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Técnicas de Desobstrução das Vias Aéreas para Pacientes Ventilados Mecanicamente Fisioterapia Respiratória II Introdução Prevenir e tratar complicações respiratórias em pacientes críticos relacionadas à retenção de secreção pulmonar e atelectasia. Os mecanismos primários de eliminação de secreção são prejudicados. A presença de via aérea artificial, má umidificação dos gases inspirados e relativa imobilidade são as principais causas de retenção de secreção pulmonar. Várias técnicas de desobstrução das vias aéreas têm sido descritas, como a hiperinsuflação manual e a hiperinsuflação do ventilador, mas elas têm sido principalmente associadas a efeitos a curto prazo. Como aplicar técnicas de remoção de secreção (hiperinsuflação com o ventilador mecânico, compressão expiratória da caixa torácica, manobra PEEP/ZEEP e manobra de insuflação-exsuflação mecânica) que utilizam princípios fisiológicos de flow bias e compressão dinâmica das vias aéreas. 2. Flow Bias e compressão dinâmica das vias aéreas durante a terapia de desobstrução das vias aéreas Mecanismos de depuração do muco São o transporte mucociliar e a interação gás-líquido, que inclui o flow bias e a tosse. O transporte mucociliar e a interação gás-líquido Eliminam o muco das vias aéreas periféricas e pequenas; Na ausência de tosse O flow bias torna-se um importante mecanismo de eliminação de secreções também nas grandes vias aéreas. Tosse A tosse, que é uma amplificação da interação gás-líquido, é o principal método de remoção de secreções das vias aéreas centrais. 3. Flow Bias Resumo Geral O Flow Bias é uma consequência do movimento contínuo “para lá e pra cá” do gás nas vias aéreas. Ao longo de várias respirações, o volume líquido de gás movido em qualquer direção deve ser igual, mas o fluxo de pico (ou fluxo médio) das fases inspiratória e expiratória pode diferir muito, criando o Flow Bias. Ao considerar qual é maior, o pico fluxo inspiratório (PIF) ou pico de fluxo expiratório (PFE), um Flow Bias inspiratório ou expiratório é estabelecido e conduz o movimento líquido do muco em sua mesma direção, ou seja, em direção aos pulmões ou à glote, respectivamente. 3. Flow Bias Resumo Geral No pulmão normal, o estreitamento das vias aéreas na expiração aumenta a velocidade do ar expiratório, aumentando assim a interação ar-líquido e favorecendo um fluxo de muco expiratório/cefálico. No entanto, em pacientes ventilados mecanicamente, principalmente em ventilação com pressão de suporte e ventilação mandatória contínua (VMC) com controle de pressão, é comum encontrar ventilação com PIF muito superior ao PFE, o que cria um Flow Bias inspiratório e um risco aumentado de retenção da secreção pulmonar. O Flow Bias move o muco usando o mecanismo de transporte gás-líquido de 2 fases e é geralmente expresso como a razão (PEF:PIF) ou diferença (PEF – PIF) entre os picos de fluxo. 3. Flow Bias Fatores Críticos Velocidade do ar inspiratório-expiratório; Viscosidade do muco e a espessura da camada de muco, que precisa atingir de 5 a 10% do diâmetro das vias aéreas. Vale ressaltar que o transporte de muco por esse mecanismo ocorre mesmo sob ventilação a volume corrente; não é dependente de altos fluxos e, portanto, não ocorre exclusivamente durante a tosse. Afetam o transporte de muco por esse mecanismo incluem: 3. Flow Bias Limiar de Flow Bias No final da década de 1980, foi levantada a influência do Flow Bias no manejo da secreção no paciente em ventilação mecânica. O primeiro limiar de Flow Bias descrito na literatura associado ao deslocamento de muco cefálico foi uma relação PEF:PIF > 1,11. Desde então, esse limiar de Flow Bias tem sido usado para inferir a eficácia das técnicas de desobstrução das vias aéreas em pacientes de cuidados intensivos. Em 2008, Volpe et al, após uma série de experimentos usando um modelo bicompartimental de bancada e simulador de muco, demonstraram que o transporte de secreções das vias aéreas pelo mecanismo de transporte bifásico gás-líquido parece ser melhor explicado pela diferença entre PEF e PIF e não pela relação PEF: PIF. Os autores identificaram como limiar crítico para o deslocamento do muco em direção à glote uma diferença PEF- PIF > 17 L/min, e quanto maior essa diferença, maior o deslocamento do muco. 4. Compressão dinâmica das vias aérea Melhora a interação do fluxo gás-líquido. Isso porque o fluxo expiratório é mantido constante ou maior em vias aéreas mais estreitas, resultando em aceleração do fluxo aéreo. Compressão dinâmica das vias aéreas pois reduz ainda mais o diâmetro das vias aéreas durante a expiração, formará um ponto de igual pressão. Esse efeito é acentuado durante manobras que aumentam a pressão pleural No segmento das vias aéreas a montante do ponto de igual pressão (em direção aos alvéolos), não há compressão dinâmica das vias aéreas, enquanto a jusante (em direção à boca) a pressão pleural excede a pressão intrabrônquica e ocorre compressão dinâmica. Montante e Jusante O local do ponto de igual pressão é influenciado pela estabilidade das vias aéreas, pela força expiratória e pelo volume pulmonar. Deslocamento do ponto de igual pressão o ponto de igual pressão precisa ser deslocado para onde o muco está acumulado para capturar o muco em tal ponto de estrangulamento e, assim, expulsá- lo em direção à glote pelo aumento da velocidade do fluxo de ar expiratório Desobstrução das vias áreas Podem ser suscetíveis à limitação do fluxo expiratório durante manobras compressivas ou expiratórias forçadas, o que acredita-se estar relacionado à colapsabilidade das vias aéreas. Se as vias aéreas colapsarem, o fluxo a jusante cai para zero e a remoção de secreções é interrompida. Vias aereas instáveis ou volumes pulmonares reduzidos A limitação do fluxo expiratório é frequentemente observada em indivíduos com DPOC, obesidade e insuficiência cardíaca, e essa limitação é influenciada pelo estado hídrico, posição do paciente, broncoconstrição e condições ventilatórias. Pacientes ventilados mecanicamente PEEP intrínseca, cujo tratamento consiste na aplicação de uma PEEP externa equivalente a 80-85% da PEEP intrínseca. Nesse sentido, a PEEP externa também tem sido recomendada como estratégia de proteção contra a limitação do fluxo expiratório durante as manobras expiratórias forçadas, com o objetivo de gerar um efeito de imobilização. Principal consequência da limitação do fluxo expiratório 4. Compressão dinâmica das vias aérea Técnicas de desobstrução das vias aéreas para pacientes ventilados mecanicamente A hiperinsuflação do ventilador, ERCC , PEEP-ZEEP e MI-E são técnicas de desobstrução das vias aéreas que podem ser aplicadas de acordo com os mecanismos de Flow Bias e Compressão Dinâmica das vias aéreas para remover efetivamente as secreções. No entanto, existem algumas controvérsias sobre como elas devem ser aplicadas que ainda requerem esclarecimento. 6. Hiperinsuflação com ventilador mecânico Hiperinsuflação com ventilador x Hiperinsuflação manual A hiperinsuflação com o ventilador pode ser definida como o uso do ventilador para fornecer maior volume corrente, com o objetivo de auxiliar na remoção de secreção; Essa técnica foi introduzida como alternativa à hiperinsuflação manual, onde uma unidade de ressuscitação (AMBU) era utilizada com esse objetivo; Tanto a hiperinsuflação com ventilador quanto a hiperinsuflação manual podem ser aplicadas com um segundo objetivo: abrir unidades pulmonares colapsadas que não estão necessariamente associadas à retenção de secreção nas vias aéreas. 6. Hiperinsuflação com ventilador mecânico Hiperinsuflação com ventilador x Hiperinsuflação manual Estudos confirmaram a semelhança entre a hiperinsuflação com ventilador e a hiperinsuflação manual na eliminação de secreções, melhorando a mecânica respiratória e as trocas gasosas; No entanto, há uma falta de estudos abordando os efeitos da hiperinsuflação com ventilador ou da hiperinsuflação manual em desfechos clinicamente relevantesa longo prazo. 6. Hiperinsuflação com ventilador mecânico Hiperinsuflação com ventilador x Hiperinsuflação manual Devido às vantagens potenciais da hiperinsuflação com ventilador, adotamos seu uso em vez da hiperinsuflação manual; Ao utilizar o ventilador para aplicar a manobra, o paciente não é desconectado do ventilador mecânico Diferente da hiperinsuflação manual, a hiperinsuflação com ventilador possibilita monitorar e definir os parâmetros de interesse para a aplicação da técnica. evitando a perda de PEEP, hipoxemia e estresse de cisalhamento causado pela abertura e fechamento cíclico das pequenas vias aéreas; 6. Hiperinsuflação com ventilador mecânico Estudos sobre hiperinsuflação com ventilador usaram diferentes critérios para determinar o volume inspiratório: Independentemente do critério escolhido, o pico de pressão inspiratória deve ser limitado a 40 cmH2O; Os principais modos usados para hiperinsuflação com o ventilador foram o modo controlado a volume e com suporte pressórico. - 50% acima do volume corrente atual; - 130% do volume corrente definido; - 15 mL/kg ou volume correspondente a um pico de pressão inspiratória de 40 cmH2O. 6. Hiperinsuflação com ventilador mecânico Em relação ao tempo ou fluxo inspiratório durante a manobra, os seguintes critérios foram usados: Embora usando diferentes configurações para realizar a manobra, os trabalhos citados relataram benefícios na remoção de secreções e melhora dos parâmetros fisiológicos; Porém, é possível pensar que é ideal usar uma combinação de configurações para alcançar o melhor resultado. - tempo inspiratório de 3 a 5 segundos; - fluxo inspiratório de 20L/min mais uma pausa inspiratória de 2segundos. Achados na literatura Controle de volume na Ventilação Mandatória Controlada (CMV) foi mais bem sucedido do que a Ventilação com Suporte Pressórico (PSV) e controle de pressão na CMV para fornecer hiperinsuflação do ventilador; Tempos de subida mais longos reduzem o pico de fluxo inspiratório (PFI), resultando em um viés de fluxo expiratório favorável e em um aumento do movimento do muco; CMV de controle de volume com fluxo inspiratório de 20L/min e PSV com ciclagem de 10% ou 25% apresentaram os melhores resultados de limiares de viés de fluxo e expansão pulmonar; 6. Hiperinsuflação com ventilador mecânico Achados na literatura Pacientes com drive respiratório, alguns modos ventilatórios podem causar assincronia paciente-ventilador durante a hiperinsuflação do ventilador; CMV de controle de volume com fluxo inspiratório de 20 ou 50L/min e o CMV de controle de pressão com tempo inspiratório prolongado estavam associados a uma alta incidência de fluxo e assincronias de fase, respectivamente; Em pacientes com vias aéreas colapsadas ou colapso pulmonar, as técnicas de desobstrução das vias aéreas requerem permeabilidade mínima para serem eficazes. 6. Hiperinsuflação com ventilador mecânico Achados na literatura Para pacientes que apresentam desconforto respiratório ou assincronias paciente-ventilador durante a hiperinsuflação com ventilador no CMV, é sugerido aplicar a hiperinsuflação no PSV; Não foram relatadas alterações significativas da pressão arterial e da frequência cardíaca durante a técnica; Não foi encontrado alterações no índice cardíaco e no consumo de oxigênio arterial médio em indivíduos que receberam hiperinsuflação com ventilador com controle de volume CMV; A preocupação de que a hiperinsuflação com o ventilador possa causar hiperventilação, parece que, se aplicado em modos ventilatórios assistidos ou com frequência respiratória reduzida em ventilação controlada, não há alteração significativa na saída de CO2, PaCO2 ou volume minuto. 6. Hiperinsuflação com ventilador mecânico É ideal usar uma combinação de configurações para alcançar o melhor resultado Conclusão preferindo ajustes que reduzam o pico de fluxo inspiratório (PFI) e aumentem o pico de fluxo expiratório (PFE), produzindo um flow bias (PFE – PFI) expiratório, de valor preferencialmente maior que 33 L/min. 6. Hiperinsuflação com ventilador mecânico 7. Expiratory Rib Cage Compression- ERCC (compressão torácica expiratória) ERRC geralmente é aplicado para auxiliar no movimento de secreção de distal para vias aéreas proximais, ou para remover a secreção de grandes vias aéreas. Se o ERRC for aplicado com intensidade gradual (de suave a forte) para prolongar a expiração após o início da fase expiratória, ele remove as secreções das vias aéreas distais. Por outro lado, se o ERRC for aplicado com compressões fortes para aumentar o PFE e sincronizado com o início da expiração, ele remove secreções das vias aéreas proximais. OBS: Há grande controvérsia sobre como essa técnica deve ser realizada. Resumo Geral Marti e cols. descobriram que o ERCC rígido/curto aumentou o PEF em 9 L/min e depuração de muco significativamente melhorada em traqueia sem causar nenhum efeito deletério. Por outro lado, o ERCC suave/longo não influenciou a depuração do muco e piorou levemente a elastância pulmonar estática e saída de ar. Em relação a terminologia, para essa sevisão, iremos usar: ERCC suave/longo e ERCC rígido/curto Achados na literatura: Em relação a técnica de ERCC rígido/curto, vários estudos que investigaram esta técnica em modelos pulmonares ventilados, relataram aumentos significativos na PFE de 8,8 L/min e 8,9 L/min, respectivamente. A capacidade do ERCC rígido/curto de aumento do PFE parece ser determinado principalmente pelo tempo da aplicação da manobra, que deve ser realizada em total sincronização com o início da expiração. Achados na literatura: Avena e cols. relataram que o uso do ERCC rigido/curto seguida de aspiração das vias aéreas em sujeitos cirúrgicos resultou em redução da resistência das vias aéreas e melhora oxigenação, indicando a eficácia da técnica na removendo a secreção. Mais recentemente, Gonçalves et al também relataram que a forma ERCC dura/breve resultou em maior remoção de secreção e melhora da complacência estática em 30 sujeitos ventilados mecanicamente. Achados na literatura: Os autores postularam que a PEEP mais alta minimizou o colapso das vias aéreas durante a ERCC e, portanto, permitido PFE mais alto. Além disso, os autores também recomendaram uma manobra de hiperinsuflação após a ERCC para inflar as áreas colapsadas pelo efeito compressivo. Achados na literatura: Unoki e cols. relatam que a utilização dessa técnica seguida de aspiração piorou a complacência respiratória e as trocas gasosas em relação ao grupo controle submetido apenas à aspiração das vias aéreas. Genc et al. também relataram que a adição de ERCC à hiperinsuflação não melhorou a complacência pulmonar e a remoção de secreções em 22 indivíduos ventilados. Freynet et al ao contrário, indicou que o uso do ERCC suave/longo combinado com compressão abdominal em 16 indivíduos com pneumonia associada ao ventilador removeu mais secreção e resultou em uma melhora transitória na complacência pulmonar estática quando comparado ao grupo controle. Achados na literatura: Outros estudos investigaram o uso do ERCC suave/longo, e os resultados são diversos: Posicione as mãos bilateralmente no terço inferior do tórax. Inicie a compressão em sincronização total com o início da expiração; Observe as curvas do ventilador para melhor desempenho. A compressão deve ser forte e rápida. Evite soltar as mãos do tórax muito rapidamente para evitar o acionamento automático do ventilador e para evitar o aumento da pressão transmural, o que poderia aumentar o PIF do próximo ciclo. Monitore a tela do ventilador para observar o incremento no PEF causados pelo ERCC. Se não houver incremento, a manobra não é eficaz. Monitorar hemodinâmica, saturação de oxigênio e curvasdo ventilador durante todo o procedimento. Considerando as limitações metodológicas de muitos dos Recomendações sobre como realizar o ERCC rigido/curto: Conclusão os estudos mencionados acima e a inconsistência na resultados dos estudos, não é possível fazer recomendações sobre o uso do formulário ERCC suave/longo. Contudo, o uso do formulário ERCC rígido/curto parece ser capaz de aumentar o PFE e, portanto, o viés de fluxo expiratório. 8. PEEP-ZEEP Limitação Uma limitação desta técnica consiste no fato de que a PEEP/ZEEP pode induzir colapso alveolar em pacientes com alta elastância pulmonar e alvéolos instáveis. Portanto, é imperativo salientar que a manobra só deve ser aplicada em pacientes cuidadosamente selecionados, que não são propensos a colapso alveolar ou lesão pulmonar aguda. Resumo Geral Esta técnica consiste em aumentar a PEEP para 15cmH2O durante 5 ciclos com pressão de pico limitada a 40cmH2O, seguido por redução abrupta da PEEP para 0 cmH2O. Aumentando o delta de pressão no início da fase expiratória, esta técnica aumenta o PFE e, consequentemente, o flow bias expiratório. 8. PEEP-ZEEP Resumo Geral Sobre as pressões utilizadas, mais estudos são necessários para compreender se há melhores efeitos potenciais utilizando maiores valores. A técnica PEEP-ZEEP provou ser segura em uma amostra geral de pacientes de UTI e também em indivíduos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Estudos adicionais relataram que PEEP-ZEEP foi equivalente a ERCC e Hiperinsuflação manual na remoção de secreção e melhora da complacência pulmonar, respectivamente. No entanto, os dois últimos estudos não forneceram informações sobre o modo ventilatório utilizado para aplicar a PEEP-ZEEP e não descreveram os fluxos de pico e o flow bias alcançado. 8. PEEP-ZEEP Figura 3: Curvas de pressão das vias aéreas e fluxo de ar da técnica PEEP-ZEEP aplicada em A: modo volume controlado e em B: modo pressão controlada, sem compressão expiratória da caixa torácica, para um paciente representativo. Os traçados da curva de pressão são contínuos e os traçados do fluxo de ar são interrompidos. Observamos o incremento no flow bias expiratório (diferença PEF-PIF) durante o ciclo ZEEP durante os dois modos de ventilação causado pelo aumento do PFE. 8. PEEP-ZEEP Figura 4: A: A manobra PEEP-ZEEP sem compressão torácica expiratória e B: a manobra PEEP-ZEEP com compressão torácica expiratória em um sujeito representativo da amostra do estudo. 9. Insuflação-exsuflação mecânica Simular a tosse mecanicamente aplicando mudanças de pressão positiva e negativa nas vias aéreas, de forma não invasiva por meio de máscara ou bocal ou de forma invasiva por meio de traqueostomia ou tubo endotraqueal. insuflação pulmonar com pressão positiva, seguida de uma exsuflação ativa com pressão negativa que cria um pico de fluxo sustentado proporcionando cisalhamento e velocidade apropriados para soltar e mover as secreções. Desenvolvida no início da década de 1950; Usada principalmente para auxiliar, de forma não invasiva, a desobstrução das vias aéreas em pacientes com fraqueza neuromuscular. Entretanto, seu uso em pacientes ventilados mecanicamente vem aumentando nos últimos anos. Recomendação: pacientes ventilados com sinais de retenção de secreção e com tosse fraca determinada por um peak flow < 60 L/min para facilitar o desmame ou reduzir o risco de reintubação. Alvo deve ser diferenças altas PEF-PIF, que podem ser alcançado pela aplicação de insuflação lenta e definindo pressões de exsuflação maiores, dentro de limites seguros, como +30/–40 cm H2O e +40/–50 cm H2O. Conclusão Técnicas com grande potencial para auxiliar a depuração de secreção pulmonar em pacientes ventilados mecanicamente. Limitação: recomendações que foram feitas dependem da interpretação de uma combinação de experiências dos autores, estudos preliminares e pesquisas. No entanto, os autores afirmam que tentaram fornecer a melhor evidência disponível. Esperam que evidências mais confiáveis sobre técnicas de desobstrução das vias aéreas estejam disponíveis no futuro. Referência Bibliográfica VOLPE, Marcia S.; GUIMARÃES, Fernando S.; MORAIS, Caio CA. Airway clearance techniques for mechanically ventilated patients: Insights for optimization. Respiratory Care, v. 65, n. 8, p. 1174-1188, 2020. 01 Obrigada!
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