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Micoses superficiais O fungo depende muito da umidade do ambiente e do local (preferência por lugares quentes e úmidos) Micoses superficiais Divididas em 3 grupos Pele e semi mucosas Dermatofitoses (sobrevivem do metabolismo da queratina) Pstiríase versicolor (presente na pele humana normalmente), tínea negra e as piedras Pele e mucosas Cândidose Dermatofitoses Causadas por 3 grandes grupos Trichophyton (rubrum - na cultura fica avermelhado -, mentagrophytes e tonturans) Epidermophyton Microsporum (gosta de pele de animal e pele humana) Canis - dá mais em pelo animal -, gypseum e audouinii Classificadas de acordo com o local em que aparecem Tínea capitis Dermatofitose em couro cabeludo Frequente em crianças: altamente transmissíveis de criança a criança Em adultos deve-se pensar em imunossupressão Alopecia tonsurante Cabelo parece que foi cortado na raiz (não é uma área calva) Pode ser única ou múltiplos focos Lesão crostosa descamativa, pode ser levemente eritematosa Provocam prurido, mas é indolor Na maioria das vezes é assintomática (mãe percebe que criança está perdendo cabelo) Perguntar sobre contato com gato e cachorro (tratar os animais também) Tratamento somente com medicação sistêmica Divide-se em Tínea tonsurante Tinea favosa Pietra Rosa TXIX Kerium Celsie Forma pustulosa, edematosa, com saída de secreção sero-purulenta (reação imunológica contra o fungo) – parece infecção bacteriana, mas é causada por fungo (frequentemente crianças são tratadas erroneamente com antibiótico) Criança tem poucos sintomas: praticamente não tem dor, não tem febre, tem poucos ou nenhum sintoma sistêmico Pode ter gânglios aumentados (gânglios cervicais), mas nenhuma grande característica inflamatória Inicialmente tonsurante, adquirindo aspecto pustuloso e doloroso Pode deixar cicatriz (onde não cresce mais cabelo) Tínea favosa Causada pelo T. schoenlei Grave: pode destruir o folículo Cicatrizes pós tínea favosa Lembra favos de mel nos folículos pilosos (por isso favosa): lesões branco-amareladas Tinea barbae Frequente em homens adultos Atinge a barba 3 tipos: Tipo inflamatória: lesões inflamatórias e supurativas Tipo herpes circinado: lesões anulares Eritêmato-pápulo-vesicoescamosas nas bordas, cujo crescimento é centrífugo Tipo sicosiforme: semelhante à foliculite bacteriana, mas com muito prurido Lesões tricorfitoide, eritemato-descamativas com prurido intenso Aspecto tricofioide Lesão com borda descamativa dividindo a pele normal e área afetada Borda bem nítida, desenhada Não há dor, febre e não há melhora com antibiótico Prurido Resolução espontânea ou tratamento tópico Diagnóstico diferencial Hanseníase tuberculóide: no caso tem sensibilidade normal e coceira, sendo que na hanseníase tem alteração de sensibilidade térmica Tínea do corpo ou da pele glabra Frequente na criança Causada pelo Trichophyton rubrum, Microsporum canis (presente em pelo do gato e cachorro) e Trichophyton mentagrophytes Formas Forma inicial vesiculada Lesões confluem, rompem-se e deixam superfície exulcerada, sobre a qual se formam as crostas Forma anular com crescimento centrífugo Evolução da forma vesiculada Vesículas aparecem na periferia da lesão Forma de placas Não há tendência à cura central da lesão Placas eritemato-descamativas aumentam progressivamente em extensão Todas as formas então associadas ao aumento do contato com animais domésticos Nas crianças a forma mais comum é de vesículas que se rompem e formam lesões crostosas centrífugas Adultos tem lesões mais inflamatórias com mais coceira Crianças tem menos prurido que adultos Lesões com grandes áreas afetadas com bordas bem delimitadas Diagnóstico diferencial Hanseníase tuberculoide, impetigo (tínea de corpo pode evoluir para impetigo) Tínea do pé e tínea da mão (tínea pedis e tínea manus) Causada por T. rubrum, T. mentagrophytes e E. floccosum Mais frequente Comum em adultos pois transpiram mais e usam mais sapatos Tínea do pé Pé de atleta ou frieira Lesões descamativas plantares Queratose palmar e plantar: fungo desestrutura a camada de queratina dando aspecto descamativo Não se relacionam com o ácido úrico Calor e umidade na região interdigital Forma intertriginosa (frieira) Forma crônica Maceração e descamação dos espaços interdigitais Pode causar prurido e fissura Forma vesicobolhosa Forma subaguda Forma mais frequente Vesículas ou vesiculopústulas atingem áreas localizidas dos espaços interdigitais Podem sofrer infecção secundária Diagnóstico diferencial: disidrose Forma descamativa Sola do pé extremamente grossa Lesões escamosas ou eritêmato-escamosas com borda Prurido frequente Reação inflamatória discreta Forma em mocassism Pé inteiro acometido pela forma descamativa Forma crostosa na região plantar o prurido é menor Tínea manus Possui as mesmas formas Causadas devido a uso de luvas grossas continuamente o dia todo (comum em profissionais que trabalham com limpeza) Tínea crural (tínea cruris) Causada por Trichophyton rubrum 2º tipo mais frequente Nos homens á muito frequente (mulher é menos frequente estando associada nesses casos à diabetes, obesidade etc.) Micose que atinge a região ingno-crural Pode se estender para a região glútea Lesões com bordas bem definidas e prurido intenso Fase ativa Eritemas e escamas, com bordas demarcadas onde se encontram pequenas vesículas eventualmente exsudativas Prurido constante Fase quiescente As lesões se tornam escurecidas Prurido ameniza Tinea de orelha (tinea auris) Causada pelo Microsporum Comum em crianças Prurido na orelha (criança com muita coceira na orelha deve-se pensar em micose) Lesões com placas eritemato-descamativas em orelha externa e eventualmente atinge conduto auditivo Tínea imbricata Comum em tribos indígenas do centro-oeste Faz um “desenho” na pele Sem sintomas Comum em crianças Tínea de unhas (onicomicoses) Causada por Trichophyton e Epidermophyton (raramente por Microsporum) 3º tipo mais frequente Queixa extremamente frequente Mais comum nos pacientes idosos Em jovens pode ser por trauma repetido ou má formações anatômicas (unhas em garra) Normalmente a lâmina ungueal é grudada na pele de baixo (fungo não entra a não ser que haja um trauma). O fungo faz a queratolise da camada córnea causando o descolamento da unha Hiperceratose subungueal: unha fica mais espessa e mais difícil de cortar Leva a distrofias ungueiais importantes Unha com aspecto amarelado Tende a atingir inicialmente um canto da unha (dificilmente pelo meio da unha) Há outras patologias que podem causar o descolamento da unha Exames para micoses Micológico direto (pode ser feito no consultório – raspa lesão e observa no microscópio com coloração) e cultura para fungo Tratamento das micoses Tópico Atuam melhor em locais com menos queratina (unha é difícil de tratar) Tínea de pele fina: tratamento com creme é mais eficiente Antigos: violeta genciana, ácido benzóico e iodo Derivados imidazóicos: isoconazol, tioconazol, bifonazil etc. Ciclopiroxiolamina, terbinafina e amorofina Sistêmico Tíneas profundas ou de pele grossa (lugares que possuem mais hiperqueratose são mais espessos: tópico não funciona) Griseofluvina: 15-20mg/Kg Indicado para tínea capitis em crianças Causa desconforto gástrico em adultos Cetoconazol: antifúngico de refrerência Não deve ser usada por período prologado devido a dano hepático - principalmente hepatite fulminante Máximo 14 dias Derivados imidazólicos: itraconazol, fluconazol (menos hepatotóxica) Terbinafina (não é derivado azólico): muito utilizado pormenor dano hepático Fluconazol: amplamente usado Usos curtos, longos ou em pulsos (1 vez por mês) Onicomicose: 3 meses de tratamento Couro cabeludo: 2 meses de tratamento Micoses superficiais: em geral 1 comprimido Ptiríase versicolor Causadas por Malassezia (furfur em sua maioria) Presente na pele normalmente: pode ocorrer desequilíbrio Lesões podem ser brancas, mas podem ser vermelhadas, amarronzadas ou acinzentadas (nem sempre apresentam cor branca) - por isso é chamada de versicolor Idade: adolescentes e adulto jovens Para o fungo crescer tem que ter a pele oleosa (tende a melhorar com a idade) Predisposição individual: formas saprofíicas e leveduriformes Lesão com descamação furfurácea (sinal da unhada) evidenciada pelo sinal de Zilieri Sinal de Zilieri: pele ao ser esticada pode-se observar a descamação Descamação ptiriaseforme: descamação muito fina, parece farinha Forma mais frequente é a branca em troco superior Lesão muito superficial: assintomática Alguns casos podem ser relatados prurido no sol O grande problema é a recidiva (chance de 80% de recidiva após o tratamento) Exame para diagnóstico Micológico direto: disposição em cachos de uva Tratamento Tópicos: azólicos (em solução ou loção), hipossulfito de sódio 25%, xampu de cetoconazol, sulfeto de selênio Evitar creme (pele já é muito oleosa) Sistêmico: itraconazol, cetoconazol e fluconazol Orientar sobre limpeza de pele para diminuir a oleosidade Orientar sobre uso de protetor solar Não pode ser associado com estatinas Candidoses Cândida está presente na flora normal da pele e das mucosas A grande maioria das vezes as formas de candidíase representam diminuição da imunidade Piores em crianças e em idosos, durante a gestação, diabetes, terapia com antibiótico, corticóides e citostáticos, outras condições de imunossupressão (AIDS), dermatites de fraldas, intertrigos de obesas, irritação da mucosa oral por próteses, deficiência de zinco e ferro e endocrinopatias Candidose intertriginosa (intertri) Frequente em idosos e crianças Assaduras verdadeiras Lesões eritematosas com superfície úmida e secretante que levam ao aparecimento de fissuras que podem evoluir para ulcerações Lesão principal cercada por lesões menores (lesões satélites) Pode haver prurido local Geralmente relacionada com imobilização de membros Ocorre em dobras cutâneas: Axilas, regiões submamárias, inguinocrurais e interdigitais Regiões de maior umidade e calor Dermatite de fraldas Pode ser causada por cândida: possuem pontos com descamação Fralda favorece ambiente quente e úmido Candidíase oral Mais frequente em lactentes e idosos devido a próteses dentárias Nos lactentes cuidado com chupetas Placas esbranquiçadas removíveis (importante para diagnóstico diferencial de leucoplasias) Diagnóstico clínico (pode ser feito micológico) Tratamento: nistatina oral, clorotrimazol Em casos extremos: medicações sistêmicas Perleche: boqueira (mais comum no idoso) Candidose vaginal e candidose balanoprepucial Candidose vaginal Causam corrimento branco nacarado Candidose balanoprepucial Lesões eritematosas ou eritemato-erosivas recobertas ou não por secreções esbranquiçadas Gera inflamação, edema, prurido e dificuldade de expor a glande Homens prostectomizados tem menos casos de cândida Pode ocorrer em homens jovens por contaminação durante o ato sexual Relações sexuais com mulheres com muito corrimento de candidíase vaginal Ou episódios de imunossupressão Paroníquia Causada pela cândida Conhecida como mão de lavadeira Distrofia ungueal se faz pelo processo inflamatório na raiz da unha, gerando edema Dobras periungueais se apresentam eritêmato-edematosas Dor a pressão Pode ou não ocorrer saída de secreção purulenta Confundida com onicomicose Ocorre ao redor da unha Eventualmente associa a paroníquia bacteriana Candidose mucocutânea crônica Causada por imunodeficiências Preferência em crianças e indivíduos com doenças crônicas caquetizantes, associadas a deficiência imunológica Forma congênita por defeito de imunidade celular e adquirida pela AIDS Lesões encontradas em face, tronco, membros e couro cabeludo Lesões constituídas por placas eritematosas exsudativas, com vesículas, pústulas e cristas, além de descamação Prurido geralmente brando
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