Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Litíase biliar Conceito Presença de cálculos na vesícula biliar ou na via biliar Patologia cirúrgica mais frequente do abdômen Como o terço distal do colédoco é intrapancreático, toda lesão que possa obstruir a via biliar distal -> represamento da bile e dificuldade de excreção -> dilatação Todo paciente com icterícia por bilirrubina direta com US mostrando dilatação da via biliar intra e extra-hepática provavelmente tem obstrução do colédoco terminal. Causas: cálculo, câncer da cabeça do pâncreas, colangiocarcinoma distal, pancreatite crônica, tumor de estômago, intestino Padrão colestático da icterícia: gama GT aumentada, transaminases aumentadas Se a via biliar intra-hepática estiver dilatada: síndrome de Mirizzi ou tumor intra-hepático Colestase extra-hepático: obstrução da via biliar Colestase intra-hepática: causada por necroses maciças do fígado (hepatite, cirrose) Causas de bilirrubina indireta elevada: hemólise, síndrome de Gilbert (feito na captação), defeito na conjugação, (defeito na excreção da bilirrubina) Anatomia Anatomia do Fígado O fígado está localizado abaixo do diafragma, do lado direito do plano mediano (hipocôndrio direito). É fixado anteriormente à parede do abdome pelo ligamento falciforme. Posterior a este, vê-se o Ligamento Redondo do fígado (veia umbilical obliterada). Superiormente, 4 ligamentos prendem o fígado ao diafragma: Ligamentos Coronários Anteriores direito e esquerdo e os Ligamentos Coronários Posteriores direito e esquerdo. É composto por 4 lobos: direito, esquerdo, quadrado e caudado, e por 8 segmentos nomeados com números. Irrigação: artéria Hepática Própria (provém do Tronco celíaco), penetra no pedículo hepático e divide-se em Artérias Hepáticas direita e esquerda. Drenagem: Veia Porta (provém da Veia Mesentérica Superior e coleta todo o sangue do território visceral), penetra no pedículo e se ramifica em capilares sinusóides. Estes, por sua vez, unem-se e formam as Veias Hepáticas que vão drenar para a Veia Cava Inferior. Vias biliares: são divididas em intra e extra-hepáticos. As vias intra-hepáticas são formadas pelos canalículos biliares e os espaços porta que formam os ductos hepáticos direito e esquerdo. Estas, confluem para formar o ducto hepático comum para onde é drenada a bile produzida no fígado e dela para a vesícula biliar. Vias extra-hepáticas: são os ductos hepáticos, o ducto Cístico, o Colédoco e a Vesícula biliar. É o maior órgão do corpo 30 a 40% do DC passa por ele O hepatócito é responsável pela metabolização da bilirrubina não conjugada (ou indireta). Pietra Rosa TXIX Os ductos hepáticos direito e esquerdo formarão o ducto hepático comum. Este encontra o ducto cístico formando o Triangulo de Calot. Triângulo de Calot Formado pela borda inferior do lobo hepático direito, pelo ducto cístico e pelo ducto hepático comum É fundamental na cirurgia da colecistectomia, pois impede erros durante à cirurgia em relação aos vasos O Colédoco tem seu trajeto posterior ao duodeno e é envolvido pela cabeça do pâncreas na sua porção final onde encontra do ducto pancreático principal formando a Ampola hepatopancreática ou de Vater, uma formação muscular circular que apresenta um esfíncter, o esfíncter de Oddi. A Ampola de Vater se projeta na parte descendente do duodeno caracterizando a Papila Maior ou de Vater. A vesícula biliar é dividida em fundo, corpo, colo e infundíbulo. Localiza-se entre o lobo direito e o quadrado na face visceral do fígado, em uma fossa que a aloja. Tem de 7 a 10 cm e capacidade de cerca de 50ml. É irrigada pela Artéria Cística (ramo da Artéria hepática direita), importante estrutura a ser observada na colecistectomia. A bile é metabolizada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar Todas as doenças que afetam antes da excreção causam aumento da bilirrubina indireta Doença da captação: hemólise, síndrome de Gilbert (feito na captação), defeito na conjugação Doença da conjugação: forma maior (doença hemolítica do RN) e forma menor Doença da excreção: obstrução da via biliar Bilirrubina indireta: é carreada no sangue pela albumina, o que impede que ela seja excretada pelo rim. Quando bilirrubina ultrapassa a membrana glomerular, a urina fica tingida (colúria) Estímulos para contração da vesícula biliar: distensão gástrica, colecistina, estímulo parassimpático ao ver um alimento Relação entre ducto hepático e pancreático (ducto de Wirsung): Ambos desembocam na Papila Duodenal Bile: facilita o trabalho das enzimas pancreáticas ao emulsificar a gordura Metabolismo da Bilirrubina A principal fonte de bilirrubina é a hemoglobina Globina é degradada -> biliverdina -> bilirrubina não conjugada Como a bilirrubina não conjugada (indireta) é lipossolúvel, para circular no sangue, ela se liga à albumina Fígado: responsável pela captação, conjugação e excreção da bilirrubina. Bilirrubina se dissocia da albumina nos sinusóides e é transportada para dentro do hepatócito, onde é conjugada ao ácido glicurônico e depois é excretada para o canalículo biliar com gasto de energia. Canalículos biliares -> dúctulos -> ductos interlobulares -> ductos septais -> ductos hepáticos Após excretada, no íleo terminal, a bilirrubina é hidrolisada formando-se urobilinogênio Hipocolia/Acolia fecal: fezes mais claras/esbranquiçadas Hiperbilirrubinemia não conjugada: aumento da produção de bilirrubina, diminuição da captação hepática/transporte, distúrbio da conjugação Hiperbilirrubinemia conjugada: defeitos na excreção da bilirrubina, obstrução bilar extra-hepática Prevalência de 11% a 3 %̈ nos relatos de autopsia. Maior risco Sexo feminino; obesidade; gravidez; alimentos gordurosos; doença de Crohn; ressecção do íleo terminal (interfere a reabsorção de sais biliares nas porções terminais); anemia falciforme e talassemia etc. Epidemiologia Prevalência de 11% a 3 %̈ nos relatos de autopsia. Maior risco: sexo feminino; obesidade; gravidez; alimentos gordurosos; pessoas que fazem operações gástricas; DM; doença de Crohn; ressecção do íleo terminal (interfere a reabsorção de sais biliares nas porções terminais); anemia falciforme e talassemia; uso de medicamentos; fistula biliar externa, pancreatite crônica; cirrose hepática, pacientes hemolíticos. Regra dos quatro F à mulheres (FEMALE), multíparas (FERTILITY), > 40 anos (FOURTHY) e obesas (FAT) Mulheres x Homens: 3:1 (< 50 anos) Sexo masculino > 60 a 65 anos Diabetes Dieta Infecção biliar Obesidade ACO 4F Dislipidemia Gestação Homens >65 anos Idade avançada Cirrose hepática Ressecção ileal Antecedente familiar Doenças hemolíticas Prótese valvar Desmotilidade vesicular Emagrecimento acentuado rápido Populações específicas Fatores protetores: dietas ricas em fibras diminuem saturação biliar do colesterol, devido à maior velocidade de transito intestinal, diminuindo a formação de cálculos de colesterol Fisiopatologia 2 tipos de cálculos Colesterol Amarelos 75% Formados principalmente de colesterol, mas também por mucina, sais de cálcio, sais biliares, proteínas e fosfolipídios Pigmentares Pretos ou castanhos Os cálculos castanhos estão associados a doenças específicas do aparelho biliar formado por bilirrubinato de cálcio alternado com colesterol e outros sais, Formado no colédoco, anos após uma colecistectomia, em segmentos estenosados da colangite esclerosante e na doença de Caroli São associados a infecção bacteriana em 90% dos casos Os cálculos pretos são formados dentro da vesícula e são menores, consistem basicamente de bilirrubinato de cálcio e não costumam ter mais de 1 cm Formação dos cálculos: desequilíbrio entre colesterol biliar e solubilização = bile supersaturada ou litogênica (bile com excesso de colesterol em relação aos sais biliares e fosfolipídios => cristalização do colesterol) + estase biliar + mucinas, cálcio, proteínas (nucleação =agrupamento dos cristais de colesterol) e bilirrubina podem levar a precipitação de colesterol biliar que podem ocasionar cálculos biliares Formação dos cálculos Desequilíbrio entre quantidade de colesterol e a concentração de solubilizantes (como sais biliares) na bile → capacidade de solubilização do colesterol pela bile é ultrapassada → bile supersaturada ou litogênica Bile supersaturada + estase = favorecimento da precipitação e formação de cristais de colesterol Cristais se associam a mucinas, cálcio, proteínas e bilirrubina, se agregam e podem formar cálculos macroscópicos Fisiopatologia da Colicistite Aguda Litiásica Evento obstrutivo do ducto cístico por cálculo gera concentração e supersaturação da bile que causa a inflamação da parede 6 a 8 horas evolução: distensão, congestão e edema da mucosa vesicular Complicações: isquemia, necrose, infecção da bile (empiema) e infecção da parede vesicular (abscessos intramurais) Infecção pode sobrevir como complicação em 50% dos casos Portanto existe 3 formas de apresentação, sendo a última a doença litiásica aguda Quadro clínico Colicistite pressupõe inflamação enquanto colecistopatia é um termo mais genérico Colicistite calculosa ou colecistopatia calculosa Assintomática Crônica sintomática: tem a pedra, eventualmente tem a dor.... Aguda (doença se manifesta de forma abrupta): colicistite calculosa aguda Colecistopatia assintomática Diagnóstico estabelecido casualmente 10 a 30% desenvolvem sintomas em 2 a 15 anos Colecistopatia sintomática crônica Maior parte dos pacientes Resulta da obstrução temporária do canal cístico pelos cálculos, seguida de espasmos que causam a crise de dor Dor em hipocôndrio direito que irradia para epigástrio, flanco direito Eventualmente a dor pode ser em hipocôndrio esquerdo, precórdio ou abdome inferior Irradiação para escapula, dorso e ombro direito Dor desaparece, as vezes é noturna e geralmente associada a comida gordurosa Fora da crise não sente dor Crise pode estar associada a vômitos e sudorese Fora da crise, exame físico normal Em crise, alguns pacientes sentem dor à palpação Sintomatologia inespecífica (pode ser confundida com pancreatite crônica, doenças dispépticas patologias funcionais digestivas) com duração da dor de < 5 a 6 horas Vesícula hidrópica Paciente podem ou não apresentar um desconforto constante e massa palpável em hipocôndrio D decorrente da presença de um líquido mucoide claro não infectado na vesícula Colecistopatia sintomática aguda Perdura além de 6h (dor vesical) Inicia com dor no hipocôndrio direito, intensa, que causa sinal de murphy, acompanhada de vômitos, náuseas, anorexia, pode ter colúria, acolia fecal, pode ter febre baixa e icterícia (20%) Lesão a palpação, movimento e inspiração profunda Ocorre devido a um evento obstrutivo, onde a pedra obstrui o infundíbulo da vesícula, causando estase da bile que inflama as paredes A vesícula fica edemaciada que pode evoluir para infecção que pode causar necrose abdominal Em sua maioria, é decorrente de cálculo do ducto. Em outros casos, a icterícia pode ser decorrente de edema pericoledociano, colestase intra-hepática ou do aumento da permeabilidade do epitélio da vesícula à bilirrubina Diagnóstico Exames de imagem RX simples de abdome Evidencia imagens radiopacas na projeção da vesícula biliar (hipocêndrio direito) – não tem como afirmar que é na vesícula Cálculo amarelo é multifacetário US de abdome Melhor exame para fazer exame de doença biliar calculosa 1º a ser solicitado Sensibilidade e especificidade > 95% Visualiza o sistema biliar intra e exttra hepático, fígado e Capaz de localizar a obstrução, ver dilatação a via biliar intra-hepática ou dilatação extrahepática) pâncreas Colecistograma oral Não é mais feito TC/ RM com colangiorresonância Boa para ver vias biliares – ressonância é melhor RM é o melhor exame para estudar a anatomia da via biliar Ótimo para identificar cálculos TC não é tão bom (não tem contraste que consegue permear as vias biliares) Cintilografia Marcador que só se liga à vesícula se tiver bile (em uma colicistite aguda é o melhor exame, mas é difícil de fazer) Bom para diagnóstico de colicistite aguda Difícil de ser realizado US endoscópico Detecção de lesões justapapilares (colédoco distal) Bom para quando há dúvidas sobre o diagnóstico Colangiografia trans hepática percutânea (CTP) Excelente método para icterícia obstrutiva e dilatação das vias biliares intra-hepáticas Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) Endoscopia onde injeta o contraste na papila Exame bom para tratar algumas complicações Avaliação de paciente ictérico, suspeita de obstrução extra-hepática Finalidade diagnostica e terapêutica Consiste na passagem de um endoscópio através da Papila de Vater, com injeção de contraste, que enche de forma retrógrada o colédoco, o ducto cístico, a vesícula e as vias biliares intra-hepáticas, permitindo assim a avaliação da permeabilidade dessas vias Pode ser também um método de tratamento como será explicado posteriormente Colangiografia perioperatória Administração intraoperatória de contraste hidrossolúvel Realizada via transcística ou no ducto colédoco por agulha ou dreno de Kehr Dreno permite colangiografia pós-operatória . Colangiorresonância Tomografia computadorizada Achados do USG Colecistite aguda Vesícula biliar com paredes espessadas e edemaciadas (alo preto atrás da parede – sombra atípica posterior) e com um grande cálculo em seu interior (tem sombra acústica posterior logo abaixo do cálculo devido a incapacidade do transdutor de passar pelo cálculo – achado do USG) Vesícula de porcelana Complicação da doença biliar. Cálculo ao invés de se formar dentro da vesícula o cálcio se gruda na parede da vesícula. No USG provoca uma sobra acústica posterior gigante. Deve ser operada, tem associação com malignidade (pode evoluir para neoplasia) Lama biliar Bile litogênica, contendo todos os elementos necessários enucleação de cálculos com mucina, glicoproteínas e cálcio. Pacientes em jejum prolongado ou alimentação parenteral. Ocorre devido a estase biliar. Pode infeccionar posteriormente causando colecistite aguda alitiásica. Imagem homogênea que se deposita na parede posterior, com nível líquido-líquido, deslocando-se lentamente nas mudanças de decúbito Colecistite aguda Vesícula de porcelana Lama biliar Exames laboratoriais Hemograma Avalia se há hemólise, anemia, processo infeccioso, leucocitose, desvio a esquerda Amilase e lipase Umas das complicações da litíase biliar é a pancreatite que aumenta amilase e lipase Enzimas canaliculares Fosfatase alcalina e gama GT (mais específica). Quando alteradas, essas enzimas indicam que o canalículo biliar pode estar comprimido, obstruído (ou seja, há algo afetando o canalículo biliar, como um cálculo) Enzimas hepatocitárias ALT (mais específica) AST (pouco específica). Essas enzimas costumam estar pouco aumentadas porque os fenômenos de necrose hepatocitários não são tão intensos na litíase biliar, mas podem estar muito aumentados na Hepatite Bilirrubinas Aumento de bilirrubina direta em obstrução TAP/ INR Se não tem solvente de gordura vitaminas lipossolúveis não são absorvidas (vitamina K) causando a diminuição da produção dos fatores de coagulação dependentes de vitamina K, alargamento do TAP e aumento de INR Creatinina e urina I Função renal, colúria e bilirrubinúria Após a obstrução, ocorre aumento da bilirrubina direta é a colúria e depois ocorre a icterícia Tratamento Colescistite assintomática Terapia de dissolução (URSO: ácido ursodesoxicólico):cálculo < 2cm, móvel e radiotransparentes Diminui saturação da bile, permitindo absorção de colesterol a partir da superfície do cálculo Efeito colateral: diarreia e elevação da ALT (1% dos pacientes) Indicação de colecistectomia em assintomáticos: gastrectomia prévia ou cirurgia bariátrica, imunossuprimidos, doença hemolítica crônica, vesícula em porcelana, suspeita ou risco de malignidade, pacientes fora de alcance cirúrgico para o tratamento Colecistite crônica ou aguda sintomática Colecistectomia (padrão ouro): Laparotomia ou videolaparoscopia Videolaparoscopia é o padrão ouro: colecistectomia precoce e o acesso videolaparoscopico quando possível, proporcionam os melhores resultados no tratamento da colicistite calculosa 4 trocarteres, insuflação gradativa com CO2 (pneumoperitônio), dissecção de inicia pelo colo da vesícula, isolamento e ligadura da artéria cística, ligadura do ducto cístico Caráter emergencial: indicada sobretudo para idosos com colicistite aguda, que não respondem às medidas clínicas iniciais ou pioram na vigência do tratamento conservador CPER Tratamento da coledocolitíase com papilotomia Papilotomia Endoscópica: através do endoscópio é colocado um pequeno cateter que tem um mecanismo metálico que pode ser mobilizado para dentro e para fora. Este pequeno metal (como um fino arame) é ligado à um eletrocautério Com este sistema pode-se fazer pequenas cirurgias via endoscópica. A papilotomia consiste em fazer uma pequena incisão na papila de Vater que é o empecilho mecânico para as pedras que se encontram no canal da bile saírem para o intestino. Após feita a abertura da papila pode-se remover as pedras de dentro do canal da bile com outro cateter que se abre como uma pequena "cesta" e "abraça" as pedras removendo-as do canal da bile. Complicações Coledocolitiase ou litíase biliar da via biliar principal 8 -18% dos pacientes com colelitíase sintomática Provocada por cálculos pequenos e provenientes da vesícula que se impactam na papila provocado colangite e pancreatite biliar Tratado com a retirada do cálculo por endoscopia com papilotomo que corta a papila e laça a pedra desobstruindo a papila (CPRE + papilotomia) Pancreatite biliar 5% dos pacientes submetidos a colecistectomia, especialmente portadores de cálculos pequenos (< 5mm) Gera ativação de enzimas pancreáticas dentro dos ácinos pancreáticos Causa mais comum de pancreatite em mulheres Síndrome de mirizzi Ocorre me 0,05% a 2,7% dos pacientes com colelitíase biliar. Pedra é deslocada para a via biliar principal Ducto cístico com trajeto paralelo ao ducto pancreático comum Cálculos impactados no ducto cístico ou infundíbulo da vesícula biliar Obstrução mecânica do ducto hepático comum por cálculos ou secundário a inflamação Icterícia contínua ou intermitente e colangite recorrente Tratado com cirurgia É fator predisponente para neoplasia porque o cálculo é geralmente grande Quadro clínico: icterícia, dor abdominal, colúria, vômitos, emagrecimento e prurido. *Como os sintomas são semelhantes ao da litíase, são importantes os outros métodos diagnósticos Classificada em 4 tipos Colangite aguda Infecção bacteriana ascendente do sistema ductal biliar, associada a obstrução do fluxo biliar Consequente da coledocolitíase ou a manipulação biliar (CPER) Agentes mais comum são E. coli, Klebisiella pneumoniae, S. faecalis, Bacterioides fragilis Clínica: tríade de charcot - paciente com icterícia, febre e calafrios e dor em hipocôndrio direito e pentade de Reynold, alteração do estado mental e hipotensão indicam choque Diagnóstico: leucocitose, hiperbilirrubinemia, elevação de FA e GGT e transaminases TC, RNM e USG mostram obstrução devido a massas e cálculos Tratamento: antibiótico (cefalosporinas, aminoglicosídeos + clindamicina se grave) e hidratação agressiva além da descompressão da árvore biliar por via endoscópica ou por via percutânea Colangiografia é obrigatória como intervenção diagnóstica e terapêutica É uma emergência que precisa ser rapidamente tratada Colecistite aguda Complicação infecciosa mais comum da doença calculosa Inicia com dor em hipocôndrio direito, contínua e que perdura por mais de 6h (dor visceral) O tratamento é feito com colecistectomia o mais rápido possível (videolaparoscópica se possível ou convencional), suporte clínico e antibióticos (infecção por gram negativas, geralmente por Eschericia coli) Colecistite aguda não calculosa Associada a imunossupressão, multiuso de antibióticos, jejum prolongado, UTI etc. Íleo biliar Pedra migra para uma alça intestinal por perfurações e fístulas Cálculo pode migrar para o duodeno, cólon e laça de delgado A pedra pode causar obstrução do intestino no lugar de menor diâmetro Pedras >2,5cm para dentro do duodeno ou de uma alça do i. delgado Representa 25% de obstrução intestinal em >65 anos Chega ao íleo terminal onde é mais estreito e causa obstrução O tratamento é cirúrgico para remoção da pedra Cálculos grandes tem característica concêntrica (parecem uma cenoura cortada) Hérniobilia é o principal achado radiológico: presença de ar na vesícula causado pela fístula entre o canal biliar e o intestino Vesícula em porcelana Associada a colicistite crônica Induz a mutagênese das células da pare de da vesícula, podendo gerar câncer Deve ser submetida a colecistectomia
Compartilhar