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Karen� Cr�z - Medicina UNIT As alterações fisiológicas observadas na gestação são decorrentes, principalmente, de fatores hormonais e mecânicos, e os ajustes verificados no organismo da mulher devem ser considerados normais durante o estado gravídico, embora determinem, por vezes, pequenos sintomas que afetam a saúde da paciente. Embebição gravídica: aumento dos níveis de estrógeno e progesterona. Modificaçõe� sistêmica� . 1. Postura e deambulação A postura da gestante se altera, precedendo mesmo a expansão de volume do útero gestante. Na gavidez, o centro de gravidade se desvia para frente, e todo o corpo, em compensação, projeta-se para trás. Essa situação torna-se mais nítida quando a gestante está de pé, visto que, para manter o equilíbrio, empina o ventre, provocando a lordose da coluna lombar. Amplia-se a base do polígono de sustentação, os pés se afastam, e as espáduas se projetam para trás. As dores cervicais e lombares, são queixas comuns. A gestante, ao andar, lembra, com seus passos oscilantes e mais curtos, a deambulação dos gansos – marcha anserina. As articulações apresentam maior mobilidade durante a gestação, notadamente as sacroilíacas e a sínfise pubiana. Atribui-se à relaxina, secretada pela placenta, a frouxidão dos ligamentos, especialmente da sínfise pubiana, que pode alargar cerca de 4 mm nas primíparas e 4,5 mm nas multíparas. A principal resultante dessas modificações é o aumento da capacidade pélvica, favorecendo a disjunção sinfisária e os movimentos de nutação do sacro 2. Metabolismo As alterações no metabolismo materno são necessárias para suprir as exigências suscitadas pelo rápido crescimento e desenvolvimento do concepto durante a gravidez. ▶Metabolismo glicídico. A fim de prover suprimento ininterrupto de glicose e de aminoácidos para o concepto, a gestante faz ajustes importantes: não consome mais indiscriminadamente a glicose como antes, e, à medida que a gravidez se desenvolve, a sua utilização periférica diminui, graças à elaboração de hormônios contrainsulares pela placenta A gravidez exibe aumento na resistência à insulina ao final do 2º trimestre podendo chegar à aproximadamente 80% no termo. Níveis elevados de hormônio lactogênio placentário humano (hPL), hormônio do crescimento placentário humano (hPGH) e adipocinas (leptina, adiponectina, TNF-α, IL-6) estão todos implicados no processo. O efeito diabetogênico do hPL resulta na mobilização de lipídios na forma de ácidos graxos livres (AGL). Esses AGL serviriam como fonte de energia, poupando glicose e aminoácidos, que estarão disponíveis para o feto. Karen� Cr�z - Medicina UNIT No 3 o trimestre, após a administração de glicose, observa-se hiperinsulinismo pós-prandial, à conta dos fatores contrainsulares já aludidos. O efeito inibitório da insulina na lipólise é significativamente reduzido durante o 3 o trimestre quando comparado ao de outras fases do ciclo gestatório. Em resumo, a gravidez avançada caracteriza-se por mudanças em seu metabolismo, no que se refere à preservação de glicose à custa da utilização dos lipídios. A liberação excessiva de ácidos graxos também contribui na redução da utilização da glicose materna. A média de ganho de peso é de 11-16 kg, sendo a média 12kg. ▶Metabolismo lipídico. Duas alterações consistentes no metabolismo materno durante a gestação são o acúmulo de lipídios nos tecidos da gestante e a hiperlipidemia gestacional. Metabolismo Do Tecido Adiposo materno O aumento do peso materno durante a gestação corresponde ao crescimento da unidade fetoplacentária e ao acúmulo dos seus próprios tecidos, especialmente o relacionado com a elevação de lipídios nos depósitos de gordura. Esse fenômeno, ocorre durante os primeiros 2/3 da gestação e é responsável pela maior parte do acréscimo de peso materno, excluindo o decorrente do concepto, e parece estar diretamente relacionado com a hiperfagia, pois desaparece com a restrição alimentar. Esse aumento nos depósitos de gordura maternos é especialmente decorrente da lipogênese aumentada; ele corresponde à elevação na síntese de ácidos graxos e do glicerídio glicerol, indicando que a formação dos triglicerídios está exaltada. A tendência de acumular gordura cessa durante o último trimestre da gravidez, quando o metabolismo lipídico se transmuda para estado catabólico, em virtude de diversas alterações coincidentes que ocorrem no tecido adiposo, como: - O aumento da atividade lipogênica diminui rapidamente - A atividade lipolítica torna-se exaltada talvez comandada pelo hPL em razão de sua ação similar à do hormônio do crescimento. Hiperlipidemia materna Durante a gravidez normal há aumento constante nos triglicerídios plasmáticos e pequeno acréscimo no colesterol. A produção acentuada dos triglicerídios VLDL e sua remoção diminuída da circulação. Benefícios Da hipertrigliceridemia materna para o feto A indução da LPL nas mamas por volta do parto dirige triglicerídios circulantes para essa glândula, visando à produção de leite. ▶Metabolismo proteico. A concentração da maioria dos aminoácidos está reduzida na gravidez. As proteínas totais, têm suas concentrações diminuídas. As de albumina sofrem redução nítida, enquanto é menor a queda das gamaglobulinas. Os teores de alfa e de betaglobulinas e os de fibrinogênio, ao contrário, ascendem ▶Metabolismo hidreletrolítico. Uma das alterações sistêmicas mais notáveis observadas na gravidez é a retenção de líquido (8 a 10 ℓ), intra e extracelular, mas especialmente responsável pelo aumento do volume plasmático. Essa alteração hidreletrolítica é decisiva para que ocorram outras modificações importantes, tais como o aumento do débito cardíaco e o do fluxo plasmático renal. O provável mecanismo para essa adaptação é a retenção de sódio, determinada principalmente pela maior secreção de aldosterona pela suprarrenal, a despeito do efeito natriurético da progesterona Karen� Cr�z - Medicina UNIT Em resumo, os fatores responsáveis pela retenção de líquido estão descritos a seguir: - Retenção de sódio - Novo nível de osmolaridade - Diminuição do limiar da sede - Redução da pressão oncótica. As consequências da retenção de líquido são: - Redução na concentração de hemoglobina - Redução do hematócrito - Diminuição da concentração de albumina - Aumento do débito cardíaco - Elevação do fluxo plasmático renal - Edema periférico. ▶Metabolismo do cálcio. Na gravidez, a absorção de cálcio no intestino dobra na gravidez, consequência também do nível duplamente elevado de vitamina D3 de origem placentária e materna renal. Na verdade, o nível de PTH no soro diminui na gestação, o que é compensado pelo acréscimo do peptídio relacionado com a paratireoide (PTHrP) de origem fetal e placentária. O PTHrP elevado na gravidez, produzido pela paratireoide fetal e pela placenta, contribui para o aumento da vitamina D3. O transporte de cálcio pelo trofoblasto também depende do aumento da concentração da proteína de ligação ao cálcio que atinge máxima concentração no 3 o trimestre, quando é marcante o crescimento fetal 3. Alterações hemodinâmicas no sistema cardiovascular Incluem: 1. Aumento do débito cardíaco 2. Aumento do volume sanguíneo (por causa principalmente do volume plasmático, da redução da resistência vascular periférica e da pressão sanguínea). Essas alterações já aparentes no início da gravidez alcançam o seu máximo no 3 o trimestre (28 a 32 semanas) e permanecem relativamente constantes até o parto. Elas contribuem para o ótimo crescimento e desenvolvimento do feto e protegem a mãe das perdas fisiológicas de sangue no parto O início da gravidez é caracterizado por vasodilatação periférica. O acréscimo significativo da frequência cardíaca já pode ser observado na gestação de 5 semanas, e isso contribui para a elevação do débito cardíaco (débito cardíaco = volume sistólico × frequência cardíaca), que aumenta em torno da 28-32 semanas de gestação, estabilizando-se até o parto. Todavia, a elevação do volume sistólicoapenas é observada várias semanas depois, possivelmente pela expansão do volume plasmático. A elevação progressiva na frequência cardíaca materna prossegue até 28 a 32 semanas, com um acréscimo de 10 a 15 bpm (10 a 20%), se comparado ao ritmo existente fora da gravidez. A despeito do aumento acentuado do volume sanguíneo e do débito cardíaco, há redução da pressão arterial, em virtude do decréscimo da resistência vascular periférica. A pressão venosa nos membros inferiores aumenta cerca de três vezes, em virtude da compressão que o útero determina nas veias pélvicas. A partir de 20 semanas de gestação, o útero gravídico impede o retorno venoso ao coração, quando a gestante assume a posição supina mulheres experimentam, em consequência, a chamada síndrome de hipotensão supina, às vezes apresentando até perda da consciência. Adotando o decúbito lateral esquerdo, o débito cardíaco é restaurado quase automaticamente. No 3 o trimestre, a pressão se eleva e se normaliza no termo PA: No 1º se mantém normal, no 2º há queda e no 3º se normaliza novamente. Constituem as alterações cardiovasculares mais relevantes: - Aumento da frequência cardíaca (10 a 20%) Karen� Cr�z - Medicina UNIT - Aumento do volume sistólico (10%) - Aumento do débito cardíaco (40 a 50%) - Diminuição da pressão arterial média (10%) - Diminuição da resistência vascular periférica (35%). 4. Sistema sanguíneo A alteração marcante no volume plasmático observada na gravidez normal causa diluição da maioria dos fatores circulantes. De particular interesse é a hemodiluição das hemácias. Embora a produção de eritrócitos esteja elevada na gravidez. Assim, os índices hematológicos que dependem do volume plasmático tendem a decrescer: contagem de hemácias, hematócrito, concentração de hemoglobina. É a clássica “anemia fisiológica da gravidez”, confundida frequentemente com o estado de anemia ferropriva Os leucócitos têm a sua concentração majorada na gestação. A concentração de plaquetas exibe pequeno decréscimo (250 para 210 mil/mm3 , valores médios). Fala-se inclusive em trombocitopenia gestacional, no 3 o trimestre, com níveis de 80 a 150 mil/mm3 5. Sistema Urinário Os rins se deslocam para cima pelo aumento do volume uterino e aumentam em tamanho cerca de 1 cm em virtude do acréscimo do volume vascular renal e do espaço intersticial. Uma das mais significantes alterações do sistema urinário observadas na gravidez é a dilatação da sua porção superior que já ocorre a partir de 7 semanas em até 90% das gestantes e pode persistir até 6 semanas do pós-parto. Considera-se que essa hidronefrose fisiológica resulte tanto de fatores hormonais quanto mecânicos. A dilatação do sistema urinário superior pode aumentar a estase urinária, predispondo a gestante a infecções urinárias, pielonefrite e nefrolitíase => parto prematuro. No sistema urinário inferior, a anatomia da bexiga está distorcida pela compressão direta do útero gravídico. A bexiga é deslocada anteriormente, com expansão lateral, pari passu com a compressão do útero aumentado na cúpula vesical. Com o aumento do débito cardíaco e a diminuição da resistência vascular sistêmica observados na gestação, há concomitante aumento do fluxo plasmático renal e da TFG, que podem estar aumentados. A hipercalciúria também é comum na gravidez pelo aumento da absorção do cálcio intestinal. A glicosúria é fisiológica na gravidez e se deve ao aumento da TFG que excede o limite da reabsorção tubular da glicose. A frequência urinária decorre da compressão do útero gravídico na bexiga. 6. Sistema respiratório Alterações marcantes na caixa torácica e no diafragma caracterizam a gravidez. Com o relaxamento dos ligamentos das costelas, o ângulo subcostal aumenta de 68 para 103°. Os diâmetros ântero posterior e transverso do tórax aumentam 2 cm cada um, resultando na expansão da circunferência torácica de 5 a 7 cm. Embora o diafragma se eleve aproximadamente 4 cm pelo aumento do útero gravídico, sua função não é comprometida. A complacência da parede torácica, todavia, diminui com o evoluir da gestação, aumentando o trabalho da respiração. A hiperventilação da gravidez facilita as trocas gasosas nos pulmões. As principais modificações respiratórias são: - Frequência respiratória sem alteração - Volume-corrente e volume-minuto aumentados cerca de 30 a 40% - Capacidade residual funcional diminui 20% - Hiperventilação fisiológica: Dispneia (em 60 a 70% das gestantes) => alcalose respiratória Karen� Cr�z - Medicina UNIT 7. Sistema digestivo No 1 o trimestre é frequente o aparecimento de náuseas e vômitos (50 a 90% das gestantes), levando, em geral, à anorexia, embora uma quantidade equivalente de mulheres relate melhora no apetite e parcela considerável admita “desejos” por certos alimentos. OBS: Hiperêmese Gravídica é uma condição patológica caracterizada pela manutenção e agravamento dos quadros de náuseas e vômitos (que podem persistir após a 20a semana) associados à perda de peso (>5%), desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos, cetose e cetonúria. A gengivite, no ciclo gestatório, se apresenta com eritema, sangramento e intumescimento da zona afetada, bem como extremo desconforto para a paciente. Quando essas alterações periodontais são muito intensas, podem deflagrar parto pré-termo, o que é discutível Durante os dois primeiros trimestres há redução na secreção gástrica de ácidos, explicando a incidência reduzida de úlcera péptica e a remissão das porventura preexistentes. O sistema gastrintestinal (esôfago, estômago, vesícula, intestino) permanece atônico durante toda a gestação A atonia do cólon explica a grande frequência da constipação intestinal. A vesícula fica hipotônica, distendida, com bile viscosa e com grande tendência de formar cálculo. Presença de pirose. 8. Sistema endócrino Tireoide As alterações fisiológicas da gravidez determinam aumento de 40 a 100% na produção dos hormônios tireoidianos para atender às necessidades maternas e fetais. Anatomicamente, a tireoide sofre moderado aumento de volume de 10 a 20% causado por hiperplasia e maior vascularidade. Não há bócio, pois esse aumento é fisiológico Três séries de eventos ocorrem na tireoide materna. 1. Durante o 1 o trimestre há inibição da hipófise e queda transitória do hormônio estimulante da tireoide (TSH) ou tireotrofina, entre 8 e 14 semanas. Em 20% das mulheres o TSH decresce abaixo do limite da normalidade. 2. Iniciando na primeira metade da gestação e continuando até o termo, há aumento da globulina de ligação da tireotoxina (TBG). Há queda marginal (10 a 15%) na concentração dos hormônios[T3] e [T4] => tendência a ligeiro acréscimo no TSH entre o início do 2 o trimestre e o termo. 3. Na segunda metade da gestação. A placenta produz três enzimas deiodinases: tipos I, II e III. A tipo I não se modifica significativamente. A tipo II, expressa na placenta, converte T4 para T3 . A tipo III, também encontrada em abundância na placenta, catalisa T4 em T3 reversa (rT3). ▶ Exames de laboratório. Aumento sustentado do T4 total e queda do TSH caracterizam o início da gravidez. 9. Pele e fâneros Ocorre: 1. Estrias (abdome e seios) - Inicialmente vermelhas, tornam-se, mais tarde, brancas ou nacaradas, persistindo indelevelmente. 2. Aumento na pigmentação da linha alva do abdome inferior (linea nigra), da vulva, das aréolas mamárias e da face (cloasma). 3. Aparecimento de telangiectasias, a traduzirem os altos níveis estrogênicos. 4. A hipertricose é fenômeno fisiológico durante a gravidez (pelos na face e em outras regiões, crescimento mais acentuado dos cabelos), com unhas muito quebradiças e surgimento do eritema palmar e da hipertrofia das glândulas sudoríparas e sebáceas. Karen� Cr�z - Medicina UNIT 10. Sistema Nervoso Alterações do sono: sonolência, má qualidade Alterações de humor (labilidade emocional) Alterações na memória, concentração Membros inferiores Edema Trombose Modificaçõe� d� órgã� genitai� . 1. Vulva e vagina Sob a influênciados estrogênios, o epitélio vaginal se espessa durante a gravidez e há aumento da sua descamação, o que resulta em maior secreção vaginal. Essa secreção tem pH mais ácido (propensão a candidíase). A vagina também aumenta a sua vascularização com a gravidez. A vulva e a vagina tumefazem-se, experimentam amolecimento e têm sua coloração alterada. A vulva pigmenta-se e o sítio lindeiro à extremidade inferior da vagina perde o róseo característico, tomando a cor vermelho-vinhosa, entreabertos ninfas e grandes lábios (sinal de Jacquemier). 2. Útero Há imediato amolecimento na região correspondente ao local da implantação, progredindo por todo o órgão e pelas outras estruturas pélvicas. É a diminuição da consistência subordinada à embebição gravídica e à redução do tônus, precocemente notadas especialmente no istmo, determinando o sinal de Hegar. • • • Simultaneamente o órgão aumenta, o que lhe impõe forma assimétrica (sinal de Piskacek). A matriz de piriforme passa a globosa, e o toque dos fundos de saco laterais revela essa morfologia (sinal de Nobile-Budin), enquanto o pulso da artéria uterina pode ser percebido. De volume crescente, o corpo do útero mantém a configuração esférica até o 4 o a 5 o mês, quando o alongamento predomina sobre os diâmetros transversos, conferindo à víscera forma cilíndrica. A expansão do istmo, levando à incorporação de sua cavidade à do corpo, acentua, nos últimos meses, a cilindrificação da matriz. São fenômenos contemporâneos: - Estabilização do peso - Início do afinamento da parede - Cilindrificação Sob a influência dos estrogênios e da progesterona, o colo torna-se amolecido durante a gravidez. O estrogênio estimula o crescimento do epitélio colunar (ou glandular) do canal cervical, torna-se visível na ectocérvice e é denominado ectrópio ou eversão. Esse epitélio mais frágil está sujeito a sangramento. O colo fica azulado na gravidez em razão da sua maior vascularização. O canal cervical é obliterado por secreção mucosa espessada – tampão mucoso –, dito de proteção ao ovo. A eliminação dele, nas proximidades do parto, à medida que o colo se encurta, constitui o sinal de tão grande importância clínica. O encurtamento do colo também é prenúncio do parto, acentuando-se até o completo apagamento, na verdade, fenômeno observado apenas em primíparas 3. Mamas Ocorre: 1) Aumento do volume, firmeza e vascularização 2) tornam-se mais sensíveis e pesadas 3) aréolas alargam-se e ficam mais pigmentadas 4) Mastalgia 5) Aparecimento dos tubérculos de Montgomery (Glândulas sebáceas especializadas hipertrofiada) 6) presença de colostro por volta do 2° mês 7) Sinal de Haller (Aumento da vascularização mamária de modo significativo)
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