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Resumo | Ética Profissional

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RESUMO ÉTICA
PROFISSIONAL
@A U G U S T O N A S C I M E N T O P S I
 
Ética Profissional 
 
Centro Universitário Barão de Mauá 
Disciplina: Ética Profissional 
Professora: Profa. Dra. Ane Ribeiro Patti 
Contato: ane.ribeiro@baraodemaua.br 
E-mail: euaugustonascimento@gmail.com 
 
Aula: 04 de agosto de 2021. 
 
Reflexão: “Ser humano como produto e como 
processo... (e)-feito de linguagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comentários alunos: 
▪ Sentimento de prisão mesmo; 
▪ Como a sociedade se impõe em nós e tudo mais; 
▪ Essa pessoa parece que estar sendo moldada; 
▪ Está sendo moldada e vista, assistida; 
▪ Uma pessoa tentando se livrar dela mesma. A porta 
está aberta para ela sair, porém ela não conseguiu 
sair do próprio casulo; 
▪ A questão do espelho me remete à prisão na 
vaidade...uma prisão que para ser liberto só depende 
da própria pessoa; 
▪ A condição da mulher na sociedade; 
 
Comentários professora: 
▪ Esboço da psiquê humana, o bebê nasce cercado por 
intervenções do outro; 
▪ A função materna é o primeiro espelho para a 
criança; 
▪ A função paterna é a proteção, mas existe a porta 
aberta, como mostra na obra da artista; 
▪ Até poder caminhar com as próprias pernas, existe 
um momento de suspensão, que também é 
remetido da obra. 
▪ Existem famílias extremamente fechadas, possuem 
dificuldade de cortar o cordão umbilical; 
▪ 
“A liberdade de um termina onde começa a do outro.” 
Como medir? Como estabelecer limites? 
 
Passagem da natureza para a cultura: 
 
“A proibição do incesto exprime a passagem do fato 
natural da consanguinidade ao fato cultural da 
aliança.” 
(LEVI-STRAUSS, 1976, p. 70). 
 
▪ Nem toda cultura é civilizada, existem tribos que 
tem um funcionamento primitivo e desordenada; 
▪ Incesto: é a atividade sexual entre membros de 
uma família ou entre parentes que possui uma 
relação de consanguinidade (relações de sangue). 
Levi observou que em algumas tribos permitiam 
este tipo de comportamento, entretanto outras 
não. 
▪ Os maiores conflitos acontecem entre filhos e pais; 
▪ Por outro lado existe também a afetividade demais; 
▪ Levi estudava Freud, e trazia mitos indígenas. 
▪ Tragédia grega: o filho mata o pai para casar-se com 
a mãe; 
 
Um olhar da Antropologia 
 
Natureza: o domínio da natureza caracteriza-se pelo 
fato de nele só dar o que se recebe. O fenômeno da 
hereditariedade exprime essa permanência e 
contribuição. 
Por exemplo: ninguém ensina a abelha a ser abelha. 
 
Cultura: o domínio da cultura, ao contrário, o indivíduo 
recebe sempre mais do que dá, e ao mesmo tempo dá 
mais do que recebe. Esse duplo desequilíbrio exprime-
se respectivamente nos processos, entre si inversos e 
igualmente opostos ao procedente, que são a educação e 
a invenção. 
Por exemplo: o homem nunca consegue retribuir toda 
sabedoria que recebeu. 
 
 
mailto:ane.ribeiro@baraodemaua.br
mailto:euaugustonascimento@gmail.com
Ética Profissional 
 
Outros passos: 
 
Natureza e cultura tem um ritmo de dar e receber: 
“o problema da passagem da natureza à cultura reduz-
se, portanto, ao problema da introdução de processos 
de acumulação no interior de processos de repetição. 
 
Espiral do processo de dar e receber: 
▪ Hereditário (processo de repetição); 
▪ Linguagem e cultura (processo de acumulação e 
perdas que possibilita a aliança); 
▪ Sintoma (o sujeito que afeta e é afetado, produz 
algo a partir do que recebe). 
 
A natureza determina até certo ponto: 
 
“Se a relação entre pais e filhos é rigorosamente 
determinada pela natureza dos primeiros, a relação 
entre macho e fêmea só é determinada pelo acaso e 
pela probabilidade.” 
 
“A cultura, impotente diante da filiação, toma 
consciência de seus direitos, ao mesmo tempo de si 
mesma, diante do fenômeno, inteiramente diferente, 
da aliança, o único sobre o qual a natureza já não disse 
tudo.” 
 
A aliança e a regra 
 
É precisamente a aliança que fornece a dobradiça, ou 
mais exatamente o corte, onde a dobradiça pode fixar-
se. 
(LEVI-STRAUSS, 1976, p. 71). 
 
“O fato da regra, considerado de maneira 
inteiramente independente de suas mobilidades, 
constitui, com efeito, a própria essência da 
proibição do incesto. O papel primordial da 
cultura está em garantir a existência do grupo 
como grupo, e portanto em substituir, neste 
domínio e em todos os outros, a organização ao 
acaso.” 
A proibição do incesto, constitui uma certa forma de 
intervenção. Mas antes de tudo é intervenção, ou, 
mais exatamente ainda, é a intervenção. (p. 72) 
 
▪ O incesto é aquilo que é considerado proibido para 
determinadas comunidades, vai além de uma 
suposta relação sexual, trata-se de algo que vai 
desorganizar uma comunidade. 
Aula: 09 de agosto de 2021. 
 
Livro infantil: Zoom – Istvan Banyai: Um sujeito em 
movimento põe a vida em movimento 
 
Aquilo que eu vejo tem mais a ver com onde eu estou 
do que com o que eu realmente estou vendo. 
 
A mãe pode não querer cuidar; 
A importância da proibição do incesto vai viabilizar 
que o sujeito introjete a lei; 
Pensar ética é pensar na relação no eu com o outro; 
 
A construção da ética é um exercício 
 
De um sujeito; 
Filiado sócio historicamente; 
Que se utiliza da linguagem, que o habita; 
Para se fazer existir e fazer existir o outro; 
E sustentar a ciranda do coletivo. 
 
Mas onde começa o eu e termia o outro? Ou será que o 
outro que nos constitui, continua em nós? De onde 
viemos e para onde vamos? 
 
Aula: 11 de agosto de 2021. 
 
Separação de Ética e Moral 
 
Moral: a moral é um conjunto de regras, costumes e 
formas de pensar de um grupo social, que define o que 
devemos ou não devemos fazer em sociedade. 
 
Diferença entre ética e moral 
 
Moral são os costumes, hábitos, comportamentos dos 
seres humanos, as regras de comportamento adotadas 
pelas comunidades. Além disso, normas, princípios, 
costumes, valores que norteiam o comportamento do 
indivíduo no seu grupo social. 
 
Ética é a reflexão filosófica sobre a moral, teoria, 
conhecimento ou a ciência do comportamento moral ou 
seja, é a filosofia científica. 
 
 
 
 
 
Ética Profissional 
 
O Bem, o bom e o belo 
 
O bem é o objeto da ética, a verdade é o objeto da 
ciência e da metafisica e a beleza o objeto próprio da 
estética. 
CHAUI, 2012, p. 50 
 
Questão: E o que seria exatamente ser ético com 
você mesmo? 
▪ Suponhamos que sou recém-formada e recebo uma 
proposta de trabalho incrível, mas quando chego lá os 
princípios não condiz com a propaganda feita na 
contratação? Saio e continuo sendo ético ou deixo pra 
lá porque preciso pagar minhas contas? 
▪ Condições indignas de trabalho; 
▪ Condição de não enxergar outras possibilidades; 
▪ Pode custar caro; 
▪ Na vida pessoal colocar limites nos relacionamentos, 
dizer um basta a uma relação abusiva; 
▪ Crimes de bagatela: roubar leite no supermercado 
porque precisa. É moralmente aceito? É ético? 
 
Sugestão de livros: 
 O Segredo do anel 
 Fábula da convivência 
 Platão 
 Mitologia Grega 
 
A ética e seus fundamentos 
 
Contribuições do pensamento estruturalista na 
desnaturalização dos conceitos. 
 
3 tipos de estruturalismo: genético, dos modelos, 
fenomenológico. 
 
Levi Strauss e o universo das regras 
A regra como intervenção que empuxa o natural à 
Cultura. 
 
O que fundamenta o incesto? 
Tem um contexto histórico, numa sociedade com 
fundamentos específicos que estabelecem tais regras 
para tais interesses. 
O incesto é aquela prática comunitária onde não há 
estabelecimento de uma proibição e quando há, é 
burlada. 
 
 
O que é lei simbólica? 
É a introjeção, eu torno meu aquilo que foi me passado 
culturalmente. 
 
A proibição do incesto é a intervenção 
 
Universo das regras criando uma ordem; 
Que viabiliza ao humano transcender do natural ao 
naturalizável, do instintal ao pulsional, caminhar da 
natureza à cultura e a civilização.Vescovi → “Por incesto entendo toda relação tanto na 
vida privada quanto na vida pública que sustenta uma 
unificação pulsional, sem deixar intervalo entre o eu e o 
outro. Nessas práticas, o sujeito tende a apreender o 
semelhante, de maneira perversa como um objeto de seus 
caprichos e de suas satisfações. (VESCOVI, 2009, p. 21) 
 
Saussure e a arbitrariedade do signo linguístico 
 
A cultura é “não-natural” 
Estruturalistas: a língua organizando o caos, um 
simbólico criando o real. 
 
Filósofos e linguistas sempre concordaram em 
reconhecer que, sem o auxílio dos signos seriamos 
incapazes de distinguir duas ideias de uma forma clara e 
constante, considerando em si mesmo o pensamento. 
 
O que é o signo linguístico? 
É a associação entre uma imagem sonora e o conceito, mas 
a relação entre a imagem verbal e o conceito é necessária. 
O que faz com que eu chame “cadeira, mesa” é a 
convenção social. 
Os surdos também têm imagem sonora, sentem a vibração 
da voz; 
Signo linguístico representa algo individual para cada um, 
sair do contexto da realidade para entrar no universo 
simbólico para tratar a linguagem como linguagem. 
 
Significado e Significante (pode remeter a outros 
significados); → Ferdinand Saussure 
Por exemplo: mesa (o que é mesa pra você?) 
Nada é distinto antes do aparecimento da língua; 
E mesmo depois de entrarmos no universo da 
linguagem os sentidos sempre escapam, e podem vir-a-
ser outros. 
 
Ética Profissional 
 
Processo de análise aquele objeto que é visto como 
pavor é transformando no decorrer da análise, 
significado e significante. 
 
Sentido Literal 
Cachorro-quente. 
 
Aula: 16 de agosto de 2021. 
 
O que é linguagem? 
▪ Comunicação; 
▪ Forma de expressão; 
▪ Expressividades de ideias, sentimentos e 
vontades; 
 
Linguagem e seu caráter dialógico: 
 
O que é dialogia: comunicação entre dois. 
 
Língua: (social) 
Sistema das regras que determinam o emprego dos 
sons, das formas e meio de expressão; 
Lado social que vive no plano do contrato social; 
Preexiste a todo ato efetivo de comunicação; 
Código. 
 
Fala: (individual) 
A fala é a atualização da língua; 
Ato individual, utilização prática e concreta da 
língua; 
A língua está sempre presente na fala, mas como 
presença ausente, como efeito de uma ausência, 
sendo, no entanto, essa ausência que inteiramente 
determina a presença da fala. 
 
A língua e a fala 
 
Responsabilização pelo Advir 
 
▪ Aqui também podemos compreender como o “eu” é 
o discurso do outro; 
▪ O “eu” ao falar suporta os outros (língua) do passado 
para poder dizer e criar um futuro; 
▪ O “eu” nasce do outro, e a partir da transmissão da lei 
simbólica, poderá emergir e se posicionar, e quem 
sabe, responsabilizar-se; 
▪ Implicar-se nas consequências de seus atos que 
podem levar ao melhor e ao pior; 
 
Iluminando tempos sombrios; 
 
“Os fios da linguagem e sua trama servem ao homem 
de anteparo à violência que nele habita” [...] É a única 
via de construir e de se responsabilizar --- 
▪ No decorrer da análise o sujeito vai tomando a 
responsabilização de seus atos; 
 
A língua não é substância, mas uma forma 
 
O que está na fundação da vida, é a lei 
▪ A lei simbólica; 
▪ Só de olhar para fulano, sei o que ela está 
pensando... qual o problema nessa frase? 
Não ver o outro como um ser pensante. 
▪ Tratar o outro como um objeto e não como 
sujeito; 
 
Como suportar e sustentar a ética? 
 
Ética significa caráter de alguém, conjunto de 
costumes instruídos por uma sociedade para 
formar, regular, e controlar a conduta ética de seus 
membros. 
(CHAUÍ, 2012, p. 383). 
 
Campo ético e relacional constituído por: agente 
(sujeito) e valores morais (ou virtudes éticas); 
 
Ética como prática individual inserida no social: ou 
seja, ela é relacional. 
 
Ser humano como “animal político” (Aristoteles) 
vive na polis, na comunidade; 
A ética vai sendo elaborada socialmente com base 
nas condições concretas, sob o andaime dos 
valores; 
O sujeito ético não se preocupa apenas com seus 
interesses mas em agir de modo que inclua o bem-
estar coletivo; (PASSOS). 
 
Ética como sendo exercício de preservação 
do coletivo 
 
1. Preservar o que? 
2. Contra o que precisamos lutar para garantir o 
coletivo? 
Da nossa própria agressividade contra a 
violência; 
Ética Profissional 
 
Ética e violência 
 
Quando acompanhamos a história das ideias 
éticas, desde a Antiguidade clássica (greco-romana) 
até nossos dias, podemos perceber que, em seu centro, 
encontra-se o problema da violência e dos meios para 
evitá-la, diminuí-la, controlá-la. Diferentes 
formações sociais e culturais instituíram conjuntos de 
valores éticos como padrões de conduta, de relações 
intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos 
sociais que pudessem garantir a integridade física e 
psíquica de seus membros e a conservação do grupo 
social. (CHAUI, 2012, p. 182). 
 
Ética: elaboração de meios que possam garantir 
(ainda que com falhas, parcialmente a segurança e a 
integridade física, psíquica e social. 
 
Aula: 18 de agosto de 2021 
 
Por que fazemos guerra? 
 
Saídas para evitar mais uma guerra? 
 
Freud e Einstein 
Preservar o inimigo vivo e usá-lo como mão de obra 
escrava; 
O direito entra como regulador dos direitos e da 
violência; 
Há uma tentativa atualmente, a fim de promover os 
direitos universais; 
A lei é a força de uma comunidade (FREUD); 
A lei proporciona laços identificadores, vínculos 
emocionais, sentimentos comuns, que são a sua 
verdadeira fonte de força. 
 
O instinto de morte torna-se instinto destrutivo 
quando, com o auxílio de órgãos especiais, é dirigido 
para fora, para objetos. O organismo preserva sua 
própria vida, por assim dizer, 41 destruindo uma vida 
alheia. Uma parte do instinto de morte, contudo, 
continua atuante dentro do organismo, e temos 
procurado atribuir numerosos fenômenos normais e 
patológicos a essa internalização do instinto de 
destruição. 
 
“ [...] de nada vale tentar eliminar as inclinações 
agressivas dos homens.” 
Se a propensão à guerra nasce da pulsão destrutiva o 
natural será apelar ao seu contrário, a Eros. 
➔ Prazer, ligado ao que é bom. Mas o que é bom? 
 
As soluções freudianas são tessituras 
 
Amor; 
Desenvolvimento da psique, nos termos da 
superação do sujeito que ocupa um lugar infantil, de 
passividade (e não de pacificidade), perante já dado 
(autoridade/líderes/seguidores), com liberdade e 
consciência. 
A situação ideal seria a comunidade humana que 
tivesse subordinado sua vida instintal ao 
domínio da razão. 
 
“Uma coisa podemos dizer: tudo que estimula o 
crescimento da civilização trabalha simultaneamente 
contra a guerra”. 
 
Filosófica e eticamente: paixões humanas 
 
A virtude é, pois, passar da paixão à ação, tornar-se 
causa ativa interna de nossa existência, atos e 
pensamentos. As paixões e os desejos tristes nos 
enfraquecem e nos tornam cada vez mais passivos. As 
paixões e os desejos alegres nos fortalecem e nos 
preparam para passar da passividade à atividade. 
(CHAUI, 2000, p. 429). 
 
A existência ética: 
 
Exemplo: 
Vivemos certas situações, ou sabemos que foram 
vividas por outros, como situações de extrema aflição 
e angústia. Assim, por exemplo, uma pessoa querida, 
com uma doença terminal, está viva apenas porque seu 
corpo está ligado a máquinas que a conservam. Suas 
dores são intoleráveis. Inconsciente, geme no 
sofrimento. Não seria melhor que descansasse em 
paz? Não seria preferível deixá-la morrer? 
Podemos desligar os aparelhos? Ou não temos o 
direito de fazê-lo? Que fazer? Qual a ação correta? 
(CHAUI, 2000, p. 429). 
 
 
 
 
 
 
Ética Profissional 
 
Aula: 30 de agosto de 2021. 
 
O ideal ético nos tempos 
 
Pai da ideia helenística pautada no bom, no bem e no 
belo (equilíbrio e meio termo – temperança – fuga dos 
extremos); 
Grécia antiga: era viverbem, ter uma vida individual 
boa, centrada na amizade, justiça na solidariedade. 
(PASSOS, 2007, p. 28). 
Idade média: consistia na santidade, no amor e na 
orientação revelada por Deus. 
Idade moderna: igualdade, liberdade e fraternidade. 
Atual: há uma valorização das singularidades, o caso 
a caso. 
 
Será que gosto se discute? 
 
Para Kant: é possível se discutir o gosto. 
É preciso exercitarmos a arte do diálogo para que 
construamos desde noções éticas que sejam 
compartilhadas, até as estéticas. 
 
Questões que nos levam ao agir de acordo com o 
nosso senso moral/consciência moral. O que é feio e 
belo, certo ou errado, justo ou injusto? 
 
Senso moral (sentimento quanto ao certo ou errado, 
justo ou injusto) & consciência moral (vai além 
do sentir, precisa conscientizar-se sobre ou fazer algo, 
tomada de decisões, levar as práticas para o 
cotidiano). 
 
Ser humano 
 
Grécia antiga (Platão): o ser humano se destacava 
dos animais por causa da inteligência. Aristóteles diz 
que o homem é um animal político, participa da pólis. 
Idade média (Santo Agostinho): interioridade e 
exterioridade. 
Idade moderna (Kant): consciência profana. 
Karl Max: animal social, aspecto social 
 
 
 
 
 
 
Ser humano na pós-modernidade 
• Declaração universal dos direitos humanos; 
• Norma que foi idealizada em 10 de dezembro de 
1948. 
• O ser humano é considerado como ser biopsicossocial 
e espiritual. 
 
A existência ética: Juízo de fato e juízo de valor 
 
Juízo de fato: plano descritivo, dizem que algo existe: 
“está chovendo”; 
Juízo de valor: plano interpretativo, são avaliações 
proferidas na moral, nas artes, na política. “A chuva é 
boa para as plantas, a chuva é bela, me remete a 
infância” 
 
Em ambos há um posicionamento subjetivo 
implicado na enunciação: juízo de fatos estão 
necessariamente ligados ao plano da natureza, assim 
como os juízos de valor estão ligados à cultura. 
 
Juízos morais de valor se referem ao como algo deve 
ser: será que a minha felicidade está sendo respeitada? 
 
A naturalização da existência moral esconde, 
portanto, o mais importante da ética: o fato de ela ser 
criação histórico-cultural. 
A naturalização é maneira pela qual as idéias produzem 
alienação social, isto é, a sociedade surge como uma 
força natural estranha e poderosa, que faz com que tudo 
seja necessariamente como é. Senhores por natureza, 
escravos por natureza, cidadãos por natureza, 
proprietários por natureza, assalariados por natureza, 
etc. 
 
Mal, crime e vício x Bem, mérito e virtude 
 
A violência é a violação da integridade física e 
psíquica, da dignidade humana de alguém. Eis por 
que o assassinato, a tortura, a injustiça, a mentira, o 
estupro, a calúnia, a má-fé, o roubo são considerados 
violência, imoralidade e crime. 
 
 
 
 
 
Ética Profissional 
 
Do ponto de vista ético, somos pessoas e não 
podemos ser tratados como coisas. Os valores 
éticos se oferecem, portanto, como expressão e 
garantia de nossa condição de sujeitos, proibindo 
moralmente o que nos transforme em coisa usada e 
manipulada por outros. 
 
Aula: 01 de setembro de 2021. 
 
As questões socráticas inauguram a ética ou filosofia 
moral, porque definem o campo no qual valores e 
obrigações morais podem ser estabelecidos, ao 
encontrar seu ponto de partida: a consciência do 
agente moral. 
 
Ao indagar o que são a virtude e o bem, Sócrates 
realiza na verdade duas interrogações. Por um lado, 
interroga a sociedade para saber se o que ela costuma 
(ethos com eta) considerar virtuoso e bom 
corresponde efetivamente à virtude e ao bem. 
 
• O que é coragem? O que é justiça? O que é amizade? 
• O que é o bem? 
 
A pergunta moral é: como devo agir? 
A moral se coloca na dimensão da obrigatoriedade, 
do dever; 
 
▪ No cristianismo: vício, mas com a igreja passa a ser 
nomeado como pecado; 
 
Kant: o imperativo categórico e as máximas 
morais 
 
O dever é uma forma imperativa que “deve valer para 
toda e qualquer ação moral”; 
Dever como expressão de nossa liberdade (versus 
natureza) manifestação mais alta da humanidade em 
nós. 
Autonomia 
O imperativo categórico e as máximas morais 
exprimem a incondicionalidade dos atos realizados 
por dever. 
 
 
 
 
 
O imperativo categórico exprime-se numa fórmula 
geral: Age em conformidade apenas com a máxima que 
possas querer que se torne uma lei universal. Em 
outras palavras, o ato moral é aquele que se realiza como 
acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si 
mesma. 
 
Essa fórmula permite a Kant deduzir as três máximas 
morais que exprimem a incondicionalidade dos atos 
realizados por dever. São elas: 
 
1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser 
erigida por tua vontade em lei universal da Natureza; 
2. 2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto 
na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre 
como um fim e nunca como um meio; 
3. 3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir 
de lei universal para todos os seres racionais. 
 
Kant: liberdade, vontade e dever 
 
▪ Não somos seres morais apenas; 
▪ Somos feitos de natureza também; 
▪ Corpo e psique feitos de apetites, impulsos, desejos e 
paixões; 
▪ Quem se submete a eles não pode possuir autonomia 
ética; 
▪ Aqui nossa vontade não é livre... mas submetida por 
interesses egoístas, agir pelas paixões, assim é 
antiético. 
▪ “Para sermos livres, precisamos ser obrigados pelo 
dever de sermos livres” (CHAUI, 2012, p. 294) 
▪ Educação como uma forma de violência, imposição 
do dever x impulsos morais; 
 
Hegel 
 
Crítica a Rousseau e Kant 
▪ Valorizam muito a relação sujeito-natureza e 
exploraram pouco a relação sujeito-cultura; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ética Profissional 
 
Ética e Psicanálise 
Descoberta do inconsciente e suas consequências; 
Desejos e paixões amorais; 
 
Descobrir a existência do inconsciente não 
significa, portanto, esquecer a consciência e 
abandoná-la como algo ilusório ou inútil. Pelo 
contrário, a psicanálise não é somente uma teoria 
sobre o ser humano, mas é antes de tudo uma terapia 
para auxiliar o sujeito no autoconhecimento e para 
conseguir que não seja um joguete das forças 
inconscientes do id e do superego. 
 
Perguntas existenciais: 
 
Que posso fazer? 
Que devo fazer? 
Que posso esperar? 
Que é o homem? 
 
Perguntas éticas: 
 
Qual a minha parte nisso que me ocorre? 
Qual é a minha responsabilidade? 
O que posso fazer fazer para o outro advir? 
Como lidar com o adversus? 
 
Questões cotidianas: 
 
Pode um pai ou uma mãe acariciar os seus filhos? 
Não, depende, até que ponto? 
 
Pode um genitor bater em seus filhos, deve? 
Não, depende, até que ponto? 
 
Aula: 08 de setembro de 2021. 
 
Tarefas da ética: 
 
Principal regulador do desenvolvimento histórico-
cultural da humanidade. 
Ethos: ética em grego. 
 
Questões para reflexão: 
 
Como são e como deveriam ser nossas atitudes 
perante as demais pessoas, com as quais 
convivemos em nosso ambiente de trabalho/estudo? 
 
Como responder a questão formulada por kant: que 
devo fazer no cotidiano da nossa vida profissional. 
 
Aula: 15 de setembro de 2021. 
 
A ética e as Ciências 
 
Bioética: ciências e suas tecnologias 
De onde vem? 
Surgiu na década de 70; 
Ética teológica: crucifixo, cristianismo, catolicismo; 
 
Egito antigo, código de Hamurabi, índia antiga, 
Hipócrates. 
 
1946: o tribunal militar internacional realiza 
julgamento; 
Código de Nuremberg: resposta ao genocídio feito no 
holocausto; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@augustonascimentopsi

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