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Reações em Química Orgânica Substituição Nucleofílica Unimolecular (SN1) A reação anterior vista, Substituição Nucleofílica Bi molecular (SN2), recebe este nome, pois depende da concentração do substrato - a espécie que sofrerá o ataque do nucleó�lo - e do nucleó�lo, ou seja, as duas espécies (reagentes) estão envolvidas na etapa lenta da reação. Substituição Nucleofílica Unimolecular (SN1) No caso da Substituição Nucleofílica Uni molecular (SN1), a velocidade da reação dependerá somente da concentração do substrato , assim, a etapa determinante NÃO TEM participação do nucleó�lo. Este, terá um papel secundário (em termos de importância) na reação. ● Mecanismo em múltiplas etapas; ⤷ Formação de intermediário: carbocátions, de�ciente de elétrons. Nota: Carbocátion é um íon formado por um átomo de carbono carregado positivamente (C + ). Mecanismo Múltiplas Etapas LEMBRE-SE Diferente das reações SN2, as SN1 ocorrem em várias etapas. Na SN2, a reação tanto do ataque do nucleó�lo quanto da formação do produto, ocorre numa etapa só, o chamado Mecanismo Concertado. Inclusive, vale ressaltar uma característica importante desta reação: quando se tem um substrato opticamente ativo, por exemplo, um com con�guração R (sentido horário), o produto da substituição SN2, terá a con�guração invertida, S (anti-horário), pois o nucleó�lo entra de uma lado da molécula, enquanto o grupo de saída, sai pelo outro lado. 1ª. etapa (lenta): formação do carbocátion; O grupo de saída, auxiliado pelo solvente polar (estabilização), sai da molécula com o par de elétrons que o ligava ao carbono, formando a espécie reativa, o carbocátion (C+). Nota: O tipo de solvente facilita a saída do grupo abandonador ( outro nome para o grupo de saída). Vemos que além do carbocátion terciário (3 ligações), há a formação também do íon cloreto (Cl - ). Embora não esteja representado, os íons estão solvatados e estabilizados por moléculas de água. Nota: Solvatação, em química, entende-se pelo fenômeno que ocorre quando um composto iônico ou polar se dissolve em uma substância polar, sem formar uma nova substância - as moléculas do soluto são rodeadas pelo solvente. 2ª. etapa: ataque do nucleó�lo e formação do produto �nal protonado; Depois de formado o carbocátion, ocorre o ataque do nucleó�lo que, no caso das SN1, normalmente, são substâncias neutras, tanto que muitas dessas reações são chamadas de solvólises, pois o próprio solvente é o nucleó�lo. O produto, nestes casos, será um intermediário protonado. Ao mecanismo proposto, temos o carbocátion e a reação acontece com a água (H 2 O) que atua como uma base de Lewis , doando o par de elétrons do oxigênio ao carbocátion (ácido de Lewis) - o oxigênio (presente no nucleó�lo) “ataca” o carbocátion (presente no substrato); formando o íon terc-butiloxônio ou álcool terc -butílico protonado. 3ª. etapa (caso o nucleó�lo seja uma molécula neutra): desprotonação do produto. Ainda observando o mecanismo, na terceira etapa, um dos hidrogênios ligados ao oxigênio (H 2 O), será retirado por outro oxigênio, de outra molécula de água que atua como uma base de Bronsted e aceita o próton (H + ) proveniente do íon formado anteriormente, terc-butiloxônio . ⤷ Isso ocorre porque a água, uma vez que é o solvente, está em excesso. Ao �nal, os produtos gerados são álcool terc -butílico e um íon hidrônio (molécula carregada). Nota: Formação de álcool = reação de hidratação. Carbocátions ● Íon com um átomo de carbono carregado positivamente; ○ Carbênio: carbono com número de coordenação 3 (ex: + CH3). ⤷ A carga positiva está disponível para ser “atacada” por um nucleó�lo. Nota: Número de coordenação de um átomo é o número de átomos vizinhos em contacto com esse mesmo átomo ou o número de átomos a tocar num átomo especí�co. ● Geometria: sp2 (trigonal plana). ○ A geometria in�uencia na forma como o nucleó�lo “ataca” a espécie. ● Estabilidade relativa de carbocátions ○ Regra geral: estabilidade do carbocátion aumenta com o grau de substituição; ⤷ Quanto mais grupos alquila ligados ao C + , mais estável a carga positiva se torna; ○ Motivo: hiperconjugação: A hiperconjugação envolve a deslocalização de elétrons, ou seja, a interação eletrônica por meio da sobreposição parcial de orbitais, onde um orbital ligante preenchido interage com o orbital não preenchido adjacente; ⤷ Sempre que uma carga puder ser dispersa ou deslocalizada por hiperconjugação, efeitos indutivos ou de ressonância, um sistema será estabilizado. No exemplo, o orbital p que está fazendo ligação com o orbital s do hidrogênio, acaba interagindo com o orbital p vazio do carbocátion (C + ) e ,esta aproximação, faz com que a nuvem eletrônica formada consiga estabilizar a carga positiva. Por isso que quanto mais substituído, mais o carbocátion é estável. Ordem de Estabilidade Do mais estável para o menos estável. Vale ressaltar que tanto no carbocátion terciário quanto no secundário, os grupos alquilas presentes são os responsáveis por estabilizar o C + , direcionando os elétrons para o centro positivo. Já o primário é muito instável, assim como a metila e a vinila, pois não tem nenhum grupo fazendo interação de modo a estabilizá-los. - Por que os carbocátions benzílicos e alílicos são tão estáveis quanto os secundários, embora sejam “primarios”? Resposta: Pelas ligações pi presente no anel aromático e no carbono alílico, uma vez que permitem a deslocação do carbocátion e, consequentemente, a estabilização. Os carbocátions benzílicos e alílicos são estabilizados por ressonância. Nota: Grupos retiradores de elétrons presentes na estrutura di�cultam a reação, pois puxam os elétrons que estariam direcionados ao carbocátion para eles. E ao contrário, grupos doadores de elétrons, facilitam a reação, pois estabilizam o carbocátion. ● SN1 pode ocorrer com rearranjos Rearranjos são reações químicas onde a conectividade dos átomos no reagente difere da conectividade dos átomos no produto. ⤷ O fato da ligação SN1 formar o carbocátion terciário, favorece o rearranjo da molécula. Então se tivermos um substrato, por exemplo, secundário, e ele tem um átomo vizinho que pode ser rearranjado para formar um carbocátion terciário, observaremos que a maior parte do produto acaba sendo do carbocátion terciário. No mecanismo proposto, após a saída do bromo, o carbocátion secundário é formado . No entanto, ao reagir com água, o álcool formado de forma majoritária, ou seja, em maior percentual, está ligado à outro carbono e não onde a carga positiva foi formada, gerando o carbocátion terciário . Isso acontece porque o átomo de hidrogênio com o par de elétrons foi rearranjado (hidreto), sendo transferido para a carga positiva. Nota: Sempre que houver a possibilidade de formar rearranjados, ele vai acontecer e em maior percentual. Nota: Também é possível rearranjar grupos metila. ○ Se um carbocátion 1º ou 2º estivervizinho a um carbono terciário, ocorrerá um deslocamento 1,2 de hidreto formando um carbocátion 3º (primeiro exemplo); ○ Se um carbocátion 1º ou 2º estiver vizinho a um carbono quaternário, ocorrerá um deslocamento 1,2 de metaneto (-CH3) formando um carbocátion 3º (nota). Em resumo: grupos menores tendem a migrar com mais facilidade do que grupos maiores - hidreto migra preferencialmente sobre metaneto. A Estereoquímica das Reações SN1 Em SN2, vimos que a estereoquímica do produto seria a con�guração contrária do substrato caso eles fossem opticamente ativos; na SN1 temos como espécie principal da reação o carbocátion, formado na primeira etapa, que in�uencia na estereoquímica, pois, por ele ter a forma trigonal plana, o nucleó�lo pode atacar tanto lado da frente, quanto pelo lado de trás. Lembre- se que na SN2 o ataque acontece pelo lado contrário da saída do grupo abandonador para que não haja choque, ou seja, ocorre o impedimento estérico*. Já na SN1 esse impedimento não ocorre em nenhum dos lados, pois não há ninguém para sair da molécula, assim, na maioria das vezes, o produto da SN1 será uma mistura racêmica, ou seja, quantidade iguais de dois enantiômeros (50% de cada). Nota: SEMPRE serão formados dois produtos na SN1, mas nem todos serão mistura racêmica. Nota*: O impedimento estérico é uma consequência dos efeitos estéricos** e resulta na diminuição da velocidade das reações químicas devido ao volume dos grupos ligados ao centro da reação. Ele é responsável pela forma observada dos rotaxanos e pelas baixas taxas de racemização dos derivados bifenil e binaftil 2,2-dissubstituídos. Nota**: Os efeitos estéricos resultam de forças repulsivas entre nuvens de elétrons sobrepostas. Reações que Envolvem Racemização A racemização ocorre sempre que a reação faz com que moléculas quirais sejam convertidas em um intermediário aquiral. ⤷ Motivo: a reação SN1 ocorre através da formação de um carbocátion intermediário, e este carbocátion, por causa de sua con�guração triangular, é aquiral. Ele reage com a água com velocidades iguais tanto de um lado como do outro para formar os enantiômeros do 3-metil-3-hexanol em quantidades iguais. Recapitulando ● SN1 ocorre em múltiplas etapas; ○ Etapa de solvólise (ou determinante), pois é auxiliada pelo solvente, é lenta e unimolecular, sendo dependente apenas da concentração de substrato. ○ Forma o intermediário carbocátion. ● Carbocátions apresentam hibridização sp2; ○ São mais estáveis quanto mais substituídos. ○ Podem (sempre que possível) sofrer rearranjos do tipo deslocamento 1,2 para formar intermediários mais substituídos (e estáveis). Nota: Nestes rearranjos, podem ocorrer migração de H- (hidreto) ou grupos alquila (em geral, migra preferencialmente o grupo menor). Fatores que Afetam as Velocidades das Reações SN1 e SN2 O que determina se a reação acontece via SN1 ou SN2 são os mesmos fatores que in�uenciam na velocidade da reação. 1. A estrutura do substrato; 2. A concentração e a reatividade do nucleó�lo - para reações SN2 apenas; 3. O efeito do solvente; 4. A natureza (tipo) do grupo de saída. Efeito da Estrutura do Substrato ➢ Reações SN2 Os haletos de alquila simples mostram a seguinte ordem geral de reatividade em reações SN2: METILA > PRIMÁRIO > SECUNDÁRIO > (TERCIÁRIO-NÃO REATIVO) Os haletos de metila reagem mais rapidamente e os haletos terciários reagem tão lentamente a ponto de serem considerados não reativos através do mecanismo SN2. O fator importante por trás dessa ordem de reatividade é um efeito estérico e, nesse caso, um impedimento estérico. ⤷ Na reação SN2 os substratos menores reagem melhor devido ao impedimento estérico. ⤷ Quanto menor o substrato, mais fácil o nucleó�lo entra na estrutura. ➢ Reações SN1 O fator primário que determina a reatividade dos substratos orgânicos em uma reação SN1 é a estabilidade relativa do carbocátion que é formado. ⤷ Quanto mais substituído for o carbono que sofrerá a substituição, mais fácil ocorrerá a reação. O POSTULADO DE HAMMOND–LEFFLER Ao revisar o diagrama de energia livre para a reação SN1 entre o cloreto de terc-butila e a água, veremos que a etapa 1, a ionização do grupo de saída para formar o carbocátion, tem que “subir” uma barreira de energia livre (ΔG° para essa etapa é positivo), e entalpia (ΔH° também é positivo) e, consequentemente, essa etapa é endotérmica. De acordo com o postulado de Hammond–Le�ler, a estrutura do estado de transição para uma etapa que tem que subir uma barreira de energia deve mostrar uma forte semelhança com a estrutura do produto daquela etapa. Os carbocátions terciários são estabilizados porque as ligações sigma nos três carbonos adjacentes contribuem com densidade eletrônica para o orbital p do carbocátion através de hiperconjugação. Os carbocátions secundários e primários têm menos estabilização através da hiperconjugação. Um carbocátion metila não tem estabilização. A formação de um carbocátion relativamente estável é importante em uma reação SN1 porque signi�ca que a energia livre de ativação para a etapa lenta da reação (por exemplo, R—L R+ + L−) será baixa o su�ciente para que a reação ocorra com uma velocidade razoável. Efeito da Concentração e da Força do Nucleó�lo ● A velocidade de uma reação SN1 NÃO é afetada pela concentração ou pela natureza do nucleó�lo, porque ele não participa da etapa determinante da velocidade de uma reação SN1 que depende exclusivamente do substrato. ● A velocidade de uma reação SN2 depende tanto da concentração quanto da natureza do nucleó�lo atacante. ○ Um bom nucleó�lo é aquele que reage rapidamente em uma reação SN2 com um determinado substrato. Nucleo�licidade versus Basicidade ● Basicidade é a medida da facilidade com que uma substância (base) compartilha seu par de elétrons livres com um próton. ○ Quanto mais forte a base, melhor ela compartilha seus elétrons. ○ A basicidade é medida pelo Ka, que indica a tendência do ácido conjugado da base em perder um próton. ● Nucleo�licidade é a medida de rapidez com que o nucleó�lo é capaz de atacar um átomo de�ciente de elétrons. ○ É medida pela constante de velocidade da reação (K). Nota: Com exceção das reações que acontecem via radical livre e via rearranjo, todas as outras envolvem grupos de�cientes de elétrons, ácidos de Lewis, e grupos que possuem elétrons para serem doados, base de Lewis. As forças relativas dos nucleó�los podem ser relacionadas com três características estruturais: 1. Um nucleó�lo carregado negativamente é sempre um nucleó�lo mais reativo do que o seu ácido conjugado. Assim, HO - é um nucleó�lo melhor do que H 2 O e RO - é melhor do que ROH. Nota: A ordem de reatividade do nucleó�lo acompanha a basicidade 2. Em um grupo de nucleó�los no qual o átomo nucleofílico é o mesmo, as nucleo�licidades assemelham-se às basicidades. Os compostos de oxigênio, por exemplo, mostram aseguinte ordem de reatividade: 3. Quando os átomos nucleofílicos são diferentes, as nucleo�licidades podem não se assemelhar às basicidades. Por exemplo, em solventes próticos, HS−, N≡C− e I− são todos bases mais fracas do que HO - ,ainda que eles sejam nucleó�los mais fortes do que o HO - . Quando comparamos as moléculas com átomos que atacam, cujo tamanho é muito diferente, outro fator entra em jogo — a polarizabilidade do átomo . Nota: Polarizabilidade é a capacidade do átomo de distorcer a nuvem eletrônica do átomo nucleofílico. Pontos Importantes ➢ Átomos grandes são mais polarizáveis e, dependendo das condições da reação, serão nucleó�los melhores, apesar de serem bases fracas. ➢ Se a reação for realizada em fase gasosa, ou seja, não tem in�uência de solventes de outras substâncias, além dos reagentes, a relação direta entre basicidade e nucleo�licidade é mantida — as bases fortes ainda são os melhores nucleó�los. ➢ Se a reação é realizada em solventes próticos (solventes que têm um hidrogênio ligado a um átomo de oxigênio ou a um átomo de nitrogênio), a relação entre basicidade e nucleo�licidade se torna invertida. O átomo maior é o melhor nucleó�lo apesar de ser a base mais fraca. Efeitos do Solvente nas Reações SN2 e SN1 De modo geral: ✓ As reações SN2 são favorecidas por solventes apróticos polares. Por exemplo, acetona, DMF (dimetilformamida), DMSO (dimetilsulfóxido). ✓ As reações SN1 são favorecidas por solventes próticos polares. Por exemplo, EtOH (etanol), MeOH (metanol), H 2 O. Os motivos relevantes para a ocorrência desses efeitos do solvente envolvem: (a) a minimização da interação do solvente com o nucleó�lo em reações SN2; (b) a facilitação da ionização do grupo de saída e a estabilização dos intermediários iônicos pelo solvente em reações SN1. Nota: Os solventes polares podem ser divididos em dois grupos como solventes próprios e apróticos. Os solventes próticos podem formar ligações de hidrogênio porque têm ligações químicas necessárias para a ligação de hidrogênio, ou seja, ligação O-H e ligação N-H. Em contraste, os solventes apróticos não possuem as ligações químicas necessárias para a ligação de hidrogênio. Saiba mais: Solventes Apolares ➢ Solventes Apróticos Polares Favorecem Reações SN2 ● Um solvente aprótico não possui átomos de hidrogênio capazes de formar ligações hidrogênio, ou seja, não possuem hidrogênio que possa ser doado como próton (H + ). ● Solventes apróticos polares como acetona, DMF, DMSO e HMPA são frequentemente empregados sozinhos ou como cossolventes para reações SN2. ● As velocidades das reações SN2 geralmente são grandemente aumentadas quando elas são conduzidas em solventes apróticos polares. ○ Solventes apróticos polares solubilizam bem cátions , usando seus pares de elétrons não compartilhados, mas não interagem tão fortemente com ânions , porque eles não podem formar ligações de hidrogênio com eles, e porque as regiões positivas do solvente estão blindadas aos ânions por efeitos estéricos. Essa solvatação diferencial deixa os ânions mais livres para atuar como nucleó�los, pois eles estão menos in�uenciados pelo cátion e pelo solvente, realçando com isso a velocidade da reação SN2. ⤷ O solvente polar aprótico tira o contra-íon do nucleó�lo do caminho, deixando-o livre para atacar o substrato. Nota: Um contra-íon é o íon que acompanha uma espécie iônica de maneira a manter a neutralidade elétrica. SOLVENTES PRÓTICOS OBSTRUEM O NUCLEÓFILO EM REAÇÕES SN2 Bases fortes (Nucleó�los) são fortemente solvatadas em solventes polares próticos. A ligação de hidrogênio com um solvente https://pt.strephonsays.com/protic-and-vs-aprotic-solvents-1053 prótico como a água, EtOH ou MeOH obstrui um nucleó�lo e di�culta a sua reatividade em uma reação de substituição nucleofílica. Em geral, a tendência de nucleo�licidade entre os ânions haleto em um solvente prótico é como se segue: Os átomos maiores têm maior polarizabilidade (suas nuvens eletrônicas são facilmente distorcidas); consequentemente, um átomo nucleofílico maior pode doar um maior grau de densidade eletrônica para o substrato do que um nucleó�lo menor cujos elétrons estão mais fortemente presos. As nucleo�licidades relativas de alguns nucleó�los comuns em solventes próticos são como se segue: ➢ Solventes Próticos Polares Favorecem Reações SN1 ● Um solvente prótico apresenta ao menos um átomo de hidrogênio capaz de participar de uma ligação de hidrogênio, ou seja, possuem hidrogênio que pode ser doado como próton (H + ). ● Solventes próticos como EtOH e MeOH facilitam a formação de um carbocátion através da formação de ligações de hidrogênio com o grupo de saída assim que ele se afasta, diminuindo a energia do estado de transição que leva ao carbocátion. ⤷ Em reações com álcoois, em geral, e água, muitas das vezes o próprio solvente é o nucleó�lo. A Natureza do Grupo de Saída O tipo/ natureza do grupo de saída/ abandonador. ● Os grupos de saída saem com o par de elétrons que foi utilizado para ligá-los ao substrato. ○ Os melhores grupos de saída são aqueles que se transformam em um ânion relativamente estável ou em uma molécula neutra quando eles saem. ○ Bons grupos de saída são bases fracas - suportam a carga negativa. Tanto na SN1 ou SN2 o GS começa a adquirir uma carga negativa à medida que o estado de transição é alcançado: A estabilização dessa carga negativa do GS estabiliza o estado de transição (diminui G); isso diminui a EA, ∆ aumentando a velocidade da reação. Entre os halogênios, o íon iodeto é o melhor grupo de saída e o �úor é o pior: A ordem é a oposta da basicidade em um solvente aprótico: ⤷ Íons fortemente básicos raramente agem como grupos de saída. ⤷ Reações como a que se vê a seguir não ocorrem porque o íon hidróxido é uma base forte. Entretanto, quando um álcool protonado é dissolvido em um ácido forte, ele pode sofrer substituição por um nucleó�lo. Nota: Se fosse um álcool comum, a reação não aconteceria. Bases muito fortes, tais como os íons hidreto (H - ) e os íons alcanetos (R - ), praticamente nunca agem como grupos de saída. Fatores Favorecedores SN1 X SN2 Nota: Sempre avaliar todos os fatores em conjunto para saber o tipo de reação. Transformações SN Transformações de grupos funcionais por meio de reações SN.
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