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AMNIORREXE PREMATURA

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AMNIORREXE PREMATURA 
• O líquido amniótico forma uma barreira de proteção ao feto, é um ambiente asséptico, possui função no 
crescimento fetal e é invólucro de 2 membranas: Cório (externa) e Âmnio (interna). 
• As funções do líquido amniótico: 
o Facilitar a movimentação fetal. 
o Pressão luminal na árvore brônquica fetal. 
o Flutuação do cordão umbilical. 
o Desenvolvimento muscular 
(movimentos). 
o Desenvolvimento gastrintestinal. 
o Desenvolvimento do sistema urinário. 
o Proteção à traumas fetais. 
o Proteção contra infecções fetais – Imune. 
ROTURA DAS MEMBRANAS 
• Oportuna: entre 6 e 8 cm de dilatação. 
• Tardia: acima de 8 cm de dilatação. 
• Atualmente usa-se os termos da FEBRASGO que considera quando tem rotura espontânea pelo menos 1 
hora antes do início do trabalho de parto. 
o RPMT: rotura prematura das membranas à termo. Acomete 2 – 3% de todas as gestações. 
o RPMPT: rotura prematura das membranas pré-termo. Acomete 8% das gestações. 
ETIOLOGIA 
• Espontânea: infecção ascendente e fatores secundários; Iatrogênica. 
• As 3 principais causas são aumento da pressão intrauterina, fraqueza do colo e das membranas e 
processo infeccioso e/ou inflamatório. 
FATORES DE RISCO PARA AMNIORREXE PREMATURA 
• Antecedente de RPMPT (7% recorrência): 
Hiperdistensão uterina. 
• Fatores mecânicos (trabalho de parto e 
movimentos fetais). 
• Incompetência istmo-cervical. 
• Colo curto. 
• Fatores intrínsecos da membrana (raros). 
• Tabagismo (diminui a oxigenação tecidual). 
• Queda da imunidade do líquido amniótico. 
• Procedimentos invasivos (circlagem, 
amniocentese, cordocentese). 
• Infecções. 
• Uso de drogas ilícitas. 
DIAGNÓSTICO 
• História clínica + exame clínico compõem 90% dos diagnósticos. 
• Mobilização fetal e Valsalva. 
• Coleta de secreção do colo uterino para ver se forma arborização do muco, PH vaginal (neutro a 
alcalino). 
• Exames complementares: USG obstétrica ou testes invasivos. 
 
CONDUTA CLÍNICA 
• Confirmação da amniorrexe. 
• Determinação da idade gestacional. 
• Avaliação de infecção materna e fetal. 
• Avaliação da vitalidade fetal (CTG e PBF). 
• Conduta expectante (antes de 34 semanas). 
FATORES QUE AUMENTAM A CHANCE DE INFECÇÃO NA AMNIORREXE PREMATURA 
• Duração do trabalho de parto > 12 horas. 
• Número de exames vaginais > 6. 
• Tempo de rotura da membrana > 24 horas. 
• Colonização materna por Estreptococo do 
Grupo B. 
• Líquido meconial. 
• O diagnóstico de infecção é feito se tiver febre materna > 37,8 + 02 fatores menores que são: taquicardia 
materna > 100bpm, taquicardia fetal > 160bpm ou útero irritável (contrações irregulares), secreção 
purulenta no OE do colo uterino, leucocitose materna > 15.000/mm3 ou um aumento de 20%. 
SINAIS INDIRETOS DE AMNIORREXE PREMATURA 
• São um alerta de prognóstico e não devem ser fatores isolados na indicação de resolução. São eles: 
diminuição de reatividade na CTG, queda no volume de líquido amniótico residual, diminuição de 
movimentos fetais, diminuição dos movimentos respiratórios (PBF), aumento de 20% em proteína C-
Reativa. 
COMPLICAÇÕES 
• Maternas: corioamnionite (30 a 40%), endomiometrite, bacteremia e septicemia. 
• Fetais: prematuridade, hipoplasia pulmonar e infecção neonatal. 
CONDUTA HOSPITALAR 
• Abaixo de 37 semanas: internação até o parto + repouso relativo + antibióticos se necessário + 
corticoides + tocólise (se fizer corticoide ou for transferir a paciente). 
• Além de 34 semanas: interrupção imediata da gestação mediante indução. Os critérios para interrupção 
são: gestação até 20 semanas e além de 34 semanas, trabalho de parto espontâneo, sinais de 
comprometimento fetal e sinais de infecção. 
• Entre 24 e 34 semanas: benefícios com o prolongamento da gestação. Internação, curva térmica de 4/4 
horas, observar se contrações, evitar toques. Hemograma 2x/semana, VHS e PCR. Ausculta fetal 2 a 3x 
ao dia, contagem dos MF pela mãe. CTG diária ou 2x por semana, PBF diário se ILA < 5cm ou 
2x/semana com ILA > 5cm. Avaliar o volume de líquido de 2 em 2 dias (USG). E realizar hidratação 
oral (3 a 4 litros/dia) + antibióticos + corticoides. 
o O uso de corticoide nesse período tem como benefícios fetais a diminuição de Síndrome de 
Desconforto Respiratório, diminuição de hemorragia intraventricular (SNC) e redução de risco de 
enterocolite necrotizante. Já os riscos fetais e maternos são: aumento de infecção materno-fetal e 
perda de parâmetros de leucograma. 
• Entre 22 e 24 semanas: individualização da conduta. Prognóstico perinatal é ruim. Os riscos maternos de 
corioamnionite, sepse e óbito fetal (oferecer a mulher à família a opção de interromper a gestação). Se a 
mulher optar por conduta expectante, registrar no prontuário. Internação e hiperhidratação. Avaliar sinais 
de infecção e início de trabalho de parto (febre, hemograma 2x/semana, presença de contrações). 
Avaliação do bem estar fetal (biometria fetal a cada 15 dias, movimentação fetal, ausculta dos 
batimentos fetais 2x/semana). Repouso, evitar coito, sem tocólise, sem corticoterapia. 
• A antibioticoprofilaxia é controversa, pois tem risco de seleção de microorganismos, prolongamento do 
período de latência, índice de sepse neonatal inalterado com aumento de sepse resistente a antibióticos. 
Um consenso é usar antibioticoterapia quando tiver cultura + para Estreptococo do Grupo B. 
• A conduta frente amniorrexe prematura é internação, controle da vitalidade fetal, controle de infecção 
(cultura para estreptococo grupo B, EAS e urocultura, hemograma completo, PCR), corticoterapia e 
antibioticoterapia. 
CONDUTA DE MEDICAÇÕES 
• Antibióticos: Ampicilina 2g EV, de 6/6 horas por 48 horas. Seguido de 5 dias de Amoxicilina 500mg a 
cada 8/8 horas ou 875mg a cada 12/12 horas. Adicionalmente, Azitromicina 1g dose única oral. 
• Corticoides: Betametasona 12mg IM a cada 24 horas por dois dias (2 doses). OU Dexametasona 6mg IM 
de 12/12 horas por dois dias (4 doses). Realizar com idade gestacional ≥ 24 e ≤ 34 semanas. 
• Os antibióticos podem ser usados até o parto/resultado de cultura/término do tratamento: 
o Penicilina cristalina 5.000.000 de dose de ataque, 2.500.000 de 4/4 horas. 
o Ampicilina 2g de dose de ataque, 1 g de 4/4 horas. 
o Cefazolina 2g de dose de ataque, 1g de 8/8 horas. 
o Clindamicina 900mg de 8/8 horas. 
o Deve ser mantido até o resultado do swab sair negativo ou por sete dias se positivo. 
SINAIS DE INFECÇÃO 
• Hipertermia ≥ 37,8°C e pelo menos dois dos seguintes critérios: 
o Útero doloroso. 
o Odor vaginal desagradável. 
o Taquicardia materna > 100bpm. 
o Taquicardia fetal > 160bpm. 
o Leucocitose > 15000 células/ml. 
• Se tiver infecção na amniorrexe prematura a via de parto é de indicação obstétrica.

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