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1 INTRODUÇÃO A urgência é compreendida quando ocorre um agravo de saúde com ou sem risco potencial de vida, necessitando assistência à saúde imediata ou até 24 horas. Enquanto a emergência é caracterizada pela ocorrência de um agravo a saúde que gera um sofrimento intenso, demandando um tratamento médico imediato. A fim de regularizar e proporcionar o funcionamento do atendimento em urgência foi implantado um regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência exposto na portaria n.2.048/2002. A qualidade e eficácia da assistência do enfermeiro requer liderança, agilidade, observação, competência, embasamento científico e habilidade técnica, além do comprometimento com o trabalho e a equipe. As ações com elevado grau de responsabilidade – para realizar as atividades com atenção, senso de planejamento e organização – têm como objetivo comum somar os esforços para maximizar as chances de prevenção de danos, recuperação da saúde e sobrevida do paciente. Dentre os componentes de atendimento ás urgências destaca-se o elemento hospitalar, no qual permitiu a realização de Práticas Clinicas de urgência e emergências no Hospital de Emergência Henrique Sergio Gregori, Resende – RJ com supervisão da Prof.ª Thais dos Santos Carvalho para compor a nota do 4º bimestre. Consequentemente, a avaliação da teoria será representada pela Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) através de um Estudo de Caso do estágio curricular supervisionado escolhido na prática. 2 DESENVOLVIMENTO A partir desta lauda constará todo histórico de enfermagem do paciente que necessita de cuidados em emergência e urgência. 2.1 ANAMNESE. 1. IDENTIFICAÇÃO Data: 05/11/2021 Nome: V.I.S Sexo: M Idade: 48 anos Raça: Parda Nº de filhos: - Estado Civil: - Naturalidade: - Profissão: - Escolaridade: - Diagnóstico Médico: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). 2. INFORMAÇÕES SOBRE DOENÇA E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Doenças crônicas: - Tratamentos anteriores: Não realizado. Fatores de risco: ( ) tabagismo ( ) etilismo ( ) obesidade ( ) câncer ( ) radioterapia ( ) uso de medicamentos antineoplásicos ou imunossupressoras Outros: Queixas do paciente: Dor precordial + sudorese + náuseas. Medicamentos em uso: Omeprazol 40mg injetável, AAS 100mg comprimido, Clopidogrel bissulfato 75 mg comprimido, Losartana potássica 50 mg comprimido, Carvedilol 12,5 mg comprimido, Sinvastatina 20mg comprimido, Clonidina, cloridrato 0,15 mg comprimido, Dipirona sódica 500mg/ml injetável e Metoclopramida, Cloridrato 5 mg/ml injetável. Antecedentes familiares: Pai faleceu a 6 meses de IAM. Classificação De Risco: Vermelho “emergência” – Necessita de atendimento imediato. 3. CUIDADO CORPORAL ( X ) asseado ( X ) com roupas limpas ( ) falta asseio corporal Cabelos: ( ) com presença de sujidade ( X ) sem presença de sujidade ( ) ausentes Outros: Cabelos finos. Higiene bucal: ( X ) adequada ( ) inadequada ( ) dentição incompleta ( X ) dentição completa Unhas: ( X ) limpas ( ) com sujidade Outras observações: Língua higienizada, mucosa oral hipocorada. 4. ELIMINAÇÕES Urinária: ( X ) normal ( ) menos que 5x/dia ( ) polaciúria ( ) nictúria ( ) incontinência urinária ( ) urgência miccional ( ) ardência ( ) diminuição do jato urinária ( ) sangue na urina Outros: Intestinais: ( ) normal ( ) constipação ( ) diarreia ( ) fezes pastosas Outras observações: Evacuação ausente. 5 . EXERCÍCIO FÍSICO ( ) sedentarismo ( X ) atividade esportiva / física regular Tipo e frequência: Duas vezes na semana, realiza aula de Muay Thai e Taekwondo. 6. EXAME FÍSICO 6.1 Sinais vitais P.A.: 146X108mmHg Tª: 36ºC FR: 16rpm P:62bpm SpO2: 99% HGT: 130 mg/dl. 6.2 Condições físicas Dor: ( X ) presente ( ) ausente Intensidade de 0 a 10: 6 Localização: Peitoral esquerdo. 6.3 Cabeça e pescoço Couro cabeludo e cabelos: Íntegro e com boa condição de higiene. Acuidade visual: ( X ) normal ( X ) alterada: Acuidade auditiva: ( X ) normal ( ) alterada: Dentição: ( X ) normal ( ) prótese ( ) ausência de dentes ( ) cáries 6.4 Sistema neurológico Nível de consciência: ( X ) orientado ( ) desorientado ( X ) consciente ( ) sonolento ( ) plegia ( ) torposo ( ) ausência de resposta verbal ( ) paresia ( ) parestesia ( ) hemiplegia 6.5 Pupilas ( X ) isocóricas ( ) anisocóricas ( ) midriáticas ( ) mióticas 6.6 Sistema circulatório ( ) cansaço aos esforços Presença de pulsos: ( X ) radial ( X ) poplíteo ( X ) femural ( X ) pedioso Perfusão periférica: ( X ) boa ( ) regular ( ) ruim ( ) edema de MMII ( ) palidez ( ) cianose Local: 6.7 Sistema respiratório ( X ) eupneia ( ) dispneia ( ) ortopneia Expansão do tórax: ( X ) simétrico ( ) assimétrica Tosse: ( ) presente ( X ) ausente Murmúrio vesicular: ( X ) normal ( ) diminuído Ruídos adventícios: ( X ) ausentes ( ) roncos ( ) sibilos ( ) estertores Observações: 6.8 Sistema gastrointestinal Abdome: ( X ) plano ( ) globoso ( ) distendido ( ) flácido ( X ) indolor ( ) doloroso a palpação Peristaltismo: ( X ) normal ( ) diminuído ( ) aumentado Massa palpável: ( X ) não ( ) sim Local: ( ) hepatomegalia ( ) esplenomegalia ( ) ascite Abdome: Inspeção: plano, sem alterações visíveis. Ausculta: ruídos hidroaéreos presentes. Percussão: som normal, timpânico. Palpação: superficial e profunda, encontra-se flácido, sem massas abdominais. 6.9 Sistema musculoesquelético Deambulação: sem alterações. ( ) força muscular diminuída ( ) lombalgia 6.10 Sistema tegumentar ( X ) corado ( ) descorado ( X ) pele íntegra ( ) icterícia ( ) edema Hematoma: Prurido: 6.11 Sistema imunológico ( X ) linfonodos não palpáveis ( ) febre intermitente Queixas do paciente: 7. EXAMES COMPLEMENTARES Teste antígeno – COVID19: não reagente. Creatino Fosfoquinase Total- CK (CPK) material: soro/ plasma – 705,3 U/L (Homens entre 26 e 189 U/L). Creatino Fosfoquinase (CK-MB) material: soro/plasma – 106,0 U/L (Homens e Mulheres entre 0 e 24 U/L ou até 6% da atividade da CK total). Creatino Fosfoquinase (CK-MB) material: sangue – 188,2 ng/ ml (Inferior a 5,0 ng/ml). Troponina I material: soro – Positivo. OBS: repetido os exames de enzimas mais duas vezes, com resultado negativo. Eletrocardiograma: Anormal, Ritmo sinusal, possível infarto do miocárdio inferior com extensão posterior, provavelmente antigo. 8. INFORMAÇÕES ADICIONAIS - Paciente com AVP em MMSS esquerdo, dorso da mão, jelco nº16. - Aguardando vaga de leito no CTI. 2.2 HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS. Disposição para nutrição melhorada relacionado ao seu estado de saúde evidenciado pela pressão arterial alterada e uma possível pré diabetes. Dor aguda relacionada a alterações fisiológicas evidenciado pela dor precordial. Risco de glicemia instável relacionado ao HGT 130mg/dl. Risco depressão arterial instável relacionado ao resultado da PA 146X108 mmHg. Risco de débito cardíaco diminuído relacionado ao conjunto de medicamentos prescritos para baixar a PA. Risco de baixa autoestima situacional relacionado ao seu quadro de saúde. Risco de infecção relacionado ao AVP em MMSS esquerdo. Náusea relacionado a disfunção gástrica evidenciado por náuseas. 2.3 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM De início na emergência Monitorizarão cardíaca contínua com oximetria de pulso, repouso absoluto no leito, acesso venoso, ofertar oxigênio por meio de cateter nasal de 2 a 4 litros por minuto, realizar o ECG e solicitar exame de marcadores de lesão cardíaca repetindo o exame após 6 ou 9 horas. Após os primeiros cuidados: - Classificar a escala da dor, a fim de propiciar melhor conforto ao paciente, e se possível administrar medicações de acordo com a prescrição médica. Na avaliação do tórax identificar: localização, radiação, intensidade e duração - Orientar o paciente sobre o autocuidado em caso de dor no peito (p. ex., usar nitroglicerina sublingual a cada cinco minutos, três vezes; se a dor no peito não aliviar, orientar o médico do plantão. - Coletar a glicemia 2 vezes ao dia, sendo pela manhã em jejum e ao final da tarde, comparando os resultados colhidos. - Em caso de descompensação respiratória, aconselhar o médico plantonista a realizar um pedido de gasometria arterial. - Realizar a verificação da circulação: checar os pulsos periféricos em MMII e MMSS, temperatura das extremidades, cor e edema; - Monitorar o ritmo e frequência cardíaca e dos demais sinais vitais através do monitor multiparâmetro; e em casos de intercorrências realizar as intervenções corretamente prevenindo a saúde do mesmo. - Avaliar o estado neurológico; - Não administrar em hipótese alguns vasodilatadores em casos de hipotensão; - Sempre checar a frequência cardíaca antes de administrar qualquer medicação digitálicos, quando a frequência estiver abaixo de 60 bpm comunicar o médico plantonista; - Não realizar a administração de trombolíticos no caso de suspeitas de dissecção da aorta ou qualquer doença hemorrágica. - Aferir sempre a pressão arterial antes de administrar quaisquer medicações vasoativas; - Em caso de qualquer modificação no quadro clínico, solicitar que o cardiologista compareça a sala vermelha. - Observar a respiração quanto o ritmo, frequência, esforço e profundidade; - Junto a um profissional nutricionista planejar o plano alimentar do paciente, optando sempre por refeições frescas com legumes e vegetais descartando possíveis comidas prontas e enlatadas. - Atentar quanto ao consumo excessivo de sal e açúcar durante o tempo de internação, orientando o mesmo sobre os riscos que podem ser causados na saúde. - Orientar o paciente e a família sobre a modificação de fatores de risco cardíaco (p. ex., parar de fumar, dieta e exercícios), conforme apropriado. - Orientar o paciente e a família sobre considerações especiais relativas a atividades da vida diária (p. ex., atividades isoladas e períodos de repouso), conforme apropriado. - Monitorar o local do AVP quanto aos sinais e sintomas de infiltração, flebite e infecção local, além de manter o acesso desobstruído. - Monitorar a condição hídrica, inclusive ingestão e eliminação, conforme apropriado. - Permitir que nos horários de visitas o mesmo receba seus entes familiares, como forma de que o mesmo não se sinta isolado e longe da família. 2.4 JUSTIFICATIVA DO CASO ESCOLHIDO. O caso escolhido trata-se de um paciente que possui uma vida saudável, desde a alimentações quanto a práticas de atividades físicas, considerado um paciente novo, não tem conhecimento que possui hipertensão arterial sistêmica (HAS). 3 CONCLUSÃO A enfermagem na emergência consiste em uma prestação de cuidados especializados a diversos pacientes doentes ou traumatizados. Esses pacientes podem ser instáveis, ter necessidades complexas e exigir cuidado de enfermagem intensivo e vigilante. Outros podem ter pequenos problemas. Não importa qual seja o motivo para procurar o serviço de emergência (SE), todos os pacientes consideram que seus problemas são emergenciais. Uma profissional de enfermagem, tem o papel de executar avaliações, planejar e implementar os cuidados ao paciente, oferecendo cuidados de enfermagem direto, fazer observações clínicas e executar intervenções necessárias, administrando medicamentos conforme seu tratamento e o que foi prescrito pelo médico. Com base nesse estudo, e nas ações executada na prática foi possível compreender os cuidados necessário para que os profissionais de enfermagem possam exercer uma melhor assistência ao paciente, demostrando a importância da realização dos diagnósticos e cuidados de enfermagem que podem ser implantados na rotina das equipes de enfermagem. Além de identificar as principais características do IAM, bem como os sintomas, diagnósticos e tratamentos disponíveis, com ênfase nas responsabilidades do enfermeiro nesse contexto. Consequentemente para um atendimento qualificado é necessário que as equipes de profissionais estejam treinadas e preparadas em alto nível de eficiência e conhecimento técnico para o determinado atendimento. Quanto mais ágil for o reconhecimento de que o paciente está com IAM, o mais breve possível será acionado a equipe médica para prestar os primeiros cuidados aumentando as chances de sobrevivência do paciente, além de oferecer melhor eficácia no tratamento. Finalizo que foi e continua sendo essencial a assistência de enfermagem ao paciente com IAM tornando-se primordial a educação continuada quanto aos profissionais de enfermagem, com o objetivo de que o mesmo possa associar o conhecimento prático com o cientifico, contribuindo nas ações a serem exercidas futuramente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA CRUZ NUNES, Kelryanna Almeida et al. Intervenções NANDA-I–NOC-NIC. 2020. Disponível na Biblioteca AEDB/AVA. Acesso em 11 de nov. 2021. DA SILVA SANTOS, Aurileide Sales; DOS SANTOS CESÁRIO, Jonas Magno. Atuação da enfermagem ao paciente com infarto agudo do miocárdio (IAM). Revista Recien-Revista Científica de Enfermagem, v. 9, n. 27, p. 62-72, 2019. Disponível em: <https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/303>. Acesso em 11 de nov. 2021. Emergências clínicas: abordagem prática / Herlon Saraiva Martins...[et al.]. --10. ed. rev. e atual. --Barueri, SP: Manole, 2015. Disponível na Biblioteca AEDB/AVA. Acesso em 11 de nov. 2021. HERDMAN, T. Heather. NANDA-I Diagnosis Keperawatan Definisi dan Klasifikasi 2018-2020. 2018. Disponível na Biblioteca AEDB/AVA. Acesso em 11 de nov. 2021. MEDEIROS, Tatiana Laís Fonsêca de et al. Mortalidade por infarto agudo do miocárdio. Rev. enferm. UFPE on line, p. 565-573, 2018. Disponível em: < https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-966656>. Acesso em 11 de nov. 2021.
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