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Sistema Urinário

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Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
É responsável por: 
▪ Manutenção da homeostase do corpo; 
▪ Remoção de água, pequenas moléculas e resíduos metabólicos; 
▪ Secreção de hormônios: eritropoetina e renina; 
▪ Ativação da vitamina D; 
▪ Equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico. 
 
 
 
 
O sistema urinário é constituído por: dois rins, dois ureteres, 
uma bexiga e uma uretra. 
A urina é produzida nos rins e passa pelos ureteres até a 
bexiga, onde é lançada para fora do corpo através da uretra. 
Os rins e a parte superior dos ureteres são estruturas 
abdominais, enquanto a parte inferior dos ureteres, a bexiga 
e a uretra localizam-se na cavidade pélvica. 
 
 
RINS: 
 
Estão localizados no alto da cavidade abdominal, abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna, 
retroperitoneais; 
 
O rim direito é ligeiramente mais baixo, menor e mais para medial – posição do fígado; 
 
O rim esquerdo encontra-se próximo ao nível vertebral T12 a L3, posteriormente ao baço; 
 
Os rins tem formato de grão de feijão, e apresenta duas bordas: uma convexa e outra côncava, onde se 
situa o hilo (local por onde passam o ureter, vasos sanguíneos e linfáticos e nervos – pedículo renal). 
 
São revestidos por uma delgada cápsula frouxamente aderida, a cápsula renal, formada por tec. 
conjuntivo denso e pode ser dividido em zonas cortical e medular. Além disso, envolvendo os rins e as 
glândulas suprarrenais temos a fáscia renal (de Gerota ou perirrenal). 
 
 
Cada rim é circundado por duas camadas de gordura: 
▪ Gordura perirrenal – presente entre a fáscia renal e a cápsula renal, coleção de gordura 
extraperitoneal; 
▪ Gordura pararrenal – localizada na face póstero-lateral do rim, 
superior a fáscia renal; 
 
 
Sistema Urinário 
Anatomia 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
Morfologia Interna 
▪ Córtex renal – região vermelha clara localizada na superfície; 
▪ Medula renal – região interna mais escura castanha-avermelhada. Consiste em várias pirâmides 
renais em forma de cone; 
▪ Pirâmides medulares – (~18 em cada rim); os ápices estão voltados para o hilo renal e as bases 
voltas para o córtex; 
▪ Papilas renais – são os ápices das pirâmides, sendo formas por diversos orifícios (área crivosa), 
que são as aberturas dos ductos de Bellini; 
▪ Cálice menor – envolve a papila renal, tem formato semelhante a um cone; 
▪ Cálice maior – a união de 2 ou 3 cálices menores; 
▪ Pelve renal – local onde 3 ou 4 cálices maiores desembocam; é a porção dilatada do ureter; 
▪ Seio renal – onde se localizam os vasos e a pelve renal; 
▪ Coluna renal – parte do córtex renal que se estende entre as pirâmides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Tipos: 
▪ Dendrítico – tem cálices maior e menor; 
▪ Ampular – ausência de cálice maior. 
 
 
Suprimento sanguíneo renal: 
▪ Suprimento arterial 
Promove a excreção de produtos residuais do metabolismo, e garante a regulação, volume e composição 
do meio interno do organismo, o LEC. 
 
 
 
Artérias renais anterior e posterior originam 5 artérias 
segmentares, que irão suprir os 5 seguimentos renais. 
 
 
 
 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
A artéria renal se divide em várias artérias segmentares, que irrigam diferentes segmentos do rim. Cada 
a. segmentar emite vários ramos que penetram o parênquima e passam ao longo das colunas renais entre 
os lobos renais como as artérias interlobares. Na base das pirâmides renais, as artérias interlobares se 
arqueiam entre o córtex e a medula renal, conhecidas como artérias arqueadas. A divisão dessas artérias 
produze várias artérias interlobulares, que irradiam para fora e entram no córtex renal, onde emitem ramos 
chamados de arteríolas glomerulares aferentes. 
Os ramos da a. renal são artérias terminais – não há comunicação entre os vasos. Caso ocorra um trauma 
ou obstrução desse ramo, pode ocorrer a isquemia ou necrose do parênquima renal fornecido por este vaso. 
 
A circulação se dá da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Drenagem venosa: 
▪ Veias renais E e D; 
▪ Deixam o hilo renal anteriormente às artérias renais e desembocam diretamente na veia cava 
inferior; 
▪ A v. renal E é mais longa e passa anteriormente à aorta abdominal, abaixo da origem da a. 
mesentérica superior; 
▪ A a. renal D encontra-se posterior à v. cava inferior. 
 
▪ Drenagem linfática: 
A linfa do rim drena para os linfonodos aórticos laterais (ou para-aórticos), que estão localizados na 
origem das artérias renais. 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
Néfron: 
É a unidade funcional do rim, que consiste em duas partes: 
▪ Corpúsculo renal – local onde o plasma sanguíneo é filtrado; 
▪ Componentes: 
▪ Glomérulo 
▪ Cápsula glomerular (cápsula de Bowman) – estrutura epitelial de parede dupla que circunda os 
capilares glomerulares. 
▪ Túbulo renal – por onde o líquido filtrado passa (filtrado glomerular). 
▪ Túbulo contorcido proximal (TCP) 
▪ Alça de Henle 
▪ Túbulo contorcido distal (TCD) 
O corpúsculo renal e os TCD e TCP se localizam no córtex renal, enquanto que a alça de Henle se estende 
até a medula renal, faz uma cura fechada, e retorna ao córtex renal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
URETERES: 
São órgãos tubulares e musculares, que conduzem a urina dos rins até a bexiga. 
Possuem entre 25 a 30 cm de comprimento, e localizam-se no óstio ureteral. 
Dividem-se em três partes: 
1. Abdominal; 
2. Pélvica; 
3. Intramural. 
Possuem 3 constrições: 
▪ 1ª constrição: passagem pelo polo inferior do rim (parte abdominal); 
▪ 2ª constrição: cruzamento sobre os vasos ilíacos externos (parte pélvica); 
▪ 3ª constrição: passagem através da parede da bexiga urinária (parte intramural). 
 
BEXIGA URINÁRIA 
É um órgão flexível, de paredes musculares, que armazena a urina (700-800 ml) antes de ser eliminada do 
corpo. 
Localiza-se na sínfise púbica, inferiormente ao peritônio, apoiada no assoalho pélvico inferiormente. 
♂: à frente do reto | ♀: à frente da vagina e abaixo do útero. 
 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
Músculo esfíncter da bexiga: 
O colo da bexiga é rodeada pelo musculo esfíncter interno urinário, que permanece contraído para manter 
o canal que transporta a urina para o exterior do corpo (uretra) fechado, de forma que a urina fique retida 
na bexiga até estar cheia. 
▪ Músculo esfíncter interno: 
▪ Localizado na saída da bexiga; 
▪ Músculo liso; 
▪ Controle involuntário – SNC. 
 
▪ Músculo esfíncter externo: 
▪ Localizado no assoalho pélvico; 
▪ Músculo esquelético; 
▪ Controle voluntário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Internamente, a bexiga apresenta uma região delimitada pelos dois óstios ureterais e pelo óstio uretral, o 
trígono da bexiga. 
 
 Divide-se em quatro partes: 
▪ Ápice – parte superior frontal; 
▪ Fundo – região posterior; 
▪ Corpo – entre o ápice e o fundo; 
▪ Colo – região de encontro da face posterior com as faces laterais. 
 
 
 
 
 
Músc. Esfíncter Externo 
Músc. Esfíncter Interno 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
URETRA 
Transporta a urina da bexiga para o exterior do corpo, no ato da micção; 
Estende-se desde o orifício da uretra da bexiga até o orifício externo da uretra da genitália externa. 
▪ Uretra Feminina: 
▪ Situa-se atrás da sínfise púbica; 
▪ 4 a 5 cm. 
 
 
 
 
 
▪ Uretra Masculina: 
▪ 15 a 20 cm; 
▪ Dá passagem ao sêmen durante a ejaculação; 
▪ Primeiro atravessa a próstata, em seguida o músculo transverso do períneo e por último o pênis. 
▪ É dividido em: 
▪ Uretra prostática; 
▪ Uretra membranácea; 
▪ Uretra bulbar; 
▪ Uretra esponjosa / cavernosa; 
▪ Uretra pendular / peniana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1ºsemestre – Medicina | UNIDOM. 
 
 
RINS: 
 
▪ Envolvidos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso; 
▪ Parênquima: 
 
▪ Zona cortical – córtex: 
▪ Contêm: 
▪ Raios medulares: túbulos retos e ductos coletores; 
▪ Labirinto cortical: corpúsculo e túbulos contorcidos; 
▪ Corpúsculo renal: segmento inicial do néfron que contêm o 
glomérulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Zona medular – medula: 
▪ Contêm: 
▪ 10 a 18 pirâmides medulares; 
▪ Vértices voltados para os cálices renais menores, nas 
papilas renais; 
▪ Bases voltadas para a região cortical; 
▪ Da base de cada pirâmide partem os raios medulares, 
conjunto de túbulos que penetram o córtex; 
▪ Os espaços entre as pirâmides renais são as colunas renais 
– projeções do córtex. 
 
 
*Nas papilas renais existem orifícios, que formam a área crivosa. 
 
No parênquima renal, encontra-se o túbulo urinífero, união entre dois componentes funcionais: o néfron e 
o túbulo coletor. 
 
▪ Néfron: 
▪ É a unidade estrutural e funcional do rim; 
▪ Em cada rim, existem cerca de 600 a 800 mil néfrons; 
▪ Constituído por: 
▪ Parte dilatada – corpúsculo renal ou de Malpighi; 
▪ Sequência de túbulos: 
▪ Túbulo contorcido proximal; 
▪ Partes delgada e espessa da alça de Henle; 
▪ Túbulo contorcido distal. 
Histologia 
Figura 1: Zona cortical do rim. 
Figura 2: Zona medular do rim. 
Figura 3: Partes do néfron. 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
Tipos de néfrons: 
1. Subcapsulares ou corticais: 
▪ Corpúsculo renal na parte externa do córtex; 
▪ Alça de Henle curta. 
 
2. Justamedulares: 
▪ Corpúsculo renal na base de uma pirâmide renal; 
▪ Alça de Henle longa. 
 
 
Partes do néfron: 
1. Corpúsculo renal: 
▪ Glomérulo – tufo de capilares; 
▪ Capilares glomerulares do tipo fenestrados – com aberturas; 
▪ Sem diafragmas nos poros das células endoteliais; 
▪ Contêm células mesangiais: 
▪ Células contráteis; 
▪ Suporte estrutural ao glomérulo pela síntese de MEC; 
▪ Fagocitose e digestão de substâncias normais e patológicas. 
 
▪ Cápsula de Bowman – envolve o glomérulo, é constituída por dois folhetos: 
▪ Folheto visceral: 
▪ Constituído por podócitos que envolvem o tufo de capilares do glomérulo; 
▪ Podócitos: 
▪ Células formadas por um corpo celular e os seus prolongamentos primários e 
secundários; 
▪ Elas envolvem os capilares glomerulares e entre os seus prolongamentos existem 
fendas – fendas de filtração. 
▪ Folheto parietal: 
▪ Constituído por células pavimentosas. 
 
▪ Espaço urinário – região entre o folheto visceral e parietal, na qual circula o ultrafiltrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Tipos de néfrons. 
Figura 5: Cápsula e glomérulo. 
Figura 6: Microscopia da cápsula e do glomérulo. 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
 
No glomérulo, também encontramos a barreira de 
filtração, que deve ser atravessada pelo líquido plasmático 
para sair do capilar e chegar ao espaço urinário e é 
constituída por: 
 
▪ Endotélio capilar – células endoteliais glomerulares 
fenestradas; 
▪ Membrana basal (junção das lâminas basais do 
endotélio e podócitos); 
▪ Podócitos. 
 
 
2. Túbulos renais: 
Túbulo contorcido proximal: Alça de Henle: Túbulo contorcido distal: 
▪ Epitélio simples cubóide 
ou colunar baixo; 
▪ Células mais largas; 
▪ Borda em escova na 
superfície apical; 
▪ Menos núcleos; 
▪ Grande interdigitações 
laterais entre as células; 
▪ Esses túbulos 
caracterizam-se por 
lúmens amplos; 
▪ Bombas de sódio Na+ 
 
▪ Células epiteliais 
pavimentosas; 
▪ Lúmen amplo; 
▪ Núcleo projetado para o 
lúmen. 
 
Ramo descendente: 
Células menores; 
Menor quantidade de 
microvilos, vesículos 
endocitóticas, invaginações e 
mitocôndrias. 
 
Porção delgada 
descendente: completamente 
permeável a água! 
 
Ramo ascendente: 
Células cúbicas baixas; 
▪ Epitélio cúbico simples; 
▪ Células mais baixas; 
▪ Mais núcleos – apicais; 
▪ Ausência de borda em 
escova; 
▪ Lúmen maior; 
▪ Núcleo apical. 
▪ Mácula densa*. 
Figura 8: Barreira de filtração. 
Figura 7: Podócitos. 
Podócitos! 
Como já foi dito anteriormente, os capilares 
glomerulares são envolvidos por podócitos, 
células formadas por um corpo do qual partem 
prolongamentos primários e destes, partem 
prolongamentos secundários. 
Essas células apoiam-se sobre a lâmina basal 
dos capilares e os seus prolongamentos 
envolvem completamente o capilar. Apesar de 
abraçarem completamente os vasinhos, são 
visualizadas entre as suas projeções 
secundárias alguns espaços, denominados 
fendas de filtração, fechados por uma 
membrana muito fina. 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
Poucos microvilos, poucas 
interditiações entre as células; 
Presença de zõnulas de 
oclusão. 
 
Porção delgada e espessa 
ascendente: 
 impermeável a água; 
Parte espessa ascendente: 
transporte ativo de Na+ para 
fora; 
reabsorção de K+ e Cl-. 
Reabsorção total de glicose e 
aminoácidos (proteínas 
transportadoras e transporte 
ativo); 
 
Reabsorção de > 70% de água 
(aquaporinas), HCO3, NaCl, Ca 
e P (proteínas transportadoras 
e transporte ativo). 
Participa da retenção de 
água! 
Ramo delgado descendente: 
permeável a água! 
 
Ramo ascendente: 
impermeável! 
Absorção de sódio e excreção 
de potássio – influência da 
aldosterona; 
Reabsorção de HCO3; 
Excreção de H+ e NH4 para 
urina – equilíbrio ácido-básico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Túbulos e ductos coletores: 
O conteúdo dos TCD é passado para os túbulos coletores, que desembocam em tubos mais calibrosos, os 
ductos coletores, que drenam nas papilas renais. 
Tanto os túbulos quanto os ductos seguem um trajeto retilíneo. 
Ducto coletor: 
▪ Células principais: 
▪ Núcleo oval e central; 
▪ Algumas mitocôndrias; 
▪ Invaginações basais; 
▪ Canais de aquaporina 1 sensíveis ao ADH. 
Figura 9: Microscopia do corpúsculo e túbulos renais. C: corpúsculo; P: TCP; D: TCD. 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
▪ Células intercalares: 
▪ Núcleo central e oval; 
▪ Mitocôndrias abundantes; 
▪ Tipo A: secreção de H+; 
▪ Tipo B: reabsorção de H+ e secreção de HCO3. 
 
Aparelho justaglomerular: 
▪ Células justaglomerulares (JG): 
▪ Células musculares modificadas na túnica média das arteríolas; 
▪ Núcleos esféricos; 
▪ Citoplasma contendo grânulos de secreções; 
▪ Secreção dos grânulos – participação na regulação da PA. 
▪ Produção de renina – os efeitos abaixos não são DIRETOS dessa enzima, mas ocorrem em 
consequência da sua secreção, pelo sistema renina angiotensina aldosterona. 
▪ Aumento da PA; 
▪ Aumento da secreção de aldosterona – hormônio cortical da adrenal. 
 
▪ Células mesangiais extraglomerulares: sem função conhecida; 
 
▪ Mácula densa: 
▪ Modificação da parede do túbulo distal; 
▪ Localiza-se próximo as células JG, formando o aparelho justaglomerular; 
▪ É sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no fluido tubular; 
▪ Produz moléculas sinalizadoras que estimulam a liberação de renina na circulação. 
 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
 
PRODUÇÃO DA URINA: 
O sangue é filtrado cerca de 60 vezes por dia. 
Em 24 horas, aproximadamente 180 litros de fluido do plasma são filtrados; e essa filtração ocorre na 
intensidade adequada de 125ml/min. 
 
 
 
 
 
Como acontece? 
O sangue chega ao rim pela artéria renal, segue para as artérias 
menores e por fim para as arteríolas do córtex. 
Ou seja, o sangue flui da artéria renal para uma arteríola aferente, 
através da qual chega ao glomérulo – rede de capilares em forma de 
novelo. O sangue que deixa o glomérulo passa para uma arteríola 
eferente, e então para uma segunda rede de capilares, os capilares 
peritubulares, que circundam os túbulos renais. 
 
 
 
 
 
O sangue chega ao glomérulo, na cápsula de Bowman, pela 
arteríola aferente.Enquanto circula no tufo de capilares, o sangue 
passa pelo processo de filtração – através da barreira de filtração, e 
o líquido (plasma) se move para o espaço urinário. 
A partir da cápsula de Bowman, o filtrado passa para o túbulo 
contorcido proximal, após para a alça de Henle – dividida em um 
ramo descendente fino e um ramo ascendente com segmentos fino 
e espesso; o fluído então, chega ao túbulo contorcido distal. 
Os túbulos contorcidos distais de até oito néfrons drenam para um 
único túbulo coletor, que desemboca na pelve renal. 
 
 
Logo... 
Glomérulo (capilares glomerulares) → espaço de Bownman na cápsula de Bowman → TCP → TRetoP → 
ramo descendente da alça de Henle → segmento delgado do ramo ascendente → segmento espesso do 
ramo ascendente → TCD → TC → pelve renal. 
Fisiologia 
VANTAGEM! 
Essa alta filtração permite que os rins removam de forma rápida os produtos 
metabólicos do corpo, além de realizar o controle efetivo da pressão arterial! 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
No néfron ocorrem três processos básicos: filtração, reabsorção e secreção. 
A filtração consiste no movimento de líquido do capilar para o lúmen do néfron. Esse processo se dá 
apenas no corpúsculo renal, onde a barreira de filtração constituída pelo endotélio capilar e pelo folheto 
visceral da cápsula permitem o fluxo do líquido. 
Uma vez que o plasma filtrado, denominado filtrado ou ultrafiltrado, chega ao lúmen do néfron, ele se torna 
parte do meio externo do corpo! Em virtude disso, tudo que é filtrado nos néfrons tem como destino 
eliminação na urina – a menos que seja reabsorvido pelo corpo. Após deixar a cápsula de Bowman, o 
filtrado é modificado através de processos de reabsorção e secreção. 
A reabsorção é o processo de transporte de substâncias presentes no filtrado de volta para o sangue, 
através dos capilares peritubulares. 
A secreção remove moléculas do sangue e as adiciona ao filtrado no lúmen tubular. É um processo mais 
seletivo, que de forma geral, utiliza de proteínas de membrana para transportar as moléculas através do 
epitélio tubular. 
 
 
 
 
A função renal pode ser avaliada por alguns marcadores, no entanto eles: 
▪ Devem ser filtrados livremente; 
▪ Não deve ser reabsorvido; 
▪ Não deve ser secretado! 
 
Pressões envolvidas na filtração: 
1. Pressão hidrostática: 
O sangue que flui através dos capilares glomerulares força a passagem de fluído através do endotélio 
fenestrado. 
A pressão sanguínea nos capilares é de aproximadamente 55 mmHg, favorecendo a filtração para dentro 
da cápsula de Bowman. 
 
2. Pressão coloidosmótica: 
No interior dos capilares glomerulares é mais alta do que no fluído da cápsula de Bowman. Isso ocorre 
devido à pressão da presença de proteínas no plasma, que é, aproximadamente 30 mmHg e favorece o 
movimento de líquido de volta para os capilares. 
 
A cápsula de Bowman, que constitui um espaço fechado, faz com que o líquido no interior dessa cápsula 
crie uma pressão hidrostática de fluído, que se opõe ao fluxo de líquido para o interior da cápsula. O 
líquido filtado para fora dos capilares, desloca o líquido já presente no lúmen da capsula. A pressão 
hidrostática na cápsula é de 15mmHg. Na cápsula, não existe solutos, portanto não há pressão oncótica! 
Ao fim de todas essas pressões, temos uma força resultante de 10 mmHg na direção que favorece a 
filtração. Isso pode não parecer muito, mas quando associada a permeabilidade natural dos capilares 
fenestrados, resulta em uma rápida filtração de fluído para o interior dos túbulos. 
 
Ou seja: 
EXCREÇÃO = Filtração – Reabsorção + Secreção. 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismos de transporte de água e solutos através das membranas de volta para o corpo pelos 
capilares peritubulares: 
▪ Transporte via transcelular ou paracelular: 
▪ Transcelular: as substâncias atravessam as 
membranas apical e basolateral das células 
tubulares para chegar ao interstício; 
 
▪ Parecelular: as substâncias passam através 
das junções intercelulares. 
 
▪ Transporte por osmose, pinocitose ou facilitado; 
 
▪ Transporte ativo primário e secundário. 
 
Formação de urina: 
O TCP é a região do néfron de maior reabsorção! A ação da bomba de Na+/K promove reabsorção de 
sódio e água, aumentando o potencial negativo do lúmen tubular, a concentração e a reabsorção de 
solutos do lúmen para os capilares peritubulares. 
A reabsorção do Na, através de proteínas 
transportadoras por simporte e antiporte, é o 
responsável pela reabsorção de muitas outras 
substâncias, como: glicose, aminoácidos, íons e vários 
metabólitos orgânicos. 
O ramo descendente da alça de Henle possui alta 
permeabilidade a água! 
O ramo ascendente, praticamente, é impermeável a 
água mas reabsorve intensamente os solutos. 
No TCD não ocorre reabsorção de líquidos, ou seja, é 
pouco permeável a água. Reabsorve, principalmente, 
Na, Cl, Ca, Mg... 
Catharina Moura e Ísis Agra, 1º semestre – Medicina | UNIDOM. 
No entanto, o esse mesmo túbulo é o local de ação do ADH, hormônio antidiurético ou vasopressina, que 
o torna mais permeável a água e possibilita o retorno de água para o corpo. 
 
O TC possui células principais que reabsorvem Na, Cl e secretam K; e células intercalares que 
reabsorvem K, HCO3 e secretam H+. 
 
Controle intrínseco da filtração glomerular pelos rins: 
A angiotensina II atua na arteríola eferente, reduzindo a produção de urina, mas mantendo a filtração 
glomerular. Em situações mais críticas, ambas arteríolas são contraídas, impedindo a produção de urina. 
▪ Arteríola aferente: 
▪ Vasoconstricção: 
▪ ↓ pressão perfusão renal; 
▪ ↓ TFG (taxa de filtração glomerular). 
▪ Vasodilatação: 
▪ ↑ pressão de perfusão renal; 
▪ ↑ TFG. 
 
▪ Arteríola eferente: 
▪ Vasoconstrição: 
▪ ↑ pressão de perfusão renal; 
▪ ↑ TFG. 
▪ Vasodilatação: 
▪ ↓ pressão de perfusão renal; 
▪ ↓ TFG. 
 
Regulação da pressão arterial: 
As células da mácula densa são sensíveis a alterações no fluxo de fluído tubular e liberam substâncias 
parácrinas, que regulam o diâmetro da arteríola aferente. Através dessa sinalização, as células 
justaglomerulares secretam renina, enzima envolvida no balanço de sal e de água. 
A diminuição da perfusão renal é identificada pela mácula densa, que sinaliza as células justaglomerulares 
para realizarem a secreção de renina. A renina realiza a conversão do angiotensinogênio, liberado pelo 
fígado, em angiotensina I; a enzima conversora de angiotensina (ECA), liberada pelos pulmões, converte a 
angiotensina I em angiotensina II, e esta, repercutirá em diversos efeitos para aumentar a PA, são eles: 
▪ Ativação do sistema simpático (luta ou fuga – adrenalina e noradrenalina); 
▪ Secreção de aldosterona pelo córtex adrenal – aumenta a reabsorção de NaCl, K e retenção de 
H2O; 
▪ Vasoconstricção arteriolar – aumenta a pressão do sangue; 
▪ Estimula a secreção de ADH pela neurohipófise – absorção de H2O pelo tubo coletor. 
 
ADH ou vasopressina: 
Torna o TCD permeável a água; 
Estimula a deposição de aquaporinas na porção 
apical do epitélio tubular; 
↑ reabsorção de H2O - ↑ PA. 
ALDOSTERONA: 
Aumenta a reabsorção de Na, pelo aumento da 
deposição de bombas Na/K na porção 
basolateral do TCD; 
↑ reabsorção de H2O - ↑ PA.

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