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Exame físico geral

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1. Defina EXAME FÍSICO GERAL (EFG). 
O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico, o qual complementa a anamnese e obtêm dados gerais, independentemente dos vários sistemas orgânicos ou segmentos corporais, construindo uma visão do paciente como um todo. É baseado, principalmente, na inspeção e palpação, podendo ser dividido em quantitativo e qualitativo.
O exame quantitativo avalia aspectos mensuráveis do paciente, como: pressão arterial, peso, altura, IMC, circunferência abdominal, pulso, frequência respiratória e temperatura.
Em outra visão, o exame qualitativo busca avaliar os aspectos subjetivos do paciente, graduados em graus de 1 a 4 cruzes. Nessa etapa, são inclusos diversos fatores a serem analisados, os quais serão trabalhados na questão 3.
2. Descreva a semiotécnica do EFG.
 O paciente deve ser avaliado em diversas posições, como em decúbito, sentado, de pé e caminhando. Para maior conforto do paciente, deve-se examiná-lo, primeiramente, na posição que melhor favoreça o cliente. O médico deve deslocar-se em torno do paciente, conforme necessário, para melhor avaliação geral.
O exame físico geral segue 4 técnicas básicas:
· Inspeção: a região deve ser descoberta e o examinador deve ter em mente as características normais da área em questão;
· Palpação: obtenção de dados pelo tato e pela pressão, sendo complementar a inspeção. De acordo com a região e ser examinada ou a patologia a ser identificada a técnica varia;
· Percussão: procura-se vibrações com características próprias de intensidade, timbre e tonalidade, observando a resistência e o som obtidos;
· Ausculta: utiliza-se de estetoscópio para obtenção de sons, com o paciente em diferentes posições.
3. Descreva e explique uma sequência seguida no EFG.  
A sistematização do exame físico geral favorece a coleta de dados, tornando-a mais completa, com melhor raciocínio diagnóstico, planejamento terapêutico e avaliação prognóstica.
A) EXAME GERAL QUANTITATIVO:
Medidas antropométricas: 
· Altura, peso, envergadura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, do abdome e da panturrilha;
· Em idosos, deve-se observar que a altura reduz ao longo dos anos por processos fisiológicos. Dessa forma, ela deve ser medida pelo médico responsável e não utilizar a referida pelo paciente;
· O peso em pacientes incapazes de se colocarem em posição ortostática deve ser aferido em cama-balança ou em balanças para pesagem no leito;
· O índice de massa corporal (IMC) é utilizado como indicador do estado nutricional. Pode ser obtido por: IMC = Peso atual (kg)/Altura2 (m);
· Baixo peso: < 19,99;
· Normal: 20 a 24,99;
· Pré-obeso: 25 a 29,9;
· Obesidade classe I: 30 a 34,9;
· Obesidade classe II: 35 a 39,9;
· Obesidade classe III: ≥ 40 (obesidade mórbida).
· Circunferência Abdominal: 
· Homens: até́ 102 cm (acima de 94 é aumentado);
· Mulheres: até́ 88 cm (acima de 80 é aumentado).
· Altura mínima normal para ambos os sexos: 1,50 m.
Temperatura corporal: a temperatura interna do corpo é quase constante, variando dependendo do local de aferição. Por outro lado, a temperatura externa está sujeita a variações, em consequência das condições ambientais.
· Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 a 36,5°C
· Temperatura bucal: 36 a 37,4°C
· Temperatura retal: 36 a 37,5°C, ou seja, 0,5°C maior que a axilar.
A febre refere-se a um quadro de temperatura corporal acima da faixa de normalidade, podendo ser causada por diversos fatores. Diante disso, devemos avaliar as características semiológicas da febre:
· Início;
· Intensidade;
· Duração;
· Modo de evolução;
· Término.
B) EXAME GERAL QUALITATIVO (ECTOSCOPIA):
Avaliação do estado geral: avaliação subjetiva com base nos dados exibidos pelo paciente, interpretados com a experiencia individual.
· Utiliza-se da seguinte nomenclatura: 
a) Bom estado geral (BEG); 
b) Regular estado geral (REG); 
c) Mau estado geral (MEG).
Avaliação do nível de consciência: representa uma avaliação neurológica e psiquiátrica do paciente, o qual pode estar com nível de consciência variado. O nível pode ser medido por parâmetros, como a Escala de Glasgow ou a perceptividade e responsividade.
· Estado de vigilância: totalmente consciente;
· Obnubilação: consciência é pouco comprometida, ainda estando alerta (sonolento + desorientada);
· Sonolência: dorme, quando não requisitado;
· Confusão mental: perda de atenção, sem percepção temporal e espacial, com respostas lentas e não claras;
· Torpor ou estupor: consciência afetada, mas o paciente é capaz de ser despertado por estímulos mais fortes e tem movimentos espontâneos;
· Estado comatoso: perda da capacidade de identificar aspectos interiores e exteriores a ele, não sendo despertado por estímulos fortes e nem apresenta movimentos espontâneos.
· O coma pode ser dividido em algumas categorias, sendo elas:
· Coma Leve (grau 1): capaz de entender ordem simples e reage a estímulos dolorosos;
· Coma de Grau Médio (grau 2): perda quase total da consciência, com resposta desapropriada a estímulos dolorosos;
· Coma Profundo (grau 3): perda completa da consciência e de reflexos, sem reação a estímulos dolorosos;
· Coma Depassé (grau 4): paciente sem ação do Sistema Nervoso.
· Uso da Escala de Glasgow avalia alterações no nível de consciência (abertura ocular, reação motora e resposta verbal), com valores mais altos representando menor comprometimento.
· A perceptividade é avaliada de acordo com a resposta a uma ordem simples, a orientação no tempo e no espaço, a execução de um cálculo simples e a nomeação de seis flores.
· A reatividade é analisada de acordo com a reação de orientação e de alerta, reação de piscamento à ameaça de atingir os olhos e reação à dor.
Fala a linguagem: alterações na fala e na linguagem podem explicitar danos a órgãos específicos que o sistema necessita. As alterações na fala podem ser classificadas em:
· Disfonia (afonia): alteração no timbre da voz (rouca, fanhosa ou bitonal);
· Dislalia: alterações menores da fala, como a troca de letras;
· Disartria: decorrente de alterações nos músculos da fonação, incoordenação cerebral (voz arrastada), hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta) ou perda do controle piramidal;
· Disfasia: depende de um distúrbio na elaboração cortical da fala, possuindo diferentes graus;
· Disgrafia: perda da capacidade de escrever;
· Dislexia: perda da capacidade de ler.
Estado de hidratação: em pessoas de cor branca, a pele e rósea com boa elasticidade e com leve grau de umidade, as mucosas são úmidas, não há alterações oculares nem perda abrupta de peso. Em crianças, se mantém ativas, comunicativas e sorridentes, com peso em curva ascendente.
Devemos avaliar o estado de hidratação de acordo com os seguintes parâmetros:
· Alteração abrupta do peso;
· Alterações da pele quanto a umidade, elasticidade e turgor;
· Alterações das mucosas quanto à umidade;
· Fontanelas (no caso de crianças);
· Alterações oculares;
· Estado geral.
A desidratação corresponde a diminuição de água e eletrólitos totais do organismo, apresentando as seguintes características:
· Sede;
· Queda abrupta do peso;
· Pele seca com elasticidade e turgor diminuídos;
· Mucosas secas, olhos afundados, estado geral comprometido, oligúria e excitação psíquica ou abatimento.
A desidratação, além de apresentar características marcantes, também pode ser dividida em níveis, de acordo com a intensidade e osmolaridade que o paciente apresenta, enumerando o grau de desidratação presente:
A classificação de acordo com a intensidade é baseada na perda de peso:
· Leve ou de 1o grau: perda de peso de até 5%
· Moderada ou de 2o grau: perda de peso de 5 a 10%
· Grave ou de 3o grau: perda de peso acima de 10%.
A classificação quanto à osmolaridade, utiliza como elemento de análise o nível sérico de sódio:
· Isotônica: quando o sódio está nos limites normais; 130 a 150 mEq/ℓ)
· Hipotônica: quando o sódio está baixo (< 130 mEq/ℓ)
· Hipertônica: quando o sódio está acima dos limites normais > 150 mEq/ℓ).
Avaliação do estado nutricional: avalia,por meio de sinais e sintomas, alterações no estado nutricional, a fim de identificar distúrbios e/ou agravos ligados à alimentação.
· O processo é dinâmico, realizado pela comparação dos dados obtidos com os padrões de referência;
· Deve ser avaliado sistematicamente de acordo com:
· Peso;
· Musculatura;
· Panículo adiposo;
· Desenvolvimento físico;
· Estado geral;
· Pele, pelos e olhos.
· O estado nutricional pode ser caracterizado como:
a) Normal: limites normais dos parâmetros acima;
b) Excesso de peso: peso, panículo adiposo e desenvolvimento físico acima dos limites de normalidade;
c) Obesidade/sobrepeso: excesso de peso decorrente do acúmulo de gordura;
d) Hiponutrição/desnutrição: peso está abaixo dos valores mínimos normais, a musculatura é hipotrófica e o panículo adiposo, escasso.
· Pele seca e rugosa;
· Pelos e cabelos secos, quebradiços, finos e mudam de cor;
· Perda do reflexo da luz;
· Falta ou diminuição de lágrimas;
· Aspecto de sequidão da conjuntiva ocular.
· Dentro do estado de desnutrição, há níveis que são referentes ao déficit de peso (em comparação com o normal para a idade e o sexo):
a) Desnutrição de 1o grau: déficit de peso superior a 10%;
b) Desnutrição de 2o grau: déficit de peso superior a 25%;
c) Desnutrição de 3o grau: déficit de peso superior a 40%.
Desenvolvimento Físico: a determinação do desenvolvimento físico deve levar em consideração fatores antropométricos, como a idade, sexo, altura e estatura. Pode ser dividido em:
· Desenvolvimento normal;
· Hiperdesenvolvimento;
· Gigantismo;
· Hipodesenvolvimento;
· Nanismo;
· Infantilismo: permanência anormal de caracteres infantis na idade adulta (não há desenvolvimento sexual secundário);
· Hábito Grácil: aparência frágil.
Fácies: conjunto de dados exibidos na face no paciente, que incluem elementos anatômicos associados a expressões fisiológicas, como a expressão do olhar, os movimentos do nariz e da boca. De acordo com o tipo de patologia, a fácies podem ser características (típicas), auxiliando no diagnóstico da doença.
· Hipocrática: geralmente em pacientes em estado terminal;
· Renal: paciente apresenta problemas renais, demonstrando edemas e palidez cutânea;
· Leonina: sugestiva de hanseníase, com a pele espessa e queda de pelos;
· Adenoideana: sugestiva de hipertrofia de adenoide, com nariz pequeno e afilado, boca entreaberta;
· Parkinsoniana: expressão de espanto, fronte enrugada, olhar fixo;
· Basedowiana: denota hipertireoidismo, com exoftalmia (olho “arregalado”), aspecto de espanto e ansiedade;
· Mixedematosa: caracteriza hipotireoidismo, com rosto arredondado, nariz grosso, pele seca e desânimo;
· Acromegálica: desenvolvimento da maxila e proeminência das maçãs do rosto, aumento do nariz, lábios, orelhas, pés e mãos;
· Cushingóide: rosto arredondado, com acne e rubor facial;
· Mongolóide: fenda palpebral com epicanto, rosto arredondado, boca entreaberta, implantação baixa da orelha;
· Miastênica: individuo não levanta a pálpebra completamente;
· Deficiente mental: boca entreaberta e sorriso sem motivação;
· Esclerodérmica: imobilidade facial, com pele endurecida, “fáscies de múmia”;
· Etílica: olhos avermelhados, ruborização da ace, hálito cetônico;
Atitude e decúbito preferido no leito: posição que o paciente assume, a fim de amenizar o sofrimento causado por determinada doença.Tais posições podem ser voluntariamente adotadas (típica voluntária) ou de forma involuntária (inconsciente).
Dentre as atitudes conscientes (típicas), podemos classifica-las em:
· Ortopneica: forma de aliviar a falta de ar decorrente de alguma patologia;
· Genupeitoral: posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto o peito se coloca em contato com o solo. O rosto descansa sobre as mãos, que ficam apoiadas no solo;
· Posição de cócoras: proporciona o alivio da hipóxia generalizada, que é adotada principalmente por crianças;
· Postura Parkinsoniana: ao se pôr de pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores e, ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. 
· Decúbitos: como o paciente está “deitado” no leito.
As atitudes inconscientes (típicas involuntárias), por outro lado, podem ser divididas em:
· Atitude passiva;
· Ortótono;
· Opistótono;
· Emprostótono;
· Pleurostótono;
· Posição em gatilho;
· Torcicolo e mão pendulada da paralisia radial.
Pele, mucosas e fâneros: devem ser avaliados, a partir da inspeção, os seguintes atributos:
1. Coloração:
a. Pressionar a polpa do polegar ao esterno durante alguns segundos e, ao soltar, a cor roseada deverá retornar em menos de um segundo;
b. Palidez, vermelhidão, cianose, albinismo, icterícia, bronzeamento de pele, dermatografismo e fenômeno de Raynaud.
2. Continuidade ou integridade:
a. A perda de continuidade ou integridade da pele ocorre na erosão ou exulceração, na ulceração, na fissura ou rágade.
3. Umidade:
a. Palpação com a palma das mãos ou polpas digitais;
b. Umidade normal, pele seca, sudorenta.
4. Textura:
a. Avaliada deslizando as polpas digitais sobre a superfície cutânea;
b. Normal, fina, áspera, lisa, enrugada.
5. Espessura:
a. É realizado o pinçamento de uma dobra cutânea usando o polegar e o indicador.
6. Temperatura:
a. Palpação com a face dorsal das mãos ou dedos, comparando com o lado homólogo cada segmento analisado.
7. Elasticidade e mobilidade:
a. Devem ser analisadas simultaneamente;
b. Elasticidade: pinçar uma prega cutânea e realizar tração ao fim da qual se solta a pele;
c. Mobilidade: colocar firmemente a palma da mão sobre a superfície que se quer examinar e movimentasse a mão para todos os lados, fazendo-a deslizar sobre as estruturas subjacentes.
8. Turgor:
a. Pinçar com o polegar e o indicador uma prega de pele que engloba tecido subcutâneo.
9. Sensibilidade:
a. É analisada de diferentes formas de acordo com o tipo de sensibilidade que se deseja identificar.
10. Lesões elementares:
a. Utilizar a inspeção e palpação do local, usufruindo de lupa caso necessário.
Tecido celular subcutâneo e tecido adiposo: avalia-se a quantidade de tecido adiposo presente nas vísceras do paciente, a partir de medições e uso de aparelhos.
Fotossensibilidade e Fotodermatoses: representa o paciente que expressa um quadro ou patologia, ou que ocorre uma piora nos mesmos, em contato direto com a luz. Exemplo: fácies lupica.
Enfisema Subcutâneo: formação de bolhas de ar abaixo da pele, podendo ocorrer em qualquer local do corpo, porém sendo mais prevalente na região torácica. Utiliza-se da palpação sobre a região suspeita para reconhecer o problema, a partir de uma sensação de crepitação característica.
Inflamação de estruturas superficiais: denota a inflamação de estruturas superficiais, sendo elas anexos epidérmicos e/ou feridas sobrejacentes.
Neoplasias de tecidos moles: está relacionado a formação de tumores em tecidos moles, podendo ser observados em diversos pontos corporais, em conjunto com a inspeção e palpação.
Musculatura: utiliza-se da inspeção e palpação em todos músculos, para a avaliação geral do paciente.
· Na inspeção basta olhar a curvatura e superfície corporal do paciente em repouso;
· A palpação utiliza das polpas digitais colocadas em forma de pinça, com o polegar oposto aos demais dedos.
A partir da palpação, com o paciente em repouso e com o musculo contraído, podemos observar características como:
· Troficidade: massa do músculo, podendo ser classificada em: normal; hipertrófica; hipotrófica;
· Tonicidade: estado de semicontração própria do músculo, classificada em: tônus normal; hipertonicidade; hipotonicidade.
Movimentos involuntários: os movimentos são avaliados pelo médico logo na inspeção, porém podem ser facilmente observados, por serem frequentes, ou mais difíceis, em decorrência de se apresentarem raramente ou em estados de crise. Assim, cabe ao médico distinguir, primeiramente, se são voluntários ou involuntários, e, posteriormente, sua frequência. 
Podem ser classificados em:
· Hipocinéticos: pobreza e lentidão de movimentos;
· Hipercinéticos: excesso de movimentos,não associados a fraqueza muscular e/ou espasticidade.
Quando observados, devemos levar em consideração suas características, que se enquadram em:
· Ritmicidade;
· Manutenção;
· Duração;
· Atitude;
· Velocidade;
· Amplitude;
· Momento;
· Força;
· Supressibilidade;
· Automutilação;
· Complexidade.
Exames dos linfonodos: durante o exame devem ser avaliados os vasos linfáticos e os linfonodos, acessíveis à palpação, mesmo quando estão normais e, mais facilmente, quando estão aumentados de volume (linfadenomegalia).
Veias superficiais: nesta etapa reconhecem-se facilmente o desenho venoso normal e suas principais alterações, a circulação colateral.
Circulação colateral: refere-se a presença de circuito venoso anormal visível ao exame da pele, indicando dificuldade ou impedimento do fluxo venoso através dos troncos venosos principais desvia para as colaterais previamente existentes, tornando-se um caminho vicariante capaz de contornar o local ocluído, parcial ou totalmente. Deve ser analisado os aspectos:
· Localização;
· Direção do fluxo sanguíneo;
· Existência de frêmito e/ou sopro.
Edema: corresponde ao acúmulo de líquidos no espaço intersticial, podendo ocorrer em qualquer região do organismo e com uma característica multifatorial. Na anamnese deve ser avaliada 3 informações: tempo de duração, localização e evolução. Por outro lado, no exame físico, devemos avaliar os seguintes parâmetros:
· Localização e distribuição;
· Intensidade;
· Consistência;
· Elasticidade;
· Temperatura da pele circunjacente;
· Sensibilidade da pele circunjacente;
· Outras alterações da pele adjacente.
A fisiopatologia envolve:
Postura ou atitude na posição de pé: a postura deve ser observada nas diversas posições que o paciente se encontra, podendo ser decorrente de hábitos posturais ou de problemas da coluna vertebral, estando relacionadas com o biotipo do paciente.
· Boa postura;
· Postura sofrível;
· Má postura.
Biótipo ou tipo morfológico: são as características morfológicas apresentadas pelo paciente.
· Brevilíneo: pescoço curto e grosso, com membros curtos em relação ao tronco, musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso, tendem a baixa estatura (Sancho pança);
· Mediolíneo: tipo intermediário caracterizado pelo equilíbrio entre os membros e o tronco, bem como uma harmonia entre a musculatura e o panículo adiposo;
· Longilíneo: pescoço longo e fino, com tórax chato e fino, membros alongados e tendencia a estatura elevada.
Marcha: o modo de andar poderá ser diagnóstico para diferentes distúrbios, principalmente neurológicos. Vale salientar que a marcha individual possui particularidades que devem ser avaliadas.
Como avaliar a marcha? 
· Para ser analisada o paciente deve caminhar certa distância (acima de 5 m), descalço, de preferência com calção, com olhos abertos e fechados, indo e voltando sob a observação do examinador.
A marcha pode mudar ao longo do processo de envelhecimento?
· Com o envelhecimento, a marcha também pode alterar-se, mesmo na ausência de qualquer doença. A marcha senil caracteriza-se por aumento da flexão dos cotovelos, cintura e quadril. Diminuem também o balanço dos braços, o levantamento dos pés e o comprimento dos passos, podendo adquirir as características da “marcha de pequenos passos” ou “marcha senil’, indicativa de envelhecimento cerebral.
Quais são os tipos de marcha anormal?
· Marcha de pequenos passos: diminuição do comprimento da passada;
· Ceifante ou hemiplégica: incapacidade de aumentar a velocidade de locomoção ou de se adaptar as irregularidades do solo, além da dificuldade de elevar o pé durante a passada;
· Atáxica: falta de equilíbrio, com caminhada cambaleante, pés batendo, com olhos fixos ao chão;
· Propulsiva: postura rígida, com a cabeça e pescoço voltados anteriormente, com braços estendidos e imobilizados;
· Tabética ou talonante: a base alargada e o olhar fixo no chão;
· Espática ou em tesoura: uma das pernas fica esticada com flexão plantar do pé enquanto um dos braços permanece imóvel e próximo ao corpo;
· Anserina: quando o paciente dá o passo o quadril oposto cai, por conta da fraqueza dos músculos da cintura pélvica;
· Claudicante: uma perna com movimentação normal, enquanto a outra toca com menos força no chão.
Referências: PORTO, C. C., PORTO, A. L. Semiologia Médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
1.
 
Defina EXAME FÍSICO GERAL (EFG).
 
 
O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico, o qual complementa a anamnese e obtêm 
dados gerais, independentemente dos vários 
sistemas orgânicos ou segmentos corporais, 
construindo uma visão do paciente como um todo.
 
É baseado, principalmente, na inspeção e 
palpação, podendo ser dividido em quantitativo e qualitativo.
 
O exame quantitativo avalia aspectos mensuráveis do paciente, 
como: 
pressão arterial, peso, 
altura, IMC, circunferência abdominal, pulso
,
 
frequência respiratória
 
e temperatura.
 
Em outra visão, o exame qualitativo busca avaliar os aspectos subjetivos do paciente, graduados 
em graus de 1 a 4 cruzes
. Nessa etapa, são 
in
clusos
 
diversos fatores a serem analisados, os quais 
serão trabalhados n
a questão 3
.
 
 
2.
 
Descreva a semiotécnica do EFG.
 
 
O paciente deve ser avaliado em diversas posições, como em decúbito, sentado, de pé e 
caminhando. Para maior conforto do paciente, deve
-
s
e examiná
-
lo, primeiramente, na posição que 
melhor favoreça o cliente. O médico deve deslocar
-
se em torno do paciente, conforme necessário, 
para melhor avaliação geral.
 
O exame físico geral segue 4 técnicas básicas:
 
·
 
Inspeção
: a região deve ser descoberta e
 
o examinador deve ter em mente as 
características
 
normais da área em questão;
 
·
 
Palpação
: obtenção de dados pelo tato e pela pressão, sendo complementar a inspeção. 
De acordo com a região e ser examinada ou a patologia a ser identificada a técnica varia;
 
·
 
Pe
rcussão
: 
procura
-
se vibrações com características próprias de intensidade, timbre e 
tonalidade
, observando a resistência e o som obtidos;
 
·
 
Ausculta
: utiliza
-
se de estetoscópio para obtenção de sons, com o paciente em diferentes 
posições.
 
 
3.
 
Descreva e expliqu
e uma sequência seguida no EFG.
 
 
A sistematização do exame físico geral favorece a coleta de dados, tornando
-
a mais completa, com 
melhor raciocínio diagnóstico, planejamento terapêutico e avaliação prognóstica.
 
A)
 
EXAME GERAL QUANTITATIVO:
 
 
Medidas antropomé
tricas: 
 
·
 
Altura, peso, envergadura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, do 
abdome e da panturrilha;
 
·
 
Em idosos, deve
-
se observar que a altura reduz ao longo dos anos por processos 
fisiológicos. Dessa forma, ela deve ser medida 
pelo médico responsável e não utilizar a 
referida pelo paciente
;
 
·
 
O peso em pacientes incapazes de se colocarem em posição ortostática deve ser aferido 
em cama
-
balança ou em balanças para pesagem no leito;
 
1. Defina EXAME FÍSICO GERAL (EFG). 
O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico, o qual complementa a anamnese e obtêm 
dados gerais, independentemente dos vários sistemas orgânicos ou segmentos corporais, 
construindo uma visão do paciente como um todo. É baseado, principalmente, na inspeção e 
palpação, podendo ser dividido em quantitativo e qualitativo. 
O exame quantitativo avalia aspectos mensuráveis do paciente, como: pressão arterial, peso, 
altura, IMC, circunferência abdominal, pulso, frequência respiratória e temperatura. 
Em outra visão, o exame qualitativo busca avaliar os aspectos subjetivos do paciente, graduados 
em graus de 1 a 4 cruzes. Nessa etapa, são inclusos diversos fatores a serem analisados, os quais 
serão trabalhados na questão 3. 
 
2. Descreva a semiotécnica do EFG. 
 O paciente deve ser avaliado em diversas posições, como em decúbito, sentado, de pé e 
caminhando. Para maior conforto do paciente, deve-se examiná-lo, primeiramente, naposição que 
melhor favoreça o cliente. O médico deve deslocar-se em torno do paciente, conforme necessário, 
para melhor avaliação geral. 
O exame físico geral segue 4 técnicas básicas: 
 Inspeção: a região deve ser descoberta e o examinador deve ter em mente as 
características normais da área em questão; 
 Palpação: obtenção de dados pelo tato e pela pressão, sendo complementar a inspeção. 
De acordo com a região e ser examinada ou a patologia a ser identificada a técnica varia; 
 Percussão: procura-se vibrações com características próprias de intensidade, timbre e 
tonalidade, observando a resistência e o som obtidos; 
 Ausculta: utiliza-se de estetoscópio para obtenção de sons, com o paciente em diferentes 
posições. 
 
3. Descreva e explique uma sequência seguida no EFG. 
A sistematização do exame físico geral favorece a coleta de dados, tornando-a mais completa, com 
melhor raciocínio diagnóstico, planejamento terapêutico e avaliação prognóstica. 
A) EXAME GERAL QUANTITATIVO: 
 
Medidas antropométricas: 
 Altura, peso, envergadura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, do 
abdome e da panturrilha; 
 Em idosos, deve-se observar que a altura reduz ao longo dos anos por processos 
fisiológicos. Dessa forma, ela deve ser medida pelo médico responsável e não utilizar a 
referida pelo paciente; 
 O peso em pacientes incapazes de se colocarem em posição ortostática deve ser aferido 
em cama-balança ou em balanças para pesagem no leito;

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