Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Princípios Científicos do Treinamento Esportivo Jaqueline de Medeiros Ferreira Princípio da Individualidade Biológica Características como o biotipo e a composição corporal, são provenientes do genótipo, ou seja, da carga genética que foi transmitida de pais para filho, entende-se como uma característica inata. Já habilidades esportivas e o percentual de fibras musculares do tipo II, são exemplos de características advindas da interação do ser com o ambiente em que está inserido (fenótipo). Assim, para que as potencialidades sejam desenvolvidas da melhor maneira possível, faz-se necessário a individualização do treinamento, atendendo às características de cada indivíduo. Princípio da adaptação: A homeostase é o estado de equilíbrio instável do nosso organismo, podendo ser pertubado por fatores internos (uma memória por exemplo) ou externos (temperatura do ambiente, traumatismo). A resposta do corpo é diretamente proporcional à intensidade do estímulo, criando um mecanismo compensatório. Os estímulos fortes e muito fortes são capazes de gerar a Síndrome da Adaptação Geral que é dividida em três fases, sendo elas: 1ª fase: provoca reação de alarme; 2ª fase: gera adaptação; 3ª fase: provoca danos temporários ou permanentes. Vale lembrar que para o treinamento esportivo é de interesse agir até a segunda fase, objetivando o aluno mais apto a realizar determinada atividade. Também é importante ter cautela com a intensidade dos estímulos, visto que cargas excessivas e tempo de recuperação insuficiente, geram overtraining. Princípio da sobrecarga: O tempo de recuperação é proporcional à intensidade e ao volume de trabalho realizado, quando esse período é respeitado ocorre a supercompensação, mecanismo que o corpo busca retorna à homeostase e assim aumenta as reservas de glicogênio, fornecendo mais energia aos músculos e possibilitando a progressão de cargas. Princípio da interdependência volume/intensidade: A sobrecarga sobre volume ou intensidade deve ser pautada pela fase de treinamento e qualidade física visada. Além disso, o aumento do estímulo de uma dessas variáveis, geralmente, é acompanhado da redução da outra durante o treinamento. Princípio da continuidade: É necessário que exista uma pausa controlada do treinamento, pois a aplicação de uma nova carga deve ocorrer antes do corpo se recuperar totalmente do treino, para que exista adaptação do corpo. Assim, quando a interrupção ou desrespeito ao tempo determinado de recuperação, volta-se à posição anterior, sem progressão de carga. Outro ponto importante, é o período de treinamento que determina quais adaptações fisiológicas e morfológicas ocorrerão. Princípio da especificidade: O treinamento deve considerar tanto as características do esporte como também as do indivíduo. Portanto, sendo organizado em torno do desempenho esportivo, sistema energético utilizado, coordenação psicomotora. Ademais, na fase próxima à competição deve-se focar ainda mais em gestos específicos.
Compartilhar