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Fundamentos de cirurgia Anatomia da pele • A pele é o maior órgão (formado por grupo de tecidos) humano - tem 2metros quadrados • Corresponde a 16% do peso corporal • Complexa • Múltiplas funções ➢ Epiderme: • Camada mais superficial; • Formada por tecido epitelial – epitélio pavimentoso estratificado queratinizado • Células justapostas – dificulta impregnação de bactérias • Avascularizado – depende da derme para vascularização • Alta taxa mitótica – tem 4 camadas (exceto nas palmas das mãos e pés – 5 camadas – maior contato com superfície) o A cada 4 semanas a camada superficial é renovada • Funções: revestimento, proteção, fator imunológico, sensibilidade • Principal célula na epiderme: queratinócitos – neles há a queratina – da resistência a pele • Melanócitos – tem em seu interior melanina; nos protegem de raios UV; dão pigmentação a pele • Células de Langerhans – ajudam na imunidade; lesão dessas células por raios UV – maior susceptibilidade a processos inflamatórios/ neoplasias • Células de Merkel: dão sensibilidade tátil da pele; fica em contato com neurônio sensorial; ficam em camada mais profunda ➢ Derme: • Camada mais profunda/ mais espessa, mas tem menos células • Tecido conjuntivo resistente o Células: fibroblastos (colágeno e elastina – célula mais elástica/ resistente a trações), macrófagos, adipócitos (camada mais profunda; transição da derme para tecido subcutâneo) ▪ Ex: paciente idoso tem pouco fibroblasto = menor elasticidade; o Contém: terminações nervosas (designadas pelos discos de Merkel, corpúsculos de Meissner/ Krause/ Ruffini/ Pacini – sensibilidade tátil/ térmica) vasos linfáticos/ anexos o Supervascularizado – suprimento sanguíneo da epiderme o Funções: suprimento sanguíneo, elasticidade, proteção, sensibilidade, termorregulação ➢ Hipoderme: • Não é considerada como camada da pele; tecido subcutâneo ➢ Anexos cutâneos • Proteção • Evitar desidratação • Termorregulação • Revestimento • Imunidade • Pelo: o Pelos mais curtos/ finos/ claros (vilo) em torno da superfície do corpo inteiro o Pelo propriamente dito/ terminais/ profundos – mais evidente na face, axila, genital, anal o Divisão do pelo: raiz (impregnada na derme) e extremidade diretamente em contato com epiderme é haste o Bulbo do pelo – recebe vascularização; proveniente da derme o Músculo eretor do pelo – faz ereção do pelo o Folículo piloso – onde nascem os pelos; invaginação da epiderme dentro da derme • Glândulas sebáceas: contato direto com o folículo piloso; produz sebo – proteção – impede que bactérias transitórias permaneçam ali por muito tempo, dando espaço para as permanentes; ajuda na diminuição da perda de líquido para meio externo o Glândula sebácea + folículo piloso – unidade pilo-sebácea • Glândula sudorípara: produz suor; ajuda na termorregulação o Écrinas: presentes no corpo inteiro; desemboca na epiderme o Apócrinas: axilas/ virilha/ genital/ anal; desembocam no folículo piloso; geralmente estão inativadas até a puberdade • Unhas: lamina ungueal; fator mecânico e de proteção/ preensão • Quando a pele é exposta a raios UV, ela ajuda na absorção do cálcio no intestino • Bromidrose: cecê/ chulé; odor proveniente das regiões com glândulas apócrinas; acontece por desequilíbrio da microbiota da pele, em contato com hiperprodução do suor das glândulas apócrinas; metabolismo das bactérias com o suor gera esse odor fétido; nem sempre tem a ver com falta de higienização Patologias do tecido tegumentar (pele + tecido subcutâneo) ➢ Lesões traumáticas: • Penetrantes: • Contusas • Cisalhamento • Mordeduras • Desluvamento 1. Lesões traumáticas penetrantes • Ocasionadas por arma branca – faca, enxada, tiro, trauma contuso pode gerar lesão penetrante • Solução de continuidade – a princípio a ferida é estéril, pois há bactérias da microbiota da pele somente; com o tempo, bactérias próximas ao ferimento migram para dentro dele, colonizando a região, favorecendo o processo infeccioso • Sujidade/ contaminação/ material com ferrugem corroboram para colonização – contaminação/ infecção • Quebra das barreiras de proteção • É preciso saber o mecanismo/cinemática do trauma dessa lesão e tempo de início da lesão • Lesão da pele/ fáscia muscular/ músculos/ osso? • Lesão de grande impacto, além do corte pode ter fratura associada • Lesões com menos de 6 horas o Ex paciente sem sinais de contaminação grosseira, imunocomprometido, hígido, sem comorbidade prévia – higienização + bloqueio da ferida com cicatrização por primeira intenção posteriormente • Lesões mais de 6 horas – evita fazer sutura – chance de estar contaminado e fazer processo infeccioso é muito grande; ou paciente que fez corte que entrou em contato com sujidade – contaminação grosseira o Faz-se higienização adequada do ferimento, faz curativo adequado e deixa cicatrizar por segunda intenção; antibioticoprofilaxia o Lesão muito extensa/ face – aproximar tecido, com pontos mais distantes, pois se tiver processo inflamatório/ secreção purulenta/ sinais flogísticos – abre o ponto para drenar a ferida; não dar pontos contínuos • Tratamento: o Avaliação da ferida: quando aconteceu; lesão por trauma direto; profundidade; aspecto regular/ irregular o Higienização o Cicatrização primeira X segunda intenção o Desbridamentos, retalhos e/ou enxertos o Antibioticoprofilaxia – destinado para lesões com mais de 6 horas ou CONTAMINADAS, com contaminação grosseira do ferimento; não se estender mais que 48 horas ▪ Cefalosporina de 1ª- geração o Vacina antitetânica ▪ Se paciente não souber/ desacordado – pode fazer 0,5 ml da vacina IM 2. Lesões traumáticas contusas • “Não” há solução de continuidade o Podem ter escoriações – solução de continuidade/ cortocontusa associada o Mas a lesão contusa isolada não tem solução de continuidade • Hematoma, equimose o Hematoma tem lesão vascular do tecido profundo; demora mais tempo para desaparecer o Equimoses são lesões de arteríolas/ vênulas mais superficiais o Traumatismo abdominal e torácico • Avaliação do trauma: toracotomia • Cuidados gerais: na maioria dos traumas contusos (mais superficiais) (cair da escada) – higienização da lesão, heparina em gel, colocar gelo, analgesia • Tratamento conservador (paciente estável/ sem hipotensão, taquicardia) X cirúrgico 3. Lesões traumáticas – cisalhamento o Úlceras de pressão o Forças sobre a pele (gravidade X pressão X fricção): o Pacientes mais susceptíveis: perdem equilíbrio das forças musculares o Compressão e cisalhamento (lesão da microcirculação) decorrentes das forças de gravidade o Melhor tratamento é a prevenção o Locais que geralmente acometem essas lesões: acamados/ cadeirantes – acontecem em locais me que há pressão direta e a todo momento (occipital, crista ilíaca, sacral, calcâneo, maléolo) o Pressão > 60 mmHg por 1 hora pode gerar trombose venosa, degeneração muscular e necrose tecidual o Acometimento superficial X profundo (osso – osteomielite) o Tem cicatrização difícil/ demorada – geralmente cicatrização por segunda intenção é feita; paciente geralmente é imunocomprometido/ tem doença prévia/ desnutrido/ idoso o Começa como se fosse celulite/ lesão plana hiperemiada (decorrente da diminuição do fluxo sanguíneo) – pode levar a lesão isquêmica – trombose venosa – degeneração muscular – necrose tecidual o o Tratamento: ▪ Avaliação da lesão • Osteomielite – antibiótico direcionado ▪ Hidratação da pele – prevenção • Óleo de girassol ▪ Suporte nutricional ▪ Evitar que proeminências ósseas fiquem em contato com superfície fazendo fricção ▪ Fisioterapia motora – relógios de mudança de decúbito; acionar em pacientes que não deambulam ▪ Proteçãodas proeminências ósseas ▪ Colchão em gel; espumas ▪ Cuidados locais (curativos) – por pressão negativa/ a vácuo, pois ulceras de pressão infetadas produzem secreção/ exsudato purulento (meio de cultura); ▪ Câmeras hiperbáricas – oferta de 100% de oxigênio – repercute na vascularização, favorecendo repitelização das células, adiantando processo cicatricial – custo alto ▪ Desbridamento – retirar lesão com segmento necrótico/ fibrina; pode ser cirúrgico/ lamina de bisturi ou eletrocautério; desbridamento químico – colagenases – lesões com fibrina (favorece processo de infecção/ proliferação bacteriana) ▪ Antibioticoterapia - necrose/ infectada/ saída de secreção purulenta ▪ Retalhos ou enxertos 4. Mordeduras • Animal/ humana • Lesões cortocontusas/ perfurantes/ lacerativas • Ferimento “contaminado” • Múltiplas bactérias • Crianças são as mais acometidas • Boca é um dos locais mais contaminados do corpo • Pode acometer fáscies/ músculo/ osso • Não sutura – chance de infectar é muito grande • Lesões na face – exceção; higienização/ lavagem copiosa e aproximar tecidos com pontos mais esparsos (pontos simples, interrompidos) – se tiver processo inflamatório, abre-se sutura e drena lesão • Pede-se para que paciente retorne depois de 5/7 dias para fazer reavaliação da lesão • Ferimentos graves são em locais com baixa vascularização (polpas digitais) ou próximos a regiões importantes (cabeça/ pescoço/ face) ou pacientes imunodeprimidos/ idosos/ lesões profundas • Tratamento: o Avaliação da ferida o Higienização com soro fisiológico ou água corrente – lavar muito o Cicatrização primeira X segunda intenção (maioria das vezes; higienização, cobertura com curativo adequado e pronto) o Desbridamento, retalho e/ou enxerto o Antibioticoprofilaxia “estendida” o Vacina antitetânica e rábica o Supervisão do animal por pelo menos 10 dias – se apresenta sinais de raiva/ morrer – paciente deve fazer complemento da vacina antirábica 5. Desenluvamento • Lesões graves e complexas • Perda da pele de um segmento com exposição de outras estruturas • Avulsão do tecido • Uso de anel • Pessoas com traumas extensos – escalpo • Paciente pode entrar em choque por perda volêmica ou pelo trauma • Tratamento: o Avaliação da ferida – extensão/ se da para aproximar ou não/ contaminação o Higienização o Conservação do tecido perdido – pode servir como enxerto autólogo o Cicatrização primeira X segunda X terceira intenção o Desbridamentos, amputação, retalhos e /ou enxertos o Vacina antitetânica Exposição por substâncias cáusticas • Ácidas ou alcalinas • Gravidade o Concentração – muito concentrado = lesão maior/ profundidade maior o Duração – quanto mais duradoura = + lesão o Quantidade o Penetrabilidade – olhos/ solução de continuidade prévia/ orofaringe • Ácidas: hidrofluórico, fluorídrico, perclórico, sulfúrico, clorídrico nítrico, sulfocrômica • Alcalinas: hidróxido de sódio e potássio, carbonato de sódio ou potássio, amônia, aminas • Outras: água oxigenada concentrado, bromo, metais alcalinos, pentóxido de fósforo, fenol, formaldeído • Primeiro/ principal tratamento – LAVAGEM COPIOSA DO LOCAL • Produtos ácidos – lavar por pelo menos 30 minutos • Produtos alcalinos – lavar por pelo menos 2 horas • Centro de controle de intoxicações – orientam a conduta ➢ Ácido hidrofluórico: • Produção de criolita, gases refrigerantes, sais fluorados e defensivos agrícolas • Lesão na pele que vai corroendo até ser inativada quando encontrar cálcio no osso/ sangue • Causa arritmia – só para de agir quando tem contato direto com o cálcio • Precisa ser inativada • Gel de carbonato de cálcio – geralmente não encontrado no pronto atendimento • Gluconato de cálcio – maioria das vezes disponível no pronto atendimento ➢ Extravasamento de fluidos IV • Queimadura química • Medicamentos venosos, nutrição parenteral, quimioterápicos – punção inadequada, cateter saiu do local; o Principalmente em fossa cubital por ex – locais que dificultam a mobilidade • Peculiaridade: crianças – capilar da criança é mais frágil, e vasos se rompem com mais facilidade – criança se mexe muito; idosos • Acessos nas dobras – cateter pode sair na sua manipulação – ideal é fazer longe desses locais • Dorso da mão • Flebite – processo inflamatório – rubor/ calor/ dor • Tratamento: o Tirar o acesso o Higienização o Cuidados de como fixar o cateter Lesões por hipertermia e hipotermia • Coagulação local – isquemia – desnaturação das ptns – necrose – morte celular • Zonas de queimadura o Zona de coagulação: local mais vermelho; local mais vermelho; teve contato direto com substancia que gerou queimadura o Zona de estase: teve comprometimento indireto da substancia; vascularização teve comprometimento, mas não total; se tempo de exposição ao que gerou a queimadura for reduzido, essa zona consegue se recuperar o Zona de hiperemia: zona mais externa; região avermelhada ao redor da queimadura; faz aumento da microcirculação para restaurar zona de coagulação que foi lesionada; faz convalescência do tecido lesionado • Primeiro grau • Segundo grau • Terceiro grau • Hipertermia: bolhas – flictenas; de preferencia é melhor não estourar a bolha, pois atuam como curativo, mas se estiver incomodando ou em topografia que dificulta mobilidade do paciente – pode fazer desbridamento com técnica asspéptica • Hipotermia: frosbite; muitas vezes o paciente precisa amputar o segmento necrosado; lesão arroxeada – lesão de coagulação; lesão mais hiperemiada/ não roxeada – zona de estase; Lesões por radiação: • Ocasionadas por radiação ultravioleta • Sofremos mais por tipo A/B; tipo C camada de ozônio não deixa passar • Pessoas mais claras tem fator de risco maior, pois não tem tanta melanina – melanina é fator protetor • UVA • UVB* - causa mais lesões dérmicas • UVC • Radiação ionizante (radioterapia) – lesões nas células malignas, mas lesiona as saudáveis • Prevenção: uso de protetor solar; de preferência com FPS acima de 30; os abaixo de 30 não ajudam tanto na prevenção de lesões cancerígenas Infecções cutâneas e subcutâneas • Foliculite • Furúnculo • Carbúnculo • Hidradenite supurativa • Infecções necrotizantes – taxa de morbimortalidade muito alta; na maioria das vezes geradas por lesões mais superficiais que não tiveram cuidado adequado como foliculite ➢ Tratamento antibiótico • Manifestações sistêmicas o Febre, taquicardia, taquipneia, leucocitose • Imunocomprometidos o Idosos, uso de corticoides, portadores de HIV, câncer • Trígono perigoso da face o Trígono formado pela glabela (acima do dorso do nariz) e lábio superior o Drenagem pela veia facial – direto rochedo petroso, que fica em contato íntimo com meninge e região encefálica - meningite ou encefalite • Celulite periorbitária o Pode drenar para veia facial – meningite/ encefalite o Trombose arterial central da retina – amaurose ➢ Foliculite • Processo inflamatório do folículo piloso • Causado por obstrução do folículo – acumulo de queratina/ sebo – não consegue drenar para epiderme; substrato serve de meio de cultura para bactérias da pele – processo inflamatório/ infeccioso • Pacientes com mais pelos – maior propensão – barba/ axila/ períneo/ virilha • Depilação com gilete por ex – pequenas soluções de continuidade/ escoriações, e por conta de estado imunológico baixo/ imunocomprometimento – favorece colonização de bactérias • Pústulas superficiais no óstio do folículo piloso – parece espinha • Prevenção: evitar usar gilete nesses locais; trocar lamina da gilete; manter pele mais hidratada; usar esfoliantes; evitar usar desodorante anti transpirante – ajuda a obstruir óstio do folículo piloso; depilaçãoa laser ajuda – destrói folículo piloso • Agente etiológico: estafilocócica, estreptocócica • Clínica: pústula superficial no óstio piloso • Tratamento: tópico (limpeza e drenagem); medidas preventivas o Pomadas – derivados de corticoides/ antibióticos • ➢ Furúnculo • Evolução da foliculite • Processo inflamatório da unidade pilossebácea (folículo piloso + glândula sebácea) • Processo inflamatório do folículo pilossebáceo • Agente etiológico: estafilocócica (S. aureus) • Clínica: nódulo duro, eritematoso e doloroso, evoluindo para flutuação (pus e necrose); o Ponto de flutuação: óstio; onde há liquefação do tecido; geralmente onde se faz incisão para drenagem o Segmento necrosado dentro da lesão • Tratamento o Local (limpeza, analgesia e calor e drenagem) o Antibiótico (manifestação sistêmica) – maioria das vezes não precisa o Se furúnculo não está liquefeito, está duro – passar analgésico para paciente, anti inflamatório, e pedir para fazer compressa de calor, e pedir para retornar em 24/48/72 horas para a unidade – nódulo deve ficar mais mole para que seja feita a incisão/ drenagem – não tem que dar ponto – se for fechado, o quadro se restabelece ➢ Carbúnculo • Evolução do furúnculo • Processo inflamatório de múltiplos folículos pilossebáceos • Agente etiológico: estafilocócica (S. aureus) • Clínica: nódulo duro, eritematoso e doloroso, evoluindo para flutuação (pus e necrose) • Múltiplos óstios • Mais comuns em regiões com pelos – face/ virilha/ pescoço • Tratamento o Local (limpeza, analgesia e calor e drenagem) o Antibiótico (manifestação sistêmica) ➢ Hidradenite supurativa • Processo inflamatório das glândulas sudoríparas apócrinas (presentes em locais com muito pelo; desembocam no folículo piloso) • Alguns autores dizem que começa como foliculite • Agente etiológico: Staphylococcus • Pacientes que raspam axila/ virilha – lesões de continuidade • Alguns evoluem cronicamente – lesões fazem fístulas/ orifícios – drenam secreção, de odor fétido; passa por tratamento a longo prazo • Clínica: nódulo duro, eritematoso e doloroso, evoluindo para flutuação (pus e necrose) • Tratamento: o Drenagem o Antibiótico (manifestação sistêmica) o Medidas preventivas – evitar desodorante anti transparente; evitar cremes depilatórios/ laminas; higienização adequada; roupas mais adequadas - melhor oxigenação ➢ Doença Verneuil – hidradenite supurativa idiopática • Acne invertida • Degeneração das glândulas sudoríparas apócrinas • Agente etiológico: autoimune • Mais comum em pacientes psiquiátricos • Lesões extensas/ ulcerativas – acometem regiões com grande quantidade de pelos • Tratamento: ressecção em blobo (recidiva) – faz-se enxerto/ retalho ➢ Gangrena gasosa – miosite gangrenosa • Geralmente acomete tecidos profundos • Alta taxa de mortalidade • Mionecrose (necrose muscular) grave pós trauma, procedimento cirúrgico ou injeções musculares • Soluções de continuidade em contato com gram -/ anaeróbias • Agente etiológico: Gram -, bacterioides, clostridium perfringes (principal; bactéria do solo) • Acomete fáscies/ musculatura • Ao redor dos ferimentos produz flictenas escurecidos • Paciente grave: CTI, taquicárdico, hipotenso, ventilação mecânica • Clínica: grave/ ferida com ou sem necrose, crepitações (bactérias produtoras de gases) • Necessário fazer intervenção clínica intensiva – pode precisar de ventilação mecânica para corrigir acidose, hidratação vigorosa • Tratamento: o Desbridamento agressivo – tirar lesão necrosada para diminuir incidência de síndrome compartimental (edema compromete vascularização da região – necrose) o Antibiótico de largo espectro – gram +, gram-, anaeróbio o Fasciotomia – incisão da pele para diminuir tensão da região ➢ Fasceíte necrotizante • Infecção bacteriana grave com extensa necrose da fáscia superficial, profunda e tecido subcutâneo, com envolvimento secundário da pele (embolização séptica) • Imunocomprometido pode começar como foliculite, que evolui para furúnculo e lesão acomete planos mais profundos • Paciente taquipneico, taquicárdico, febre, hipotenso • Agente etiológico: estafilococos, estreptococos, anterobactérias, aneróbio bacterioides o Agente mais comum inicialmente: estafilococos, estreptococos o Necrose: oportunidade para aneróbias – bacterioides são as principais • Clínica: grave/ semelhante a celulite inicialmente – evolui com necrose – faz lesões mais profundas • Tratamento o Cuidados intensivos o Hidratação o Analgesia o Desbridamento agressivo o Antibiótico de largo espectro ➢ Síndrome de Fournier • Como se fosse fasceíte necrotizante na região do períneo – próximo a genitália/ região anal • Lesão extensa mas não muito profunda • Infecção bacteriana grave com extensa necrose da pele e tecido subcutâneo, raro envolvimento de planos profundos • Agente etiológico: estafilococos, estreptococos, anterobactérias, anaeróbio bacterioides • Clínica: grave/ imunocomprometido/ lesão na região perianal • Geralmente paciente é imunocomprometido, diabético, idoso, paraplégico – começa na maioria das vezes com foliculite que evolui • Muito comum em pacientes imunocomprometidos com abscesso perianal – lesões precursoras dessa síndrome; esse abscesso deve ser drenado, senão o paciente evolui mal • 80% de chance de vir a óbito • Tratamento a longo prazo caso sobreviva • Tratamento: o Desbridamento agressivo o Antibiótico de largo espectro ➢ Piodermite gangrenosa • Lesão necrótica de crescimento rápido – como se fossem úlceras, que se aprofundam cada vez mais • “Vasculite” X embolização da arteríola capilar por estado de imunossupressão ou por processo inflamatório crônico • Doenças associadas: neoplasias (síndrome paraneoplásica), doença intestinal inflamatória, doenças auto imunes • Tratamento: o Corticoide e ciclosporina (imunomodulador) o Desbridamento e drenagem o Talvez antibioticoterapia sistêmica ➢ Infecções virais • Papiloma vírus - Infecção pelo HPV o Verruga comum (verruca vulgaz) o Verruga plantar – aspecto mais plano; mais dolorosa; descama na região centrolobular o Verruga plana – conglomerado de verrugas o Verrugas venéreas (condylomata acuminata) – condilomatosas; como se fossem saculações; aspecto irregular; bolsas • Prevenção: vacina – indicada para meninas de 9-14 anos/ meninos de 11-14, pessoas com doenças imunocomprometidas; previne subtipos 6/11/16/18 • Lesões por HPV podem ser precursoras do câncer de colo de útero • Tratamento: o Ressecção química: podofilina, formalina e ácido fenol-nítrico na ferida o Ressecção cirúrgica – mandar para histopatologia –
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