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Cardiomiopatia chagásica

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Cardiomiopatia chagásica
Definição
· Descoberta por Carlos Chagas em 1909 
· Vetor: barbeiro 
· Protozoário: trypanosoma cruzi (T.cruzi)
· A cardiopatia chagásica crônica (CCC) é uma miocardiopatia dilatada em que a inflamação crônica provocada pelo T.cruzi, usualmente de baixa intensidade, mas incessante, provoca destruição tissular progressiva e fibrose extensa no coração 
Epidemiologia
· A cada ano morrem 14000 pessoas
· Endêmica em 21 países da américa latina
· 6 milhões de pessoas estão infectadas na américa do sul
· No Brasil, há uma maior prevalência na Bahia e Minas Gerais 
Formas de transmissão
· A principal é a vetorial (triatomínio: barbeiro)
· A transmissão por transfusão de sangue é rara, assim como através do transplante de [órgãos
· Transmissão vertical
· Transmissão oral (comidas contaminadas – açaí e caldo de cana)
Fisiopatologia
1. Inseto pica, e transmite os tripomastigotas nas fezes 
2. Os tripomastigotas possuem tropismo pela musculatura lisa (principalmente musculo liso cardíaco e gastrointestinal). Viram amastigotas nas células 
3. Dentro da célula, há multiplicação dos amastigotas 
4. Amastigotas viram tripomastigotas, rompem as células e caem na corrente sanguínea
5. A partir disso, podem recontaminar novas células ou contaminar o mosquito (são absorvidos pelo mosquito na picada)
· Os amastigotas vão para dentro da célula cardíaca e causam uma inflamação direta, chamada de agressão tissular. Causam fibrose e desautonomia cardíaca 
Classificação clínica
· Fase aguda 
· Fase crônica
· Indeterminada
· Cardíaca sem disfunção
· Cardíaca com disfunção 
· Fase digestiva 
· Megaesôfago chagásica 
· Megacolón chagásico 
· O mais comum é ter a fase cardíaca isolada da fase digestiva 
Quadro clínico – fase aguda 
· O mais comum é a apresentação de um quadro febril, que dura de 6 a 8 semanas
· Ocorre febre, esplenomegalia, adenomegalia 
· Sinal de Romanã inflamação local devido a picada do inseto; unilateral, acompanhado de linfadenopatia satélite
· A porta de entrada em outras localizações é conhecida como chagoma de inoculação: é uma lesão nodular acompanhada de eritema, geralmente em gânglio satélite. Cursa com febre.
· Miocardite/meningite são mais raras de ocorrer na fase aguda
· A fase aguda pode ocorrer na Primo-infecção (crianças) ou em pacientes com reativação na fase crônica (HIV)
Quadro clínico – fase crônica 
Forma indeterminada 
· Sorologia positiva
· Sem sintomas
· Sem alterações de exames complementares
· Pode durar 30 a 40 anos 
Forma cardíaca
· Podem ocorrer arritmias e distúrbios de condução 
· Palpitações, tontura, síncope 
· Intolerância ao exercício 
· Pode ocorrer morte súbita devido a arritmias ventriculares 
Forma cardíaca com disfunção
· Ocorre sintomas de insuficiência cardíaca – predomina IC direita
· Ocorre arritmias cardíacas tontura, síncope, risco de morte súbita
· Tromboembolismo o paciente desenvolve fibrilação atrial e aneurisma apical risco de ter AVE
Exames complementares 
· Teste sorológico (machado guerreiro) não é mais usado pois tem sensibilidade de 60%
· Teste sorológico (IFI, ELISA, HAI): usar 2 métodos diferentes para diagnosticar doença de chagas
· Exames para investigar formas cardíacas:
· Eletrocardiograma ou Holter 24h
· Radiografia de tórax
· cardiomegalia
· Ecocardiograma
· Aneurisma apical
· No eletro, a alteração mais comum é: BRD (bloqueio de ramo direito) + BDAS (bloqueio divisional antero-superior)
Prognóstico
· A forma indertminada é a que tem o mlehor prognóstico, seguida da forma sem disfunção, e pela forma com disfunção cardíaca, que tem o pior prognóstico 
% risco de morte
Tratamento
· Droga parasiticida 
· Benznidazol, por 60 a 80 dias 
· Indicações:
· Pacientes em fase aguda
· Crianças em fase crônica
· Casos de contaminação acidental
· Reativação (HIX/transplantados) 
· Não tem benefício na fase crônica em adultos
· Caso o paciente tenha bradiarritmias, precisará de marca-passo
· Se tiver taquiarritimias, precisará de anti-arrítmicos (amiodarona) e ablação por cateter
· Se houver disfunção ventricular (fração de ejeção < 40%), precisará de: beta-bloqueador, IECA/BRA, espironolactona para evitar o remodelamento cardíaco

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