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MÉTODOS DE IMAGEM EM NEURORRADIOLOGIA - AVC E TCE Profª Fabíola Morotó TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO LESÕES PRIMÁRIAS Decorrentes do trauma inicial, observadas no atendimento - Fraturas cranianas - Hematoma epidural - Hematoma subdural - Hemorragia subaracnóide - Contusão cerebral - Lesão axonal difusa LESÕES SECUNDÁRIAS Altíssima mortalidade - Edema cerebral - Herniação - Isquemia - Morte cerebral - Dissecção intracraniana - Dissecção extracraniana - Fístula carótido-cavernosa ● TC sem contraste é o exame de escolha → Disponível, rápido (segundos/multislice) e fornece uma boa quantidade de informações, reconstrução em vários planos. ● RM é útil na avaliação subaguda (pct estabilizado) → maior tempo de exame (no mínimo 20min), equipamento de manutenção da vida não ferromagnéticos. ● Não se faz RX de crânio → ausência de fratura → não exclui lesão cerebral. Alto potencial de falsos negativo. Geralmente o que você enxerga na radiografia você enxerga no exame físico e as fraturas podem ser confundidas com sulcos vasculares e suturas. Revisar anatomia da artéria temporal (osso temporal é airado) Quando aconteceu? Como aparece o sangue na TC (descrição em território extravascular no TCE)? ● Fase aguda → branco: hiperdenso ● Subaguda → densidade semelhante a de partes moles (Isodenso) ● Crônica → densidade se assemelha a da água ou do líquor (hipodenso) Onde aconteceu? Extra-axial (meninges) HEMATOMA EPIDURAL OU EXTRADURAL - Biconvexo (Não cruza as suturas) - Não cruza as suturas - Instalação rápida por haver lesão arterial, principalmente da artéria meníngea média - É aquele onde em 50% das vezes acontece o intervalo lúcido. TC de caso real Trauma, hematoma subgaleal (fora da calota), hiperdenso e biconvexo, com importante edema das estruturas cerebrais adjacentes e desvio da linha média Dependendo do mecanismo do trauma aparecem mais de um tipo de hematoma HEMATOMA SUBDURAL - Aspecto em crescente - Lesão de veias do espaço subdural (tem instalação mais lenta) - Ultrapassa o limite das suturas, não tendo tanto volume no diâmetro latero-lateral) SUBDURAL CRÔNICO Mudança na densidade, com presença de nível → componentes do sangue, como hemossiderina, depositados (hipodensa). ● Evolução temporal: dias até 2 semanas para começar a cronificar, podendo ainda ter muito efeito volumétrico. Para haver os comemorativos de regressão completa do edema dura meses, haverá redução volumétrica quando o que se perdeu do parênquima ficar gliótico. HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE - Hiperdensidade dos sulcos, fissuras e cisternas, - Lesão de vasos da pia-aracnóide. Quadros mais volumosos: Lembrar que a visão da TC é de baixo para cima (caudal → crânio)!!! Na imagem acima existe um hematoma subgaleal na região temporal direita (Aumento de partes moles), afundamento de crânio, hematoma subdural (aspecto em crescente na região esquerda) e HSA. ● Líquor entre os sulcos quando o paciente é mais velho, ou quase nada quando é mais jovem - fina lâmina hipodensa. INTRA-AXIAL ● Contusão No local do trauma ou no pólo oposto (contragolpe) Área hiperdensa no parênquima (TC) RM muito mais sensível - estágio subagudo (nem hiperdenso, nem gliótico - hipodenso - há dificuldade em discernir onde está o parênquima e onde está a lesão) Rosa (golpe), Azul (contra golpe) Lesões parenquimatosas se tornam mais visíveis depois de algumas horas (tempo é muito variável: depende de PA, coagulação, tempo sangrando, medidas de intervenção). Só dá pra saber que é contragolpe pela história. Na imagem acima, há lesão intraparenquimatosa parietal direita e hematoma subgaleal volumoso esquerdo que precisa ser observado, pois podem justificar mais a clínica do que o local de trauma. ● Lesão Axonal difusa Múltiplos focos/áreas hiperdensas (TC) na substância branca subcortical Edema HSA RM + sensível Lesão por cisalhamento, os neurônios fazem movimento de vai e vem e então ocorre a ruptura do axônio, com rompimento dos vasos e sangramentos microscópicos e difíceis de identificar → TC parece normal. Localização: interface branco-cinzenta do corpo caloso e porção superior do tronco. RM MAUS TRATOS EM CRIANÇAS ● Fraturas ● Hematomas subdurais em vários estágios de evolução (em 80% serão unilaterais e nas crianças com maus tratos são bilaterais), ● Hemorragia Subaracnóidea, ● Infartos em lobos parietais e occiptal. ● Shaking baby, síndrome do bebê sacudido. EFEITOS SECUNDÁRIOS DO TCE Podem ser de maior importância clínica do que as manifestações diretas - HERNIAÇÕES CEREBRAIS - Isquemia traumática - Edema cerebral difuso - Lesão Hipóxica Mais comuns: herniação subfalcina (?), supra infratentorial. Herniação subfalcina ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (49:33) AVCi Até 24h após o ictus → Normal 3 a 10 dias → edema + de 21 dias → atrofia Hiperdensidade da artéria média cerebral Infusão de contraste iodado, corte coronal Edema: menor densidade, aumento volumétrico tecidual, indefinição entre subs. branca e cinzenta Após 48h: Fenômeno ex-vacum: alargamento compensatório ventricular Área de gliose após 2 anos - morte tecidual ACHADOS NA RESSONÂNCIA Imediatos <12h (alterações na perfusão, coeficientes de de difusão aparente, apagamento dos sulcos, edema dos giros) 12 a 24h - Efeito de massas (hiperintensidade em T2) - 1 a 3 dias - 4 a 7 dias - 1 a 8 semanas - Meses a anos Sequência da lâmpada acessa (difusão, eventos agudos) - tecido hipovascularizado irá brilhar. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO - Aneurisma, hipertensão, malformação vascular, abuso de drogas, vasculites. Subaracnóide, intraventricular e intraparenquimatosa HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR Presença de sangue no espaço intraventricular Calcificações no plexo coróide (topografia posterior dos ventrículos) podem ser fisiológicas, mas hiperdensidade no restante do ventrículo não é comum. HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA Parietal direita Caso com ventriculomegalia AVCI COM TRANSFORMAÇÃO PARA AVCH Halo tecidual hipodenso Infarto Cerebral Agudo - isquêmico TC cerca de 60% são normais nas primeiras horas RM não consegue detectar acidentes vasculares em 10 a 20% dos pacientes. TC é rápida, tem compatibilidade com os equipamentos de ressuscitação, boa definição anatômica.
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