Buscar

Saude da população do campo e terapia ocupacional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

“Saúde da População do Campo e terapia ocupacional”
 
Inicialmente, define-se como população do campo e da floresta, como povos e comunidades que têm seus modos de vida e reprodução social, baseados predominante com o campo, floresta, ambientes aquáticos, agropecuária e extrativismo. Sendo assim, o Brasil rural possui populações em condições de isolamento geográfico, o que dificulta ainda mais o acesso a serviços de saúde, em muitos casos, esses povos buscam meio naturais, como rituais, remédios (Chás) para curar enfermidades. O PCFA, é um conceito contemporânea dos movimentos sociais e populares brasileiros, ele integra a luta contra a invisibilidade dessas populações dentro do setor da saúde. Além do problema de localização que dificulta o uso de serviços de saúde, apresenta-se ainda os serviços de saneamento oferecidos, que apresentam déficit. 
Dentre as doenças relacionadas ao trabalho, as mais frequentes são as lesões por movimentos repetitivos relacionados ao trabalho, doenças profissionais clássicas como silicose e intoxicação por metais pesados e agrotóxico; observa-se ainda, doenças endêmicas, como malária, febre amarela, doença de Chagas e leishmaniose. Após analise de fatores que predispõem essas populações a maior risco de adoecimento, destaca-se o uso indiscriminado de agrotóxicos, falta de qualificação para aplicação e o não uso de equipamentos de proteção individual (EPI), o que acaba acarretando o crescimento das taxas de intoxicação exógena; as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), dentre elas o câncer de pele. O surgimento de doenças de veiculação hídrica, de parasitoses intestinais e diarreias, são as responsáveis pela elevação da taxa de mortalidade infantil. 
[...] no campo brasileiro são encontrados os maiores índices de mortalidade infantil, de incidência de endemias, de insalubridade e de analfabetismo, caracterizando uma situação de enorme pobreza decorrente das restrições ao acesso aos bens e serviços indispensáveis à vida (BRASIL, 2005).
Apresentam ainda episódios de violências, vindos por luta sobre posse e propriedade de terras. Violência doméstica e sexual, principalmente com as mulheres, também merecem destaque. A política nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIFPCF) foi criada pela portaria nº 2.866, de 2 de Dezembro de 2011, tem como objetivo promover a saúde das populações do campo e da floresta por meio de ações e iniciativas que reconheçam as especificidades de gênero, raça/cor, etnia, geração e orientação sexual, busca ainda o acesso dessa população aos serviços de saúde, redução de riscos e agravos e a melhoria dos indicadores de saúde e da qualidade de vida, além de, ampliação da Atenção Básica para garantir o acesso da população aos serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, porém não especifica exatamente como isso deve acontecer. 
A população do campo, além ter grande influencia econômica e social para o país, é marcado historicamente pela sua origem, pois foi alvo de politicas de interesse, agrário, extrativista, concentração de terras, monocultivo e da pouca industrialização. De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Estado em conjunto com a população, tem o dever de incentivar propostas para que haja a intensificação da produção de saúde no campo, sendo por meio de melhorias das condições de vida. A Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSICF), dialoga com as perspectivas quando se define princípios e diretrizes a transversalidade como estratégia politica e intersetorialidade como pratica de gestão norteadora. 
São de competência do Estado, implementação da PNSIPCFA, produzir dados sobre a população, estabelecer instrumentos e indicadores para acompanhar, monitorar e avaliar a Politica; incentivar a criação de espaços de promoção da equidade para implementação da Politica de forma participativa; desenvolver e apoiar ações de educação. O acesso dessas populações ao SUS, requer uma articulação, planejamento, implementação, monitoramento e avaliação permanente de ações intersetoriais, sendo assim, é importante a articulação com outros programas governamentais, em especial aqueles que tem como objetivo o desenvolvimento social e econômico, por exemplo “Brasil sem Miséria”, “Territórios da Cidadania”, “Brasil Quilombola”. 
Referências bibliográficas 
BATISTA, Marina Fenicio Soares; ALBUQUERQUE, Paulette Cavalcanti. A produção da saúde e a população do campo: uma experiência no assentamento de reforma agrária em Pernambuco–Brasil. Tempus Actas de Saúde Coletiva, v. 8, n. 2, p. ág. 173-194, 2014.
SILVA, Fátima Cristina Maia et al. A Política Nacional de Saúde Integral das populações do campo, da floresta e das águas e o ambiente.
Saúde da População do Campo, da Floresta e das Águas. Secretaria de Saúde. Disponível em: https://saude.rs.gov.br/saude-da-populacao-do-campo-da-floresta-e-das-aguas Acesso em: 06/12/2021 
Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacoes_campo.pdf

Outros materiais