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Pele e tecido subcutâneo 1

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Fundamentos de cirurgia 
Anatomia da pele 
• A pele é o maior órgão (formado por grupo de tecidos) 
humano - tem 2metros quadrados 
• Corresponde a 16% do peso corporal 
• Complexa 
• Múltiplas funções 
 
➢ Epiderme: 
• Camada mais superficial; 
• Formada por tecido epitelial – epitélio pavimentoso 
estratificado queratinizado 
• Células justapostas – dificulta impregnação de bactérias 
• Avascularizado – depende da derme para vascularização 
• Alta taxa mitótica – tem 4 camadas (exceto nas palmas 
das mãos e pés – 5 camadas – maior contato com 
superfície) 
o A cada 4 semanas a camada superficial é 
renovada 
• Funções: revestimento, proteção, fator imunológico, 
sensibilidade 
• Principal célula na epiderme: queratinócitos – neles há a 
queratina – da resistência a pele 
• Melanócitos – tem em seu interior melanina; nos 
protegem de raios UV; dão pigmentação a pele 
• Células de Langerhans – ajudam na imunidade; lesão 
dessas células por raios UV – maior susceptibilidade a 
processos inflamatórios/ neoplasias 
• Células de Merkel: dão sensibilidade tátil da pele; fica em 
contato com neurônio sensorial; ficam em camada mais 
profunda 
 
 
➢ Derme: 
• Camada mais profunda/ mais espessa, mas tem menos 
células 
• Tecido conjuntivo resistente 
o Células: fibroblastos (colágeno e elastina – 
célula mais elástica/ resistente a trações), 
macrófagos, adipócitos (camada mais profunda; 
transição da derme para tecido subcutâneo) 
▪ Ex: paciente idoso tem pouco 
fibroblasto = menor elasticidade; 
o Contém: terminações nervosas (designadas 
pelos discos de Merkel, corpúsculos de 
Meissner/ Krause/ Ruffini/ Pacini – sensibilidade 
tátil/ térmica) vasos linfáticos/ anexos 
o Supervascularizado – suprimento sanguíneo da 
epiderme 
o Funções: suprimento sanguíneo, elasticidade, 
proteção, sensibilidade, termorregulação 
 
 
➢ Hipoderme: 
• Não é considerada como camada da pele; tecido 
subcutâneo 
 
➢ Anexos cutâneos 
• Proteção 
• Evitar desidratação 
• Termorregulação 
• Revestimento 
• Imunidade 
• Pelo: 
o Pelos mais curtos/ finos/ claros (vilo) em torno 
da superfície do corpo inteiro 
o Pelo propriamente dito/ terminais/ profundos – 
mais evidente na face, axila, genital, anal 
o Divisão do pelo: raiz (impregnada na derme) e 
extremidade diretamente em contato com 
epiderme é haste 
o Bulbo do pelo – recebe vascularização; 
proveniente da derme 
o Músculo eretor do pelo – faz ereção do pelo 
o Folículo piloso – onde nascem os pelos; 
invaginação da epiderme dentro da derme 
• Glândulas sebáceas: contato direto com o folículo piloso; 
produz sebo – proteção – impede que bactérias 
transitórias permaneçam ali por muito tempo, dando 
espaço para as permanentes; ajuda na diminuição da 
perda de líquido para meio externo 
o Glândula sebácea + folículo piloso – unidade 
pilo-sebácea 
• Glândula sudorípara: produz suor; ajuda na 
termorregulação 
o Écrinas: presentes no corpo inteiro; 
desemboca na epiderme 
o Apócrinas: axilas/ virilha/ genital/ anal; 
desembocam no folículo piloso; geralmente 
estão inativadas até a puberdade 
• Unhas: lamina ungueal; fator mecânico e de proteção/ 
preensão 
• Quando a pele é exposta a raios UV, ela ajuda na 
absorção do cálcio no intestino 
• Bromidrose: cecê/ chulé; odor proveniente das regiões 
com glândulas apócrinas; acontece por desequilíbrio da 
microbiota da pele, em contato com hiperprodução do 
suor das glândulas apócrinas; metabolismo das bactérias 
com o suor gera esse odor fétido; nem sempre tem a 
ver com falta de higienização 
 
Patologias do tecido tegumentar (pele + tecido subcutâneo) 
➢ Lesões traumáticas: 
• Penetrantes: 
• Contusas 
• Cisalhamento 
• Mordeduras 
• Desluvamento 
 
1. Lesões traumáticas penetrantes 
• Ocasionadas por arma branca – faca, enxada, tiro, 
trauma contuso pode gerar lesão penetrante 
• Solução de continuidade – a princípio a ferida é estéril, 
pois há bactérias da microbiota da pele somente; com o 
tempo, bactérias próximas ao ferimento migram para 
dentro dele, colonizando a região, favorecendo o 
processo infeccioso 
• Sujidade/ contaminação/ material com ferrugem 
corroboram para colonização – contaminação/ infecção 
• Quebra das barreiras de proteção 
• É preciso saber o mecanismo/cinemática do trauma 
dessa lesão e tempo de início da lesão 
• Lesão da pele/ fáscia muscular/ músculos/ osso? 
• Lesão de grande impacto, além do corte pode ter 
fratura associada 
• Lesões com menos de 6 horas 
o Ex paciente sem sinais de contaminação 
grosseira, imunocomprometido, hígido, sem 
comorbidade prévia – higienização + bloqueio 
da ferida com cicatrização por primeira 
intenção posteriormente 
• Lesões mais de 6 horas – evita fazer sutura – chance 
de estar contaminado e fazer processo infeccioso é 
muito grande; ou paciente que fez corte que entrou 
em contato com sujidade – contaminação grosseira 
o Faz-se higienização adequada do ferimento, faz 
curativo adequado e deixa cicatrizar por 
segunda intenção; antibioticoprofilaxia 
o Lesão muito extensa/ face – aproximar tecido, 
com pontos mais distantes, pois se tiver 
processo inflamatório/ secreção purulenta/ 
sinais flogísticos – abre o ponto para drenar a 
ferida; não dar pontos contínuos 
• Tratamento: 
o Avaliação da ferida: quando aconteceu; lesão 
por trauma direto; profundidade; aspecto 
regular/ irregular 
o Higienização 
o Cicatrização primeira X segunda intenção 
o Desbridamentos, retalhos e/ou enxertos 
o Antibioticoprofilaxia – destinado para lesões 
com mais de 6 horas ou CONTAMINADAS, 
com contaminação grosseira do ferimento; não 
se estender mais que 48 horas 
▪ Cefalosporina de 1ª- geração 
o Vacina antitetânica 
▪ Se paciente não souber/ desacordado 
– pode fazer 0,5 ml da vacina IM 
 
2. Lesões traumáticas contusas 
• “Não” há solução de continuidade 
o Podem ter escoriações – solução de 
continuidade/ cortocontusa associada 
o Mas a lesão contusa isolada não tem solução 
de continuidade 
• Hematoma, equimose 
o Hematoma tem lesão vascular do tecido 
profundo; demora mais tempo para 
desaparecer 
o Equimoses são lesões de arteríolas/ vênulas 
mais superficiais 
o Traumatismo abdominal e torácico 
• Avaliação do trauma: toracotomia 
• Cuidados gerais: na maioria dos traumas contusos (mais 
superficiais) (cair da escada) – higienização da lesão, 
heparina em gel, colocar gelo, analgesia 
• Tratamento conservador (paciente estável/ sem 
hipotensão, taquicardia) X cirúrgico 
 
3. Lesões traumáticas – cisalhamento 
o Úlceras de pressão 
o Forças sobre a pele (gravidade X pressão X fricção): 
o Pacientes mais susceptíveis: perdem equilíbrio das forças 
musculares 
o Compressão e cisalhamento (lesão da microcirculação) 
decorrentes das forças de gravidade 
o Melhor tratamento é a prevenção 
o Locais que geralmente acometem essas lesões: 
acamados/ cadeirantes – acontecem em locais me que 
há pressão direta e a todo momento (occipital, crista 
ilíaca, sacral, calcâneo, maléolo) 
o Pressão > 60 mmHg por 1 hora pode gerar trombose 
venosa, degeneração muscular e necrose tecidual 
o Acometimento superficial X profundo (osso – 
osteomielite) 
o Tem cicatrização difícil/ demorada – geralmente 
cicatrização por segunda intenção é feita; paciente 
geralmente é imunocomprometido/ tem doença prévia/ 
desnutrido/ idoso 
o Começa como se fosse celulite/ lesão plana hiperemiada 
(decorrente da diminuição do fluxo sanguíneo) – pode 
levar a lesão isquêmica – trombose venosa – 
degeneração muscular – necrose tecidual 
o 
 
o Tratamento: 
▪ Avaliação da lesão 
• Osteomielite – antibiótico direcionado 
▪ Hidratação da pele – prevenção 
• Óleo de girassol 
▪ Suporte nutricional 
▪ Evitar que proeminências ósseas 
fiquem em contato com superfície 
fazendo fricção 
▪ Fisioterapia motora – relógios de mudança de 
decúbito; acionar em pacientes que não 
deambulam 
▪ Proteçãodas proeminências ósseas 
▪ Colchão em gel; espumas 
▪ Cuidados locais (curativos) – por pressão 
negativa/ a vácuo, pois ulceras de pressão 
infetadas produzem secreção/ exsudato 
purulento (meio de cultura); 
▪ Câmeras hiperbáricas – oferta de 100% de 
oxigênio – repercute na vascularização, 
favorecendo repitelização das células, 
adiantando processo cicatricial – custo alto 
▪ Desbridamento – retirar lesão com segmento 
necrótico/ fibrina; pode ser cirúrgico/ lamina de 
bisturi ou eletrocautério; desbridamento químico 
– colagenases – lesões com fibrina (favorece 
processo de infecção/ proliferação bacteriana) 
▪ Antibioticoterapia - necrose/ infectada/ saída de 
secreção purulenta 
▪ Retalhos ou enxertos 
 
4. Mordeduras 
• Animal/ humana 
• Lesões cortocontusas/ perfurantes/ lacerativas 
• Ferimento “contaminado” 
• Múltiplas bactérias 
• Crianças são as mais acometidas 
• Boca é um dos locais mais contaminados do corpo 
• Pode acometer fáscies/ músculo/ osso 
• Não sutura – chance de infectar é muito grande 
• Lesões na face – exceção; higienização/ lavagem 
copiosa e aproximar tecidos com pontos mais 
esparsos (pontos simples, interrompidos) – se tiver 
processo inflamatório, abre-se sutura e drena lesão 
• Pede-se para que paciente retorne depois de 5/7 
dias para fazer reavaliação da lesão 
• Ferimentos graves são em locais com baixa 
vascularização (polpas digitais) ou próximos a 
regiões importantes (cabeça/ pescoço/ face) ou 
pacientes imunodeprimidos/ idosos/ lesões 
profundas 
• Tratamento: 
o Avaliação da ferida 
o Higienização com soro fisiológico ou água 
corrente – lavar muito 
o Cicatrização primeira X segunda intenção 
(maioria das vezes; higienização, cobertura 
com curativo adequado e pronto) 
o Desbridamento, retalho e/ou enxerto 
o Antibioticoprofilaxia “estendida” 
o Vacina antitetânica e rábica 
o Supervisão do animal por pelo menos 10 
dias – se apresenta sinais de raiva/ morrer 
– paciente deve fazer complemento da 
vacina antirábica 
 
5. Desenluvamento 
• Lesões graves e complexas 
• Perda da pele de um segmento com exposição de 
outras estruturas 
• Avulsão do tecido 
• Uso de anel 
• Pessoas com traumas extensos – escalpo 
• Paciente pode entrar em choque por perda 
volêmica ou pelo trauma 
• Tratamento: 
o Avaliação da ferida – extensão/ se da para 
aproximar ou não/ contaminação 
o Higienização 
o Conservação do tecido perdido – pode 
servir como enxerto autólogo 
o Cicatrização primeira X segunda X terceira 
intenção 
o Desbridamentos, amputação, retalhos e 
/ou enxertos 
o Vacina antitetânica 
Exposição por substâncias cáusticas 
• Ácidas ou alcalinas 
• Gravidade 
o Concentração – muito concentrado = 
lesão maior/ profundidade maior 
o Duração – quanto mais duradoura = + 
lesão 
o Quantidade 
o Penetrabilidade – olhos/ solução de 
continuidade prévia/ orofaringe 
• Ácidas: hidrofluórico, fluorídrico, perclórico, sulfúrico, 
clorídrico nítrico, sulfocrômica 
• Alcalinas: hidróxido de sódio e potássio, carbonato 
de sódio ou potássio, amônia, aminas 
• Outras: água oxigenada concentrado, bromo, metais 
alcalinos, pentóxido de fósforo, fenol, formaldeído 
• Primeiro/ principal tratamento – LAVAGEM 
COPIOSA DO LOCAL 
• Produtos ácidos – lavar por pelo menos 30 minutos 
• Produtos alcalinos – lavar por pelo menos 2 horas 
• Centro de controle de intoxicações – orientam a 
conduta 
 
➢ Ácido hidrofluórico: 
• Produção de criolita, gases refrigerantes, sais 
fluorados e defensivos agrícolas 
• Lesão na pele que vai corroendo até ser inativada 
quando encontrar cálcio no osso/ sangue 
• Causa arritmia – só para de agir quando tem 
contato direto com o cálcio 
• Precisa ser inativada 
• Gel de carbonato de cálcio – geralmente não 
encontrado no pronto atendimento 
• Gluconato de cálcio – maioria das vezes disponível 
no pronto atendimento 
 
➢ Extravasamento de fluidos IV 
• Queimadura química 
• Medicamentos venosos, nutrição parenteral, 
quimioterápicos – punção inadequada, cateter saiu 
do local; 
o Principalmente em fossa cubital por ex – 
locais que dificultam a mobilidade 
• Peculiaridade: crianças – capilar da criança é mais 
frágil, e vasos se rompem com mais facilidade – 
criança se mexe muito; idosos 
• Acessos nas dobras – cateter pode sair na sua 
manipulação – ideal é fazer longe desses locais 
• Dorso da mão 
• Flebite – processo inflamatório – rubor/ calor/ dor 
• Tratamento: 
o Tirar o acesso 
o Higienização 
o Cuidados de como fixar o cateter 
Lesões por hipertermia e hipotermia 
• Coagulação local – isquemia – desnaturação das 
ptns – necrose – morte celular 
• Zonas de queimadura 
o Zona de coagulação: local mais vermelho; 
local mais vermelho; teve contato direto 
com substancia que gerou queimadura 
o Zona de estase: teve comprometimento 
indireto da substancia; vascularização teve 
comprometimento, mas não total; se 
tempo de exposição ao que gerou a 
queimadura for reduzido, essa zona 
consegue se recuperar 
o Zona de hiperemia: zona mais externa; 
região avermelhada ao redor da 
queimadura; faz aumento da 
microcirculação para restaurar zona de 
coagulação que foi lesionada; faz 
convalescência do tecido lesionado 
 
• Primeiro grau 
• Segundo grau 
• Terceiro grau 
• Hipertermia: bolhas – flictenas; de preferencia é 
melhor não estourar a bolha, pois atuam como 
curativo, mas se estiver incomodando ou em 
topografia que dificulta mobilidade do paciente – 
pode fazer desbridamento com técnica asspéptica 
• Hipotermia: frosbite; muitas vezes o paciente 
precisa amputar o segmento necrosado; lesão 
arroxeada – lesão de coagulação; lesão mais 
hiperemiada/ não roxeada – zona de estase; 
Lesões por radiação: 
• Ocasionadas por radiação ultravioleta 
• Sofremos mais por tipo A/B; tipo C camada de 
ozônio não deixa passar 
• Pessoas mais claras tem fator de risco maior, pois 
não tem tanta melanina – melanina é fator protetor 
• UVA 
• UVB* - causa mais lesões dérmicas 
• UVC 
• Radiação ionizante (radioterapia) – lesões nas células 
malignas, mas lesiona as saudáveis 
• Prevenção: uso de protetor solar; de preferência 
com FPS acima de 30; os abaixo de 30 não ajudam 
tanto na prevenção de lesões cancerígenas 
Infecções cutâneas e subcutâneas 
• Foliculite 
• Furúnculo 
• Carbúnculo 
• Hidradenite supurativa 
• Infecções necrotizantes – taxa de morbimortalidade 
muito alta; na maioria das vezes geradas por lesões 
mais superficiais que não tiveram cuidado adequado 
como foliculite 
 
➢ Tratamento antibiótico 
• Manifestações sistêmicas 
o Febre, taquicardia, taquipneia, leucocitose 
• Imunocomprometidos 
o Idosos, uso de corticoides, portadores de 
HIV, câncer 
• Trígono perigoso da face 
o Trígono formado pela glabela (acima do 
dorso do nariz) e lábio superior 
o Drenagem pela veia facial – direto rochedo 
petroso, que fica em contato íntimo com 
meninge e região encefálica - meningite 
ou encefalite 
 
• Celulite periorbitária 
o Pode drenar para veia facial – meningite/ 
encefalite 
o Trombose arterial central da retina – 
amaurose 
 
➢ Foliculite 
• Processo inflamatório do folículo piloso 
• Causado por obstrução do folículo – acumulo de 
queratina/ sebo – não consegue drenar para 
epiderme; substrato serve de meio de cultura para 
bactérias da pele – processo inflamatório/ infeccioso 
• Pacientes com mais pelos – maior propensão – 
barba/ axila/ períneo/ virilha 
• Depilação com gilete por ex – pequenas soluções 
de continuidade/ escoriações, e por conta de 
estado imunológico baixo/ imunocomprometimento 
– favorece colonização de bactérias 
• Pústulas superficiais no óstio do folículo piloso – 
parece espinha 
• Prevenção: evitar usar gilete nesses locais; trocar 
lamina da gilete; manter pele mais hidratada; usar 
esfoliantes; evitar usar desodorante anti transpirante 
– ajuda a obstruir óstio do folículo piloso; depilaçãoa laser ajuda – destrói folículo piloso 
• Agente etiológico: estafilocócica, estreptocócica 
• Clínica: pústula superficial no óstio piloso 
• Tratamento: tópico (limpeza e drenagem); medidas 
preventivas 
o Pomadas – derivados de corticoides/ 
antibióticos 
• 
➢ Furúnculo 
• Evolução da foliculite 
• Processo inflamatório da unidade pilossebácea 
(folículo piloso + glândula sebácea) 
• Processo inflamatório do folículo pilossebáceo 
• Agente etiológico: estafilocócica (S. aureus) 
• Clínica: nódulo duro, eritematoso e doloroso, 
evoluindo para flutuação (pus e necrose); 
o Ponto de flutuação: óstio; onde há 
liquefação do tecido; geralmente onde se 
faz incisão para drenagem 
o Segmento necrosado dentro da lesão 
• Tratamento 
o Local (limpeza, analgesia e calor e 
drenagem) 
o Antibiótico (manifestação sistêmica) – 
maioria das vezes não precisa 
o Se furúnculo não está liquefeito, está duro 
– passar analgésico para paciente, anti 
inflamatório, e pedir para fazer compressa 
de calor, e pedir para retornar em 
24/48/72 horas para a unidade – nódulo 
deve ficar mais mole para que seja feita a 
incisão/ drenagem – não tem que dar 
ponto – se for fechado, o quadro se 
restabelece 
 
➢ Carbúnculo 
• Evolução do furúnculo 
• Processo inflamatório de múltiplos folículos 
pilossebáceos 
• Agente etiológico: estafilocócica (S. aureus) 
• Clínica: nódulo duro, eritematoso e doloroso, 
evoluindo para flutuação (pus e necrose) 
• Múltiplos óstios 
• Mais comuns em regiões com pelos – face/ virilha/ 
pescoço 
• Tratamento 
o Local (limpeza, analgesia e calor e 
drenagem) 
o Antibiótico (manifestação sistêmica) 
 
➢ Hidradenite supurativa 
• Processo inflamatório das glândulas sudoríparas 
apócrinas (presentes em locais com muito pelo; 
desembocam no folículo piloso) 
• Alguns autores dizem que começa como foliculite 
• Agente etiológico: Staphylococcus 
• Pacientes que raspam axila/ virilha – lesões de 
continuidade 
• Alguns evoluem cronicamente – lesões fazem 
fístulas/ orifícios – drenam secreção, de odor 
fétido; passa por tratamento a longo prazo 
• Clínica: nódulo duro, eritematoso e doloroso, 
evoluindo para flutuação (pus e necrose) 
• Tratamento: 
o Drenagem 
o Antibiótico (manifestação sistêmica) 
o Medidas preventivas – evitar desodorante 
anti transparente; evitar cremes 
depilatórios/ laminas; higienização 
adequada; roupas mais adequadas - melhor 
oxigenação 
 
➢ Doença Verneuil – hidradenite supurativa 
idiopática 
• Acne invertida 
• Degeneração das glândulas sudoríparas apócrinas 
• Agente etiológico: autoimune 
• Mais comum em pacientes psiquiátricos 
• Lesões extensas/ ulcerativas – acometem regiões 
com grande quantidade de pelos 
• Tratamento: ressecção em blobo (recidiva) – faz-se 
enxerto/ retalho 
 
➢ Gangrena gasosa – miosite gangrenosa 
• Geralmente acomete tecidos profundos 
• Alta taxa de mortalidade 
• Mionecrose (necrose muscular) grave pós trauma, 
procedimento cirúrgico ou injeções musculares 
• Soluções de continuidade em contato com gram -/ 
anaeróbias 
• Agente etiológico: Gram -, bacterioides, clostridium 
perfringes (principal; bactéria do solo) 
• Acomete fáscies/ musculatura 
• Ao redor dos ferimentos produz flictenas 
escurecidos 
• Paciente grave: CTI, taquicárdico, hipotenso, 
ventilação mecânica 
• Clínica: grave/ ferida com ou sem necrose, 
crepitações (bactérias produtoras de gases) 
• Necessário fazer intervenção clínica intensiva – 
pode precisar de ventilação mecânica para corrigir 
acidose, hidratação vigorosa 
• Tratamento: 
o Desbridamento agressivo – tirar lesão 
necrosada para diminuir incidência de 
síndrome compartimental (edema 
compromete vascularização da região – 
necrose) 
o Antibiótico de largo espectro – gram +, 
gram-, anaeróbio 
o Fasciotomia – incisão da pele para diminuir 
tensão da região 
 
➢ Fasceíte necrotizante 
• Infecção bacteriana grave com extensa necrose da 
fáscia superficial, profunda e tecido subcutâneo, 
com envolvimento secundário da pele (embolização 
séptica) 
• Imunocomprometido pode começar como foliculite, 
que evolui para furúnculo e lesão acomete planos 
mais profundos 
• Paciente taquipneico, taquicárdico, febre, hipotenso 
• Agente etiológico: estafilococos, estreptococos, 
anterobactérias, aneróbio bacterioides 
o Agente mais comum inicialmente: 
estafilococos, estreptococos 
o Necrose: oportunidade para aneróbias – 
bacterioides são as principais 
• Clínica: grave/ semelhante a celulite inicialmente – 
evolui com necrose – faz lesões mais profundas 
• Tratamento 
o Cuidados intensivos 
o Hidratação 
o Analgesia 
o Desbridamento agressivo 
o Antibiótico de largo espectro 
 
➢ Síndrome de Fournier 
• Como se fosse fasceíte necrotizante na região do 
períneo – próximo a genitália/ região anal 
• Lesão extensa mas não muito profunda 
• Infecção bacteriana grave com extensa necrose da 
pele e tecido subcutâneo, raro envolvimento de 
planos profundos 
• Agente etiológico: estafilococos, estreptococos, 
anterobactérias, anaeróbio bacterioides 
• Clínica: grave/ imunocomprometido/ lesão na região 
perianal 
• Geralmente paciente é imunocomprometido, 
diabético, idoso, paraplégico – começa na maioria 
das vezes com foliculite que evolui 
• Muito comum em pacientes imunocomprometidos 
com abscesso perianal – lesões precursoras dessa 
síndrome; esse abscesso deve ser drenado, senão 
o paciente evolui mal 
• 80% de chance de vir a óbito 
• Tratamento a longo prazo caso sobreviva 
• Tratamento: 
o Desbridamento agressivo 
o Antibiótico de largo espectro 
 
➢ Piodermite gangrenosa 
• Lesão necrótica de crescimento rápido – como se 
fossem úlceras, que se aprofundam cada vez mais 
• “Vasculite” X embolização da arteríola capilar por 
estado de imunossupressão ou por processo 
inflamatório crônico 
• Doenças associadas: neoplasias (síndrome 
paraneoplásica), doença intestinal inflamatória, 
doenças auto imunes 
• Tratamento: 
o Corticoide e ciclosporina (imunomodulador) 
o Desbridamento e drenagem 
o Talvez antibioticoterapia sistêmica 
 
➢ Infecções virais 
• Papiloma vírus - Infecção pelo HPV 
o Verruga comum (verruca vulgaz) 
o Verruga plantar – aspecto mais plano; mais 
dolorosa; descama na região centrolobular 
o Verruga plana – conglomerado de 
verrugas 
o Verrugas venéreas (condylomata 
acuminata) – condilomatosas; como se 
fossem saculações; aspecto irregular; 
bolsas 
• Prevenção: vacina – indicada para meninas de 9-14 
anos/ meninos de 11-14, pessoas com doenças 
imunocomprometidas; previne subtipos 6/11/16/18 
• Lesões por HPV podem ser precursoras do câncer 
de colo de útero 
• Tratamento: 
o Ressecção química: podofilina, formalina e 
ácido fenol-nítrico na ferida 
o Ressecção cirúrgica – mandar para 
histopatologia 
 
–

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