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MARIA FERNANDA S. ANDRADE - MEDICINA 1º PERÍODO 1 Objetivos: 1. Explicar a aterosclerose, destacando a formação da placa e os fatores de risco; 2. Analisar a anatomia da parede dos vasos descrevendo as áreas afetadas pela aterosclerose e a deposição de gordura; 3. Citar os exames para diagnostico da aterosclerose; 4. Relembrar a abordagem ideal do médico ao se comunicar com o paciente. 5. Rever o ciclo cardíaco destacando a influência da aterosclerose. PAREDE DOS VASOS: Túnica íntima A íntima apresenta uma camada de células endoteliais apoiada sobre uma lâmina basal. Em torno dessa lâmina há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial, a qual pode conter, ocasionalmente, células musculares lisas. Em artérias, a túnica íntima está separada da túnica média por uma lâmina elástica interna, a qual é o componente mais externo da íntima. Essa lâmina, composta principalmente de elastina, contém aberturas (fenestras) que possibilitam a difusão de substâncias para nutrir células situadas mais profundamente na parede do vaso. Como resultado da ausência de pressão sanguínea e da contração do vaso por ocasião da morte, a lâmina elástica interna das artérias geralmente apresenta um aspecto ondulado nos cortes histológicos. Túnica média A média consiste principalmente em camadas concêntricas de células musculares lisas organizadas helicoidalmente. Interpostas entre as células musculares lisas existem quantidades variáveis de matriz extracelular composta de fibras e lamelas elásticas, fibras reticulares (colágeno do tipo III), proteoglicanos e glicoproteínas. As células musculares lisas são as responsáveis pela produção dessas moléculas da matriz extracelular. Nas artérias do tipo elástico, a maior parte da túnica média é ocupada por lâminas de material elástico. Em artérias musculares menos calibrosas, a túnica média contém apenas uma lâmina elástica externa no limite com a túnica adventícia. Túnica adventícia A adventícia consiste principalmente em colágeno do tipo I e fibras elásticas. A camada adventícia torna-se gradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso sanguíneo está passando. Vasa vasorum Vasos grandes normalmente contêm vasa vasorum (vasos dos vasos), que são arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam profusamente na adventícia e, em menor quantidade, na porção externa da média. Os vasa vasorum proveem a adventícia e a média de metabólitos, uma vez que, em vasos maiores, as camadas são muito espessas para serem nutridas somente por difusão a partir do sangue que circula no lúmen do vaso. Vasa vasorum são mais frequentes em veias que em artérias. Em artérias de diâmetros intermediário e grande, a íntima e a região mais interna da média são destituídas de vasa vasorum. Essas camadas recebem oxigênio e nutrição por difusão do sangue que circula no lúmen do vaso. FATORES DE RISCO: Tabagismo; Hipertensão arterial; Diabetes; Níveis elevado de colesterol; Obesidade; Sedentarismo; Genética A grande maioria desses fatores pode ser solucionado alterando a dieta e hábitos. DESENVOLVIMENTO DAS PLACAS: Ocorre tanto em artérias coronárias, quanto em artérias fora do coração. Se dá devido a formação de lesões inflamatórias chamadas de placas ateroscleróticas nas paredes das grandes e medias artérias. MARIA FERNANDA S. ANDRADE - MEDICINA 1º PERÍODO 2 O desenvolvimento da aterosclerose é simples, o colesterol não se dissolve em água por ser anfipático, entretanto, moléculas produzidas pelo fígado chamadas de lipoproteínas conseguem converter para que ele seja transportado pela corrente sanguínea afim de reparar membrana, produzir hormônios etc. Logo, temos duas lipoproteínas especificas, a lipoproteína de baixa densidade (LDL) e a lipoproteína de alta densidade (HDL), quantidades excessivas de LDL promovem a aterosclerose, por outro lado, quantidades significativas de HDL diminui o nível de colesterol no sangue. Basicamente devemos ter uma baixa concentração de LDL e uma alta concentração de HDL. A formação das placas de aterosclerose começa quando o LDL em grandes quantidades começa a acumular na parede sanguínea (nesse momento teremos uma lesão na camada interna do vaso), com isso o lipídeo do LDL (que é lipídeos ligados a lipoproteínas como visto acima) vai sofrer uma oxidação (perde elétrons) e as proteínas vão se ligar a açúcares. Em reação a esse início de acumulo, o organismo vai atrair monócitos que vão se converter em macrófagos a fim de fagocitar esse conteúdo estranho (vão fagocitar tanto que ao olho microscópio serão vistos como uma espuma – chamadas células espumosas). As células dos linfócitos T vão chegar até essa lesão do vaso e vão começar a gerar uma resposta inflamatória. Logo, a junção macrófagos + células espumosas + linfócitos T no local da lesão vai gerar uma estria gordurosa, iniciando uma placa de aterosclerose. Inicialmente poucos infartos acontecem por uma placa que se formou em direção da corrente sanguínea (Sim, isso mesmo), pois o que acontece na verdade, e que essa placa expande para longe da corrente sanguínea, fazendo com que o sangue possa fluir normalmente. Entretanto, o maior risco e quando e essa placa produz um coagulo sanguíneo local chamado de trombo (geralmente esse trombo se formou devido a lesão acometida ali, que fez com que a placa entrasse em contato com o sangue) que se solta devido a reação de substancias químicas como o fator tecidual induzido pelo linfócito T, podendo parar em alguma região do corpo ou ficando ali mesmo obstruindo a passagem e gerar um infarto agudo. Esse trombo quando se solta e flui ao longo da artéria e chega a produzir uma oclusão de vaso, é chamado de êmbolo coronariano. EXAMES PARA DIAGNÓSTICO: Exames laboratoriais Angiografia Teste de esforço Ecocardiograma.
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