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1. Apostila da UC 09_ Técnicas de Produção de Frutas

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PRODUÇÃO DE FRUTAS
MÓDULO ESPECÍFICO I
Técnicas de Produção de Frutas
Curso Técnico EaD Senar
Formação Técnica
SENAR - Brasília, 2021
Técnicas de Produção 
de Frutas 
S491c
 SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
 Curso técnico EaD SENAR: técnicas de produção 
de frutas / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – 
Brasília, DF: SENAR, 2020.
 206 p. : il. ; 16 x 23 cm – (SENAR Formação Técnica)
 
	 	 Inclui	bibliografia
 ISBN 978-65-86344-39-4
 
 1. Frutas – Cultivo. 2. Botânica. 3. Produtividade 
agrícola. I.Título. II. Série.
CDU 634
Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422
Sumário
Introdução à Unidade Curricular –––––––––––––––––––––––––––––––– 9
Tema 1: Tratos culturais ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 15
Tópico 1:	Introdução	à	botânica	e	à	fisiologia	vegetal	 –––––––––––––– 17
1.1	Classificação	botânica	 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 18
1.2 Estrutura das plantas ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 20
1.3	Classificação	quanto	ao	clima	 ––––––––––––––––––––––––––––––– 26
Atividades de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 28
Tópico 2: Roçagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 28
2.1 Roçagem manual –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 28
2.2 Roçagem mecanizada ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 29
2.3	Roçagem	química	 –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 30
Atividade de aprendizagem –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 31
Tópico 3: Técnicas de manejo de plantas daninhas –––––––––––––––– 31
3.1 Características dos herbicidas ––––––––––––––––––––––––––––––– 31
3.2 Práticas culturais de controle de plantas daninhas ––––––––––––––– 33
3.3 Resistência de espécies daninhas a herbicidas –––––––––––––––––– 34
3.4 Interação entre herbicida e ambiente ––––––––––––––––––––––––– 35
3.5 Espécies infestantes no manejo integrado ––––––––––––––––––––– 35
3.6	Controle	químico	associado	ao	controle	cultural	 ––––––––––––––––– 36
3.7 Biologia e potencial competitivo da espécie infestante –––––––––––– 37
3.8 Aplicação de herbicidas –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 38
Atividades de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 39
Tópico 4: Condução da lavoura –––––––––––––––––––––––––––––––– 40
4.1 Tutoramento –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 40
4.2 Técnicas de poda –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 41
4.3	Técnicas	de	indução	floral	 –––––––––––––––––––––––––––––––––– 49
4.4 Cobertura morta ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 49
Atividade de aprendizagem –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 50
Tópico 5: Polinização –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 50
5.1 Tipos –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 51
5.2 Espécies de insetos polinizadores –––––––––––––––––––––––––––– 52
5.3	Morfologia	floral	das	plantas	frutíferas	 –––––––––––––––––––––––– 53
5.4 Ninhos racionais de insetos polinizadores –––––––––––––––––––––– 54
5.5 Espécies silvestres usadas no pastejo de insetos polinizadores ––––– 55
Atividade de aprendizagem –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 57
Tópico 6: Cuidados adotados antes da colheita ––––––––––––––––––– 57
6.1 Limpeza da área de colheita –––––––––––––––––––––––––––––––– 57
6.2 Organização dos colhedores –––––––––––––––––––––––––––––––– 57
6.3 Distribuição do material de colheita –––––––––––––––––––––––––– 58
Tópico 7: Fitorreguladores –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 58
7.1 Auxinas –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 58
7.2 Giberelinas ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 59
7.3 Citocininas ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 60
7.4 Ácido abscísico –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 61
7.5 Cianamida hidrogenada ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 61
7.6 Paclobutrazol –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 62
7.7 Etileno ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 63
Atividade de aprendizagem –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 64
Tópico 8: Operações mecanizadas ––––––––––––––––––––––––––––– 65
8.1	Tipos	de	equipamentos	 –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 65
8.2	Regulagem	dos	equipamentos	 –––––––––––––––––––––––––––––– 67
Atividades de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 72
Encerramento do tema ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 73
Tema 2:	Controle	fitossanitário	 –––––––––––––––––––––––––––––––––– 75
Tópico 1: O agroecossistema do ponto de vista ecológico ––––––––––– 77
1.1 Diagnose do agroecossistema –––––––––––––––––––––––––––––– 77
1.2 Histórico da área e cultura ––––––––––––––––––––––––––––––––– 79
Tópico 2: Principais pragas e doenças das culturas –––––––––––––––– 80
2.1 Espécies com potencial para causar danos econômicos e seus principais 
inimigos naturais –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 80
2.2 Condições ambientais favoráveis a pragas e doenças –––––––––––– 87
2.3	Períodos	críticos	em	relação	ao	ataque	de	pragas	e	à	instalação	de	doenças	
 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 90
Atividades de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 91
Tópico 3: Aspectos econômicos da cultura e da relação custo-benefício no 
controle de pragas e doenças –––––––––––––––––––––––––––––––––– 93
3.1	Equilíbrio,	controle	e	dano	econômico	 –––––––––––––––––––––––– 93
3.2 Nível de dano econômico –––––––––––––––––––––––––––––––––– 94
3.3 Momento de controle ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 94
Tópico 4: Técnicas de amostragem de pragas e doenças –––––––––––– 95
4.1 Danos econômicos de pragas e doenças –––––––––––––––––––––– 95
4.2 Amostragem de doenças –––––––––––––––––––––––––––––––––– 95
4.3 Amostragem de pragas –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 96
4.4 Determinar a densidade populacional ––––––––––––––––––––––––– 97
4.5 Correlacionar população e dano econômico –––––––––––––––––––– 97
Atividade de aprendizagem –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 98
Tópico 5: Escolha das estratégias de controle de pragas e doenças –––– 98
5.1 Sistema de redução populacional –––––––––––––––––––––––––––– 99
5.2 Métodos de controle de pragas –––––––––––––––––––––––––––––– 99
5.3 Métodos de controle de doenças ––––––––––––––––––––––––––– 103
Atividades de aprendizagem –––––––––––––––––––––––––––––––––– 111
Encerramento do tema –––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 112
Tema 3: Adubações e/ou fertirrigação –––––––––––––––––––––––––––– 114
Tópico 1: A importância da coleta de solo e de folha segundo critérios 
preestabelecidos ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 115
1.1 Técnica de coleta, acondicionamento de amostras e preparo do material para 
análise ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 116
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 118
Tópico 2: Diagnose nutricional ––––––––––––––––––––––––––––––– 118
2.1 Diagnose visual –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 119
2.2 Diagnose foliar ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 121
2.3	Mediação	indireta	da	clorofila	 –––––––––––––––––––––––––––––– 123
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 124
Tópico 3: Fontes de nutrientes ––––––––––––––––––––––––––––––– 124
3.1 Fontes de macronutrientes –––––––––––––––––––––––––––––––– 125
3.2 Fontes de micronutrientes –––––––––––––––––––––––––––––––– 126
3.3 Adubos orgânicos ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 127
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 128
Tópico 4: Calagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 128
4.1 Métodos para determinação da necessidade de calagem ––––––––– 129
4.2 Benefícios da calagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 131
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 132
Tópico 5: Preparação de misturas ––––––––––––––––––––––––––––– 132
5.1 Misturas ou formulações –––––––––––––––––––––––––––––––––– 132
5.2 Como se misturam os adubos? –––––––––––––––––––––––––––––133
5.3 Causas relacionadas a falhas na adubação –––––––––––––––––––– 133
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 134
Tópico 6: Épocas de aplicação/fertilização –––––––––––––––––––––– 135
6.1 Recomendações de adubação das frutíferas ––––––––––––––––––– 136
Tópico 7: Distribuição –––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 137
7.1 Formas de aplicação do fertilizante ––––––––––––––––––––––––– 138
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 140
Encerramento do tema –––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 140
Tema 4: Resíduos –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 142
Tópico 1: O advento da agricultura –––––––––––––––––––––––––––– 143
1.1 Pré-história e revolução agrícola ––––––––––––––––––––––––––– 143
1.2 Revolução Industrial ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 144
1.3 Globalização ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 146
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 148
Tópico 2:	Identificação	dos	resíduos	 ––––––––––––––––––––––––––– 149
2.1	Classificação	dos	resíduos	-	NBR	nº.	10.004	 –––––––––––––––––– 151
2.2 Resíduos na cadeia produtiva da fruticultura –––––––––––––––––– 153
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 164
Tópico 3:	Classificação	e	destinação	dos	resíduos	da	agricultura	 ––––– 165
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 168
Tópico 4: A cadeia da fruticultura e a segurança alimentar ––––––––– 169
Tópico 5:	Profilaxia	de	áreas	e	equipamentos	 –––––––––––––––––––– 170
5.1	 Procedimentos	 operacionais	 para	 a	 profilaxia	 de	 áreas	 e	 equipamentos	
 –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 170
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 177
Tópico 6:	 Os	 resíduos	 de	 agroquímicos	 no	 solo	 e	 no	 produto	 entregue	 ao	
consumidor ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 177
6.1	Agroquímicos	no	solo	e	na	água	(interação	com	o	ambiente)	 ––––– 178
6.2	Agroquímicos	nos	alimentos	 ––––––––––––––––––––––––––––––– 179
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 182
Tópico 7: Resíduos indiretamente ligados à cadeia da fruticultura –––– 182
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 185
Tópico 8:	A	eficiência	energética	aplicada	à	cadeia	produtiva	como	um	agente	
de redução da geração de resíduos –––––––––––––––––––––––––––– 186
Atividade de aprendizagem ––––––––––––––––––––––––––––––––––– 190
Tópico 9:	Agricultura	4.0	-	uso	de	inteligência	artificial,	deep learning, Big Data, 
drones, entre outros, na otimização dos processos e na redução de resíduos 
 –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 191
Encerramento do tema –––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 193
Encerramento da Unidade Curricular –––––––––––––––––––––––––– 194
Referências –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 195
Gabarito das atividades de aprendizagem –––––––––––––––––––––––––– 198
Tema 1: Tratos culturais –––––––––––––––––––––––––––––––––––– 198
Tema 2:	Controle	fitossanitário	 ––––––––––––––––––––––––––––––– 200
Tema 3: Adubações e/ou fertirrigação –––––––––––––––––––––––––– 201
Tema 4: Resíduos ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 203
Introdução à Unidade 
Curricular
9PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Introdução à Unidade Curricular
A Unidade Curricular Técnicas de Produção de Frutas foi desenvolvida com o intuito 
de demonstrar como o manejo da produção de frutas pode ser realizado, levando-se 
em conta os principais tratos culturais, ou seja, os procedimentos essenciais e corretos 
para o desenvolvimento sadio da frutífera, assim como as medidas de controle mais 
adequadas	para	evitar	a	propagação	de	pragas	e	doenças	nas	plantações.
O conteúdo aborda conhecimentos acerca de adubação e fertirrigação para um melhor 
manejo dos processos e expõe, além do conceito mais genérico de resíduos, sua 
classificação	e	os	principais	gerados	na	cadeia	produtiva	da	fruticultura.
Capacidades Técnicas
Ao	final	desta	Unidade,	você	vai	desenvolver	as	capacidades	
técnicas, de gestão, e os conhecimentos relacionados aos 
tratos culturais, às adubações e/ou à fertirrigação, ao controle 
fitossanitário,	 bem	 como	ao	 que	 diz	 respeito	 aos	 resíduos	 e	
seus	tipos,	para	o	manejo	adequado	dos	processos	de	produção	
de frutas e de acordo com as legislações.
Com	carga	horária	de	100	horas,	a	Unidade	foi	organizada	em	quatro	temas,	diversos	
tópicos	e	subtópicos	relevantes	para	a	sua	formação	profissional.	
TEMAS TÓPICOS SUBTÓPICOS
Tema 1: Tratos 
culturais
Tópico 1: Introdução 
à	botânica	e	à	fisiologia	
vegetal
1.1 Classificação	botânica
1.2 Estrutura das plantas
1.3	Classificação	quanto	ao	
clima
Tópico 2: Roçagem
2.1 Roçagem manual
2.2 Roçagem mecanizada
2.3	Roçagem	química
CURSO TÉCNICO EAD SENAR10
Tema 1: Tratos 
culturais
Tópico 3: Técnicas de 
manejo de plantas daninhas
3.1 Características dos 
herbicidas
3.2 Práticas culturais de 
controle de plantas daninhas
3.3 Resistência de espécies 
daninhas a herbicidas
3.4 Interação entre herbicida e 
ambiente
3.5 Espécies infestantes no 
manejo integrado
3.6	Controle	químico	associado	
ao controle cultural
3.7 Biologia e potencial 
competitivo da espécie 
infestante
3.8 Aplicação de herbicidas
Tópico 4: Condução da 
lavoura
4.1 Tutoramento
4.2 Técnicas de poda
4.3	Técnicas	de	indução	floral
4.4 Cobertura morta
Tópico 5: Polinização
5.1 Tipos
5.2 Espécies de insetos 
polinizadores
5.3	Morfologia	floral	das	
plantas frutíferas
5.4 Ninhos racionais de insetos 
polinizadores
5.5 Espécies silvestre usadas 
no pastejo de insetos 
polinizadores
Tópico 6: Cuidados 
adotados antes da colheita
6.1 Limpeza da área de 
colheita
6.2 Organização dos 
colhedores
6.3 Distribuição do material de 
colheita
11PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Tema 1: Tratos 
culturais
Tópico 7: Fitorreguladores
7.1 Auxinas
7.2 Giberelinas
7.3 Citocininas
7.4 Ácido abscísico
7.5 Cianamida hidrogenada
7.6 Paclobutrazol
7.7 Etileno
Tópico 8: Operações 
mecanizadas
8.1 Tipos	de	equipamentos
8.2 Regulagem dos 
equipamentos
Tema 2: Controle 
fitossanitário
Tópico 1: O 
agroecossistema do ponto 
de vista ecológico
1.1 Diagnose do 
agroecossistema
1.2 Histórico da área e cultura
Tópico 2: Principais pragas 
e doenças das culturas
2.1 Espécies com potencial 
para causar danos 
econômicos e seus principais 
inimigos naturais
2.2 Condições ambientais 
favoráveis a pragas e 
doenças
2.3 Períodos críticos em 
relação	ao	ataque	de	pragas	
e à instalação de doenças
Tópico 3: Aspectos 
econômicos da cultura e 
da relação custo-benefício 
no controle de pragas e 
doenças
3.1 Equilíbrio,	controle	e	dano	
econômico
3.2 Nível de dano econômico
3.3 Momento de controle
Tópico 4: Técnicas de 
amostragem de pragas e 
doenças
4.1 Danos econômicos de 
pragas e doenças
4.2 Amostragem de doenças
4.3 Amostragem de pragas
4.4 Determinar a densidade 
populacional
4.5 Correlacionar população e 
dano econômico
Tópico 5: Escolha das 
estratégias de controle de 
pragas e doenças
5.1 Sistema de redução 
populacional
5.2 Métodos de controle de 
pragas
5.3 Métodos de controle de 
doenças
CURSO TÉCNICO EAD SENAR12
Tema 3: 
Adubações e/ou 
fertirrigação
Tópico 1: A importância 
da coleta de solo e de 
folha segundo critérios 
preestabelecidos
1.1 Técnica de coleta, 
acondicionamento de 
amostras e preparo do 
material para análise
Tópico 2: Diagnose 
nutricional
2.1 Diagnose visual
2.2 Diagnose foliar
2.3 Mediação indireta da 
clorofila
Tópico 3: Fontes de 
nutrientes
3.1 Fontes de macronutrientes
3.2 Fontes de micronutrientes
3.3 Adubos orgânicos
Tópico 4: Calagem
4.1 Métodos para determinação 
da necessidade de calagem
4.2 Benefícios da calagem
Tópico 5: Preparação de 
misturas
5.1 Misturas ou formulações
5.2 Como se misturam os 
adubos?
5.3 Causas relacionadas a 
falhas na adubaçãoTópico 6: Épocas de 
aplicação/fertilização
6.1 Recomendações de 
adubação nas frutíferas
Tópico 7: Distribuição 7.1 Formas de aplicação do fertilizante
Tema 4: 
Resíduos
Tópico 1: O advento da 
agricultura
1.1 Pré-história e revolução 
agrícola
1.2 Revolução Industrial
1.3 Globalização
Tópico 2:	Identificação	dos	
resíduos
2.1 Classificação	dos	resíduos	
–	NBR	nº.	10.004
2.2 Resíduos na cadeia 
produtiva da fruticultura
Tópico 3:	Classificação	e	
destinação dos resíduos da 
agricultura
-
Tópico 4: A cadeia da 
fruticultura e a segurança 
alimentar
-
13PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Tema 4: 
Resíduos
Tópico 5:	Profilaxia	de	
áreas	e	equipamentos
5.1 Procedimentos 
operacionais para a 
profilaxia	de	áreas	e	
equipamentos
Tópico 6: Os resíduos de 
agroquímicos	no	solo	e	
no produto entregue ao 
consumidor
6.1 Agroquímicos	no	solo	e	
na água (interação com o 
ambiente)
6.2	Agroquímicos	nos	
alimentos
Tópico 7: Resíduos 
indiretamente ligados à 
cadeia da fruticultura
-
Tópico 8:	A	eficiência	
energética aplicada à 
cadeia produtiva como 
um agente de redução da 
geração de resíduos
-
Tópico 9: Agricultura 4.0 - 
uso	de	inteligência	artificial,	
deep learning, Big Data, 
drones, entre outros, na 
otimização dos processos e 
na redução de resíduos
-
Certifique-se	de	estudá-los	com	atenção	e,	se	preciso,	conte	com	o	apoio	da	tutoria	a	
distância desta Unidade Curricular.
Além	disso,	para	fixar	seu	conhecimento,	você	vai	encontrar	atividades	que	vão	permitir	
a	você	colocar	em	prática	o	que	aprendeu	imediatamente	após	passar	pelos	conceitos	
e teorias.
Comentários do autor
Todas as atividades buscam respeitar seu ritmo de aprendizagem 
e	são	coerentes	com	o	que	você	será	capaz	de	fazer	a	partir	
dos assuntos abordados. 
Ao	final	desta	apostila,	é	disponibilizado	um	gabarito	para	que	você	verifique	suas	
respostas.
Bons estudos!
01
Tratos culturais
15PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Tema 1: Tratos culturais
No tema de aula Tratos culturais, você vai conhecer os principais tratos culturais 
realizados no manejo da produção de frutas. Para tanto, serão tratados assuntos 
relacionados	às	classificações	botânica	e	fisiológica,	ao	manejo	de	plantas	daninhas,	
às técnicas de poda, à polinização, aos cuidados antes da colheita, ao uso de 
fitorreguladores	e	às	operações	mecanizadas	no	cultivo	de	plantas	frutíferas.
Fonte: Getty Images.
A diversidade climática e a variação dos solos no Brasil proporcionam condições 
ambientais	que	possibilitam	produzir	frutas	de	excelente	qualidade	e	quantidade,	com	
ampla variedade de espécies distribuídas em várias regiões.
A fruticultura é o conjunto de 
técnicas e práticas com o objetivo 
de	explorar	plantas	que	produzem	
frutas comestíveis. O conceito de 
fruta e fruto é variável: o primeiro 
termo é uma designação comum às 
de sabor adocicado e o segundo, 
o	órgão	vegetal	 gerado	das	flores	
após o desenvolvimento do ovário. 
Fonte: Getty Images.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR16
Na maioria dos frutos, após os processos de polinização e de fecundação, são 
formadas as sementes. No entanto, algumas frutas resultam do amadurecimento do 
ovário mesmo sem fecundação, produzindo frutos sem sementes, apirênicos, também 
chamados partenocárpicos, como banana, abacaxi, algumas variedades de uva, citros, 
entre outros.
Capacidades Técnicas
Espera-se	que,	ao	final	deste	tema,	você	tenha	desenvolvido	
as seguintes capacidades:
• identificar	os	instrumentos	adequados	aos	tratos	culturais;
• interpretar	informações	sobre	o	uso	adequado	dos	
equipamentos;
• definir	os	tipos	de	tutoramento	dos	cultivos;
• definir	as	técnicas	de	podas	das	lavouras;
• identificar	os	cuidados	na	utilização	dos	tratos	culturais	
para	não	afetar	a	qualidade	da	fruta;
• aplicar mantas, telas ou plásticos, conforme a cultura;
• identificar	técnicas	e	equipamentos	para	capina	manual,	
mecanizada	ou	química;
• identificar	técnicas	e	equipamentos	de	utilização	dos	
defensivos agrícolas;
• interpretar informações e aplicar técnicas de manejo 
integrado de plantas daninhas;
• identificar	a	característica	do	herbicida;
• definir	as	práticas	culturais	de	controle	de	plantas	
daninhas;
• identificar	a	evolução	da	resistência	de	plantas	daninhas	a	
herbicidas;
• identificar	a	interação	entre	herbicida	e	ambiente;
• identificar	a	importância	das	plantas	daninhas	no	manejo	
integrado;
• identificar	a	biologia	e	o	potencial	competitivo	da	espécie	
infestante da cultura;
• visualizar	os	prejuízos	que	a	planta	daninha	pode	causar	se	
não manejada corretamente;
17PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
• realizar	o	manejo	adequado	do	alvo	biológico;
• realizar diagnóstico da resistência a campo dos herbicidas;
• utilizar	estratégia	de	manejo	para	quebrar	a	resistência	das	
plantas daninhas ao uso de herbicidas;
• associar	o	controle	químico	de	plantas	daninhas	com	outras	
práticas de controle, como o controle cultural;
• identificar	e	utilizar	os	EPIs	adequados;
• aplicar	adequadamente	o	herbicida	para	atingir	o	alvo	
químico;
• utilizar as técnicas de podas das lavouras;
• realizar as podas de formação, produção e limpeza da 
planta;
• identificar	as	práticas	de	manejo	vegetativo	(desbrota,	
desfolha,	desnetamento,	desponte,	extração	de	perfilhos,	
sexagem e desbaste, ou raleio, de frutos e outros);
• identificar	a	morfologia	floral	das	plantas	frutíferas;
• identificar	as	espécies	de	insetos	polinizadores;
• selecionar	e	aplicar	técnica	adequada	ao	cultivo;
• identificar	as	técnicas	de	indução	floral;
• identificar	técnicas	da	prática	de	polinização	artificial;
• instalar ninhos racionais povoados para povoamento de 
insetos polinizadores;
• implantar espécies silvestres para ampliar a área de pastejo 
dos insetos polinizadores;
• identificar	as	informações	contidas	no	rótulo	(bula/Fisp)	do	
produto;
• identificar	a	dosagem	recomendada	do	produto	na	receita	
agronômica.
Tópico 1: Introdução à botânica e à fisiologia vegetal
O sucesso no cultivo de plantas frutíferas depende do conhecimento de aspectos 
botânicos	e	fisiológicos,	aliados	à	adoção	das	técnicas	agronômicas	mais	adequadas,	
e	que	permitem	a	escolha	das	espécies	e	variedades	mais	adaptadas	a	cada	tipo	de	
ambiente.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR18
Fonte: Getty Images.
O produtor deve selecionar as espécies e variedades frutíferas considerando as 
demandas do mercado e, principalmente, as características climáticas de cada região. 
O comportamento das plantas frutíferas é muito afetado pelas condições climáticas, 
que	 causam,	 às	 vezes,	 variações	marcantes	 quanto	 a	 características	morfológicas,	
produção	e	qualidade	dos	frutos.
As plantas frutíferas podem 
ser	 agrupadas	 ou	 classificadas	
de diferentes formas, sendo 
as	 principais	 classificações	 a	
taxonomia botânica e o clima. 
Fonte: Getty Images.
1.1 Classificação botânica
A	 taxonomia	 tem	 por	 objetivo	 tratar	 da	 individualização,	 da	 classificação	 e	 da	
nomenclatura das espécies.
19PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Na classificação botânica das plantas frutíferas, as 
categorias mais importantes a serem identificadas são 
classe (monocotiledônea ou dicotiledônea), família, gênero e 
espécie.
Além disso, dentro de cada espécie, existem inúmeras variedades ou cultivares com 
características	específicas	e	adaptações	a	cada	condição	ambiental.
Monocotiledôneas Dicotiledôneas
Fonte: Getty Images. Fonte: Getty Images.
A classe das monocotiledôneas é 
caracterizada por ter apenas um 
cotilédone (folha do embrião presente no 
interior da semente), nervuras das folhas 
normalmente paralelas entre si e sistema 
radicular fasciculado.
A classe das dicotiledôneas é caracterizada 
por ter dois cotilédones, nervuras das 
folhas reticuladas (em forma de redes) e 
sistema radicular pivotante.
Leitura Complementar
Acesse o material complementar, disponível na biblioteca do 
AVA, para conhecer as principais plantas frutíferas da classe 
das monocotiledônease da classe das dicotiledôneas.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR20
1.2 Estrutura das plantas
A estrutura de uma planta frutífera é composta pelo sistema radicular e pela parte 
aérea. No sistema radicular, as raízes e os pelos absorventes garantem a sustentação 
e	a	absorção	de	água	e	nutrientes.	Já	a	parte	aérea	é	formada	por	caule,	folhas,	flores	
e frutos.
a) Raízes
As	raízes	têm	a	importante	função	de	fixar	e	sustentar	a	planta	no	solo,	de	absorver	
água e nutrientes, além de acumular substâncias de reserva. Como as plantas frutíferas, 
normalmente, apresentam grande porte, a presença de raízes vigorosas e saudáveis 
garante maior crescimento e produção na parte aérea.
Os tipos mais comuns de raízes são as pivotantes ou axiais, típicas das dicotiledôneas, 
e as fasciculadas, ou em cabeleira, típicas das monocotiledôneas. As raízes pivotantes 
tendem	 a	 atingir	 maior	 profundidade	 no	 solo,	 enquanto	 as	 fasciculadas	 são	 mais	
superficiais.
Raiz pivotante ou axial Raiz fasciculada ou em cabeleira
Fonte: Getty Images. Fonte: Getty Images.
As plantas frutíferas propagadas por sementes seguem o padrão de raízes descrito 
anteriormente,	de	acordo	com	a	classe.	No	entanto,	quando	o	método	de	propagação	
é a estaquia, as raízes são consideradas adventícias e tendem a permanecer nas 
camadas	mais	superficiais	do	solo.
21PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Glossário
Estaquia: Método	 de	 reprodução	 assexuada	 de	 plantas	 que	
compreende	o	plantio	de	pequenas	estacas	de	caule,	raízes	ou	
folhas	que,	plantados	em	um	meio	úmido,	desenvolvem-se	em	
novas plantas.
b) Caule
O	caule	e	os	ramos	formam	o	esqueleto	das	plantas	e	sustentam	folhas,	flores	e	frutos.	
Embora	a	maioria	das	plantas	frutíferas	seja	mais	lenhosa,	existe	uma	variação	quanto	
ao	hábito	vegetativo.	Podem	ser	classificadas	como:
Arbóreas, com grande porte e tronco 
lenhoso (mangueira, abacateiro, pereira, 
jaqueira).
Fonte: Getty Images.
Arbustivas, com porte médio e caule 
menos	 resistente	 (figueira,	 mamoeiro,	
romãzeira, amoreira).
Fonte: Getty Images.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR22
Trepadeiras, com caule sarmentoso 
e provido de gavinhas (maracujazeiro, 
videira,	quivizeiro).
Fonte: Getty Images.
Herbáceas, de porte baixo, rasteiras 
ou com pseudocaules (bananeira, 
morangueiro, abacaxizeiro, melancieira, 
meloeiro).
Fonte: Getty Images.
c) Folhas
As folhas desempenham funções muito 
importantes nas plantas frutíferas: a 
fotossíntese, a transpiração e a respiração. 
O formato, o tamanho e a disposição nas 
plantas são bastante variados conforme 
a espécie e a variedade.
Fonte: Getty Images.
23PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Dica
Nos cultivos comerciais, o excesso de folhas e a possível 
sobreposição devem ser evitados, pois podem ocasionar 
estiolamento	e	queda	na	produção.	Nesse	caso,	a	prática	da	
desfolha parcial deve ser realizada para melhorar a luminosidade 
e o arejamento das plantas. 
Em algumas espécies, como a videira e a atemoieira, cultivadas em regiões de 
clima tropical, a prática da desfolha total em determinados meses do ano permite a 
programação e o escalonamento em épocas estratégicas de melhores preços.
Fonte: Getty Images.
As plantas frutíferas de clima temperado normalmente perdem as folhas no período 
de inverno devido às baixas temperaturas. No entanto, já são adaptadas e acumulam 
reservas	nas	raízes	e	no	caule	e,	assim,	voltam	a	brotar	e	a	emitir	novas	folhas	quando	
a temperatura volta a aumentar.
d) Flores
As	flores	geralmente	apresentam	características	visuais	muito	atrativas,	com	variadas	
cores e formatos, além de exalarem odores bastante agradáveis, com o objetivo de 
chamar	 a	 atenção	 dos	 insetos	 polinizadores,	 já	 que,	 após	 a	 fecundação,	 ocorre	 a	
formação	das	sementes	e	a	consequente	perpetuação	e	sobrevivência	da	espécie.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR24
Flor da pitaia.
Fonte: Getty Images.
As	flores	 podem	ser	 simples,	 individualizadas,	 ocorrer	 em	pequenos	grupos	 ou	 em	
grande	 quantidade,	 por	 inflorescência	 (as	 chamadas	 panículas).	 Elas	 podem	 ser	
hermafroditas,	 com	 órgãos	 reprodutores	 masculinos	 e	 femininos	 na	 mesma	 flor,	
exclusivamente masculinas, apenas fornecedoras de grãos de pólen, ou, ainda, 
exclusivamente femininas.
e) Frutos
A principal função dos frutos é a proteção das sementes em desenvolvimento, apesar 
de existirem frutos sem sementes. Ao longo de sua evolução, as plantas desenvolvem 
frutos com grande variabilidade de cores, formas e sabores, com o objetivo de atrair 
principalmente animais e insetos para dispersar as sementes. 
25PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Fonte: Getty Images.
Os frutos se dividem, basicamente, em três camadas:
Epicarpo ou exocarpo
Camada	externa,	que	pode	ser	lisa	
ou rugosa, popularmente conhecida 
como casca.
Fonte: Getty Images.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR26
Mesocarpo
Camada imediatamente abaixo do 
epicarpo, normalmente suculenta, 
chamada de polpa.
Fonte: Getty Images.
Endocarpo
Camada	 mais	 interna,	 que	
normalmente envolve as sementes.
Fonte: Getty Images.
Leitura Complementar
Saiba mais sobre as raízes, as folhas e os frutos, acessando o 
material complementar, disponível na biblioteca do AVA.
1.3 Classificação quanto ao clima
As	 plantas	 frutíferas	 podem	 ser	 classificadas	 quanto	 à	 sua	 adaptação	 climática,	 já	
que	 apresentam	 características	 específicas,	 que	 permitem	 o	 cultivo	 comercial	 em	
diferentes regiões. No entanto, mais recentemente, por meio das tecnologias de cultivo, 
27PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
principalmente com o uso de reguladores de crescimento, tem sido possível produzir 
plantas originárias de clima temperado em locais de clima tropical.
a) Frutíferas de clima tropical
As principais características apresentadas 
por essas plantas são a necessidade de 
temperatura média anual entre 22 °C 
e 30 °C; a intolerância a temperaturas 
baixas, folhas persistentes e mais de um 
surto de crescimento.
Fonte: Getty Images.
b) Frutíferas de clima subtropical
As principais características apresentadas 
por essas plantas são a necessidade de 
temperatura média anual entre 15 °C e 
22 °C, menor resistência a temperaturas 
baixas, em comparação às plantas 
de clima temperado. Além disso, têm 
pouca necessidade de frio na estação 
de inverno, hábito caducifólio eventual 
(queda	de	folhas)	e	mais	de	um	surto	de	
crescimento.
Fonte: Getty Images.
c) Frutíferas de clima temperado
As principais características apresentadas 
por essas plantas são a necessidade de 
horas de frio com temperatura menor ou 
igual a 7,2 °C para superação do estágio 
de repouso vegetativo; a necessidade 
de temperatura média anual entre 5 °C 
e	 15	 °C	 para	 crescimento	 adequado	 e	
desenvolvimento; maior resistência às 
baixas temperaturas, hábito caducifólio 
(queda	 de	 folhas)	 e	 um	 único	 surto	 de	
crescimento.
Fonte: Getty Images.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR28
Antes	de	continuar	seus	estudos,	que	tal	fixar	os	conhecimentos	desenvolvidos	neste	
tópico? Realize as atividades de aprendizagem a seguir.
Atividades de aprendizagem
1. As frases a seguir se referem às plantas frutíferas da classe das monocotiledôneas, 
exceto:
a) Apresentam um cotilédone e nervuras paralelas nas folhas.
b) O sistema radicular é fasciculado ou em cabeleira.
c) As nervuras das folhas são reticuladas e o sistema radicular pivotante.
d) As raízes tendem a atingir menor profundidade no solo.
e) Bananeira,	coqueiro	e	abacaxizeiro	são	monocotiledôneas.
2. Marque a alternativa que não se refere às plantas frutíferas classificadas como 
adaptadas ao clima tropical:
a) Necessidade de temperatura elevada, sem tolerância a temperaturas baixas.
b) Apresentam, normalmente, folhas persistentes.
c) Apresentam vários surtos de crescimento.
d) Não apresentam repouso vegetativo.
e) Apresentam hábito de perder as folhas no inverno.
Tópico 2: Roçagem
A roçagem está dividida em alguns tipos:
2.1Roçagem manual
A	 roçagem	 manual	 é	 adequada	 para	
o controle de plantas daninhas em 
pomares, principalmente nas linhas das 
plantas. Operações como o coroamento, 
que	é	a	 roçagem	no	entorno	da	planta,	
podem ser facilmente realizadas com 
esse método.
Fonte: Getty Images.
29PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Em áreas com relevo acentuado, a roçagem é muito importante para diminuir a erosão 
do	solo,	pois	deixa	as	plantas	que	foram	cortadas	cobrindo	o	solo.
Comentários do autor
Nesse processo, pode ser mais difícil conseguir mão de obra 
no	momento	adequado	de	controle,	além	de	se	tornar	muito	
caro	em	casos	de	propriedades	maiores,	o	que	inviabiliza	sua	
adoção.
2.2 Roçagem mecanizada
A	roçagem	mecanizada	é	mais	adequada	
para	 áreas	 maiores.	 Sua	 adequação	 é	
possível até em áreas com relevo mais 
acentuado, com o uso de animais para 
tracionar os implementos. Nesse caso, 
costuma	ser	mais	barata	e	mais	adequada	
a espaçamentos reduzidos.
Fonte: Getty Images.
Já em áreas mais planas, há uma clara vantagem para implementos de tração 
mecanizada, pois, neles, a roçagem é executada com mais rapidez. Em ambos os 
casos,	ocorre	controle	eficiente	de	plantas	anuais	 jovens,	usando	de	duas	a	quatro	
pares de folhas, facilmente controladas em situações de intensa luminosidade e solo 
mais seco.
Também	existem	roçadeiras	mecânicas	costais,	que	podem	ser	usadas	em	áreas	mais	
declivosas e para uma limpeza mais próxima, na linha de plantio, sempre com muito 
cuidado para não atingir as plantas.
Comentários do autor
A	 roçagem	 mecanizada	 não	 permite	 o	 controle	 eficiente	
de	 daninhas	 na	 linha	 da	 cultura	 (o	 que	 pode	 ser	 feito	 com	
roçagem	manual)	e	é	também	ineficiente	quando	o	solo	está	
molhado	ou	infestado	de	plantas	que	se	reproduzem	por	partes	
vegetativas.	Nesse	caso,	o	mais	adequado	é	a	 realização	da	
roçagem	química.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR30
2.3 Roçagem química
Consiste	 na	 aplicação	 de	 herbicidas	 adequados	 e	 específicos	 para	 determinadas	
situações, sempre com os devidos cuidados. Esse método apresenta como vantagens o 
controle	efetivo	de	daninhas	nas	linhas	de	plantio,	inclusive	as	que	se	reproduzem	por	
partes	vegetativas,	a	flexibilidade	quanto	à	época	de	aplicação,	e	a	redução	do	tráfego	
de	maquinário	na	área,	tudo	isso	com	rendimento	operacional	elevado	e	uma	menor	
demanda de mão de obra.
Fonte: Getty Images.
Contudo,	 a	 roçagem	 química	 utiliza	 compostos	 tóxicos	 ao	 homem	 e	 ao	 ambiente,	
demanda	equipamentos	adequados	para	aplicação	e	proteção	do	operador,	causa	risco	
de danos por deriva a lavouras próximas e danos a culturas plantadas em rotação, 
além da chance de aumentar a resistência de plantas daninhas a herbicidas. Além 
disso,	a	eficiência	desse	método	é	fortemente	influenciada	por	condições	ambientais.
Antes	de	continuar	seus	estudos,	que	tal	fixar	os	conhecimentos	desenvolvidos	neste	
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
31PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Atividade de aprendizagem
1. A roçagem é uma técnica muito utilizada na fruticultura e bastante eficiente. 
Escolha uma das técnicas de roçagem e escreva as vantagens de sua utilização.
Tópico 3: Técnicas de manejo de plantas daninhas
3.1 Características dos herbicidas
Os	 herbicidas	 utilizados	 para	 o	 controle	 químico	 de	 plantas	 daninhas	 em	 pomares	
podem	ser	classificados	de	várias	 formas,	de	acordo	com	suas	propriedades	e	seus	
modos de aplicação.
Quanto à seletividade, os herbicidas podem ser:
• seletivos: interrompem o crescimento das plantas daninhas no pomar, sem 
prejudicar	as	plantas	da	cultura	até	um	ponto	em	que	elas	se	recuperem.
• não seletivos (ou de amplo espectro de ação): têm a capacidade de 
interromper	o	crescimento	de	todas	as	plantas,	sempre	e	quando	aplicados	nas	
doses recomendadas.
Atenção
Nesse último caso, deve-se tomar o cuidado de não atingir 
as plantas do pomar, usando protetores, como o pingente ou 
o	 “chapéu-de-napoleão”,	 que	 atuam	 diminuindo	 a	 deriva	 e	
aproximando	o	produto	do	alvo,	e	assim,	aumentam	a	eficiência	
da aplicação e minimizam riscos de intoxicação da cultura.
Quanto	à	translocação,	os	herbicidas	podem	ser	classificados	em:
• de contato: os produtos de contato não são translocados dentro da planta, ou 
apresentam	translocação	muito	limitada,	o	que	causa	danos	apenas	nas	partes	
CURSO TÉCNICO EAD SENAR32
com	as	quais	entram	em	contato.	Sua	manifestação	ocorre	geralmente	em	poucas	
horas, com efeito rápido e severo.
• sistêmicos: podem ser translocados pelos vasos condutores das plantas e, 
comumente, demoram mais para se manifestar. Para potencializar seu efeito, 
as plantas daninhas devem estar em plena atividade metabólica, ou seja, não 
podem estar submetidas a nenhum tipo de estresse, como falta d’água. Esse é o 
único	tipo	de	herbicida	capaz	de	controlar	plantas	daninhas	que	se	reproduzem	
por partes vegetativas, como a trapoeraba (Commelina benghalensis) e a tiririca 
(Cyperus rotundus). 
Dica
Outro	 fato	 importante	 é	 que,	 por	 se	 moverem	 dentro	 das	
plantas, alguns herbicidas sistêmicos não podem ser aplicados 
quando	se	está	próximo	da	colheita.	
No caso da maçã, por exemplo, herbicidas como glifosato 
ou simazina não podem ser aplicados no período até 45 dias 
antes da colheita. 
Quanto à época de aplicação, os herbicidas podem ser aplicados:
• na pré-emergência:	a	aplicação	é	realizada	antes	que	as	plantas	daninhas	
apareçam	e	é	muito	influenciada	pelo	teor	de	água	no	solo.	
• na pós-emergência: o produto deve ser absorvido, na sua maioria, pelas folhas 
das plantas. Deve-se dar preferência a aplicações em plantas daninhas nos 
estágios iniciais de crescimento. Nessa situação, a tolerância da planta cultivada 
ao	herbicida	empregado	deve	ser	verificada	e,	caso	não	seja	tolerante,	realizar	a	
aplicação com jato dirigido, sem atingir as plantas da cultura.
33PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
3.2 Práticas culturais de controle de plantas daninhas
O uso de boas práticas culturais visa a 
favorecer o crescimento das culturas e 
desfavorecer as plantas daninhas. Tais 
práticas ajudam também na diminuição do 
banco de sementes do solo, minimizando 
os níveis de infestação da lavoura nos 
anos	subsequentes.
Fonte: Getty Images.
O	uso	de	cultivos	intercalares	é	uma	prática	que	melhora	a	eficiência	no	controle	da	
comunidade infestante. Um dos bons motivos para se adotar uma cultura intercalar 
é cobrir o espaço nas entrelinhas e substituir as plantas daninhas, de mais difícil 
controle, por plantas de mais fácil manejo.
A cultura plantada nas entrelinhas exerce efeito supressor nas daninhas presentes na 
área,	o	que	dificulta	sua	emergência	e	contribui	para	amortizar	o	custo	de	implantação	
do pomar. Isso acaba diminuindo a necessidade do emprego de outros métodos de 
controle	e,	consequentemente,	gera	economia,	ainda	que	indiretamente.
Dica
Ao adotar esse sistema, lembre-se de utilizar tecnologias 
recomendadas para cada cultura. Caso a cultura intercalar não 
seja possível, você pode utilizá-la como cultura de cobertura, 
pois terá o mesmo efeito supressor de daninhas. O retorno 
econômico não será direto, com a venda do produto colhido, 
mas	 indireto,	 com	 a	 economia	 no	 controle	 das	 plantas	 que	
infestam o pomar.
Exemplos	 de	 culturas	 que	 podem	 ser	 implantadas	 nas	 entrelinhas	 são:	 mucuna-
preta (Stizolobium aterrimum), lab-lab (Dolichos lablab), feijão-de-porco (Canavalia 
ensiformis), feijão-caupi (Vigna unguiculata), entre tantas outras.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR34
Dica
A	 vantagem	 da	 utilização	 de	 leguminosas	 é	 que	 elas	 fixam	
nitrogênio do ar e o deixam disponível para as plantas da 
cultura.
3.3 Resistência de espécies daninhas a herbicidas
A aplicação constante do mesmo princípio ativo de herbicida tem causado o surgimento 
de	espécies	 resistentes.	Uma	vez	que	essas	plantas	 surgem,	aqueles	herbicidas	 se	
tornam	ineficazes	no	controle	de	algumas	espéciese,	quando	elas	alcançarem	densidade	
suficiente	para	prejudicar	a	produtividade	do	pomar,	o	manejo	de	daninhas	de	toda	a	
área deverá mudar. Isso acaba aumentando os custos de controle do mato na área.
Fonte: Shutterstock.
Por isso, é possível considerar o manejo das plantas daninhas em um pomar em longo 
prazo, mantendo constantemente a integração dos métodos de controle e alternando, 
sempre	que	possível,	os	métodos	de	controle	de	plantas	daninhas	de	modo	a	diminuir	
o aparecimento de espécies resistentes a herbicidas. 
Algumas das principais recomendações para evitar ou diminuir o surgimento de 
espécies resistentes são:
• usar	herbicidas	menos	específicos;
• usar	mais	eficientemente	os	herbicidas,	com	doses	e	tecnologia	de	aplicação	
35PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
corretas para cada produto;
• adotar a rotação de herbicidas, de preferência com mecanismos de ação 
diferentes; 
• evitar o uso de herbicidas com longo residual no solo;
• monitorar e eliminar focos iniciais de infestação de plantas resistentes, de modo a 
não	permitir	que	elas	produzam	sementes.
3.4 Interação entre herbicida e ambiente
Lembre-se	sempre	de	que	o	herbicida	é	uma	molécula	com	enorme	potencial	de	danos	
ao ambiente. Características de cada produto, como persistência, volatilidade, potencial 
de lixiviação, entre outras, devem ser muito bem entendidas de modo a conhecer seu 
destino.
Glossário
Lixiviação: No caso do solo, refere-se ao processo erosivo 
provocado	a	partir	da	lavagem	da	camada	superficial	do	solo	
pelo	escoamento	das	águas	superficiais.	Geralmente,	acontece	
em	solos	sem	a	cobertura	vegetal	protetora,	o	que	diminui,	em	
elevado grau, a sua fertilidade ao longo do tempo.
O	uso	de	herbicidas	com	a	capacidade	de	ficar	fortemente	retidos	no	solo	pode	levar	
a	 um	período	 residual	muito	 longo	 que,	 por	 sua	 vez,	 pode	 prejudicar	 a	 cultura	 no	
futuro	 ou	até	 outras	 culturas	 que	 venham	a	 ser	 plantadas	 em	sucessão.	 Por	 outro	
lado, herbicidas com baixa retenção no solo podem acabar sendo lixiviados, atingindo, 
assim,	o	lençol	freático	ou	até	corpos	d’água	que	estiverem	próximos.
O fato de um herbicida permanecer mais ou menos tempo em 
uma	área	está	muito	ligado,	também,	à	dose,	que	deve	ser	
calculada sempre levando em consideração, principalmente, 
a textura e o teor de matéria orgânica do solo do pomar.
3.5 Espécies infestantes no manejo integrado
O manejo integrado de plantas daninhas (MIPD) consiste na integração dos métodos 
de	controle	disponíveis	para	o	controle	de	plantas	daninhas.	Pomares	que	implantaram	
o	MIPD	têm	mostrado	resultados	favoráveis	tanto	em	termos	de	produtividade	quanto	
de sustentabilidade.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR36
No MIPD, as plantas daninhas não 
devem ser consideradas apenas 
um alvo a ser eliminado, mas sim 
componentes importantes de um 
agroecossistema. Sua implantação 
demanda	que	a	pessoa	responsável	
pela execução tenha excelentes 
conhecimentos sobre a cultura, 
sobre o solo da área e sobre a 
comunidade infestante local.
Fonte: Getty Images.
Vale	ressaltar	que	não existe método de controle ideal, mas sim o método mais 
adequado	a	cada	situação	e	a	cada	momento.	A	combinação,	por	exemplo,	de	controles	
preventivo,	cultural	e	químico	tem	dado	bons	resultados,	já	que	consideram	o	herbicida	
apenas como uma ferramenta a mais e não o único método para controlar daninhas 
em um pomar.
3.6 Controle químico associado ao controle cultural
A associação de todos os métodos de controle disponíveis é sempre ideal. Deve-se 
evitar o uso exclusivo de somente um deles.
A	 integração	 dos	 métodos	 químico	 e	 cultural	 tem	 se	
provado	 eficaz	 em	 diversas	 propriedades,	 pois	 aumenta	
a produtividade, reduz os custos, preserva o ambiente e 
melhora a sustentabilidade dos pomares.
A	capina	química,	como	já	exposto,	permite	a	formação	de	palhada	nas	entrelinhas	
das	culturas.	Dessa	forma,	cria-se	uma	cobertura	morta	que	previne	perda	excessiva	
de água, diminui o impacto das gotas de chuva e variações bruscas na temperatura, 
aumenta gradualmente o teor de matéria orgânica do solo e evita o crescimento de 
daninhas.
37PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Fonte: Getty Images.
Ela	 ainda	 devolve	 nutrientes	 que	 foram	absorvidos	 pelas	 plantas	 daninhas	 para	 as	
plantas da cultura, em função da sua degradação pelos microrganismos do solo. Além 
disso,	costuma	apresentar	uma	relação	custo-benefício	melhor	do	que	a	da	roçagem	
mecânica	e	se	adequa	melhor	a	áreas	com	terrenos	declivosos.
3.7 Biologia e potencial competitivo da espécie infestante
A composição da comunidade de daninhas em um pomar geralmente é muito variada. 
O conhecimento das principais espécies infestantes é fundamental para um manejo 
integrado correto, pois assim é possível conhecer o potencial competitivo de cada uma 
delas.
Uma ferramenta indispensável para ter essa informação é o 
levantamento fitossociológico, que permite determinar quais 
espécies deverão ter prioridade de controle. 
Deve-se	recolher	amostras	representativas	do	pomar,	usando	um	quadrado	de	metal	ou	
de	plástico.	Corta-se	as	plantas	que	estiverem	dentro	desse	quadrado,	identificando-as	
e pesando-as. Assim, é possível determinar, em função de alguns dados obtidos com 
o	 levantamento,	o	 índice	de	valor	de	 importância.	Tal	variável	 indica	qual	ou	quais	
CURSO TÉCNICO EAD SENAR38
espécies devem ser controladas antes, devido a altas infestações ou à presença de 
plantas já muito grandes na área.
3.8 Aplicação de herbicidas
A	 aplicação	 correta	 demanda	 profundo	 conhecimento	 técnico,	 que	 permite	 colocar	
de	forma	eficiente	os	herbicidas	no	alvo,	na	quantidade	necessária	para	controle,	de	
maneira	economicamente	viável	e	que	evite	a	contaminação	do	ambiente.
Fonte: Getty Images.
No mercado, não existe o herbicida puro para aplicações e sim formulações de 
herbicidas, com as seguintes funções:
• permitir a dissolução no veículo (água);
• aumentar	a	fitotoxicidade;
• aumentar o período de validade do produto; e 
• proteger o herbicida de condições ambientais desfavoráveis durante o transporte 
e o armazenamento.
Todas as funções variam de acordo com a solubilidade do ingrediente ativo e com o 
tipo de aplicação do herbicida. 
Antes	de	continuar	seus	estudos,	que	tal	fixar	os	conhecimentos	desenvolvidos	neste	
tópico? Realize as atividades de aprendizagem a seguir.
39PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Atividades de aprendizagem
1. Qual é a diferença entre um herbicida sistêmico e um de contato?
2. Por que o uso de leguminosas, como culturas intercalares, em pomares é vantajoso?
3. O que é o manejo integrado de plantas daninhas e qual é seu objetivo?
CURSO TÉCNICO EAD SENAR40
4. Apresente algumas recomendações para evitar ou diminuir o surgimento de 
espécies resistentes nas lavouras de frutas.
Tópico 4: Condução da lavoura
A condução da lavoura consiste em executar diversos tratos culturais, de acordo com 
cada espécie e variedade a ser implantada. Dentre as principais práticas culturais, 
destacam-se	o	tutoramento,	as	podas,	a	indução	floral	e	a	cobertura	morta.
4.1 Tutoramento
O tutoramento das plantas frutíferas 
deve ser realizado logo após o plantio da 
muda,	para	permitir	que	a	planta	tenha	
um crescimento inicial ereto, no sentido 
vertical.
Fonte: Getty Images.
Atenção
A maioria das espécies frutíferas é vigorosa, mas no início, 
as plantas ainda estão frágeis, não conseguem se sustentar 
sozinhas	e	podem	quebrar	 facilmente,	principalmente	com	a	
ocorrência de ventos fortes. A movimentação das plantas pode 
ocasionar rompimento das raízes em formação e prejudicar o 
estabelecimento das mudas em campo.
41PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
4.2 Técnicas de poda
As podas permitem às plantas frutíferas 
distribuição	equilibrada	dos	ramos,	o	que	
garante maior produção de frutos com 
qualidade,	em	arquitetura	mais	adequada	
a cada espécie ou variedade.
Fonte: Getty Images.Gestão de pessoas
Os funcionários devem ser treinados e capacitados 
constantemente,	utilizando	as	ferramentas	mais	adequadas	e	
afiadas.
A seguir, acompanhe alguns tipos de podas.
a) Formação
A	poda	de	formação	consiste	na	orientação	do	crescimento	dos	ramos,	o	que	define	
número,	 distribuição	 vertical	 e	 horizontal	 e	 determina	 o	 comprimento	 adequado.	
O	 objetivo	 é	 formar	 uma	 planta	 com	 a	 arquitetura	 em	 vários	 formatos	 possíveis,	
aproveitando ao máximo o terreno e a luz solar.
Uma planta bem formada facilita os tratos culturais, os 
fitossanitários	e	a	colheita.	A	poda	de	formação	estabelece	
o	sistema	de	condução	em	que	a	espécie	e	variedade	será	
conduzida.
As plantas frutíferas podem ser conduzidas de forma livres ou apoiadas (sustentadas 
em	estruturas	fixas),	sendo	a	primeira	a	mais	comum,	em	que	a	planta	é	sustentada	
pelo próprio tronco, a exemplo de vasos ou taças.
Nesse caso, as plantas contêm um tronco baixo, com cerca de 50 a 80 cm a partir 
do	 solo,	 onde	 se	 inserem	 de	 3	 a	 6	 ramos	 principais	 (pernadas),	 que	 devem	 ser	
CURSO TÉCNICO EAD SENAR42
selecionados	e	bem	distribuídos	de	forma	equidistante	na	vertical	e	na	horizontal,	de	
modo a privilegiar sempre os mais vigorosos.
Fonte: Getty Images.
No sistema em vaso, as pernadas devem ser conduzidas com inclinação de mais ou 
menos	45°	em	relação	ao	solo,	enquanto	no	sistema	de	taça,	a	inclinação	é	mais	aberta,	
com cerca de 30°. Tais sistemas de condução são utilizados em mangueira, laranjeira, 
pitangueira,	caquizeiro,	figueira,	goiabeira,	pessegueiro,	pinheira,	entre	outras.
As formas apoiadas de condução mais comuns são a latada, também chamada de 
caramanchão ou pérgola, e a espaldeira. Ambos os sistemas atingem entre 1,80 m e 
2 m do nível do solo.
43PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Latada Espaldeira
Fonte: Getty Images. Fonte: Getty Images.
É conduzida na horizontal e mais indicada 
para plantas frutíferas de maior valor 
comercial,	por	se	tratar	de	estrutura	que	
demanda maior custo de implantação. 
Também é indicada para terrenos mais 
planos e para plantas frutíferas mais 
sensíveis	 à	 exposição	 solar,	 já	 que	
os	 frutos	 ficam	 protegidos	 abaixo	 da	
folhagem, como é o caso da uva. 
O sistema em espaldeira é conduzido 
na vertical; assemelha-se à estrutura 
de cerca e pode ser formado por um ou 
mais	fios	de	arame.	É	muito	utilizado	em	
videira e maracujazeiro. 
b) Frutificação
Após	 a	 formação	 das	 plantas,	 quando	
elas atingem o tamanho desejado para 
começar a produzir, inicia-se a poda 
de	 frutificação.	 Também	 chamada	
de poda de produção, consiste em 
promover	o	equilíbrio	entre	a	vegetação	
e	a	frutificação	por	meio	da	remoção	do	
excesso de ramos produtivos.
Fonte: Getty Images.
Essa poda permite regularizar a produção, evitar a alternância de safras e direcionar a 
colheita dos frutos para a época mais desejável, de acordo com os melhores preços de 
mercado.	O	controle	da	época	de	produção	a	partir	da	poda	é	mais	flexível	em	regiões	
com temperaturas mais elevadas ao longo do ano e com o uso da irrigação.
c) Limpeza
A poda de limpeza é leve e tem por objetivo eliminar ramos fracos, mal localizados, 
doentes,	secos	ou	quebrados.	Normalmente,	é	realizada	em	períodos	de	baixa	atividade	
fisiológica	da	planta,	no	momento	de	repouso	vegetativo	de	inverno.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR44
Dica
Também	pode	ser	executada	após	a	colheita	em	plantas	que	
requerem	 pouca	 poda,	 como	 cítricas,	 jabuticabeiras,	 entre	
outras.
d) Rejuvenescimento
Também chamada de poda de renovação, consiste na eliminação de ramos atacados 
por pragas ou doenças, ou mesmo do corte de ramos saudáveis, porém já muito 
grossos,	o	que	exige	uma	poda	drástica.	Ela	tem	como	objetivo	renovar	a	planta,	por	
meio	do	corte	quase	total,	deixando	apenas	as	pernadas	ou	os	ramos	principais	com	
cerca de 40 a 50 cm de comprimento. 
Com	isso,	espera-se	que	a	planta	reative	sua	produção	plena	de	forma	mais	rápida	do	
que	se	fosse	implantar	novamente	plantas	advindas	de	mudas	recém-formadas.
e) Podas em verde
As operações de poda em verde, ou podas de verão, têm como objetivo permitir 
maior arejamento das plantas, facilitar a entrada dos raios solares e direcionar a seiva 
para os ramos remanescentes na planta. As podas verdes são muito importantes e 
complementam	a	poda	de	produção,	o	que	permite	uma	seleção	mais	criteriosa	dos	
ramos.
Fonte: Getty Images.
Conheça, a seguir, alguns tipos de poda verde.
45PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Desbrotar
A desbrota consiste em eliminar o excesso de brotos ou ramos novos indesejáveis. 
Normalmente, eles não produzem frutos e competem por água e nutrientes com os 
ramos	produtivos.	Portanto,	o	quanto	antes	for	realizada	a	desbrota,	maior	poderá	ser	
a produção de frutos. 
A desbrota deve ser realizada desde o início do cultivo, com o surgimento de brotos no 
porta-enxerto, chamados “ladrões”. Na poda de formação, todos os brotos em excesso 
deverão ser eliminados e deixadas apenas as pernadas ou os ramos principais. Na 
sequência	da	poda	de	formação,	o	mesmo	procedimento	deverá	ser	adotado,	bem	como	
a	desbrota,	periodicamente.	Durante	a	frutificação,	também	devem	ser	eliminados	os	
brotos indesejáveis.
A	 desbrota	 pode	 ser	 realizada	 manualmente,	 quando	 o	
broto está ainda em início de formação, ou também com 
tesoura de poda. É uma prática bastante simples, mas muito 
importante no processo produtivo das plantas frutíferas.
Desfolhar
A prática da desfolha tem como objetivo remover as folhas secas, amareladas, 
quebradas,	com	sintomas	de	ataque	de	pragas	ou	de	doenças,	em	locais	indesejados	
ou em excesso.
Atenção
• Folhas localizadas muito próximas aos frutos podem 
ocasionar danos por atrito com eles ou mesmo impedir boa 
coloração e, por isso, devem ser eliminadas.
• Folhas em excesso podem causar muito sombreamento, 
o	que	resulta	em	estiolamento	das	plantas	e	promove	um	
microclima favorável a doenças e pragas. 
Desnetar
O	 desnetamento	 consiste	 na	 eliminação	 dos	 chamados	 ramos	 “netos”,	 que	 brotam	
lateralmente a partir do ramo principal produtivo na cultura da videira. Não são 
produtivos,	têm	crescimento	muito	vigoroso	e	podem	causar	desequilíbrio	nutricional	
e retardar o desenvolvimento do ramo principal e dos cachos de uva. A operação é 
realizada	manualmente,	quando	o	“neto”	ainda	está	no	início	de	sua	brotação.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR46
Fonte: Getty Images.
Despontar
O desponte consiste na eliminação ou encurtamento da ponta do ramo, removendo, 
assim o meristema apical	de	crescimento	que,	normalmente,	exerce	a	dominância	
apical. Tal operação favorece o desenvolvimento dos frutos, mas também estimula 
as brotações laterais. Elas, no momento de formação da estrutura da planta, são 
desejáveis, mas, no momento da produção, devem ser eliminadas, conforme 
mencionado anteriormente.
Glossário
Meristema apical: Meristema apical ou promeristemas são 
tecidos	vegetais	que	fazem	parte	do	meristema	e	dão	origem	
aos tecidos primários e formam o corpo primário ou estrutura 
primária do vegetal.
Extrair perfilhos
O	perfilhamento	é	a	produção	de	perfilhos,	filhos,	brotos	ou	rebentos	em	touceiras	de	
bananeira.	O	excesso	deles	deve	ser	eliminado,	a	fim	de	se	evitar	prejuízos	à	planta	
principal. Deve-se selecionar o mais vigoroso a cada nova família, extrair os demais e 
preservar	na	touceira	a	mãe,	a	filha	e	a	neta.
47PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Fonte: Getty Images.
Dependendo do espaçamento e da variedade, o manejo pode ser realizado deixando-
se	mais	de	um	perfilho,	como	duas	filhas,	duas	netas	e	assim	por	diante.	Essa	prática	é	
também chamada de desbrota, desbaste ou seleção de seguidores. Pode ser realizada 
com o auxílio de penado, facão, enxada, “lurdinha”, “manelão” ou o desbrotador por 
rotocompressão desenvolvido pela Embrapa.
Dica
Recomenda-se	que	a	operação	da	extração	de	perfilhos	seja	
realizada	quando	eles	atingirem	uma	alturaentre	25	cm	e	90	
cm. Deve-se eliminar totalmente a gema apical de crescimento, 
para	evitar	a	rebrota	do	perfilho.
Sexagem
A sexagem é uma prática comum no cultivo do mamoeiro. Consiste na eliminação 
das plantas indesejadas em uma mesma cova. Os frutos de mamoeiro de maior valor 
comercial	 são	 produzidos	 por	 plantas	 com	 flores	 hermafroditas.	 Frutos	 advindos	
de plantas femininas geralmente são comercializados por 50% do valor dos frutos 
hermafroditas.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR48
Atenção
Plantas	 que	 produzem	 flores	 masculinas	 geralmente	 não	
produzem frutos. Quando produzem os chamados “mamões de 
corda”, eles não são comerciais. 
Portanto, na implantação do mamoeiro, devem ser plantadas de 3 a 4 mudas por cova, 
para	que,	cerca	de	3	a	4	meses	após	o	plantio,	seja	realizada	a	sexagem,	que	elimina	
as	plantas	com	flores	femininas.
Desbastar
O termo desbaste pode ser utilizado no sentido de eliminar o excesso de plantas em 
um	determinado	espaço,	como	descrito	nas	práticas	de	desperfilhamento	da	bananeira	
e	de	sexagem	do	mamoeiro,	mas	também	muito	utilizado	quando	se	refere	a	eliminar	
o excesso de frutos em várias plantas frutíferas.
No	 caso	 específico	 da	 videira,	 uma	 prática	 comum	 é	 o	
desbaste	de	cachos,	que	consiste	na	eliminação,	ainda	na	
fase inicial de desenvolvimento, de vários cachos inteiros, 
que	competem	por	água	e	nutrientes	com	outros	que	ficariam	
na	planta.	Com	a	retirada	desse	excedente	de	cachos,	os	que	
ficam	se	tornam	de	maior	tamanho	e	com	frutos	maiores.
Ralear frutos
O raleio de frutos é a técnica utilizada para reduzir o número de frutos das plantas, o 
que	permite		aos	remanescentes	ficarem	maiores.	Isso	normalmente	confere	melhor	
qualidade	comercial	e,	consequentemente,	atinge	melhores	preços.	
O	raleio	pode	ser	manual	ou	com	o	uso	de	produtos	químicos	–	como	etefon,	ácido	
giberélico ou auxinas. A ação desses reguladores depende de espécie, variedade, 
estágio de desenvolvimento das plantas, condições climáticas, entre outros fatores.
Leitura Complementar
Confira	no	material	complementar,	disponível	na	biblioteca	do	
AVA, outras informações importantes sobre o tutoramento e as 
técnicas de poda.
49PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
4.3 Técnicas de indução floral
A	prática	da	indução	floral	consiste	no	uso	de	técnicas	e	produtos	específicos	para	cada	
planta	frutífera,	com	o	objetivo	de	uniformizar	o	florescimento	e	direcionar	a	produção	
de frutos em épocas de melhores preços.
Trata-se de uma técnica muito 
utilizada no cultivo da mangueira, 
com uso do regulador vegetal 
paclobutrazol	 (PBZ),	que	deve	ser	
aplicado via solo, em uma dosagem 
em torno de 1 g por metro linear 
de diâmetro de copa. Esse produto 
inibe a biossíntese da giberelina 
e deve ser associado à prática do 
estresse hídrico, com a redução da 
lâmina de irrigação.
Fonte: Getty Images.
4.4 Cobertura morta
O uso da cobertura morta na fruticultura consiste em distribuir, sobre a superfície do 
solo, uma camada de palhas ou outros resíduos vegetais na projeção da copa e nas 
entrelinhas das plantas. Essa prática é também chamada de mulching.
Fonte: Getty Images.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR50
Antes	de	continuar	seus	estudos,	que	tal	fixar	os	conhecimentos	desenvolvidos	neste	
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Na cultura da bananeira, descreva como deve ser a desbrota, também chamada 
extração de perfilhos.
Tópico 5: Polinização
Polinização é o processo de transferência do grão de pólen das anteras (parte masculina 
da	flor)	para	o	estigma	(parte	feminina),	que	pode	ocorrer	na	mesma	flor,	de	flor	a	flor	
na	mesma	planta	ou	de	uma	flor	para	outra	de	outra	planta.	O	objetivo	é	a	formação	
das	 sementes,	 que	 estimulam	 o	 crescimento	 da	 polpa	 e	 a	 consequente	 formação	
completa dos frutos.
Fonte: Getty Images.
51PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
5.1 Tipos
A polinização pode ocorrer de forma natural, principalmente por meio do vento 
(chamada	de	anemofilia)	ou	de	 insetos	(chamada	de	entomofilia),	e	artificialmente,	
utilizando-se alguns utensílios.
Natural
Os agentes polinizadores naturais mais comuns são o vento e os insetos. Os insetos 
polinizadores mais comuns são abelhas, moscas, vespas, lepidópteros e coleópteros. 
Existem, basicamente, dois tipos de polinização:
Autopolinização Polinização cruzada
Fonte: Getty Images. Fonte: Getty Images.
Nesse	caso,	a	mesma	flor	 recebe	o	seu	
próprio	pólen	ou	ainda	a	flor	da	mesma	
planta	recebe	o	pólen	de	outra	flor.	Esse	
tipo de polinização é também chamado 
de autogamia ou polinização direta. A 
gravidade e o vento são os principais 
fatores	que	promovem	a	autopolinização,	
que	ocorre	em	flores	hermafroditas	(com	
a parte masculina e feminina na mesma 
flor),	 que	 têm	 as	 anteras	 acima	 do	
estigma.	Para	que	ela	ocorra,	é	necessário	
que	 os	 estames	 estejam	 maduros	 e	 o	
estigma, receptivo aos grãos de pólen, 
ao mesmo tempo.
Também chamada de alogamia ou 
polinização	 indireta,	 acontece	 quando	
ocorre a transferência de grãos de pólen 
para	 estigmas	 de	 flores	 em	 plantas	
distintas.	 Em	 muitos	 casos,	 as	 flores	
apresentam	mecanismos	que	rejeitam	o	
pólen produzido em suas próprias anteras, 
como é o caso da autoincompatibilidade e 
da dicogamia (protandria ou protoginia). 
Leitura Complementar
Acesse o material complementar, disponível na biblioteca do 
AVA, para saber mais sobre a polinização cruzada.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR52
Artificial
Em	algumas	plantas	frutíferas,	a	polinização	natural	é	deficiente,	o	que	compromete	a	
produção	de	frutos	e	justifica	a	adoção	de	técnicas	eficientes	de	polinização	artificial.
Na polinização do maracujazeiro, a 
transferência	dos	grãos	de	pólen	de	flor	a	
flor	é	feita	com	os	dedos	ou	com	auxílio	
de dedeiras de feltro. Normalmente, as 
flores	 do	 maracujazeiro	 se	 abrem	 no	
período da tarde, momento propício para 
a	polinização	artificial.
Fonte: Getty Images.
No caso das anonáceas, deve-se utilizar pincéis com cerdas macias ou bombinhas 
polinizadoras.	O	tamanho	dos	pincéis	varia	conforme	o	tamanho	da	flor.
Mão na terra
No	dia	 anterior	 à	polinização	das	anonáceas,	 algumas	flores	
no	estágio	feminino	devem	ser	retiradas	das	plantas	para	que,	
no dia seguinte, no início da manhã, os grãos de pólen sejam 
coletados e depositados em recipientes, com adição de 20% de 
talco ou fécula de mandioca. Esses recipientes com os grãos de 
pólen são levados ao campo e, com o auxílio do pincel ou da 
bombinha	polinizadora,	depositados	no	estigma	das	flores	em	
estágio feminino.
A	 polinização	 artificial	 das	 anonáceas	 resulta	 no	 pegamento	 de	 mais	 de	 70%	 de	
frutos	que,	normalmente,	 apresentam	 formato	 simétrico	 e	maior	 tamanho,	quando	
comparados aos polinizados naturalmente por insetos.
5.2 Espécies de insetos polinizadores
Os	insetos	polinizadores	apresentam	estruturas	corporais	que	ajudam	no	transporte	
do	pólen,	grande	capacidade	reprodutiva	e	aparelho	bucal	adaptado	ao	tipo	de	flor	em	
que	busca	seu	alimento.
53PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Flores	que	não	apresentam	colorido	tão	vivo	são	facilmente	
polinizadas por besouros.
As	 flores	 polinizadas	 por	 moscas também são pouco 
atrativas, mas têm um odor forte.
Flores polinizadas por mariposas são normalmente claras e 
pendentes para baixo, com abertura noturna ou crepuscular.
A polinização por borboletas	 é	 caracterizada	 por	 flores	
vermelhas, amarelas ou azuis, direcionadas para cima e com 
abertura diurna.
As abelhas têm grande importância na polinização das 
plantas	 frutíferas.	 São	 quase	 sempre	 atraídas	 por	 flores	
chamativas, amarelas ou azuis, e com cheiro doce.
5.3 Morfologia floral das plantas frutíferas
Plantas	com	recursos	menos	atraentes	podem	ter	insetos	visitantes	mais	específicos,	
o	que	pode	estar	ligado	à	morfologia	das	flores,	que	pode	promover	ou	inibir	a	visita	
dos polinizadores.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR54
As	floresentomófilas	normalmente	
são mais coloridas, com nectários 
em várias partes e posição 
estratégica dos estames. Ocorre 
uma relação harmônica entre os 
insetos	 e	 as	 flores:	 eles	 coletam	
substâncias	oferecidas	pelas	flores	
como néctar, pólen, óleos, perfumes 
e resinas, e, em contrapartida, 
transferem os grãos de pólen entre 
as	flores.
Fonte: Getty Images.
Na reprodução sexuada, no processo de polinização, ocorre a transferência dos grãos 
de	pólen	(gameta	masculino)	das	anteras	(cobertura	protetora	do	pólen)	de	uma	flor	
para o estigma (estrutura receptiva do grão de pólen). Um tubo polínico cresce desde 
o estigma, através do estilete, até um óvulo no ovário, onde ocorre a fecundação e a 
posterior formação das sementes e dos frutos.
5.4 Ninhos racionais de insetos polinizadores
As abelhas mamangavas (gênero Xylocopa) fazem todo o trabalho de polinização natural 
do	maracujazeiro	de	maneira	eficiente	e	gratuita.	Para	a	manutenção	e	atração	das	
abelhas para as áreas de cultivo, tornam-se importantes a construção e a distribuição 
de ninhos racionais.
Fonte: Getty Images.
55PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Os	ninhos	racionais	constituem-se	de	caixas	de	madeira,	semelhantes	àquelas	utilizadas	
para colmeias de abelhas melíferas, com placas de madeira em seu interior, em lugar 
dos	favos	das	abelhas	melíferas.	Eles	devem	ter	espessura	suficiente	para	permitir	a	
uma fêmea do gênero Xylocopa escavar e instalar ali o seu ninho.
Fonte: Getty Images.
Cada placa de madeira tem, em cada um de seus lados, uma lâmina de vidro, através 
da	qual	é	possível	observar	o	interior	das	galerias	construídas	pela	fêmea	de	Xylocopa, 
bem como o conteúdo das células. O número de ninhos de Xylocopa presente em cada 
caixa depende do espaço interno com capacidade para abrigar as placas de madeira.
Dica
A	 cobertura	 dos	 ninhos	 racionais,	 com	 uma	 estrutura	 que	
proteja da chuva e da luz solar diretamente incidente, pode 
permitir	que	as	abelhas	nidifiquem	mais	facilmente.
5.5 Espécies silvestres usadas no pastejo de insetos polinizadores
A ausência dos insetos polinizadores como a mamangava (gênero Xylocopa) na área 
de	produção	pode	estar	relacionada	ao	fato	de	que	a	maioria	dos	produtores	retira	as	
principais plantas para a manutenção dessas abelhas.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR56
Plantas nativas como lobeira (Solanum lycocarpum), 
fedegoso (Senna velutina, Senna silvestris e Senna rugosa) 
e flor-de-quaresma (Rhynchanthera grandiflora) podem 
representar até 50% das espécies preferencialmente 
visitadas pelas mamangavas.
Por esse motivo, torna-se importante preservar tais plantas nativas nas proximidades 
do cultivo do maracujazeiro.
Lobeira (Solanum lycocarpum).
Fonte: Getty Images.
Antes	de	continuar	seus	estudos,	que	tal	fixar	os	conhecimentos	desenvolvidos	neste	
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
57PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Atividade de aprendizagem
1. Qual inseto realiza a polinização natural do maracujazeiro? Comente sobre a 
necessidade de fazer a polinização artificial no maracujazeiro e como ela deve ser 
realizada.
Tópico 6: Cuidados adotados antes da colheita
A	manutenção	da	qualidade	dos	frutos	está	diretamente	relacionada	a	fatores	envolvidos	
na pré-colheita. Portanto, cuidados devem ser adotados no sentido de evitar problemas 
de danos mecânicos no manuseio, exposição a temperaturas elevadas, prejudiciais à 
conservação, falta de higiene e sanitização dos frutos.
Atenção
As boas práticas agrícolas são imprescindíveis para a 
obtenção	de	frutos	de	qualidade,	principalmente	do	ponto	de	
vista	 de	 contaminação	por	 produtos	 químicos	 e	 de	 natureza	
microbiológica.
6.1 Limpeza da área de colheita
A	área	de	colheita	deve	ser	roçada	para	facilitar	o	deslocamento	das	máquinas	e	dos	
colhedores.	Dessa	forma,	o	pomar	fica	também	mais	arejado	e	permite	uma	melhor	
visualização dos frutos.
6.2 Organização dos colhedores
De	acordo	com	o	tamanho	da	propriedade,	da	área	específica	do	pomar	e	da	quantidade	
de frutos a ser colhida, os colhedores devem ser organizados e distribuídos em talhões, 
setores, ruas ou linhas de cultivo. 
CURSO TÉCNICO EAD SENAR58
Os colhedores deverão, obrigatoriamente, 
utilizar	 os	 equipamentos	 de	 proteção	
individual (EPIs), como chapéu, ou boné 
árabe, óculos de proteção, luvas de 
algodão, camisa de manga comprida, ou 
mangas de proteção, botas de cano longo 
ou botinas com perneiras.
Fonte: Getty Images.
6.3 Distribuição do material de colheita
O material de colheita necessário deve ser distribuído proporcionalmente, tanto à 
quantidade	de	frutos	a	serem	colhidos	quanto	à	disponibilidade	de	colhedores,	e	deve	
ser	definido	de	acordo	com	o	 fruto	a	ser	colhido.	Os	principais	materiais	são:	 foice	
para colheita tipo morcego, foice tipo meia lua, podão, ou facão de colheita, tesoura de 
colheita,	faca,	ou	despencador,	específica	para	determinados	frutos,	como	a	banana,	
cesto ou saco para colheita, entre outros.
Tópico 7: Fitorreguladores
O	uso	de	reguladores	vegetais,	ou	fitorreguladores,	no	cultivo	das	plantas	frutíferas	
tem	diversas	finalidades,	como:
• induzir	o	florescimento;
• estimular o enraizamento; 
• estimular a brotação; 
• aumentar o tamanho dos frutos;
• raleá-los; 
• acelerar seu amadurecimento; e
• melhorar sua coloração, entre outras. 
Veja, a seguir, os principais produtos utilizados.
7.1 Auxinas
As auxinas têm a função de fazer crescer o caule e as raízes das plantas. As principais 
auxinas são:
• AIA (ácido indolacético);
59PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
• AIB (ácido indolbutírico); 
• ANA (ácido naftalenoacético); e
• 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético).
Como exemplo, o uso do AIB na base das 
estacas da videira, na concentração de 
2.000 mg/L, por 5 segundos, contribui 
de	 forma	 significativa	 para	 aumentar	 o	
enraizamento.
Fonte: Getty Images.
7.2 Giberelinas
As	principais	funções	da	giberelina	são:	quebrar	a	dormência	de	sementes,	induzir	a	
brotação de gemas e promover o crescimento de frutos. 
Na	quebra	da	dormência	de	sementes	de	
araticum ou marolo (Annona crassiflora), 
recomenda-se a imersão das sementes 
por dois dias em solução entre 1.000 e 
2.000 mg/L de GA3 (ácido giberélico).
Fonte: Getty Images.
Em citros, com o objetivo de manter a 
coloração verde da casca, aplica-se 60 
mg/L de GA3 na pré-colheita.
Fonte: Getty Images.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR60
Em	 bananas	 e	 caquis,	 recomenda-se	
aplicar 100 mg/L de GA3 nos frutos para 
atrasar a maturação. 
Fonte: Getty Images.
Em atemoia ‘Gefner’, pode-se aplicar 250 
mg/L de GA3 nos frutos em crescimento 
inicial, na 2a e na 4a semanas após a 
polinização	artificial,	para	incremento	no	
tamanho dos frutos.
Fonte: Getty Images.
Em algumas variedades de uva de mesa, 
o GA3 deve ser aplicado na concentração 
de	3	mg/L	nos	cachos	antes	da	floração,	
com o objetivo de alongá-los. Deve ser 
realizada uma segunda aplicação na fase 
de	frutificação	(“chumbinho”	a	“ervilha”),	
na dose de 30 a 60 mg/L, para promover 
o aumento do tamanho das bagas. Os 
efeitos do ácido giberélico no crescimento 
das	 bagas	 são	 mais	 significativos	 em	
variedades	 sem	 sementes,	 nas	 quais	
pode-se aplicar na concentração de até 
100 mg/L de GA3.
Fonte: Getty Images.
7.3 Citocininas
As funções das citocininas são: promover a divisão celular, retardar a senescência e 
emitir brotações laterais. As citocininas mais utilizadas são:
61PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Benziladenina (BA)
Pode ser utilizada em plantas de clima 
temperado, na produção de mudas, na indução 
de brotações laterais, na dosagem de 4 a 5%, e 
no	raleio	químico	de	frutos,	na	dosagem	de	2	a	
4 L/ha, em frutos de 5 a 10 mm de diâmetro.
Forclorfenuron (CCPU)
Pode ser usado no aumento do tamanho dos 
frutos de plantas de clima temperado, na 
dosagem de 10 a 15 mg/L, entre 5 e 15 dias 
após	a	plena	floração.
Tidiazuron (TDZ)
Pode ser utilizado naindução da brotação em 
gemas inchadas, na dosagem de 12 a 25 g/100 
L, e no aumento do tamanho dos frutos, na 
dosagem de 10 a 15 mg/L.
7.4 Ácido abscísico
O ácido abscísico (ABA) regula a abertura dos estômatos, a dormência das plantas, 
e retarda, na maioria dos casos, seu crescimento e desenvolvimento. Nas plantas de 
clima	temperado,	pode	ser	utilizado	no	raleio	químico	de	frutos,	quando	tiverem	de	5	
a 15 mm de diâmetro, na dosagem de 300 a 6.000 mg/L.
Dica
O ABA pode ser utilizado também no aumento da coloração 
vermelha das frutas, com aplicação 30 dias antes do ponto de 
colheita, na dosagem de 400 a 600 mg/L.
7.5 Cianamida hidrogenada
A cianamida hidrogenada, produto comercial conhecido como Dormex, revolucionou a 
produção	de	uva	no	sentido	de	quebrar	a	dormência	das	gemas,	uniformizar	a	brotação	
e possibilitar a produção da videira em regiões de clima tropical, onde as dosagens 
devem ser maiores.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR62
Fonte: Getty Images.
A aplicação da cianamida hidrogenada deve ser sempre direcionada às gemas 
dormentes, logo após a poda de produção, com o uso de pincel, rolinho de pedreiro ou 
mesmo pulverizadores. Em regiões de clima temperado, a dosagem varia de 0,5% a 
2%,	enquanto	que,	em	regiões	de	clima	tropical,	deve	ser	aplicada	entre	5	e	7%.
7.6 Paclobutrazol
O paclobutrazol (PBZ) é um regulador de crescimento utilizado na cultura da mangueira 
para	estimular	a	floração,	promover	a	paralisação	do	crescimento	vegetativo	e	reduzir	
a alongação da brotação. 
O PBZ atua de modo a inibir a biossíntese 
das giberelinas nas plantas. É absorvido 
pelas raízes e circula pelo xilema até 
chegar às folhas e gemas. Por esse motivo, 
deve ser aplicado via solo. O momento 
de	aplicação	é	quando	ocorre	a	emissão	
de	 um	 a	 dois	 fluxos	 de	 crescimento	 de	
ramos após a poda de produção.
Fonte: Getty Images.
A dosagem recomendada varia entre 0,7 a 2 g de PBZ por metro linear de diâmetro 
de copa e deve ser maior nos casos de maior vigor da variedade, solos mais arenosos, 
épocas de temperaturas mais elevadas, maior umidade no solo, maior teor de nitrogênio 
foliar, entre outros fatores.
63PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Comentários do autor
No segundo ano de aplicação, dependendo do comportamento 
da brotação vegetativa após a poda de produção, se mais 
compactada, deve-se usar de 70 a 50% da dosagem de PBZ 
da safra anterior.
7.7 Etileno
O	produto	químico	mais	utilizado	para	liberar	etileno	é	o	etefon	(ácido	2-cloroetilfosfônico).	
Embora	o	etileno	seja	um	gás,	o	etefon	(produto	comercial	Ethrel)	é	líquido	e	aplicado	
via pulverização.
Entre as principais funções do etileno, 
também chamado de “hormônio do 
amadurecimento”, estão a promoção 
da	 floração	 em	 plantas	 lenhosas,	 a	
antecipação e a uniformização da 
maturação	de	frutos,	o	raleio	químico	de	
frutos e também o aumento da coloração 
vermelha deles.
Fonte: Getty Images.
No	 processo	 de	 indução	 floral	 da	mangueira,	 o	 etefon	 pode	 ser	 pulverizado	 numa	
dosagem	 entre	 200	 e	 300	mg/L.	 No	 raleio	 químico	 de	 frutos	 de	 plantas	 de	 clima	
temperado,	a	aplicação	pode	ser	realizada	na	dosagem	de	50	a	200	mg/L	quando	os	
frutos estiverem com cerca de 20 mm de diâmetro.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR64
Fonte: Getty Images.
O aumento da coloração vermelha dos frutos pode ocorrer com a aplicação de 100 a 
150 mg/L de etefon, cerca de 20 a 30 dias antes da maturação. A maturação dos frutos 
pode ser antecipada e uniformizada pela aplicação de baixas concentrações de etileno, 
que	pode	ser	feita	em	câmaras	semi-herméticas.
Atenção
As concentrações de etileno são bastante variáveis entre as 
espécies e as variedades. Podem ser usados 10 ppm no abacate 
e 1.000 ppm na banana.
Antes	de	continuar	seus	estudos,	que	tal	fixar	os	conhecimentos	desenvolvidos	neste	
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. No cultivo das plantas frutíferas, o uso de reguladores e fitorreguladores tem 
diversas finalidades, como induzir o florescimento, estimular o enraizamento 
e a brotação, aumentar o tamanho dos frutos, entre outras. Para realizar essa 
atividade, são utilizados muitos produtos. Analise as sentenças a seguir e marque 
com V (verdadeiro) as que correspondem a fitorreguladores e F (falso) as que não 
correspondem:
 ) ( A giberelina induz a brotação das gemas.
65PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
 ) ( Uma das funções da citocinina é retardar a senescência.
 ) ( O paclobutrazol é um produto conhecido como Dormex.
 ) ( Um hormônio muito utilizado para o amadurecimento é o etileno. 
 ) ( As auxinas promovem o crescimento dos caules e das raízes.
Agora, assinale a alternativa que corresponde à sequência correta:
a) V, V, F, V, V.
b) F, F, V, V, V.
c) F, F, F, V, V.
d) V, V, V, F, F.
e) V, F, V, F, V.
Tópico 8: Operações mecanizadas
8.1 Tipos de equipamentos
A aplicação de defensivos em frutíferas pode ser realizada por diversos tipos de 
equipamentos.	A	maioria	desses	equipamentos	é	utilizada	para	aplicações	via	líquida	
(principal	 método	 de	 aplicação),	 mas	 existem	 equipamentos	 que	 possibilitam	 a	
aplicação via sólida ou gasosa (pouco comum em frutíferas).
CURSO TÉCNICO EAD SENAR66
Na aplicação via sólida, os métodos mais empregados são:
Polvilhamento Aplicação de grânulos
Fonte: Getty Images. Fonte: Getty Images.
O pó seco do defensivo de interesse 
é aplicado por meio de polvilhadeiras 
manuais, costal motorizadas, tratorizadas 
ou	 avião.	 Nesses	 equipamentos,	 uma	
corrente de ar lança o pó do produto em 
direção	 ao	 alvo.	 Para	 maior	 eficiência,	
os polvilhamentos devem ser realizados 
na ausência de ventos, de preferência 
em condições de alta umidade foliar 
(neblina	fina	ou	orvalho),	que	favorecem	
a adesividade dos pós.
O escoamento do produto aplicado se 
dá por gravidade e o controle da vazão 
é	 realizado	 por	 um	 regulador	 de	 fluxo,	
semelhante a um funil. Os grânulos 
podem ser aplicados na parte aérea da 
planta ou no solo, e a operação pode 
ser realizada por granuladeiras manuais 
(garrafa, matraca, costal), de tração 
animal, tratorizadas ou avião. 
O	 principal	 método	 de	 aplicação	 de	 defensivos	 em	 frutíferas	 é	 o	 líquido.	 Para	 a	
realização	desse	método,	existe	uma	grande	diversidade	de	equipamentos	e	máquinas.	
Os mais comuns são os pulverizadores hidráulicos,	que	podem	ser	do	tipo	costal,	
de acionamento manual, ou motorizado, de tração animal e de tração tratorizada. As 
pulverizações também podem ser realizadas por aeronaves (aviões, helicópteros e 
drones).
67PRODUÇÃO DE FRUTAS - Técnicas de Produção de Frutas 
Fonte: Getty Images.
Outro	 equipamento	 comumente	 utilizado	 no	manejo	 fitossanitário	 de	 frutíferas	 é	 o	
atomizador, principalmente em frutíferas arbustivas, pois a corrente de ar produzida 
pelo	equipamento	aumenta	a	penetração	e	a	cobertura	nas	folhas	internas	das	copas	
pelos defensivos. Os atomizadores podem ser costais, ou tratorizados, e possibilitam a 
aplicação	de	uma	pequena	quantidade	de	calda	em	uma	corrente	de	ar.
8.2 Regulagem dos equipamentos
Conheça agora os processos de regulagem e calibração de alguns dos principais 
equipamentos	utilizados	na	aplicação	de	defensivos	em	frutíferas.
Passos a serem seguidos para a calibração dos pulverizadores costais manuais
• preencha	o	tanque	do	pulverizador	com	água	até	o	nível	máximo.	Na	maioria	dos	
equipamentos,	corresponde	a	20	L;
• demarque,	no	terreno,	uma	área	representativa	(10	m	x	10	m)	da	cultura	ou	
sobre	um	terreno	que	facilite	a	visualização	da	faixa	aplicada;
• pulverize a área marcada a uma velocidade confortável e sustentável nas 
condições normais da área a ser pulverizada, mantendo pressão de bombeamento 
constante; e
• após a aplicação, meça o volume aplicado e anote. O volume pulverizado é obtido 
pela	equação	Q = V x A,	em	que:	Q	=	volume	aplicado	(L/ha);	V	=	volume	gasto	
na	área	(litros),	e	A	=	área	de	100	m²	demarcada	para	pulverização.
Por	exemplo,

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