença 
• É uma doença típica de crianças entre 1-5 
anos de idade 
 Ciclo evolutivo e Transmissão 
 
• Os órgãos mais afetados, por ordem de 
frequência, são o fígado, os pulmões, o 
cérebro, os olhos e os gânglios. 
• Hospedeiro definitivo: cães ou gatos 
domésticos 
• Os ovos de T. canis não são 
imediatamente infectantes. São 
necessárias cerca de três semanas no 
solo para que os mesmos se tornem 
embrionados e capazes de causar 
infecção no homem 
• No olho: fase de migração larvar, que, 
pela resposta inflamatória envolvida, 
pode levar a descolamentos parciais ou 
totais da retina e consequente perda de 
visão 
 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
 Quadro Clínico 
• Uma baixa carga parasitária gera infecção 
assintomática, podendo causar, todavia, 
eosinofilia no sangue periférico sem motivo 
aparente 
• Cargas parasitárias mais elevadas - febre, 
queda do estado geral, irritabilidade, 
hepatomegalia, rash cutâneo pruriginoso e 
até mesmo convulsões 
• Entre 20 a 86% das crianças apresentam 
sinais e sintomas respiratórios, com destaque 
para dispneia, broncoespasmo (sibilos), tosse 
não produtiva (que pode se tornar crônica) 
e estertores crepitantes 
• 40% dos casos, o RX de tórax encontra-se 
alterado, sendo a manifestação mais comum 
os infiltrados peribrônquicos bilaterais. 
• Quando exames mais sensíveis são 
utilizados, como a TC de tórax, observam-
se nódulos subpleurais bilaterais, margeados 
por opacidades em vidro fosco bem 
delimitadas. Complicação, menos frequente - 
insuficiência respiratória aguda 
• Larva migrans visceral sistêmica clássica: 
eosinofilia elevada, leucocitose, 
hepatoesplenomegalia, febre, 
hipergamaglobulinemia; 
• Larva migrans ocular e neurológica: a ocular, 
na maioria dos casos, é unilateral, com 
inflamação leve a moderada ou difusa; As 
queixas mais comuns são a redução da 
acuidade visual e o estrabismo 
Obs: relata-se que a neurológica tem relação com 
episódios de epilepsia e quadros de meningite e 
encefalite 
 Diagnóstico 
• Clinico – difícil 
• A principal alteração laboratorial é 
inespecífica, e consiste numa leucocitose à 
custa de importante eosinofilia. 
Hipergamaglobulinemia policlonal com níveis 
elevados de IgG, IgM e IgE também são 
frequentes – ELISA ou Wetem Blot 
Obs: A sorologia utilizando TES-ELISA 
confirmada por Western Blot tem sido a melhor 
opção diagnóstica 
• O método padrão-ouro para o diagnóstico é 
o reconhecimento das larvas de Toxocara 
em material de biópsia, porém raramente 
este exame é usado na prática clínica 
Obs: O diagnóstico costuma ser feito por uma 
combinação de dados clínicos, epidemiológicos, as 
alterações laboratoriais e a positividade na sorologia para 
T. canis (ELISA) 
Obs: não há como confirmar o diagnóstico de 
toxocaríase pelo exame de fezes 
• O diagnóstico de larva migrans ocular isolada é 
mais difícil, sendo baseado nas características 
clínicas e no exame oftalmológico, uma vez que 
a positividade da sorologia é menor nessa forma 
da doença 
• Exames como o lavado broncoalveolar e a 
punção lombar revelam eosinofilia nas secreções 
respiratórias e no liquor, respectivamente, 
quando o trato respiratório e o SNC são 
acometidos. 
• Rx e TC de tórax – quando acomete trato 
respiratório 
• RNM – no caso de acometimento do SNC, são 
empregados para identificar lesões teciduais 
decorrentes da presença de reação 
granulomatosa eosinofílica contra as larvas do 
parasita 
 
 Estudos de caso-controle com 50 crianças 
forneceram critérios para o diagnóstico: 
elevação de leucócitos, eosinofilia, aumento das 
isohemaglutinina anti-A e anti-B, IgG e IgM 
elevadas e hepatomegalia. Os casos 
apresentavam cinco ou seis critérios, e os 
controles abaixo de três desses critérios. 
 Por fim, em 2001, foram descritos cinco aspectos 
da toxocaríase humana: 1) características e 
história do paciente; 2) sintomas e sinais clínicos; 
3) sorologia positiva; 4) eosinofilia; 5) aumento 
dos níveis de IgE. 
 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
 Tratamento 
• Objetivo: reduzir o número de larvas 
potencialmente migratórias para o cérebro 
e olho 
• Albendazol: 10 mg/kg/dia, máximo de 400 
mg, uma vez ao dia, VO, com o curso 
variando entre 5, 10, 15 e 21 dias. 
• Ou Dietilcarbamazina: regressão de lesões 
hepáticas em 16 meses de uso 
• Tiabendazol na dose 25 mg/kg/dia de 3 a 
5, 7 ou 10 dias. 
• LMO: albendazol durante 14 dias associado 
ao corticosteróide. 
 Prevenção 
• Higienizar as mãos após contato com terra 
e antes das refeições 
• Prevenir contaminação do solo com fezes 
de cães e de gatos 
• Tratar com anti-helmíntico periódico cães e 
de gatos 
• Reduzir população de cães e gatos de rua 
Tricuríase 
 AE: Trichuris trichiura 
• Tambémchamado de tricocéfalo 
• Parasitam principalmente o intestino grosso 
do ser humano, especialmente no ceco 
• Os vermes adultos medem cerca de 3 a 
5cm de tamanho seno o macho pouco 
menor que a fêmea. 
 Epidemiologia 
• A infecção de Trichuris trichiura tem 
distribuição cosmopolita 
• Cerca de 1 bilhão de pessoas infectadas, das 
quais 350 milhões são menores de 15 anos 
• Apesar de amplamente distribuída, ela 
prevalece em áreas quentes e úmidas 
(países tropicais) 
• Frequente nas áreas rurais e periferia das 
grandes cidades sem saneamento básico 
adequado 
• Acomete mais crianças entre 5 e 15 anos de 
idade 
 Ciclo evolutivo e Transmissão 
• A transmissão: Direta – mãos, alimentos ou 
bebidas. Indireta – através de mosca ou 
outros insetos 
 
 Quadro Clínico 
• Frequentemente são assintomáticos – 
devido a baixa carga parasitária 
• Alguns indivíduos podem apresentar um 
histórico de dor no quadrante inferior direito 
ou na região periumbilical 
• Infecção maciça – diarreia crônica (pode 
haver a presença de sague oculto nas 
fezes), prolapso retal, anemia, retardo no 
crescimento, déficits cognitivos e do 
desenvolvimento 
• A diarreia crônica com tenesmo (tipo colite), 
podendo evoluir com enterorragia nas 
infestações mais graves 
• Em 10-15%, pode haver uma dermatite 
tóxico-alérgica, com eosinofilia periférica, 
manifestando-se como placas cutâneas 
urticariformes que desaparecem com o 
tratamento. 
 Diagnóstico 
• Os ovos do T. trichiura apresentam um 
formato peculiar em “barril” – inconfundível 
no exame de fezes 
• O diagnóstico pode ser facilmente 
confirmado pela demonstração de ovos nas 
fezes pelos métodos de Lutz, Faust ou 
Kato-Katz 
 Tratamento 
• O controle de cura é realizado no 7º, 14º e 
21º dia, após o tratamento, através de dois 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
exames parasitológicos de fezes descritos 
acima. 
• Albendazol é a droga de escolha: 10 mg/ kg, 
VO, dose única (máx de 400 mg). 
Obs: Nos casos de parasitismo intenso, repetir o 
tratamento durante 5 dias consecutivos 
• Hoje, utiliza-se associado à Ivermectina para 
maior eficácia 
• Mebendazol: 100 mg, 2x ao dia, durante 3 
dias. 
Obs: Por não ser larvicida, deverá ser repetido 10 a 14 
dias depois. Deve ser ingerido fora das refeições 
• Nitazoxanida (comprimidos 500 mg e 
suspensão 20 mg/mL): 7,5 mg/kg/dose, 
12/12 horas, durante 3 dias 
Obs: Usar durante ou após refeição e a urina assume 
coloração esverdeada 
• Pamoato de oxantel: nos casos leves, 
administrar 10 mg/kg/peso do paciente, em 
dose única, VO. Nos demais, dar essa dose 
2 vezes ao dia por 3 dias 
• Prevenção 
• Medidas de controle relacionada com 
parasitos denominados de “geo-helmintos”; 
• Peridomicílio é o local importante de 
infecção em áreas de alta endemicidade; 
• Lavar bem as mãos e os alimentos; 
• Tratar a água; 
• Melhorias no saneamento básico 
• Cuidado com o solo contaminado e 
desenvolver educação em saúde 
Estrongiloídiase 
AE: Estrongiloídiase 
 AE: Strongyloides stercoralis 
• Costumam habitar o Intestino delgado dos 
indivíduos infectados 
 Epidemiologia: 
• A transmissão requer solo quente e úmido 
• Fatores de risco – condiões ambientais 
precárias e aglomerações humanas 
• Cães e gatos podem ser reservatórios 
• Hiperinfecão acomete indivíduos 
imunodeprimidos 
 Ciclo evolutivo e Transmissão 
• Modo de transmissão: Via percutânea – as 
larvas infectantes (filarioides) penetram a 
pele do indivíduo. Auto-endoinfecção – 
quando as larvas passam a ser filarióides no 
interior do próprio hospedeiro, sem passar 
pela fase evolutiva no meio externo. Auto-
exoinfecção – quando as larvas filarióides se 
localizam na região anal ou perianal, onde 
novamente penetram no organismo do 
hospedeiro. 
 
 Quadro Clínico 
• Na maioria das vezes, a infestação por 
estrongiloides é assintomática. 
Obs: sintomas digestivos altos dominam o quadro clínico. 
Obs: O sintoma mais comum é a dor epigástrica, surda 
ou em queimação, que piora com a ingestão de 
alimentos, simulando uma úlcera péptica duodenal 
Hiperinfecção - Estrongiloidíase disseminada 
• pacientes imunocompromeditos 
• Febre, dor abdominal, anorexia, náuseas e 
vômitos, diarréia profusas, manifestações 
pulmonares (tosse, dispneia e 
broncoespasmos e raramente, hemopise e 
angústia respiratória) 
• Na radiografia pode-se observar até 
cavitação 
• A eosinofilia não costuma ser proeminente 
e com frequência está ausente 
• ´Podem ainda ocorrer infecções secundárias 
como meningite, endocardite, sepse e 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
peritonite, mais frequentemente por 
esterobactérias e fungos 
• Uma síndrome disabsortiva, com 
esteatorreia, hipoalbuminemia e anasarca 
pode ocorrer pela intensa duodenojejunite 
e atrofia das vilosidades 
• Na endoscopia digestiva, o duodeno 
encontra-se edemaciado, com eventuais 
erosões e espessamento ou até 
apagamento das pregas 
• A estrongiloidíase faz parte do grupo das 
verminoses que pode causar síndrome de 
Löeffler - quadro brando de tosse seca, 
sibilância e infiltrados pulmonares migratórios 
• Diagnóstico 
• O diagnóstico laboratorial é realizado pelo 
achado das larvas rabditoides no exame 
parasitológico de fezes, pelo método de 
Baermann-Moraes 
• Speita de hiperinfecção: é necessário 
exame de uma amostra de escarro (catarro) 
para detectar larvas e Raio X de tórax para 
investigar se há infecção pulmonar 
• Exames de sangue são uma alternativa para 
investigar a alta taxa de eosinofilia 
• O diagnóstico diferencial é ascaridíase, 
giardíase, ancilostomíase, pneumonia, 
urticaria, colecistite, pancreatite, eosinofilia 
pulmonar tropical 
• Tratamento 
• O tratamento é indicado para todas as 
pessoas infectadas da família ou para todos 
os membros de grupos comunitários para 
interromper o ciclo de transmissão. 
• O controle de cura é realizado no 7º, 14º e 
21º dia após o tratamento, através de 
exames parasitológicos de fezes 
 
• Prevenção 
• Saneamento básico 
• Uso de calçados 
• Tratar os animais domésticos infectados 
Enterobíase 
• AE: Enterobius vermicularis 
• Também chamado de oxiúro 
• Epidemiologia 
• Acomete indivíduos de todas as idades e de 
todas as classes sociais – não está 
relacionado com o nível socioeconômico da 
população 
• Mais frequente na idade escolar 
• Afeta mais de um membro d família – 
implica no seu controle, que deve ser 
digerido as pessoas que vivem no mesmo 
domicilio 
• Ciclo evolutivo e Transmissão 
MODO DE TRANSMISSÃO 
 Fecal – oral: autoinfecção externa ou direta. 
Ocorre por meio das unhas (ânus – cavidade 
oral) 
 Autoinfecção indireta: ovos presentes na poeira, 
roupa de cama ou alimentos – acometendo o 
mesmo individuo 
 Heteroinfecção: ovos presentes na poeira ou 
alimentos – acomete outro individuo 
 Retreinfecção: migração das larvas da região 
anal para as regiões superiores o intestino 
grosso, chegando até o ceco, onde se tornam 
adultas 
 Autoinfecção interna: processo raro no qual as 
larvas eclodem ainda dentro do reto e depois 
migram até o ceco, transformando-se em 
vermes adultos 
Obs: os ovos são convexos de um lado e achatados no 
outro 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
 
• Quadro Clínico 
• Frequentemente é assintomático 
• Principal sintoma: prurido perianal – 
exacerbado a noite, acompanhado de 
irritabilidade e sono intranquilo. As 
escoriações decorrentes ao ato de coçar 
podem resultar em infecção secundária em 
torno do ânus 
• Sintomas inespecífico: vômitos, dores 
abdominais, tenesmo, puxo e raramente 
fezes sanguinolentas 
• Complicações: salpingites, vulvovaginites, 
granulomas pelvianas → esporadicamente. 
Infecções secundárias ás escoriações 
Obs: Algumas vezes, a oxiuríase aumenta a excitaçãosexual feminina e o onanismo (compulsão para se 
masturbar) 
• Diagnóstico 
• Clinico – prurido característico 
• O exame de fezes, na pesquisa dos ovos de 
oxiúro, frequentemente é negativo. No 
entanto, devemos procurá-los diretamente 
na região perianal, o que pode ser feito pelo 
método de Hall (swab anal) ou pelo método 
de Graham (fita gomada) 
• Também podem ser pesquisados em 
material retirado de unhas de crianças 
infectadas, que oferecem alto índice de 
positividade 
 
• Tratamento 
• É indicado para todas as pessoas infectadas 
da família ou para todos os membros de 
grupos comunitários, para interromper o 
ciclo de transmissão 
• O controle de cura é realizado uma semana 
após o término do tratamento, pelo método 
de swab anal, durante sete dias 
consecutivos, pela manhã 
• Mebendazol, 100 mg, 2 vezes ao dia, durante 
3 dias - independentemente da idade 
• Albendazol, 10 mg/kg, VO, dose única, 
máximo de 400 mg. 
• Pamoato de pirantel, 10 mg/kg, VO, dose 
única 
Obs: nenhuma das três drogas a seguir é recomendada 
em gestantes 
• Gel ou pomada de petrolato (i.e., contendo 
ácido carbólico) ou outros cremes ou 
unguentos antipruriginosos, usados na 
região perianal 2 a 3 vezes/dia, podem aliviar 
o prurido 
• Prevenção 
• O tratamento da família inteira pode ser 
necessário porque infestações múltiplas 
dentro da casa são uma regra. - Pois ovos 
viáveis podem ser excretados depois de 1 
semana da terapêutica e ovos depositados 
no meio ambiente antes da terapêutica 
podem sobreviver 3 semanas. 
• Lavar as mãos com sabão e água morna 
após usar o banheiro, após trocar fraldas e 
antes de manipular alimentos (a forma mais 
bem-sucedida) 
• Lavar roupas, roupas de cama e brinquedos 
com frequência 
• Se as pessoas estão infectadas, tomar 
banho todos os dias para ajudar a remover 
os ovos da pele 
• Usar aspirador de pó para limpar o ambiente 
e tentar eliminar os ovos 
Ancilostomíase 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
• AE: Ancylostoma duodenale ou Necator 
americanos 
• Conhecida popularmente como “amarelão”, 
“opilação” ou “doença do Jeca Tatu” 
• Parasitam o duodeno e o jejuno proximal do 
ser humano 
• Epidemiologia 
• Estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas 
no mundo são infetadas por ancilostomídeos 
• Comum nas áreas rurais, e em pessoas que 
apresentam o hábito de andar descalço 
• Mais acometidos: crianças acima de 4 anos, 
adolescentes, adultos jovens, sexo masculino 
• Ciclo Evolutivo e Transmissão 
• Larvas filariformes penetram a pele humana 
quando as pessoas andam descalças em solo 
ou entram em contato direto com solo 
infectado. 
Obs: a infecção pelo Necator americanos, só corre por 
via percutânea 
 
Obs: Perda sanguínea média diária - Necator americanus: 
0,03ml por verme e Ancylostomo duodenale: 0,15ml por 
verm 
• Quadro Clínico 
• Frequentemente assintomática. 
• Principal manifestação clínica: Anemia 
• Está entre as verminoses que podem 
causas a síndrome de Löeffler, pode ocorrer 
com sintomas brandos, como tosse seca e 
discreta sibilância 
 
Obs: Erupções maculopapulares eritematosas e 
pruriginosas e pelos seus movimentos serpentiformes, o 
quadro pode se parecer com o da larva migrans - 
Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliense 
Obs: os sintomas dependem da carga parasitária, do 
estado nutricional e da etapa de migração do parasita 
 Diagnóstico 
• Clinico – devido ao prurido característico 
(“coceiras do solo”) 
• Laboratorial: exame de uma amostra de 
fezes (identificação dos ovos), por métodos 
de Lutz, Willis ou Faust / contagem de ovos 
pelo Kato-Katz. 
• Exames de sangue para verificar se a 
pessoa está com anemia e deficiência de 
ferro. 
• Diagnóstico diferencial: anemia por outras 
etiologias, outras parasitoses. 
Obs: Eosinofilia - durante as cinco a nove semanas entre 
a penetração de larvas e o surgimento de ovos nas 
fezes, a eosinofilia pode ser a única anormalidade 
laboratorial 
Obs: Larva migrans cutânea - aspecto e na localização 
da erupção cutânea linear. O diagnóstico baseia-se nas 
manifestações clínicas. Ovos não estão presentes nas 
fezes. 
 Tratamento 
• É indicado para todas as pessoas infectadas 
da família ou para todos os membros de 
grupos comunitários para interromper o 
ciclo de transmissão. 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
• O controle de cura é realizado no 7º, 14º e 
21º dia após o tratamento, através de 
exames parasitológicos de fezes. 
• Mebendazol, 100mg, 2 vezes ao dia, durante 
3 dias consecutivos 
• Albendazol, 2 comprimidos, VO, em dose 
única (1 comprimido=200mg), ou 10ml de 
suspensão (5ml=200mg). 
• O Pamoato de Pirantel pode ser usado na 
dose de 20-30mg/kg/dia, durante 3 dias. 
• Para anemia ferropriva, suplemento de ferro 
• Tratamento tópico Tiabendazol, aplicação 
de pomada 4x ao dia, por 5 a 7 dias 
• Obs: A larva migrans cutânea é infecção 
autolimitada, mas os sintomas podem durar 5 a 
6 semanas. O tratamento com albendazol, 400 
mg, VO, 1 vez/dia, durante 3 dias, ou ivermectina 
200 mcg/kg em dose única pode ser curativo. 
 Prevenção 
• Saneamento básico adequado 
• Procurar sempre andar calçado 
• Tratar cães e gatos contra ancilóstomos 
para impedir que eles disseminem os 
ancilóstomos de animais para pessoas 
Ascaridíase 
 AE: Ascaris lumbricoides 
• Conhecido popularmente como “lombriga” 
• Infestam o intestino do homem, geralmente 
no jejuno e/ou íleo 
 Epidemiologia 
• A OMS estima-se que existam cerca de 1 
bilhão de indivíduos acometidos 
• A alta prevalência da infecção resulta pele 
grande produção de ovos pelas fêmeas 
fecundadas e pela resistência dos ovos em 
condições ambientais extremas 
 Ciclo evolutivo e Transmissão 
• A transmissão de dar através de ovos 
infectados do parasita, procedentes do solo, 
água ou alimentos contaminados com fezes 
humanas 
• Os ovos férteis tem formato oval 
 
Obs: O A. lumbricoides, tal como os outros helmintos, não 
se multiplica no organismo humano. Portanto, o número 
de vermes depende exclusivamente de quantas vezes o 
paciente ingeriu ovos infectantes deste verme. 
 Quadro Clinico 
• Depende da intensidade da infecção e dos 
órgãos acometidos 
• Assintomáticos – carga parasitária leve ou 
moderada 
• Manifestações pulmonares – ciclo da larva e 
está entre as verminoses que podem causa 
a síndrome de Loeffler (sintomas mais 
intensos que na ancilostomíase) – febre, 
tosse, dispneia e eosinofilia, com imagens 
radiológicas de infiltrados intersticiais múltiplos 
e migratórios. 
• Intestino delgado – dor abdominal, diarreia =, 
náuseas e anorexia 
• Complicações – obstrução intestinal: grande 
números parasitas, enovelamento dos 
parasitas na luz do intestino ( bolo de áscaris), 
sintomas da obstrução/semiobstrução: 
vômitos, cólicas intensas, distensão 
abdominal, eliminação dos parasitas nas 
fezes ou pelo vômito. Outras complicações 
– volvo, perfuração intestinal, colecistite e 
pancreatite 
• Ação espoliativa: o verme adulto pode 
consumir proteínas, carboidratos, lipídeos e 
vitaminas A e C do hospedeiro. Isto pode 
Heloysa Ribeiro FSM – Medicina – 2020 Pediatria – Prof: Almir 
resultar em subnutrição e baixo 
desenvolvimento físico e mental. 
 Diagnóstico 
• Clinico 
• O diagnóstico deve ser feito pela 
identificação dos ovos de áscaris nas fezes, 
pelos métodos de sedimentação de Lutz ou 
de Hoffman (para ovos inférteis) ou 
métodos de suspensão, como o de Faust 
(para ovos férteis). 
• Os exames radiológicos, do tipo baritados, 
podem revelar imagens de “falha de 
enchimento” patognomônicas de ascaridíase 
– bolo de áscaris 
• Hemograma – eosinofilia na fase de invasão 
larvária 
 Tratamento 
 
 
 Prevenção 
• Higiene pessoal 
• Educação sanitária 
• Saneamento básico 
• Tratamento dos doentes

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